Documentarista Jorge Bodanzky

Jorge Bodanzky é convidado especial em aula de Documentário

No último sábado (16) a Academia Internacional de Cinema (AIC) recebeu o cineasta Jorge Bodanzky para a aula inaugural do curso de documentário.  Marcada por uma troca enriquecedora de experiências entre o cineasta, Bruna Callegari  – montadora de Bodansky e coordenadora do curso, além dos estud;[p’antes./

Bodanzky compartilhou detalhes de seu processo como documentarista, exibindo um filme inédito em fase de edição e trechos de outras obras emblemáticas de sua carreira. Ele revelou os bastidores de sua abordagem ao adentrar em locais sensíveis, como aldeias indígenas, países sob ditadura e ambientes marcados pela prostituição e criminalidade, destacando a importância de capturar a essência e autenticidade desses espaços, mantendo as personagens reais conectadas ao seu dia a dia, apesar da presença das câmeras.

Jorge Bodanzky cineasta e documentarista

Uma das curiosidades compartilhadas por Bodanzky foi a mudança em suas técnicas de captação ao longo do tempo, revelando que uma parte significativa de suas filmagens atuais é feita utilizando apenas o celular, enfatizando que o que importa é o olhar e sensibilidade do cineasta, e não necessariamente o equipamento utilizado.

“Saber como ele construiu a carreira, o olhar dele sobre as personagens que construiu, foram aspectos muito interessantes. Mas, para mim, o surpreendente foi saber que ele filma com celular, ou seja, ele não precisa de um super equipamento para contar as histórias, o que demonstra que, para ele, importa muito mais o conteúdo do que ter uma parafernália tecnológica com conteúdo vazio”, compartilhou a aluna Adriana Cardoso.

A aula proporcionou uma oportunidade prática de aprendizado sobre as escolhas durante o processo de edição, com Bodanzky e Callegari convidando os alunos a contribuir com insights sobre o novo filme, seja no roteiro, narração ou escolha de imagens, permitindo-lhes compreender o funcionamento do processo criativo de um documentário.

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Festival visoes periféricas

AIC apoia o Festival Visões Periféricas

Festival Visões Periféricas é uma plataforma de difusão de filmes de curta, média e longa-metragem e desenvolvimento de projetos audiovisuais produzidos nas múltiplas periferias brasileiras. A 17ª edição do festival acontece entre os dias 20 e 26 de março de 2024 com formato presencial e online e gratuito para todo o Brasil.

Além da exibição presencial, de 20 a 24 de março, serão exibidos no site do Visões Periféricas nos dias 25 e 26 apenas as Mostras Fronteiras Imaginárias, Panorâmica e Visorama. Nestes dois dias a competição será on-line com votação do internauta.

A edição deste ano acontece no Estação Net Rio, Estação Net Botafogo e CineCarioca Nova Brasília.

O festival é pioneiro, também, em privilegiar através de sua curadoria e temática filmes produzidos por realizadores que vivem nas múltiplas periferias brasileiras: sociais, territoriais e existenciais.

A AIC é uma das apoiadoras do festival, concedendo ao vencedor da categoria de melhor filme uma bolsa de estudos integral para um curso online da Academia à escolha do diretor.

Programação

O festival esse ano exibirá, ao todo, 57 filmes de longas-metragens, médias e de curtas-metragens, distribuídos nas Mostras: Fronteiras Imaginárias: filmes de até 30 minutos produzidos por realizadores independentes de todo o Brasil; Cinema da Gema: filmes de até 30 minutos produzidos no Estado do Rio de Janeiro; Panorâmica: filmes com duração de pelo menos 40 minutos (média e longa metragens) Visorama: filmes de até 15 minutos produzidos em projetos de formação audiovisual no Ensino Básico, Ensino Médio e/ou projetos do terceiro setor, na Mostra Homenagem e na Mostra Itaú Cultural Play, além dos longas de abertura e de encerramento do festival.

Além das Mostras, o festival realiza o Visões Lab, que consiste num laboratório de desenvolvimento de projetos de longas de ficção que irão receber uma mentoria nas áreas de roteiro, direção e produção executiva. Os projetos dos participantes, selecionados em 2024 passarão por uma rodada de pitching com players do mercado ao final do projeto. Os projetos vencedores receberão prêmios em dinheiro e prestação de serviço.

