Semana de Cinema e Mercado 2017

Entre os dias 01 e 03 (São Paulo) e 02 e 04 de agosto (Rio de Janeiro) a Academia Internacional de Cinema realiza a sexta edição a Semana de Cinema e Mercado, um grande encontro entre profissionais do mercado cinematográfico, alunos e público em um evento gratuito e aberto à toda a comunidade.

São Paulo

Mais uma vez a Academia Internacional de Cinema abriga em seu casarão histórico um grande encontro entre profissionais do mercado cinematográfico, alunos e público em um evento gratuito e aberto à toda a comunidade. As palestras ocorrem sempre as 19h30, na Rua Dr. Gabriel dos Santos, 142, Santa Cecília, São Paulo, SP.

Confira a agenda, faça sua pré-inscrição através do formulário e compareça com antecedência para garantir seu lugar. A participação é sujeita à lotação.

Laís Bodanzky – Esgotado

Diretora de cinema e teatro, seu primeiro longa, “Bicho de Sete Cabeças”, participou da Seleção Oficial de Toronto, recebeu o prêmio de Melhor Filme em Biarritz e ainda outros 46 prêmios nacionais e internacionais

Terça-feira, 01 de Agosto de 2017 – 19h30
Tema:
Trajetória no cinema e bate-papo sobre seu novo filme “Como nossos Pais”

Caio Gullane – Esgotado

Especialista em desenvolvimento de projetos artísticos, planejamento e estratégia de produção. Junto com seu irmão Fabiano Gullane fundou em 1996 a Gullane Entretenimento S/A, e já produziram mais de 60 projetos para o mercado nacional e internacional

Quarta-feira, 02 de Agosto de 2017 – 19h30
Tema: Overview da Produção Cinematográfica

Painel Mulheres no Cinema

Jéssica Queiroz
Formada em técnico em edição audiovisual pelo Instituto Criar e direção cinematográfica na Academia Internacional de Cinema, trabalha a 4 anos com edição de publicidade passando pela Repense, Agência África e Talent Marcel. Dirigiu o documentário “Vidas de Carolina”

Britt Harris
Atriz americana, recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Cinema do Arizona, pela sua atuação no filme “Birds of Neptune“, de Steven Richter

Maria Clara Escobar
Co-roteirista e diretora assistente do longa “Histórias que só existem quando são lembradas”, de Julia Murat, premiado em mais de 30 festivais nacionais e internacionais. Em 2013 lançou seu primeiro longa, o documentário “Os dias com ele”, premiado na 16ª Mostra de Cinema de Tiradentes, pela Crítica, Júri Jovem e Itamararty

Quinta-feira, 03 de Agosto de 2017 – 19h30

AIC – Academia Internacional de Cinema – São Paulo

Rua Dr. Gabriel dos Santos, 142, Santa Cecília, São Paulo, SP
Tel. 11 3660-7883 – Próximo ao metrô Marechal Deodoro

 

Rio de Janeiro

Mais uma vez a Academia Internacional de Cinema abriga em seu casarão histórico um grande encontro entre profissionais do mercado cinematográfico, alunos e público em um evento gratuito e aberto à toda a comunidade. As palestras ocorrem sempre as 19h30, na Rua Martins Ferreira, 77, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ.

Confira a agenda, faça sua pré-inscrição através do formulário e compareça com antecedência para garantir seu lugar. A participação é sujeita à lotação.

Fellipe Barbosa e Clara Linhart

Fellipe Barbosa é editor e escritor, seus principais trabalhos são “Casa Grande” (2014), “Beijo de Sal” (2007) e “Gabriel e a Montanha” (2017) – Clara Linhart  é assistente de direção, trabalhou em filmes como “Casa Grande” e “O Som ao Redor”

Quarta-feira, 02 de Agosto de 2017 – 19h30
Tema: Conversa sobre o filme “Gabriel e a Montanha” único filme brasileiro em Cannes 2017 e parceria entre direção e produção

Ilda Santiago

Sócia do Grupo Estação, circuito exibidor de filmes de arte no Brasil, é diretora de seleção, diretora executiva, e relações internacionais do Festival do Rio, um dos mais importantes da América Latina

Quinta-feira, 03 de Agosto de 2017 – 19h30
Tema: Trajetória, Festival do Rio e a importância dos festivais

Painel Mulheres no Cinema

Priscila Miranda
Estudou Filosofia na UFRJ e Língua Francesa na Universidade Blaise Pascal de Clermont Ferrand, apaixonada por cinema fundou a empresa Tucuman Distribuidora de Filmes em 2011 e a Fênix Distribuidora de Filmes em 2016. Hoje administra as duas empresas que atuam em conjunto.

Paula Alves
Formada em Cinema, com Mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais e doutoranda em População, Território e Estatísticas Públicas. É diretora do Femina – Festival Internacional de Cinema Feminino e do Instituto de Cultura e Cidadania Femina.

