Cineclube #ficaemcasa analisa o filme Infiltrados na Klan

Esta semana o Cineclube AIC #ficaemcasa analisa o filme Infiltrados na Klan. Dirigido por Spike Lee, o premiado longa-metragem traz para discussão o tema (mais que urgente) da pauta mundial das últimas semanas:  a luta contra o ódio, o fascismo e o racismo.

Os convidados desta edição são: o cineasta e professor Clementino Junior e a roteirista da O2  Viviane Pistache (com várias séries Netflix vindo aí), que atualmente é aluna da AIC SP.

O FILME

A história se passa em 1978 e Ron Stallworth, um policial negro do Colorado, consegue se infiltrar na Ku Klux Klan local. Ele se comunica com os outros membros do grupo por meio de telefonemas e cartas, e quando precisava estar fisicamente presente, ele envia um outro policial branco em seu lugar. Depois de meses de investigação, Ron fica próximo do líder da seita, sendo responsável por sabotar uma série de linchamentos e outros crimes de ódio orquestrados pelos racistas.

O Filme está disponível para compra e locação no Google Play, Itunes e Looke.

A discussão fica por conta dos professores Filippo Pitanga e Martin Eikmeier, além de um convidado (ou convidada) surpresa. Anote todas as suas considerações e na quinta-feira (11/06), às 18h30, participe da discussão ao vivo em nosso canal do Youtube.

O cineclube é uma atividade que a Academia Internacional de Cinema (AIC) lançou quando começou o isolamento por conta da pandemia de Covid. Funciona assim, toda segunda-feira, enquanto durar a quarentena, indicaremos um filme. Você assiste de casa, anota todas as suas perguntas e dúvidas e na quinta-feira, às 18h30, participa de uma discussão ao vivo pelo nosso canal do Youtube.

O filme da semana passada foi “O Animal Cordial”. Se você perdeu, assista aqui.

 

Cineclube #ficaemcasa analisa o filme Infiltrados na Klan Read More »

Saiba quem é Pedro Almodóvar e conheça a sua obra

Um cineasta tão repleto de obras marcantes que, se você perguntar “Qual é seu filme preferido dele?” para dez fãs, pode acabar recebendo dez respostas diferentes. Você deve conhecer seus longas-metragens mais famosos — Fale com Ela, Tudo Sobre Minha Mãe, Má Educação, Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos… —, mas sabe quem é Pedro Almodóvar e por que ele é tão celebrado?

Apesar de ter feito filmes tão diferentes quanto Kika e Os Amantes Passageiros, o diretor espanhol Pedro Almodóvar é dono de um estilo forte e muito único que aparece ao longo de toda a sua carreira.

Quando começou a trabalhar com cinema, na década de 70, Almodóvar ainda era conhecido somente na Espanha. Foi com A Lei do Desejo, lançado em 1987 e vencedor do prêmio de melhor filme no Festival de Berlim, que ele começou a ganhar o mundo.

Quer saber quais são as principais características do estilo inconfundível de Almodóvar? Continue a leitura e mergulhe no mundo apaixonado e colorido do cineasta.

Intensidade, drama e paixão

Se a paixão, a intensidade e o drama são qualidades fortemente associadas ao cinema espanhol, grande parte da responsabilidade é de Almodóvar. Essas características aparecem nos filmes do diretor por meio de cores fortes — o vermelho é obrigatório e reina absoluto —, da trilha sonora e dos ângulos diferenciados de filmagem.

Capaz de moldar seu estilo familiar de formas que soam inovadoras a cada obra, Almodóvar conseguiu conceber por meio de seus filmes um universo próprio, um mundo com regras específicas em que as emoções vivem à flor da pele e explodem em um êxtase de tons vibrantes, acordes intensos e atuações apaixonadas.

Mulheres no centro de tudo

Nesse mundo concebido por Almodóvar, as mulheres são as rainhas. A grande maioria de seus filmes têm protagonistas femininas, e em todos elas aparecem com força.