Participarão da banca de pitching os players: Elo Studios, Canal Brasil, Cardume, Prime Box Brasil, Têm Dendê Produções e Vitrine Filmes. 

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Palestrantes Convidados

wagner moura AIC, merighella
Wagner Moura, palestrante convidado da AIC, falou sobre seu trabalho como ator e sobre seu primeiro trabalho como diretor, o filme sobre a vida de Marighella. Foto: Ricardo Aleixo

 

Muitos realizadores brasileiros e de outros países já passaram pela Academia Internacional de Cinema (AIC) ao longo dos anos, dando continuidade a um debate sobre arte, mercado e audiovisual nacional e internacional. Foram palestras, aulas especiais, workshops, exibições de filmes, discussões e bate-papos online e ao vivo com muitos diretores, além de produtores, fotógrafos, diretores de arte e tantos outros profissionais de cinema. Confira abaixo alguns dos cineastas que visitaram a AIC.

 

2023

Julia Barbosa Diretora de Fotografia
Andrey Haag Produtor
Luma Reis Articuladora de inserção e educação continuada
Fabiano Gullane Produtor e Sócio-fundador da Gullane Filmes
Fabio Cesnik Sócio-fundador do CQS/FV Advogados
Eduardo Valente Cineasta e Crítico de Cinema
Sonia Santana Presidente Sindcine
Jandilson Vieira  – Representante SATED-SP
Rita Teles Produtora Cultural e Vice-presidente SATED-SP
Gabrielle Araujo Atriz e Produtora
Moara Passoni Produtora e Roteirista
Cristiano Burlan  – Cineasta
Sol Miranda  – Atriz
Gabriel Uchida  – Produtor
Jorge Bodansky – Cineasta, Documentarista

2022

Amanda Kadobayashi  Produtora
Luiz Alberto Pereira  Cineasta
Camila Luppi  – Supervisora de Produções Originais

2021

Maya Da-Rin Cineasta
Rosa PeixotoAtriz
Regis MyrupuAtor
Helvécio Marins Jr Cineasta
Eliane FerreiraProdutora Executiva
Marcelo IkedaEscritor e Pesquisador em políticas públicas para o audiovisual
Halder GomesCineasta
Neville D’AlmeidaCineasta
José DumontAtor
Graci GuaraniProdutora cultural e cineasta
Lucia MuratCineasta
Renata PinheiroDiretora, roteirista, diretora de arte e artista plástica
Eduardo Santana Produtor e idealizador do Cinefantasy –  festival de horror, fantasia e ficção-científica
Lucas BambozziArtista e pesquisador em mídias digitais
Pedro DantasDocumentarista
Daniela Dacorso– Fotógrafa e artista visual
Ana BrancoFotógrafa
Leo MartinsFotógrafo
Belisário FrancaCineasta
Daniela Pfeiffer Produtora Cultural

2020

André Ristum – Diretor
Felipe Braga – Roteirista de Mariguella
Bárbara Colen – Atriz
Renata Corrêa – Roteirista
Susanna Lira – Cineasta
Maya Da-Rin – Cineasta
Veronique Ballot – Cineasta

 