Andrea Capella
Diretora de Fotografia dos longas “Corpo Elétrico” – Marcelo Caetano, “Ressaca” – Bruno Vianna, “A Fuga da Mulher Gorila”  – Felipe Bragança e Marina Meliande e “A Alegria” – Felipe Bragança e Marina Meliande, selecionado para a Quinzena dos Realizadores de Cannes

Sexta-feira, 02 de Agosto de 2017 – 19h30

AIC – Academia Internacional de Cinema – Rio de Janeiro

Rua Martins Ferreira, 77, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
Tel. 21 3958-8775

 

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Demônia recebe sete prêmios no Guarnicê

“Demônia”, curta de Cainan Baladez e Fernanda Chicolet que leva a assinatura dos professores Roney Freitas na Produção Executiva, Dicezar Leandro na Direção de Arte e André Luiz de Luiz na Direção de Fotografia, recebeu sete prêmios no 40º Guarnicê Festival de Cinema: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Trilha Sonora, Melhor Atriz, Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante.

O professor Roney Freitas conta que o filme é sobre uma mulher que é traída pelos seus próximos, mas que dá a volta por cima. Conta que para mostrar isso, o filme se utiliza do melodrama e coloca uma lupa sobre um caso de um triângulo amoroso na periferia de São Paulo que vem a público por uma mídia jornalística sensacionalista, até virar meme na internet. “Com um conceito certeiro de estrutura desde o roteiro e por sua leitura crítica de nossa cultura midiática – pois no Brasil de hoje tudo passa pela mídia, até mesmo a Justiça, como temos visto – produzir esse filme foi uma enorme satisfação e aconteceu no momento certo. E ocorreu de modo muito fluido, com uma equipe de amigos muito competentes e talentosos que permitiram essa fluidez”.

Ele ressalta que o Guarnicê permitiu que ‘Demônia’ fosse visto no Maranhão e que ficaram felizes com isso. “Poder retornar ao público ludovicense, uma vez que grande parte da nossa pesquisa se deu por reportagens e memes de lá de São Luís, é muito bacana. Ganhar prêmios no Guarnicê foi nessa relação especial, portanto, ​com o que inspirou a origem do projeto​, ​ e importante como reconhecimento do nosso trabalho, por um festival com anos de tradição, por um júri de profissionais muito qualificados. E os prêmio​s geram interesse em mais pessoas sobre o filme, o que é muito positivo, pois permite que ‘Demônia’​ vá ao encontro de mais públicos, o que nos deixa muito felizes”, fala Roney.

Longa Vencedor e Oficinas

Em sua 40ª edição o Festival contou com um público de 12 mil pessoas e exibiu 129 filmes. O Troféu Guarnicê de melhor longa foi para “Ridículos”, de Paula Lice, Rodrigo Luna e Ronei Jorge.

Além da exibição das mostras, o Guarnicê contou com uma vasta programação. A Academia Internacional de Cinema (AIC) participou do evento com quatro oficinas: Oficina de Direção com o professor Leandro Afonso, Oficina de Direção de Fotografia com o professor Cleumo Segond, Oficina de Produção com a professora Alessandra Haro e Oficina de Direção de arte com o professor Dicezar Leandro.

As oficinas foram um sucesso e deixaram um gostinho de quero mais. Robson Silva, aluno da oficina de Direção de Fotografia comentou nas redes sociais: “Foi uma semana de muito aprendizado sobre o universo fotográfico com o Mestre Cleumo Segond”.

Agora esperar a edição do ano que vem!

*Crédito foto: Lauro Vasconcelos/Festival Guarnicê

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Quero Ser Diretor de Cinema

Diretor de Cinema é o profissional que faz as escolhas narrativas para transformar a história que está no papel em um filme.

“As pessoas podem dizer que existe um milhão de maneiras de filmar uma cena, mas eu acho que não. Acho que existem duas, talvez. E uma delas está errada.”

As palavras de David Fincher podem parecer radicais, mas elas definem exatamente a função do diretor de cinema: saber o que quer.

Por isso, a ideia desse profissional como um personagem muitas vezes autoritário e obsessivo pode se relacionar ao fato de que é preciso ser um pouquinho de tudo isso, sim, para lidar com tanta responsabilidade. Afinal, um filme de longa-metragem exige muito de uma porção de pessoas, mas o diretor é o fio condutor dessa história. É na cabeça dele que a narrativa do filme, de fato, se constrói.

 

Veja também nossos outros artigos da série Profissões do Cinema:

 

O que faz um diretor?

Contar uma história é o que move um diretor de cinema. Essa é a função que atravessa todas as etapas do fazer cinematográfico, mas que se potencializa por meio das escolhas criativas e narrativas que o diretor vai fazer, desde a pré-produção até a finalização. Como o maestro de uma orquestra, ele conduz os outros profissionais a executarem sua visão para o filme.

David Mamet costumava dizer que um diretor de cinema tem duas funções: decupar e estar de bom humor. A decupagem nada mais é do que pegar um roteiro e imaginar o que está escrito em forma de imagens, criar uma atmosfera, transformar as palavras em cenas – visualizando enquadramentos, movimentos de câmera e demais aspectos imagéticos. Quanto ao bom humor, nada mais importante para alguém que precisa lidar constantemente com outros artistas e tirar deles o melhor trabalho possível.