Tanto em sua criação quanto nos antigos filmes hollywoodianos que adorava, Almodóvar cresceu cercado por mulheres — figuras que o diretor descreve como alegres, falantes, intensas e batalhadoras. Ele sempre se identificou com essas mulheres e, portanto, dar o palco a elas em seus filmes foi natural.

Parcerias de longa data com astros e estrelas espanhóis

Almodóvar trabalha frequentemente com os mesmos atores e atrizes e, ao longo de sua carreira, foi responsável por levar muitos espanhóis ao estrelato.

Sua parceria mais conhecida talvez seja a com Antonio Banderas, que dirigiu em filmes como Ata-me!, A Pele que Habito e Dor e Glória — o último foi responsável por render a Banderas sua primeira indicação ao Oscar de melhor ator.

O diretor também trabalhou frequentemente com Penélope Cruz, Marisa Paredes, Cecilia Roth e Carmen Maura. Hoje, uma das maiores estrelas do cinema mundial, Penélope começou a ser reconhecida fora da Espanha no filme Carne Trêmula, lançado por Almodóvar em 1997.

De origem humilde, Pedro Almodóvar nunca conseguiu estudar cinema — mas isso não o impediu de seguir em frente com o sonho de contar histórias. Roteirista de todos os filmes que dirige, ele se tornou o primeiro espanhol a ser indicado ao Oscar de melhor direção e, definitivamente, já deixou seu nome marcado na história do cinema.

Então, gostou de conhecer quem é Pedro Almodóvar e de entender por que seus filmes são tão celebrados? Deixe um comentário abaixo contando qual é sua obra preferida do diretor!

*Foto destaque, frame do filme Volver. 

Saiba quem é Pedro Almodóvar e conheça a sua obra Read More »

Guia completo com os principais equipamentos para cinema

Será que apenas com os principais equipamentos para cinema é possível produzir um bom filme? A resposta a essa pergunta é rápida e direta: não. Isso depende muito mais da criatividade dos artistas e de outros envolvidos, e da qualidade da equipe técnica e de gestão do projeto.

Quer uma prova? Hoje, já são comuns os filmes produzidos com smartphones, alguns deles sendo exibidos, inclusive, em telas de cinema. É o caso de obras como o independente Tangerine (2015), de Michel Gondry, e Unsane (2018), do aclamado diretor de Hollywood Steven Sodenbergh.

Os dispositivos melhores, no entanto, são importantes porque expandem as possibilidades artísticas de diretores e mesmo dos atores. Assim, fica mais fácil conseguir aquelas cores que estão na sua imaginação, filmar a qualquer hora do dia — bem como sob quaisquer condições atmosféricas — e o processo criativo torna-se mais fácil, rápido e amplo.

Este guia foi criado para ajudá-lo na pesquisa dos seus próprios equipamentos. Com ele, gostaríamos de facilitar a compreensão de conceitos como iluminação, enquadramento, som e outros.

O resultado que esperamos é que você entenda não apenas quais são as melhores opções, mas também quais vão se adaptar melhor ao que você busca e à linguagem que quer desenvolver. Por isso, continue a leitura!

 

A estrutura de uma produção cinematográfica

Antes de recomendarmos uma lista de aparatos e explicar por que são bons e para que servem, é interessante ter em mente como funciona a criação de um filme. Isso afeta a escolha dos itens que você vai comprar, afinal, se há diversos profissionais envolvidos, cada um responde por uma parte técnica e, logo, por determinados equipamentos.

Por exemplo, o diretor de fotografia vai passar a maior parte do tempo preocupado com a iluminação do projeto. Então, ele precisa de bons refletores e lentes que reproduzam melhor suas ideias para determinado roteiro, para determinadas cenas.

Enquanto isso, o profissional responsável pelo som — que vai, inclusive, mixar a versão final e pedir que certos trechos de áudio sejam refeitos pelos atores, se necessário — precisa de microfones e cabos tão bons quanto possível.