Eventos Online

Shirley Cruz – Atriz e roteirista
Geórgia Costa Araújo – Produtora
Lucas Gaspar Pupo – Fotógrafo subaquático e produtor
Viviane Ferreira – Diretora e roteirista
Lílis Soares – Diretora de Fotografia
Daina Giannecchini – Diretora
Quico Meirelles – Diretor
Alessandra Bergamaschi – Artista visual
Cao Guimarães – Cineasta e artista plástico
Eduardo Escorel – Montador, diretor de cinema e professor
Lucilene Pizoquero – Pesquisadora
Maeve Jinkings – Atriz
Letícia Simões – Diretora e Roteirista
Susanna Lira – Cineasta
Emilia Silveira – Documentarista e roteirista
Marcelo Botta – Diretor
Cesar Oiticica Filho – Diretor
Daniel Gonçalves  – Cineasta
Michelle Boesche – Atriz
Antonio Vanfill – Ator, diretor e diretor de arte, visagista, figurinista e roteirista de cinema e TV
Igor Pushinov – Ator, diretor, voice artist, produtor e comunicador
Talita Arruda – Curadora e distribuidora da Vitrine Filmes
Marcilio Moraes – Contista, romancista, dramaturgo, autor-roteirista e presidente da GEDAR (Gestão de Direitos dos Autores Roteiristas)
Rachel Ellis – Produtora e sócia da DESVIA
Kleber Mendonça – Diretor e roteirista
Lucrecia Martel – Diretora e roteirista
Juliano Dornelles – Diretor, diretor de arte e roteirista
Marco Dutra – Diretor, roteirista e compositor
Silvero Pereira – Ator
Danny Barbosa – Atriz
Beatriz Seigner – Diretora e roteirista
Gabriela Amaral Almeida – Diretora e roteirista
Clementino Junior – Cineasta e professor
Viviane Pistache – Roteirista e crítica de cinema
Tainá de Paula – Arquiteta e urbanista
Didi Assis – Cantora e compositora
Eugênio Lima – Músico, sonoplasta e diretor de teatro
Fernando Ceylão – Ator e roteirista
Suzana Aragão – Atriz, diretora de teatro
Gilda Nomacce – Atriz
Marat Descartes – Ator
Érica de Freitas – Produtora
Rickk Barbosa – Crítico de cinema
Luciano Vidigal – Ator e diretor
Sandra Kogut – Diretora
Carla Ribas – Atriz
Maria Caú – Roteirista e crítica de cinema
Kamilla Medeiros – Pesquisadora de cinema, cineclubista e realizadora
Henrique Antoun– Professor e especializado em Cibercultura e Filosofia
Luiz Baez – Crítico de Cinema
Flavia Guerra – Jornalista e documentarista

2019

Karine Teles – Atriz e roteirista
Melissa Dullius –  artista do coletivo DISTRUKTUR
Gustavo Jahn –  artista do coletivo DISTRUKTUR
Carolina Jabor – Diretora e sócia da Conspiração Filmes
Marton Olympio – Roteirista da Série “Cidade dos Homens”
Enrique Diaz – ator e diretor de teatro, cinema e TV
Camila Márdila – atriz
Marcelo Trotta – Diretor de Fotografia
Marco Dutra – Diretor, roteirista e compositor
Kiko Goifman – Diretor
Cibele Santa Cruz – Produtora de elenco
Alexandre Klempere – Diretor
Julia Katharineatriz e roteirista
César Rodrigues – Diretor
Viv Schiller – Roteirista da websérie RED
Eduardo Vaisman – Diretor
Carlos Eduardo Valinoti – produtor executivo
Matheus Peçanha, produtor executivo
Cavi Borges – produtor, diretor e empresário
Bruno Beauchamps – produtor, sócio da Pagu Pictures
Sylvia Palma – Roteirista na área de TV, cinema e outras mídias, jornalista e diretora de documentários
Thiago Dottori – Roteirista de cinema e TV
Sara Silveira – É uma das mais importantes produtoras de filmes no país
Luisa Clasen – youtuber do canal Lully de Verdade
Vinicius Reis – Diretor e roteirista
João Salaviza e Renée Nader Messora – Diretores do filme Chuva é cantoria na aldeia dos mortos
Camilo Cavalcanti – produtor, produtor executivo e documentarista
Tuca Siqueira – Diretora e Roteirista
 Zach Gayne – Diretor Canadense
Isabella Melo – Produtora Executiva

2018

Daniel Rezende, diretor de “Bingo – O Rei das Manhãs”
Tata Amaral, diretora da série “Causando na Rua”
Mini Kerti, diretora e sócia da Conspiração Filmes
Helena Ignez, atriz e diretora
Fernando Alves Pinto – ator
Luciano Sabino, ator e diretor de teatro, cinema e TV
Evelyn Schmidt, professora, cineasta, roteirista, cofundadora do Deutsche Film-Aktiengesellschaft Foundation
Maria Augusta Ramos, diretora de “O Processo”
Carol Alckmin, produtora executiva da O2 Filmes
Erez Milgrom, roteirista e analista de projetos da O2 Filmes

 

Semana de Orientação 2018 - Daniel Rezende
O montador e diretor Daniel Rezende conta para alunos e convidados da Semana de Orientação, na Academia Internacional de Cinema (AIC), sobre a produção do seu primeiro longa-metragem como diretor, “Bingo – O Rei das Manhãs”. Foto André Gardenberg

Sergio Goldenberg, roteirista da série “Onde Nascem os Fortes”, da TV Globo
Tiago Mello, produtor executivo da Boutique Filmes
Eduardo Piagge, diretor de fotografia da Boutique Filmes
Breno Silveira, diretor e sócio da Conspiração Filmes
Krishna Mahon, criadora do canal de YouTube Imprensa Mahon
João Daniel Tikhomiroff, diretor, produtor executivo e sócio da Mixer
Karine Teles, atriz e corroteirista de “Benzinho”
Julia Murat, diretora de “Pendular”