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Ser um bom líder, nesse caso, é essencial. Além de escolher os profissionais da equipe, o diretor será responsável por passar sua ideia para cada um deles, de modo que todos sigam a mesma linguagem e “façam o mesmo filme”. É importante saber comunicar o que você quer, para que os outros profissionais entendam o conceito, mas acima de tudo é preciso saber ouvir.

Martin Scorsese certa vez disse que o cinema é simplesmente uma questão de decidir o que está dentro do quadro e o que está fora. Já Stanley Kubrick afirmou nem sempre saber o que queria, mas que ele sempre sabia o que não queria. Se a função do diretor de cinema é contar uma história em forma de filme, e boa parte das decisões desse filme estão em suas costas, será que pode haver trabalho mais interessante, mas também mais difícil, num set de filmagem?

 

Dificuldades e desafios

Que dirigir um filme não é tarefa das mais fáceis, todo mundo sabe, até mesmo quem não faz a menor ideia do que se passa em um set de filmagem. Mas quais são as dificuldades reais que o diretor enfrenta, em seu trabalho? Quais seus maiores desafios?

Tudo parece muito simples no papel, até que alguém pegue uma câmera e resolva colocar atores falando e se movimentando em frente a ela. Aí surgem dezenas de pessoas oferecendo soluções para os problemas criados pelas páginas do roteiro. Nesse cenário que parece um tanto quanto caótico, a função do diretor é tentar fazer com que tudo fique o mais claro possível para todos os envolvidos, mesmo que no final não se consiga executar a história do jeito que está em sua cabeça.

Uma das maiores dificuldades do diretor é lidar com os imprevistos no decorrer da produção – e eles acontecem, muito mais do que se gostaria. É preciso tomar novas decisões todos os dias, dentro de circunstâncias muitas vezes inesperadas, sem comprometer a visão do filme. Também é preciso estar aberto a esses imprevistos, incorporando novas ideias que podem enriquecer o filme criativamente. Com certeza, não é um trabalho para quem curte rotina.

Além da pressão de conduzir esse processo do início ao fim, sem deixar que o conceito narrativo se perca, é preciso lidar diariamente com o ego – o seu e o da equipe inteira. Autoridade nem sempre quer dizer falta de humildade, e essa máxima vale no cinema como em qualquer outra profissão. Por isso, um bom diretor precisa ter consciência de que verá nascer o filme de forma mais completa do que qualquer outro profissional no set, mas que sem a colaboração e o trabalho dessas outras pessoas, nada disso seria possível.

 

Quais as responsabilidades de um diretor?

Tudo o que se refere a fazer o filme é, de maneira direta ou indireta, responsabilidade do diretor. Desde o roteiro até a captação de recursos, passando pela filmagem e pós-produção, cada pequeno aspecto pode influenciar a história criativamente, exigir mudanças, decisões.

Na pré-produção, o papel do diretor é fundamental para passar aos demais integrantes da equipe o conceito do filme – arte, fotografia, som e todos os elementos envolvidos na narrativa. É ele quem vai decupar o roteiro, ensaiar com os atores, definir as locações e ajudar a produção a decidir tudo o que for relacionado à narrativa.

Durante a produção, na filmagem propriamente dita, seu trabalho é dirigir as cenas, lidando com as dificuldades ou eventualidades que a equipe possa enfrentar para a realização do projeto. Normalmente, o diretor possui um monitor para assistir o que a câmera está filmando em tempo real e depois fazer suas observações, pedir para gravar novas tomadas ou conversar com os atores se quiser que mudem algo em suas performances. Nessa fase, ele precisa garantir que o material captado seja exatamente aquilo que irá precisar na sala de edição, para montar o filme.

Na etapa de pós-produção, trabalhando com o montador, com o editor de som, com os profissionais de mixagem e de correção de cor, o diretor do filme dá continuidade ao trabalho iniciado lá atrás, na pré-produção. Ou seja, ele garante que a estrutura narrativa imaginada e executada permaneça na montagem e finalização, enriquecendo as linguagens e conceitos já desenvolvidos junto aos outros profissionais.

Dependendo da produtora e do tipo de filme (no cinema independente, por exemplo, o diretor geralmente acaba tendo mais autonomia), alguns diretores participam também da definição de estratégias para o lançamento do filme – definindo quais as melhores salas de cinema para exibição ou o melhor festival para estreia. É ele também quem dá entrevistas, junto com os atores, na fase de divulgação.

 

 

Como é o dia a dia de um diretor?

Quando não está filmando, um diretor ou diretora de cinema passa boa parte do seu tempo observando a vida e as relações humanas. A parte bacana é que isso pode ser feito enquanto você se envolve em outras tarefas: andando na rua, cuidando dos filhos, na fila do banco…. Assim como o roteirista, cabe ao diretor usar a imaginação para enxergar, na vida, pequenos momentos cinematográficos.

Outro trabalho do diretor, que pode até parecer diversão, é assistir filmes – muitos filmes, se possível todos os dias. Isso educa o olhar e faz com que o profissional se torne cada vez mais analítico e detalhista, com um repertório imagético para oferecer soluções no seu próprio set de filmagem. Afinal, é preciso conhecer profundamente a linguagem cinematográfica já existente para quebrar parâmetros e criar novas linguagens.