Uma produção executiva e artística de audiovisual funciona assim: reunindo diversos especialistas com seus equipamentos favoritos. É claro que eles conseguem trabalhar em condições não ideais, mas é bom saber, antes de comprar qualquer coisa, que há decisões que podem fugir da sua opinião ou compreensão.

Agora, se você pretende filmar de maneira independente e desempenhar algumas das funções que são divididas em um set de filmagem tradicional — o que não é incomum, principalmente entre cineastas independentes — vai precisar saber um pouco de tudo e ter montado o seu próprio “estúdio de uma pessoa só”.

 

 

Os 7 principais equipamentos para cinema

Abaixo, vamos falar sobre as características dos equipamentos e o que deve ser considerado nas suas aquisições. Vamos abordar algumas marcas, em certos momentos, já que algumas são mais confiáveis e impactam positivamente o resultado final do seu trabalho. Não vamos frisar tanto os modelos, já que a evolução dos aparelhos é rápida e as invenções tornam-se obsoletas num piscar de olhos.

Isso também nos leva a um critério muito importante na hora de comprar câmeras, lentes, rebatedores e outros artefatos: o valor de revenda deles. Se você quiser se manter atualizado, vai passar boa parte do seu tempo vendendo equipamentos antigos para conseguir outros mais modernos. Então, sempre vai valer a pena pagar mais caro em um item se ele leva mais tempo para se desvalorizar que o dos concorrentes.

Dito isso, dividimos os principais equipamentos de cinema em 7 categorias, que perpassam as atividades de direção, fotografia, edição, captação de áudio e outras.

 

1) Câmeras

A avaliação da qualidade de uma câmera depende da compreensão de diversos parâmetros de operação manual de suas funcionalidades. Ou seja, nas mãos de quem não sabe operar, uma máquina profissional pode apresentar um desempenho muito menor que o de um smartphone.

O parâmetro principal é definido pela sigla DSLR, ou Digital Single Lens Reflex (Reflexo Digital de Lente Única). Essa tecnologia garante que a imagem mostrada no visor da câmera é exatamente igual ao que sairá na foto ou na gravação.

Também é uma tecnologia que torna o dispositivo mais manipulável, com zoom manual, troca de lentes e outros. Assim, você controla parâmetros como distância, entrada de luz no obturador e outros detalhes que podem parecer excessivamente técnicos para um iniciante.

Quanto às marcas, saiba que quase todas as mais famosas — Panasonic, Canon, Sony e Blackmagic, só para ficar nas quatro mais vendidas — oferecem tudo que você precisa. O que muda é a durabilidade de cada uma, o custo-benefício e o preço de revenda, a que já nos referimos.

Outro aspecto a se considerar é a resolução da imagem filmada. Os padrões profissionais atuais oscilam entre o full HD (1960 x 1080) e o 4K (3840 x 2160). Para interesses imediatos, o primeiro é suficiente. No entanto, se você pretende manter o equipamento por um longo período, recomendamos uma câmera que filme em 4K a 60 quadros por segundo.

 

2) Lentes

A rigor, não é recomendado trabalhar com audiovisual profissionalmente com um único tipo de lente. Em geral, elas variam em aspectos diversos, o que torna cada opção melhor em determinada circunstância. Assim, você vai encontrar modelos de lentes mais adequadas a espaços abertos ou fechados, opções melhores para fotografar com muita ou pouca luz e assim por diante.

A lente de uma câmera, ao contrário do que se imagina, não é apenas o objeto de vidro que chamamos de lente. Ela vem em um invólucro especial que determina, entre outras coisas, a quantidade de luz pode entrar. Essa capacidade, conhecida como “abertura da lente”, é a responsável por boas filmagens à noite. Ou seja, quanto mais luz atingindo a parte interna da lente, melhor.