 

2017

Marina Person, diretora de “Califórnia”
Beto Brant, documentarista de “Pitanga”
Marçal Aquino, escritor, jornalista e roteirista de “O Cheiro do Ralo” e “O Invasor”
Wagner Moura, ator e diretor de “Marighella” (ainda sem data de lançamento)
Kevin Macdonald, documentarista de “Being Mick” e “Marley”
Laís Bodansky, diretora de “Como Nossos Pais”
Caio Gullane, produtor e sócio-fundador da Gullane Filmes
Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio
Fellipe Barbosa e Clara Linhart, “Casa Grande” e “Gabriel e a Montanha”

Marina Person fala sobre desafios da carreira no cinema

2016

Fernando Coimbra, diretor de “O Lobo Atrás da Porta” e alguns episódios de “Narcos”
Gabriel Mascaro, diretor de “Domésticas” e “Boi Neon”
Anita Rocha da Silveira, diretora de “Mata-me Por Favor”
George Moura, roteirista de “Getúlio” e de “Gonzaga, de Pai para Filho”
José Henrique Fonseca, diretor de “Heleno” e “O Homem do Ano”
Evaldo Mocarzel, documentarista, “Mensageiras da Luz – Parteiras da Amazônia” e “Do Luto à Luta”

2015

Brigitte Broch, diretora de arte (“Moulin Rouge”, “Amores Perros” e “Babel”)
Inês Efron, atriz argentina (“XXY” e “Medianeras”)
André Miranda, crítico e repórter especial do Jornal “O Globo”
Lúcia Murat, diretora e roteirista (“Que Bom Te Ver Viva” e “Brava Gente Brasileira”)
Rosana Urbes, animadora e diretora (“Guida”, “Tarzan” e “Lilo & Sitch”)
Jon Alpert, documentarista (“Bagdá ER” e “The Last Cowboy”)
Carla Domingues, coordenadora de aquisição de conteúdo do Canal Brasil
Rodrigo Maia, um dos fundadores do Catarse, a maior plataforma de financiamento coletivo do Brasil
Renata Almeida, diretora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
Marco Aurélio Marcondes, distribuidor independente (“Tropa de Elite 2” e “Durval Discos”)
Zico Goés, diretor de conteúdo na FOX International Channels do Brasil e ex-diretor de programação e conteúdo da MTVBRASIL
Lula Carvalho, diretor de fotografia (“Tropa de Elite”, “As Tartarugas Ninja”, “Robocop” e “Narco”)

brigitte broch
Brigitte Broch, diretora de arte de “Moulin Rouge”, “Amores Perros” e “Babel”. Crédito Yuri Pinheiro

2014

Mariana Rondon, diretora venezuelana (“Cabelo Ruim” e “O Garoto que Mente”)
Pablo Giorgelli, diretor e editor argentino (“As Acácias” e “Moebius”)
Jordana Berg, consagrada montadora especialista em documentários (“Jogo de Cena”, “Edifício Master” e “Santo Forte”)
Fernanda Carvalho, produtora executiva (“O Menino e o Mundo’, “Filme de Papel” e “Cinema do Brasil)
Paulo Boccato, produtor executivo da Glaz Entretenimento (“Bróder”, “Vida de Estagiário” e “Corpo)
Renato Nery, coordenador de Fomento do SP Cine
Débora Ivanov, advogada e sócia-diretora da Gullane Entretenimento

A montadora Jordana Berg. Foto Alessandra Haro

2013

William C. Gordon,escritor americano (“O Mistério dos Vasos Chineses”, “O Rei da Sarjeta” e “OAnão”)
Luiz Bolognesi, roteirista (“Bicho de Sete Cabeças”, “O Mundo em Duas Voltas”e “Chega de Saudade”)
Matias Mariani, produtor e diretor, (“O Cheiro do Ralo” e “Fabricando Tom Zé”)
Lucía Puenzo, diretora e roteirista argentina (“XXY”)
Roque González, pesquisador e consultor do INCAA
Fernando Severo, diretor (“Corpos Celestes”)
Marat Descartes, ator (“Trabalhar Cansa” e “Super Nada”)
Silvia Cruz e Chiquinho, ela diretora da Vitrine Filmes e ele Cineasta, produtor e curador).
Gilberto Toscano, advogado especializado em direto audiovisual e do entretenimento.
João Worcman, Diretor Geral da Synapse Produções.
Fábio Seixas, diretor da Conspiração Filmes.
Lucas Soussumi – Coordenador do projeto “Encontro com os Canais” da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão.
Gilda Nomacce, atriz (Recebeu o prêmio de Melhor Atriz coadjuvante no 44º Festival de Brasília).