Dependendo da etapa em que o filme se encontra, o dia a dia do diretor muda muito, por isso a única certeza dessa carreira é de que muitas incertezas irão surgir, constantemente. Mas, claro, você pode se preparar para algumas fases do processo, planejando o máximo possível com antecedência. Por isso a pré-produção é uma etapa tão importante, em qualquer filme.

Para a maioria dos diretores, a filmagem é o período que mais requer energia e também o mais empolgante, pois é quando tudo o que foi imaginado finalmente se torna concreto. O ritmo e as demandas do set costumam ser bastante intensos, principalmente para o diretor, pois em geral o tempo é curto e ele deve estar preparado para tomar decisões a todo momento. Nessa fase, é como se o diretor – junto com toda a equipe de filmagem – mergulhasse em outro universo e vivesse outra vida.

Já na pós-produção, o envolvimento do diretor depende muito de cada profissional. Alguns preferem orientar o montador e deixar que ele faça seu corte, outros acompanham mais de perto a edição. De todo modo, como é o diretor que responde, conceitualmente, pelo resultado final do trabalho, geralmente ele faz questão de estar envolvido em todos os momentos, “respirando” o filme até a exibição na sala de cinema.

 

Quanto tempo demora cada projeto?

Isso pode variar muito, dependendo da natureza do projeto – se for ficção, documentário, uma grande produção ou baixo orçamento… Mas pode-se dizer, generalizando, que o tempo médio de uma produção padrão de longa-metragem de ficção no Brasil fica em torno de três anos (incluindo roteiro, captação, pré-produção, filmagem, pós-produção e distribuição).

No caso de documentários, o cenário muda um pouco. Esse tipo de filme acontece no tempo que for preciso para contar a história, com extremas variações. Alguns são filmados em poucos meses, outros demoram décadas para serem concluídos.

Como, no Brasil, os cineastas dependem em larga escala de editais e leis de incentivo, o tempo dos projetos varia muito também de acordo com a aprovação e captação dos recursos. Outros fatores externos, como problemas de produção, podem afetar o cronograma do filme.

Há quem consiga, mesmo na ficção, fazer filmes de longa-metragem em um curto espaço de tempo, mas tudo depende da linguagem e da estética do filme. Cada projeto tem um perfil, mas como o diretor está presente em todas as fases do processo, é possível que, para não ficar parado, ele se envolva em mais do que um filme ao mesmo tempo.

 

Quanto ganha um diretor?

A maioria dos profissionais da área afirma que é muito difícil estipular uma média de salário para a carreira de diretor, embora seja absolutamente possível viver disso. A tabela do Sindcine estipula que o piso salarial para diretores em longa, média ou curta-metragem seja de aproximadamente 2500 reais por semana, porém esse valor pode chegar a até 7 mil reais por semana. Em publicidade, um diretor pode ganhar até 10% do orçamento total do filme, o que torna essa possibilidade bastante atrativa para quem quer ingressar no mercado.

Em se tratando de projetos autorais ou de “guerrilha”, pode acontecer de o diretor abrir mão de seu cachê para investir esses recursos em outros aspectos da produção do filme, como objetos de arte, equipamentos de fotografia ou efeitos especiais. Nesses casos, é comum também que o diretor seja produtor do filme e tem participação nos resultados (bilheteria ou prêmios em festivais, por exemplo). Se o filme for bem-sucedido comercialmente, o diretor pode acabar investindo esses lucros em seus futuros trabalhos.

Apesar da variação de projetos possíveis e seus desdobramentos mercadológicos, orçamentários e de cronograma, em geral o cachê do diretor é um dos mais altos do filme. Por conta disso, é possível se manter na carreira administrando o valor recebido por um projeto durante vários meses.

Embora seja uma profissão instável, que não pode ser muito pensada em termos burocráticos, o reconhecimento no caso de um bom trabalho é sempre muito maior do que para os demais profissionais, em especial os das áreas técnicas. Além disso, a formação em direção cinematográfica abre portas para diversas outras possibilidades. A televisão (principalmente seriados) pode ser uma excelente opção para os diretores iniciantes, não apenas pela estabilidade financeira, mas por utilizar uma linguagem que tem dialogado muito com a estética do cinema. Naturalmente, são propostas audiovisuais distintas, mas é possível encontrar muita sofisticação e criatividade narrativa em diversos conteúdos para TV e internet hoje em dia.

 

Como se tornar um diretor

É um longo percurso. Os mais românticos diriam que basta “amar o cinema” e “ver filmes”. Na verdade, a forma mais tradicional é começar como assistente de direção e migrar para a direção. Há quem seja roteirista e diretor, ou quem passe da direção de fotografia para a direção – uma vez que, com a democratização da tecnologia digital, as áreas se tornam cada vez mais fluidas. Muitos diretores se especializam também em montagem, para terem maior domínio da decupagem.

Para quem estuda, o conselho é escrever um bom projeto de TCC, fazer uma boa defesa em caso de pitching e ter um bom curta de formação. Fazer videoclipes ou vídeos institucionais muitas vezes também pode ajudar a pensar em imagens e praticar seu ofício fora da universidade.