Elas se dividem em grupos diferentes, conforme a maneira como captam as imagens e as distâncias em que fazem isso. Abaixo, separamos os 3 principais tipos que você deve conhecer para começar:

  • lente fixa — não oferece zoom, ou seja, com ela não é possível aproximar ou distanciar a imagem;
  • lente zoom — permite ajustes de distância, sendo, portanto, muito mais práticas que as anteriores;
  • lentes teleobjetivas — tipo de lente fixa capaz de focar áreas muito maiores, e cujo comprimento físico é menor que a distância focal.

 

A grande vantagem das lentes fixas e o motivo de elas serem as preferidas de alguns cineastas é que oferecerem menos conjunto óptico. Isso faz com que tenham uma abertura maior, deixando entrar mais luz e interferindo na profundidade de campo, o que leva a efeitos que só são possíveis com esse tipo de lente.

Algumas lentes são conhecidas no mercado de cinema e fotografia há um bom tempo, o que faz delas ótimas opções para começar a filmar e fotografar. Alguns exemplos são as Sony E PZ 18-105mm, com seu zoom que impressiona, e a Canon Ef 75-300mm, com sua grande qualidade e baixa distorção, além das tradicionais fixas de 50mm.

No entanto, há uma série de detalhes técnicos que fazem muita diferença ao escolher boas lentes. As lentes cinematográficas e as fotográficas, diga-se de passagem, são muito diferentes entre si. Em geral, as primeiras são maiores e sua operação é mais mecânica, isto é, os ajustes de foco, entrada de luz e lens breathing são manuais.

A milimetragem das lentes varia entre 8 e 2.000 mm, no caso das objetivas, e cada grupo tem características específicas, sendo indicado para determinados tipos de enquadramentos e filmagens. Alguns distorcem nas laterais, outros no centro e há aqueles que apresentam imagens completamente regulares.

 

3) Iluminação

Os equipamentos de iluminação mais comuns — lâmpadas, difusores, rebatedores e refletores — costumam ser a parte mais difícil de carregar para realizar tomadas externas. Então, seu peso e suas dimensões vão contar muito, principalmente se você pretende utilizá-los para produções independentes e de baixo custo.

Por outro lado, é praticamente impossível fazer cinema de bom nível sem cuidar da iluminação, e a qualidade da luz na maior parte dos ambientes internos ou externos é ruim. Ou seja, você se verá constantemente obrigado a intervir nesses espaços, iluminando-os ou alterando sua luz natural para servir aos propósitos de cada cena.

É possível fabricar alguns desses equipamentos artesanalmente, o que dá trabalho, mas economiza muito. Seja como for, leve em conta as características elétricas dos itens de iluminação, considerando que eles devem funcionar nos diferentes tipos de tomadas e voltagens.

4)Refletores

Entre as peças utilizadas para iluminação no cinema, vale a pena falar um pouco mais especificamente sobre os refletores, dada a sua importância para o uso correto da luz no ambiente. Isso sempre vai acontecer levando em conta a combinação entre tipo de refletor, intensidade da lâmpada e necessidade de iluminação do ambiente.

Os refletores abertos proporcionam luz mais intensa e menos concentrada. Por outro lado, os do tipo Fresnel conseguem uma iluminação maior com lentes menores, o que faz com que sejam uma das opções mais leves, embora não muito baratos. Os refletores Fluo, de luz fria, são conhecidos por iluminarem o ambiente sem produzir sombras, já que utilizam lâmpadas fluorescentes.

Agora, se você quiser investir em uma iluminação mais cara e conseguir economia de consumo ao longo do processo — o que faz mais sentido se você filma em cenários fixos, por exemplo — recomendamos adquirir um refletor de luz de LED.

 

5)Microfones

Acredite, o espectador comum de cinema é muito mais exigente com a qualidade do som que com o nível de imagem que recebe. Áudios estourados, mal captados ou com ruídos irritam e prejudicam a compreensão dos diálogos, o que muitas vezes determina a avaliação negativa da obra como um todo.