A atriz argentina Ines Efron

2012

Jeffery Deaver, escritor (“James Bond”, “O Colecionar de Ossos”)
Lúcia Murat, diretora (“Olhar Estrangeiro”)
Tata Amaral, cineasta (“Um Céu de Estrelas”, “Antônia”)
Mini Kerti, diretora – Conspiração Filmes
Rodrigo Camargo, coordenador do Fundo Setorial do Audiovisual
Paloma Vidal, escritora (“Mar Azul”)
Carlos Paes, engenheiro de som da Cinecolor
Reinaldo Veloso, coordenador de DCP da Cinecolor
André Sturm, diretor executivo do MIS
Antoine Hérbelé – diretor de fotografia fancês (“Paradise Now” e “Última Parada 174″)
Leonardo Medeiros, ator (“Lavoura Arcaica”)
Djin Sganzerla, atriz (“Falsa Loura”, “Luz Nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha”)
Gustavo Taretto, diretor argentino ( “Medianeras – Buenos Aires na Era do Amor Virtual”)
Sebastian Silva, diretor chileno (“Gatos Viejos”)
Michael Wahrmann, diretor, roteirista e editor uruguaio (“Oma”)
José Wilker, ator, produtor e diretor (“Dona Flor e Seus Dois Maridos”, “Xica da Silva” e “Bye Bye Brasil”)

José Wilker na Academia Internacional de Cinema. Foto: Gustavo Lourenção.

2011

Juan Carlos Valdivia, diretor boliviano (“Zona Sur”)
Matt McCormick, diretor americano (“Some Days are Better than Others”, “The Subconscious Art of Graffiti Removal”).
Claudio Assis, diretor (“Febre de Rato”, “Amarelo Manga”)
Diler Trindade, produtor (“A Máquina”, “Fica Comigo Esta Noite”, “Xuxa Abracadabra”)
Vicente Amorim, diretor e produtor (“Corações Sujos”, “Good”)
Liviu Carmely, diretor romeno radicado em Israel (documentário “Independence for a Day”)
Paulo Morelli, diretor e produtor (“Cidade dos Homens”) apresentou o softwer de roteiro Story Touch, criado por ele.
Evgeny Afineevsky, diretor russo (“Oy Vey! Meu Filho é Gay”)

2010

Adrián Biniez, diretor argentino (“Gigante”)
Aarón Fernandes, diretor mexicano (“Partes Usadas”).
Luiz Villaça, diretor (“O Contador de Histórias”)
João Jardim, diretor (“Janela da Alma”)
José Eduardo Belmonte, diretor (“Se Nada Mais Der Certo”)
Roberto Moreira, diretor (“Quanto Dura o Amor”)
Alberto Flaksman e Andrea Barata Ribeiro, produtores. Alberto Flacksman (“Baixo Gávea”. “A Grande Arte”), coordenou curso na AIC. Andrea Barata Ribeiro, da O2 Filmes (“À Deriva”, “Ensaio Sobre a Cegueira”)
Robert McKee, americano, professor e teórico da escrita criativa, autor da biblia de roteiro “Story: Substance, Structure, Style and the Principles of Screenwriting”.
Lysanne Thibodeau e Luc Renaud, diretores canadenses (documentário “Une Tente sur Mars”, de Renaud)
Alessandra Meleiro, coordenadora do Centro de Análise do Cinema e do Audiovisual do Cebrap, apresentou a coleção de livros “Indústria Cinematográfica e Audiovisual Brasileira”.
Fátima Toledo, preparadora de atores (“Tropa de Elite”, “Cidade de Deus”, “Central do Brasil”), ministrou workshop na AIC.
Vincent Moon, diretor e videomaker francês (documentários “Little Blue Nothing”, “And Theem Eco”), ministrou o workshop “Temporary São Paulo” na AIC.