No Brasil, grande parte dos diretores de cinema começa a carreira fazendo filmes curtos, enviando-os para festivais, ganhando prêmios. Daí para um longa-metragem, são vários caminhos, mas facilita quando o diretor já tem um roteiro em mãos. A passagem de assistente de direção para diretor também costuma acontecer de maneira natural, através da prática.

Nesse sentido, os cursos de formação podem ser úteis porque neles você conhece pessoas e pode formar um grupo de trabalho. O cinema é uma arte coletiva, que envolve conhecimento técnico – duas coisas que uma escola pode oferecer.

Mas apenas estudar também não basta para formar um diretor, pois o ato de criar é o que traz cada vez mais conhecimento. Essa não é uma área acadêmica, mas prática, na qual é preciso arregaçar as mangas e fazer filmes, muitos filmes. Por isso, se você é um aspirante a diretor, tente buscar cursos que valorizem esse tipo de atividade e exercício, no qual possa realmente executar esse ofício em um set de filmagem.

Independentemente de qual formação você escolher, a recomendação dos diretores, para alguém que quer se tornar um diretor, é ter uma relação de amor pelo cinema. Ver e fazer a maior quantidade possível de filmes. Pensando de forma mais poética, podemos dizer que, no fim das contas, as respostas que você procura sempre vão estar nos próprios filmes.

 

Referências e conselhos

Para os futuros diretores de cinema, a filmografia e bibliografia são vastas. Podemos começar com os clássicos “Fellini 8 ½”, de Federico Fellini, e “Noite Americana”, de François Truffaut, ou o recente “Mia Madre”, de Nani Moretti, que abordam o universo de diretores de cinema e os desafios do set de filmagem.

Para aqueles diretores que também são roteiristas, “O Desprezo”, de Jean-Luc Godard, é uma boa pedida. Confira também “Rogopag – Relações Humanas”, uma série de quatro curtas-metragens, gravados por diferentes diretores de cinema. O curta de Pasolini, ‘La Ricotta’, conta a história de uma produção luxuosa sendo gravada em uma área pobre.

Outra sugestão é assistir os materiais extras de filmes, disponíveis em DVD ou BluRay, e muitas encontrados na internet. Sempre há um diretor contando algo que possa ajudar, falando sobre os processos, efeitos práticos, as dificuldades e soluções encontradas no set.

Você pode também assistir alguns documentários de making of. Por exemplo, o doc “Apocalipse de um Cineasta” aborda as filmagens de “Apocalypse Now”, de Francis Ford Coppola. “Meu melhor inimigo”, de Werner Herzog, fala sobre a relação dele com Klauss Kinski, seu ator preferido. “Lost in La Mancha” mostra a o set de um filme de Terry Gillian sobre Don Quixote, que nunca foi concluído.

Passando para as produções nacionais, em 1964 o cineasta Eduardo Coutinho estava gravando um filme no Nordeste do Brasil, mas foi obrigado a interromper as gravações por causa da ditadura militar. “Cabra Marcado Para Morrer” é o retorno do diretor, em 1981, a esse filme.

Quanto aos livros, alguns dos mais recomendados são “Hitchcock/Truffaut”, uma verdadeira Bíblia da direção cinematográfica, cujo conteúdo também está em um documentário de mesmo nome. “Esculpir o Tempo”, de Andrey Tarkovski, também pode ser lido e assistido. “A Espera do Tempo – Filmando com Kurosawa”, escrito por seu assistente de direção, Teruyo Nogami, é outro livro indispensável.

Para quem se interessa também por edição, “Num piscar de olhos”, de Walter Murch, traz questões sobre o ato de olhar e refletir dentro do processo de montagem – importantes, na verdade, para qualquer pessoa que queira se tornar editor.

Outras recomendações são o livro “Meu Último Suspiro”, de Luis Buñuel, uma biografia que se mistura com relatos fílmicos, e “A Mise En Scène no Cinema – Do Clássico ao Cinema de Fluxo”, de Luiz Carlos de Oliveira Jr.

Finalmente, quem quer ser diretor de documentário também tem algumas opções de livros interessantes, incluindo “Introdução ao Documentário”, de Bill Nichols, e “Eduardo Coutinho”, organizado por Milton Ohata, que fala sobre esse que foi um dos maiores documentaristas brasileiros.

Além de ler muito e ver muitos filmes, um bom diretor de cinema precisa olhar o mundo com o coração aberto, sem preconceito. Precisa de perseverança, disciplina, ousadia, imaginação, coragem e determinação. As histórias que você conta precisam ter ressonância emocional com o público, essa relação de fazê-lo sentir alguma coisa por meio da sua arte.

Observe pessoas, estude atores; não vá apenas ao cinema, mas também ao teatro. Estude sempre, busque referências, conheça a História do Cinema. Crie um repertório visual, fique por dentro das ferramentas tecnológicas que continuam surgindo. Se optar por um curso, busque parcerias, troque ideias e experiências. Se tiver a chance de participar de outros sets de filmagem, pratique o máximo possível antes de chegar ao seu. Tenha paciência, espere seu momento.