É importante atentar-se aos tipos de microfones disponíveis e à maneira como vão ser utilizados. Outro aspecto que muita gente subestima é a qualidade das conexões. Perde-se muito do som ao longo de cabos longos, principalmente se você investir nos mais baratos.

Além disso, o áudio, no momento da gravação, fica muito sujeito a interferências ocasionadas por ondas de rádio ou elétricas quando os cabos não são blindados.

Os microfones mais comuns usados para a captação de áudio em filmes — e também em outros tipos de gravações, como vídeos publicitários e do YouTube, e registro de performances musicais ao vivo — são:

  • microfones dinâmicos — versáteis, não requerem voltagem extra para funcionar, ou seja, não precisam de baterias. Os microfones dinâmicos são também mais baratos e capazes de operar a longas distâncias com metros e metros de cabos, além de captarem o som apenas próximo da cápsula;
  • microfones condensadores — são opções de alta fidelidade sonora, mas que captam o som de áreas muito grandes e, por isso, são recomendáveis para ambientes controlados, como estúdios. Os condensadores precisam de uma voltagem adicional de 18 volts para funcionar;
  • microfones omnidirecionais — levam esse nome porque captam o som de maneira uniforme em todas as direções, sendo ideais para o posicionamento entre um grupo de atores, fora do campo captado pelas câmeras.

 

Quanto às marcas, o Zoom H4n é um gravador de entrada muito usado por quem está começando. Embora sua ergonomia não seja a mais adequada para o audiovisual, já que ele não foi projetado para isso, é possível conseguir ótimos resultados com um pouco mais de trabalho na hora de gravar.

Se quiser mais praticidade, você pode investir em opções com ergonomia projetada para tripés, para serem posicionadas em baixo de uma câmera ou em uma bolsa lateral. A marca Tascam disponibiliza opções melhores, como os modelos DR70 e DR60.

No campo dos microfones direcionais a marca Røde oferece os melhores custos-beneficio do mercado. Mas vale ficar de olho nos microfones de gravação de diálogo para quem for fazer muita cena interna. São mics que, por não terem o tubo de interferência típico nos microfones direcionais, são menos sensíveis à reverberação do ambiente, como é o caso do Audix SCX1-HC.

 

6) Tripés

Esses tipos de suportes costumam ser vistos apenas como maneiras de manter as câmeras fixas. No entanto, nem sempre o tripé tem essa função. Ele pode ser fabricado com uma cabeça hidráulica que permite movimentos suaves, possibilitando percursos interessantes com uma câmera durante a tomada.

Um bom tripé não é barato, mas você deve lembrar que opções de material ruim ou muito leves colocam outros dispositivos muito mais caros em risco. Um simples esbarrão pode derrubar e quebrar sua câmera ou aquela lente especial que você demorou a comprar.

Se você não puder investir em tipos diferentes de tripés, tente comprar aquele com o maior número de dobradiças possível. Isso garante a adequação a diversos tipos de situações. Se puder investir em vários modelos, vai ficar surpreso com a quantidade de opções para o chão, as mãos ou o torso do operador de câmera.

 

7) Softwares

As suítes de edição de vídeos têm sido tão aprimoradas nos últimos anos que escolher entre uma e outra não é mais questão de ela apresentar ou não certas funcionalidades, mas depende de gosto. Assim, sempre haverá aqueles que se sentem mais à vontade com o Adobe Premiere e os que desenvolvem melhor suas atividades de edição no Vegas Pro.

Vale lembrar que esses não são os únicos softwares que você vai precisar. O Adobe After Effects serve para finalizar produções, criando, inclusive, os efeitos especiais mais conhecidos do grande público. Ele também é uma excelente opção para quem trabalha com cinema de animação.

No que diz respeito ao áudio, o leque é ainda maior: você pode testar o Logic Pro, da Apple — disponível apenas para os dispositivos da maçã —, o consagrado Pro Tools ou o Ableton Live, que foi originalmente projetado para a produção de música eletrônica, mas encantou os profissionais de trilha sonora para cinema.