2009

João Moreira Salles, produtor e diretor (diretor do documentário “Santiago”)
Bráulio Mantovani, roteirista (“Tropa de Elite”, “Cidade de Deus”)
Ana Maria Bahiana, crítica de cinema, correspondente em Los Angeles.
James Ragan, roteirista, script doctor e premiado poeta americano, durante muitos anos dirigiu o departamento de Writing da University of Southern California.
Paulo Betti, ator e diretor (diretor de “Carundó”)
Kiko Goifman, diretor (“Filmofobia”)
Jon Alpert, jornalista americano, conhecido por suas coberturas de eventos históricos para TV, fundador do DCTV em Nova York.

2008

Tata Amaral, diretora e roteirista (serie de TV “Antonia”)
Vera Hamburger, diretora de arte ( “Ó Paí, Ó”, “Carandiru”)
Philippe Barcinzki, diretor (“Não por Acaso”)
Ugo Giorgetti, diretor (“Boleiros”, “Boleiros 2”)
Allison Anders, diretora americana (“Things Behind the Sun”)
Roberto Moreira, diretor (“Contra Todos”)
Christian Duurvoort, preparador de atores (“Ensaio sobre a Cegueira”, série de TV “Cidade dos Homens”), também ministrou oficinas na AIC.
Rubens Rewald e Rossana Foglia, diretores e roteiristas (“Corpo”), e foram professores da AIC.
Alberto Flacksman, produtor (“Baixo Gávea”, “A Grande Arte”), também coordenou curso na AIC.
Yoram Honig, diretor israelense (documentário “First Lesson in Peace”)
Fernando Bonassi, roteirista (“Plastic City”, “Carandiru”)
George Stoney, professor da New York University, considerado o paid a TV pública nos Estados Unidos(diretor de documentários memoráveis, como “All My Babies”)
Caecilia Tripp, artista e videomaker alemã (video instalação “Motoboy/Cacau the Mad Dog”), produziu o filme na AIC, com alunos.

2007

Lucrecia Martel, diretora argentina(“A Menina Santa”)
Karim Aïnouz, diretor (“Madame Satã”)
Paulo Morelli, diretor (“Cidade dos Homens”)
Eliane Caffe, diretora (“Kenoma”)
Philippe Barcinsky, diretor (“Não por Acaso”)
Lina Chamie, diretora (“A Via Láctea”), e professora da AIC.
Carlos Ebert, fotógrafo (“Dia de Graça”, e o sempre mencionado “O Bandido da Luz Vermelha”), ministra aulas na AIC.
Jefferson D, diretor (“Carolina”)
Felipe Lacerda, diretor (Documentário “Ônibus 174”)
Katia Coelho, fotógrafa (“A Via Láctea”), também ministrou aulas na AIC.
Andrea Tonacci, diretora (documentário “Serras da Desordem”)
Jorge Bodanzki, fotógrafo (documentário “À Margem do Concreto”)
Roberto Moreno, diretor argentino (“O Guardião”)
Pierre Luc-Granjon, diretor francês (animação “Le Loup Blanc”)
Sandra Kogut, diretora (“Mutum”)
Eduardo Coutinho, diretor (“Jogo de Cena”)
Stephen Hopkins, diretor (nascido na Jamaica e criado na Inglaterra e Austrália) atuante em Hollywood (“The Reaping”)
Mauro Lima, diretor (“Meu Nome Não é Johnny”)
Sandi Dubowski, diretor americano (Trembling Before G-D”)

Entre 2004 e 2006

Carlos Ebert, fotógrafo (“Carolina” e o sempre mencionado “O Bandido da Luz Vermelha”), ministrou a aula inaugural e até hoje ministra aulas na AIC.
Grzegorz Kedzierski, fotógrafo polonês (“Avalon” e “A Ferro e Fogo”), que ficou um semestre inteiro ministrando aulas.
Joshua Leonard, ator e diretor americano (ator em “A Bruxa de Blair”), deu um curso de direção de videoclipes.
Felipe Lacerda, editor e diretor (documentário “Ônibus 174”), que fez uma visita surpresa, ministrou aula de edição e integrou alunos em um projeto documental.Henry Breitose, professor americano, desenvolveu o programa de pós-graduação de documentário e TV da Standford University.

*Créditos Fotos: Alessandra Haro, Gustavo Lourenço, Mônica Wojciechowski, Luis Gomes, Alexandre Borges e divulgação.