Fazer cinema é uma profissão difícil, que exige talento, mas sobretudo muito esforço. É uma busca constante, uma vontade de contar histórias que nunca acaba, nem mesmo quando um filme está terminado – pois essa é a hora de partir para outro. O único conselho é que você não desista no meio do caminho.

A carreira de um diretor de cinema pode parecer muitas coisas, mas uma delas é certa: trata-se de um trabalho apaixonante. Construir uma narrativa, com todas as ferramentas e possibilidades do audiovisual, é algo mágico. Por isso, se você acha que um dia ainda vai sentar numa cadeira de diretor, lembre-se de que até os melhores cineastas já se questionaram. É parte da profissão. “O que é um diretor de cinema? Alguém a quem as pessoas fazem perguntas sobre tudo. E, algumas vezes, ele tem as respostas” – François Truffaut.

 

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*Por Katia Kreutz e equipe da Academia Internacional de Cinema

* Fontes consultadas para esse artigo, professores da Academia Internacional de Cinema: Lina Chamie, Vinicius Reis e Pedro Jorge “Cabrón”

**Foto: Alexandre Borges

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Vencedores do Filmworks Film Festival 2017 – edição Rio de Janeiro

O clima do Filmworks Film Festival (FWFF) do Rio de Janeiro foi de muita descontração. Os coordenadores de curso, Clarissa Nanchery e Eduardo Valente, conduziram a apresentação com leveza e uma performance bem-humorada. Além de bom humor, o festival também contou com muita emoção. Seja pela experiência de ter os filmes exibidos na telona, seja pelos discursos dos vencedores.

Nossos super-coordenadores-apresentadores Clarissa e Eduardo!
Nossos super-coordenadores-apresentadores Clarissa e Eduardo!

Ao todo foram 26 curtas-metragens exibidos entre os dias 05 e 06 de junho no CineMaison, no Consulado Francês no Centro do Rio de Janeiro. Divididos em três sessões de ficção e duas de documentário, os filmes concorreram em 12 categorias: Direção, Roteiro, Fotografia, Edição, Direção de arte, Som, Atuação, Melhor Filme, New Vision, Júri Popular, Curta Livre e Melhor Documentário. Pela primeira vez o festival recebeu a inscrição de filmes de alunos dos cursos de cinema e documentário, além dos já tradicionais filmes dos alunos do FILMWORKS – o curso técnico em direção cinematográfica da escola.

O Melhor Filme

Pedro Henrique Martins e Paulla Carniell, prêmio de Melhor Filme e Melhor Atuação, para Interiores
Pedro Henrique Martins e Paulla Carniell, prêmio de Melhor Filme e Melhor Atuação, para Interiores

Uma atriz em sua jornada de autoconhecimento é o enredo do filme vencedor. “Interiores”, do aluno Pedro Henrique Martins, recebeu o prêmio mais esperado da noite. Além do troféu um serviço de correção de cor oferecido pela Link Digital. O professor Fillipo Pitanga, ao anunciar o vencedor destacou: “pelo incrível entrosamento entre direção, câmera e atuação, que produz como resultado um íntimo e pulsante exercício de generosidade mútua”. Paula Carniell, a protagonista do filme, também recebeu o prêmio de Melhor Atuação.

Outros Vencedores

Entre tantas histórias e temas diferentes o FWFF do Rio de Janeiro transpirou diversidade.

T. S. Marques, recebendo prêmio de Melhor Montagem. O filme "Game" também recebeu o prêmio de Júri Popular
T. S. Marques, recebendo prêmio de Melhor Montagem. O filme “Game” também recebeu o prêmio de Júri Popular

Em “Piano Forte”, filme ganhador do prêmio de roteiro e que teve sua estreia internacional no 26º Arizona International Film Festival, o músico amador e autodidata Maurício Maia sai do subúrbio da baixada fluminense, em uma longa viagem até o centro do Rio de Janeiro, em busca de pianos abertos ao público para tocar. O curta transpira resistência, seja pela história do músico ou pela linguagem e narrativa, que convidam à reflexão sobre o acesso à cultura, as desigualdades de oportunidade e o esforço individual de quem sonha em viver de arte. Já “Game”, filme que recebeu os prêmios de Melhor Montagem e Júri Popular, mostra a tecnologia dominando a vida moderna de forma leve e divertida. Usando a linguagem dos jogos de videogame, conta a história de um hacker, que vive anônimo na rede até o dia em que recebe o diagnóstico de uma doença terminal. Sua única esperança é instalar um biochip dentro de seu corpo. Diante deste dilema, entra em crise existencial, e descobrir o sentido da vida passa a ser o objetivo do jogo. Também teve vampiro. “Encontro às Cegas”, prêmio de Melhor Direção, trouxe humor e novidade para o tema clássico: um vampiro cego, em pleno 2016, atrai suas vítimas para a sua casa por meio de aplicativos de celular.