De longe, o software mais utilizados é o Pro Tools, mas parte da indústria tem aderido ao Fairlight, um programa gratuito agregado ao DaVinci Resolve (que também serve para editar vídeos), e recebe a herança de uma das primeiras soluções de edição de som do mundo, projetada em 1975 e que também se chamava Fairlight.

É possível encontrar alguns estúdios que utilizam o Nuendo para edição de som e imagem. Ele foi desenvolvido pela conhecida empresa Steinberg, e é uma solução completa, capaz de realizar mixagens de som em qualidade 7.1 (o que significa que o som sai para as salas de cinema em 7 canais diferentes, ou sete caixas de som que, juntas, compõem um áudio com grande sensação de imersão).

No campo da música para cinema (e não apenas no dos efeitos sonoros) a escolha é mais pessoal. Compositores costumam usar o Logic, Ableton Live, Cubase e Sonar. O mercado independente tende a usar softwares gratuitos como o Reaper ou soluções um pouco mais completas para produção musical, como o Cakewalk.

A escolha dos equipamentos é essencial para a qualidade final da produção, e vai impactar positivamente a sua carreira como cineasta. Afinal, embora seja possível começar a fazer filmes sem adquirir os melhores e principais equipamentos para cinema, ao aprender a lidar com eles você estará definindo aos poucos sua linguagem artística. Então, comece a economizar e monte seu “estúdio de uma pessoa só” agora mesmo!

E se quiser novas dicas, tanto de equipamentos quanto de cursos, ideias para filmagens e inspiração, não deixe de assinar a newsletter da Academia Internacional de Cinema. Deixe seu e-mail e veja como temos muito mais conteúdo interessante como este esperando por você!

 

Quem saber mais sobre algum curso da Academia Internacional de Cinema? Entre em contato com a gente pelo Whastsapp ou por E-mail.

Para continuar acompanhando outros conteúdos como este, siga nossas redes sociais: estamos no FacebookInstagramTwitterLinkedin e YouTube!

Guia completo com os principais equipamentos para cinema Read More »

Cineclube #ficaemcasa  recebe a cineasta Gabriela Amaral Almeida

Esta semana o Cineclube AIC #ficaemcasa analisa o filme O Animal Cordial e traz a diretora Gabriela Amaral Almeida para o dia do debate (4/06).

Primeiro longa de Gabriela Amaral, que é Mestre em literatura e cinema de horror pela UFBA,  O Animal Cordial é uma fábula violenta sobre o Brasil.  A história se passa em um restaurante de classe média em São Paulo. O local é invadido, no fim do expediente, por dois ladrões armados. O dono do estabelecimento, o cozinheiro, uma garçonete e três clientes são rendidos. Entre a cruz e a espada, Inácio – o homem pacato, o chefe amistoso e cordial – precisa agir para defender seu restaurante e seus clientes dos assaltantes.

O Filme está disponível para compra e locação no Google Play, Itunes e Looke.

A discussão fica por conta dos professores Filippo Pitanga e Martin Eikmeier, além da nossa convidada especial, a diretora Gabriela Amaral Almeida. Anote todas as suas considerações e na quinta-feira, às 18h30, participe da discussão ao vivo em nosso canal do Youtube.

O cineclube é uma atividade que a Academia Internacional de Cinema (AIC) lançou quando começou o isolamento por conta da pandemia de Covid. Funciona assim, toda segunda-feira, enquanto durar a quarentena, indicaremos um filme. Você assiste de casa, anota todas as suas perguntas e dúvidas e na quinta-feira, às 18h30, participa de uma discussão ao vivo pelo nosso canal do Youtube.

O filme da semana passada foi “A Bruxa”. Se você perdeu, assista aqui.

Esperamos vocês.