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festival de cinema portugal

Estão abertas as inscrições para o Curtas Vila do Conde

Estão abertas as inscrições de filmes para o 32.º Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema, que acontece entre 12 a 21 de julho de 2024. Os filmes podem ser submetidos até abril  pelo valor de 15 euros.

O festival tem como objetivo proporcionar uma celebração da diversidade cinematográfica, promovendo o diálogo entre diferentes estilos e narrativas. Por isso, são admitidas produções em várias competições de animações, documentários, filmes de ficçãofilmes experimentais e videoclipes, produzidos em 2022 ou 2023, com duração máxima de 60 minutos (exceção feita, limite de duração inferior a 30 minutos, para o Curtinhas – juvenis e infantis; My Generation – secção competitiva destinada a adolescentes; Take One! – filmes de estudantes; e videoclipes), preferencialmente com legendas em português ou inglês.

A inscrição pode ser feita pela plataforma oficial do festival até abril.

Eventos Paralelos – Curtas Pro

O Curtas Pro é o programa destinado a profissionais do setor. Três dias intensos de atividades, networking, cooperação e criação de projetos. O Curtas Pro é também uma oportunidade para estabelecer contatos com outros especialistas, partilhar conhecimentos e procurar potenciais parceiros.

O evento proporciona um ambiente propício à apresentação de projetos, sessões de pitching e contatos informais com vista à internacionalização, com o objetivo de impulsionar a coprodução e estabelecer colaborações entre produtores portugueses e internacionais.

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Diretor Heitor Dhalia

Heitor Dhalia na Semana de Orientação AIC

Encerramos a Semana de Orientação 2024 com a palestra de Heitor Dhalia, diretor de DNA Do Crime, Arcanjo Regenado, Serra Pelada e vários outros títulos. Ele compartilhou com o público a sua jornada no cinema, com experiências nacionais e internacionais. Também falou sobre a diferença na produção entre o cinema de autor e o de audiência, além de oferecer dicas valiosas a novos profissionais.

Antes do início da palestra, o público pôde assistir ao filme O Cheiro do Ralo, que o coroou como diretor e comemora 20 anos neste ano.

Como começou o interesse pelo cinema?

Heitor compartilhou que sua primeira experiência no cinema foi como figurante aos 17 anos em Pernambuco. Durante a gravação, ele ficou observando o diretor Ruy Guerra e, desde aquele momento, entendeu que queria seguir aquela profissão. Meses depois, gravou seu primeiro curta, que nunca chegou a ser editado.

Tempos depois, quis vir para São Paulo para estudar cinema. Deixou Recife e mudou-se para São Paulo, onde concretizou sua carreira.

O Cheiro do Ralo: filme de Baixo Orçamento vira um clássico do cinema

Dhalia compartilhou como foi o seu processo de desenvolvimento de O Cheiro do Ralo. Inspirado no livro homônimo de mesmo nome, escrito por Lourenço Mutarelli (2002). Dhalia leu o livro, indicado  por seu parceiro Marçal Aquino e ficou impressionado com a história, uma narrativa irônica e obscura e, a partir disso, decidiu transformá-lo em filme.

Ele contou sobre o seu processo de adaptação de livros em roteiros cinematográficos. “Eu comprei canetas coloridas e fui dividindo, ação, diálogo e narrativa com cores diferentes”. Heitor compartilha que até hoje usa o mesmo método.

Demorou para encontrar apoiadores. Depois do interesse de Selton Mello ele encontrou outros cinco produtores que embarcaram na produção. O filme foi premiado na Mostra de Cinema de São Paulo e no Festival do Rio, além de ter sido selecionado para o Sundance Festival. Para ele, o segredo para os diretores é confiarem na história que desejam contar e saber vender esse sonho para outros apoiadores.

Diferença entre Cinema de Autor e Cinema de Audiência

Heitor revelou que realiza inúmeros trabalhos simultaneamente, mesclando sempre entre obras que se encaixam no cinema de audiência e no cinema de autor.

Para ele, essa experiência do cinema de audiência se concretizou tanto em Arcanjo Renegado (Globoplay) quanto em DNA do Crime (Netflix). Ambas as produções foram sucesso internacional e, esta última, ficou por dias entre o TOP 1 em 85 países.

“Na minha opinião existe uma dicotomia, principalmente entre os estudantes de cinema, sobre o que é cinema de autor, que supostamente seria um cinema mais sofisticado, em relação ao cinema comercial. Eu acho uma falsa polêmica. A gente faz filme para pessoas e isso deveria bastar.”.

palestra heitor dhalia na aic

Qual foi o segredo do sucesso de DNA do Crime?