Confira todos os filmes e alunos premiados:
  • Melhor Roteiro: Piano Forte por Anabela Roque
  • Melhor Direção: Encontro às Cegas por Isabela Costa

    "Pelo trabalho preciso de câmera que, junto com inserções sutis e muito instigantes de áudio, dão corpo a uma observação audiovisual sensível e atual sobre as relações humanas através do espaço urbano, premiamos o filme Canto" - Menção Honrosa de Documentário
    “Pelo trabalho preciso de câmera que, junto com inserções sutis e muito instigantes de áudio, dão corpo a uma observação audiovisual sensível e atual sobre as relações humanas através do espaço urbano, premiamos o filme Canto” – Menção Honrosa de Documentário
  • Melhor Direção de Fotografia: E Ela Tinha um Coração por Michele Diniz
  • Melhor Direção de Arte: 2116 por Isabela Costa e Shirley Dioulo
  • Melhor Edição: Game por T. S. Marques
  • Melhor Som: 4:20 por Diego Leal
  • Melhor Atuação: Paulla Carniell por Interiores
  • New Vision: Nisiano por Daniel Caó
  • Melhor Filme: Interiores por Pedro Henrique Martins
  • Curta Livre: Theo por Luísa Giesteira
  • Melhor Documentário: Por Quantos Mundos Atravessamos? Por Maria Weickardt, Monica Klemz e Carlos Perrota
  • Menção Honrosa:  Canto por Cléber Weissheimer, Fabiano Leobons, Fernanda Burzaca, Gabriela Coelho, Luisa Mello e Vinicius Forain
  • Melhor Filme por Júri Popular: Game por T. S. Marques

Os Prêmios

Os parceiros responsáveis pela distribuição dos prêmios aos alunos foram: Naymar, Link Digital, Yuole, CTAv/MinC, Mistika, Iguale Comunicação, Imovision, Livraria da Vila, Gullane Entretenimento, Locall, Cinecolor e Elite Cam. Agora só esperar a edição do ano que vem!

*Fotos de Ivanildo Carmo

Vencedores do Filmworks Film Festival 2017 – edição Rio de Janeiro Read More »

Vencedores do Filmworks Film Festival 2017 – edição São Paulo

Cinema cheio com jurados, professores, alunos e familiares.
Cinema cheio com jurados, professores, alunos e familiares.

Pode parecer clichê cinematográfico, mas, a sensação que costurou toda a premiação da 8ª edição do FILMWORKS FILM FESTIVAL foi a comoção. Agitação de sentimentos tanto dos premiados como da plateia. Emoção em sua forma mais pura. Seja pela temática dos filmes, pelo discurso emocionado dos ganhadores ou por fatores mais simples, como o auditório lotado e caloroso, as palmas estridentes a cada troféu entregue ou pela apresentação emocionada da coordenadora Juliana Salazar. Além disso, para deixar tudo ainda melhor, o Festival Exclusivo da Academia Internacional de Cinema (AIC) contou com duas novas sessões, uma mostra de documentário e uma de filmes LGBTs. Pela primeira vez também, o festival recebeu a inscrição de filmes de alunos dos cursos de cinema e documentário, além dos já tradicionais filmes dos alunos do FILMWORKS – o curso técnico em direção cinematográfica da escola.

Ronaldo Dimer e Victor Amaro recebendo o prêmio por “Tempos de Cão”
Ronaldo Dimer e Victor Amaro recebendo o prêmio por “Tempos de Cão”

Ao todo foram 27 filmes exibidos no CineSesc, entre os dias 2 e 3 de junho, concorrendo a 12 categorias: Direção, Roteiro, Fotografia, Edição, Direção de arte, Som, Atuação, Melhor Filme, New Vision, Júri Popular, Curta Livre e Melhor Documentário. Segundo os jurados, essa foi de longe a edição mais acirrada e a votação foi apertada, muitos filmes não receberam prêmios por muito pouco e todos foram unanimes ao dizer que os filmes eram muito bons e tiveram dificuldades na escolha.

O Melhor Filme

Tempos de Cão
Cena de “Tempos de Cão”, vencedor do prêmio de Melhor Filme – filme sobre a falta de água.

O prêmio de melhor filme foi para “Tempos de Cão”, de Ronaldo Dimer e Victor Amaro. O curta traz à tona questões da crise hídrica paulista e não-atores que vagam por uma São Paulo inabitada (um cenário “futurista-mad-max”) e tentam resistir a extinção eminente e a falta de água. A dupla de diretores já trabalhou junto em “Armat Jakawinaka – Vidas Ausentes”, filme vencedor dos prêmios de Melhor Filme, Roteiro e Direção no Filmworks Film Festival de 2015 e que também foi exibido na Mostra Foco, na 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes. O filme também recebeu o prêmio de Melhor Arte. Quem assina a direção de arte do curta são os alunos Cris Cortilio e Victor Amaro.