Cineclube #ficaemcasa  recebe a cineasta Gabriela Amaral Almeida Read More »

Inscrições abertas para a 13a edição do LABRFF

Estão abertas as inscrições para o 13º Los Angeles Brazilian Film Festival (LABRFF) até o dia 20 de julho. O evento, que conta com o apoio da Academia Internacional de Cinema (AIC), será online, e ocorrerá entre os dias 21 e 25 de outubro.

Podem participar da Seleção Oficial filmes produzidos a partir de 2018 e que não tenham estreado nos Estados Unidos. Além das produções feitas no Brasil, o LABRFF também aceita filmes feitos por brasileiros que residem no exterior ou filmes que tenham talentos brasileiros envolvidos na produção. Este ano o festival também terá uma competição internacional de curtas, abrindo espaço para filmes produzidos em qualquer lugar do planeta.  As inscrições podem ser feitas através do site filmfreeway.

Inscrições abertas para a 13a edição do LABRFF Read More »

Conheça 6 documentários premiados da Netflix e divirta-se!

Diante da situação de pandemia que estamos vivendo, tendo que ficar em quarentena para evitar a propagação do COVID-19, temos mais tempo de sobra para conhecer novas obras do cinema. Com isso, optamos por plataformas de streaming para assistir novos filmes, séries, documentários etc.

Uma das maiores alternativas é a Netflix, que conta com um catálogo de entretenimento recheado para seus usuários. Entretanto, no meio de todo esses conteúdos, existem obras premiadas que merecem atenção.

Neste texto, listamos documentários premiados da Netflix que são interessantes para aumentar seu conhecimento sobre obras de diferentes cineastas. Vamos lá?

Quais são os documentários premiados na Netflix?

Diferentemente dos filmes de ficção, muitos documentários contam histórias baseadas fatos reais, expondo as opiniões de seus diretores e produtores. Além disso, os documentários podem disseminar conhecimento e fazer denúncias sociais importantes.

Esse tipo de obra também serve como material de aprendizado, já que é possível absorver conteúdo, observar características de diferentes cineastas e as peculiaridades dessas produções. Para quem gosta de “histórias reais”, os documentários são uma ótima opção, pois vão desde “histórias sobre política”, até “como diminuir o consumismo”.

Como dito, a plataforma conta com um catálogo extenso de documentários, que podem agregar muito no seu conhecimento e permite que você se aprofunde na área. Veja aqui 6 deles!

1. Democracia em Vertigem (2019)

Produzido pela cineasta Petra Costa, o filme brasileiro foi indicado ao Oscar 2020 na categoria de Melhor Documentário. Partindo do ponto de visão mais íntimo da cineasta, a obra aborda a crise política vivida pelo Brasil desde a ascensão de Lula, o processo de Impeachment da ex-presidente Dilma, a operação Lava-Jato, chegando até a situação política atual do país.

A trama sai do estilo frio e distante normalmente usado na maioria dos documentários que abordam a política nacional. Trazendo vida à história, indo além de discursos inflamados e eufóricos feitos por membros do governo, o documentário relaciona a vida pessoal de Petra, com eventos marcantes da política brasileira.

2. Minimalism (2015)

Em meio à lista de documentários premiados da Netflix, temos o filme “Minimalism”, que também foi indicado ao Oscar na categoria de Melhor documentário. Uma trama do diretor Matt D’Avella que aborda uma reflexão de como o consumismo afeta a vida das pessoas e sobre os hábitos de consumo da modernidade atual.

A obra acompanha a vida dos palestrantes Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, após eles adotarem um estilo de vida minimalista; além de depoimentos de pessoas que também se interessam por essa prática.

A produção de Matt causa no espectador uma reflexão sobre a quantidade de objetos que possuímos, assim, fazendo uma grande crítica sobre a cultura de consumo. Será que realmente precisamos ter o celular que foi lançado recentemente? Precisamos ter tantos sapatos? Muitas vezes, menos é mais, e o documentário aborda o depoimento de pessoas sobre esse assunto.