Mulheres negras e Empoderamento Feminino

A professora Teresinha Cipolotti, e os coordenadores Martin Eikmeier e Juliana Salazar entregando o prêmio para o documentário Carolina
A professora Teresinha Cipolotti, e os coordenadores Martin Eikmeier e Juliana Salazar entregando o prêmio para o documentário Carolina

Dois curtas-documentários que retratam o universo da mulher negra e seu percurso de empoderamento, tema atual e necessário, que trouxeram ainda mais emoção para o evento, também saíram vencedores do festival. “Carolina”, curta-documentário de Camilla Lima, Fernanda Pithan, Jéssica Cruz, Natália Francis e Felipe Nunes revela a história da migrante, negra, favelada e mãe solteira, Carolina Maria de Jesus que escreveu o livro “Quarto de Despejo”, publicado nos anos 60. O filme recebeu os prêmios de Curta Livre e Júri Popular. “A Carolina caiu nas nossas mãos por um acaso do destino! Fazer esse filme foi muito importante para nós e acredito que ele seja de extrema relevância para o debate do empoderamento feminino”, conta Fernanda Pithan, uma das diretoras do filme. “Esse Bumbo é Meu” recebeu o prêmio de Melhor Documentário. Dirigido por Paula Simões, Ruy Reis, Dagmar Serpa, Daniel Mirolli e Marina Chekmysheva, apresenta a luta, preconceitos e conflitos vividos pelas mulheres do samba que tentam manter viva a cultura de seus ancestrais, o samba de bumbo, expressão musical tradicional do interior paulista, herança do tempo da escravidão.

Todos os alunos vencedores do 8. Filmworks Film Festival - São Paulo
Todos os vencedores do 8. Filmworks Film Festival – São Paulo

“Dos seis documentários que estavam na mostra, três tratavam do protagonismo feminino, em especial da mulher negra, e um filme do protagonismo de um personagem negro, num bairro afro-italiano, que é o Bexiga em são Paulo. Os filmes são dos alunos, claro, mas de alguma forma, a AIC dá a oportunidade para que esses filmes sejam produzidos. Então, a gente fica muito feliz, como escola de cinema, em dar espaço para que apareçam na esfera pública trabalhos com essa densidade social. A questão da mulher, a questão da mulher negra, a questão da cultura popular… Talvez, se não fossem oportunidades como essa, esses projetos não viessem à tona com a urgência que eles precisam ter”, diz Júlio Wainer, documentarista e sócio mantenedor da AIC.

Melhor Atuação e New Vision

Danna Lisboa, transexual e não-atriz que estrela o filme “Cidade Neon” também trouxe questões importantes em seu discurso. Emocionada, após receber o prêmio por sua atuação, falou da necessidade da sociedade conhecer outros corpos, diferente daqueles que são ‘catalogados’ e conhecidos.
Danna Lisboa, transexual e não-atriz que estrela o filme “Cidade Neon” também trouxe questões importantes em seu discurso. Emocionada, após receber o prêmio por sua atuação, falou da necessidade da sociedade conhecer outros corpos, diferente daqueles que são ‘catalogados’ e conhecidos.

Danna Lisboa, transexual e não-atriz que estrela o filme “Cidade Neon” também trouxe questões importantes em seu discurso. Emocionada, após receber o prêmio por sua atuação, falou da necessidade da sociedade conhecer outros corpos, diferente daqueles que são ‘catalogados’ e conhecidos. “Outros corpos existem e precisam ser conhecidos e aceitos”, falou, arrancando gritos e aplausos da plateia. O crítico de cinema Rubens Ewald Filho, além de jurado, apresentou o prêmio New Vision. Em seu discurso, contou que acompanha a trajetória da escola e dos filmes produzidos pelos alunos e ficou muito feliz em ver a evolução dos filmes e todo o potencial da escola e dos alunos. Entregou o prêmio para Akira Kamiki, que dirigiu o filme “Poente”.

Confira todos os vencedores:

  • Roteiro | Meire Teve Um Sonho Estranho | Matheus Candido
  • Direção | Onde o céu acerta seus ponteiros | Marco Aurélio Paiva
  • Fotografia | ORODETOLO | Bruno Trentin
  • Arte | Tempos de Cão | Cris Cortilio e Victor Amaro
  • Edição | Fragmentos de uma Metrópole | Raphael Cubakowic
  • Som | ORODETOLO | Bruno Cabral
  • Atuação | Cidade Neon |Danna Lisboa
  • New Vision | Poente
  • Curta Livre | Carolina
  • Melhor Documentário | Esse Bumbo é Meu
  • Melhor Filme | Tempos de Cão
  • Júri Popular | Carolina

Prêmios

Parceiros da AIC responsáveis pelos prêmios dados aos alunos
Parceiros da AIC responsáveis pelos prêmios dados aos alunos

Além do troféu  os alunos receberam prêmios dos parceiros.  Mistika – uma cópia em DCP; Locall – crédito de R$ 4.000 em diária / locação de equipamento de iluminação; Iguale – serviço de acessibilidade; Elitecan – 3 diárias de kit de filmagem; Imovision  – kit de dvd’s; Gullane – estágio remunerado; CineSesc – sala de cinema; CTAV – 20h de mixagem ou empréstimo de equipamentos (SI-2K e acessórios) por duas semanas; Livraria da Vila – kit de DVDs.

Parceiros

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*Fotos: Alexandre Borges

Vencedores do Filmworks Film Festival 2017 – edição São Paulo Read More »

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