3. What The Health (2017)

O longa-metragem desenvolvido por Kip Andersen e Keegan Kuhn também é um dos documentários premiados da Netflix. Apresenta estudos e teorias que relacionam os principais elementos prejudiciais à saúde com a indústria de alimentos.

A obra cinematográfica conta com a participação de médicos e especialistas, que acreditam que uma dieta baseada em ingestão de plantas é mais que suficiente para manter uma boa qualidade de vida. O título usa de trocadilho da expressão americana “Que inferno é esse?”, enfatizando hábitos ruins de alimentação adotados pela população. Então, nesse caso, a tradução livre do título é “Que saúde é essa?”.

Sua estrutura longa é uma característica do diretor, que leva o espectador a uma busca por respostas. O filme usa algumas linhas de raciocínio com estudos que comprovam os malefícios da carne e sua ligação de risco com o câncer, por exemplo. O longa-metragem é extremamente informativo e não tem um conteúdo maçante e cansativo.

4. 13º Emenda (2016)

Um documentário estadunidense, dirigido por Ava DuVernay, uma cineasta negra que aborda em sua obra uma discussão sobre o funcionamento do sistema prisional para pessoas negras nos Estados Unidos, tema super atual e urgente. O filme mostra como o racismo estrutural tem influência até hoje na sociedade e na sua forma de se comportar.

Trazendo ao leitor uma reflexão do retrato da imagem criada pelos brancos sobre os negros que, muita das vezes, é uma imagem agressiva e ruim. Com isso, evidenciando a influência que isso tem em relação ao sistema carcerário, que se assemelha à escravidão.

5. Miss Representation (2011)

O documentário é muito importante e informativo para quem tem interesse em entender o impacto do machismo na vida de mulheres que estão relacionadas à mídia ou política. Dirigido e produzido pela cineasta Jennifer Siebel Newsom, o documentário faz uma análise do impacto social da má representação de mulheres ligadas à mídia e à política.

Muitas das vezes, isso acontece por causa da hipersexualização do corpo feminino e, até mesmo, a limitação de papéis na televisão e no cinema. Miss Representation, no ano de 2011, serviu de inspiração para a criação de uma ONG “The Representation Project”, que tem como intuito promover ações sociais para mudar o cenário atual da mídia.

6. The True Cost (2015)

O filme produzido por Andrew Morgan também é um dos documentários premiados da Netflix. A obra foi gravada em diversos lugares do mundo, com a intenção de mostrar os aspectos e impactos que a moda causa na sociedade, principalmente as lojas conhecidas como Fast Fashions. Nós vemos a roupa como um item essencial, mas, no decorrer dos anos, seu preço caiu e sua produção aumentou, fazendo os empresários desse meio adotarem a terceirização na sua produção.

Isso fez com que a confecção de roupas fosse direcionada a muitos países do chamado Terceiro Mundo, pois sua mão de obra é mais barata. Além desse ponto, The True Cost mostra os impactos da indústria da moda na agricultura e sua extensa produção de lixo, prejudicando o meio ambiente, já que o grande consumo de peças de Fast Fashion faz com que o nível de roupas descartadas em lixões aumente.

Nesse momento de quarentena, é importante tirarmos um tempo para nos dedicar aos estudos e ampliarmos nossos conhecimentos. Portanto, conhecer obras como essas pode fazer com que você reconheça a importância desse tipo de filme, aprenda a identificar características dos cineastas em suas produções e se descubra como um documentarista. Então, tire um tempo para ver os documentários premiados da Netflix e aumente seu conhecimento.

Gostou da nossa lista de documentários? Se sua resposta for sim, compartilhe o artigo nas suas redes sociais para que mais pessoas possam conhecê-los!

* Foto em destaque filme “Democracia em Vertigem”. 

Conheça 6 documentários premiados da Netflix e divirta-se! Read More »

Join Waitlist We will inform you when the product arrives in stock. Please leave your valid email address below.
Academia Internacional de Cinema (AIC)
Privacy Overview

Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar este site, você aceita nossa Política de Privacidade e Política de Cookies.