A concepção da série surgiu durante a pandemia, impulsionada pelo desejo de abordar o assalto a um banco e a dominação de bandidos em uma cidade. Heitor compartilhou com o público o processo de desenvolvimento da série.

“Primeiramente, iniciamos a fase de pesquisa para compreender o cenário do roubo. Chegamos ao assalto da Proguard, envolvendo a fronteira com o Paraguai, e a investigação recebeu reconhecimento internacional. Posteriormente, contratamos consultores da PF e indivíduos com vivência no crime, que serviram como colaboradores”, disse Dhalia.

Para ele, a pesquisa com pessoas que vivem a realidade que vai ser contata é essencial para o sucesso da série. Por isso ela foi  bem aceita pelo grande público, além de policiais e pessoas envolvidas no crime. Era uma série nacional, com identidade brasileira, mas de interesse internacional.

Heitor compartilhou mais uma dica para os novos criadores: “Quer aumentar a audiência? Invista em gêneros. Crimes reais, novelas, comédias, terror são muito atrativos.”

Como construir bons roteiros?

Para Dhalia, a única forma de se ter um roteiro bem apurado é com muitas correções. “O roteiro é um processo muito rigoroso de construção da narrativa. É preciso ter cuidado na sinopse, argumento, lista de personagens, depois precisamos voltar ao argumento para entender a relação entre esses personagens. Após várias versões de cada um, começa a escaleta e, depois de muitas correções, temos o roteiro”.

Ele reforçou a importância da pesquisa. “Precisamos mergulhar no universo que queremos contar, se apaixonar por ele, ler muito sobre, conhecer, prestar atenção, ter o trabalho de pesquisador e vivenciar as realidades”.

Apesar disso, é importante que o cinema tenha liberdade criativa, conte histórias questionadoras, coloque à mostra as complexidades humanas. No entanto, é preciso respeitar com verossimilhança o mundo que está sendo retratado, aquela realidade, as pessoas que ali vivem. Se não, a audiência não vai comprar a história.

Como foi filmar em Hollywood?

O primeiro contato com a indústria norteamericana foi com o filme “Nina”, em que o diretor André Ristum foi representar Heitor Dhalia no Festival de Cinema de Los Angeles. A partir dali surgiu um contato e, apesar de não saber falar inglês, ele foi até o local para conhecer o mercado. Tempo depois, ele rodou três filmes no país, sendo um deles “Invisíveis”, sua nova produção que está em pré-lançamento.

“Alguns falam que foi sorte. E sim, teve um pouco de sorte. Mas eu acho que  consegui chegar nesses lugares, exclusivamente pela atenção e interesse que eu dediquei a cada projeto. Tinham coisas que eu sabia e outras que eu não fazia a menor ideia, mas fui sem medo e sem hesitação”.

castelluni

O Brasil no cenário cinematográfico

Para ele, o Brasil é um forte produtor de audiovisual mas precisa de políticas públicas mais consolidadas. “Os resultados de DNA do Crime deixaram claro para mim que um pouco mais de dinheiro para competir com a indústria norte-americana já seria o suficiente. A gente faz filmes tão bom quanto eles”.

Um modelo a ser observado, segundo Heitor, é o cinema coreano. “Cinema coreano é um modelo que encanta, conseguiram dominar a música com o K-Pop, agora o cinema com os Doramas. Eles fazem filmes para o mercado deles e depois exportam. É um modelo para prestar atenção, políticas forte de estado e investimento”.

Dica para os novos profissionais da área audiovisual

Para Dhalia, uma característica importante para novos diretores é a persuasão. “Quando você tem uma ideia e um conceito poderoso, você precisa engajar e convencer as pessoas do seu sonho. O trabalho do diretor é convencer que aquele delírio é viável”.

Outra postura que para ele é essencial é a autocoroação. Atores, atrizes, criadores, diretores precisam dizer quem são. Coroarem suas próprias carreiras e começarem a produzir para comprovarem a função que exercem.

O terceiro ponto é a administração do tempo. Parar de perder tempo com distrações. É preciso tempo para transformar o material (dinheiro, equipamentos) que você tem disponível em um material com o máximo de qualidade.

E como se preparar para o mercado? “Você se prepara estando atento àquilo que você quer. Se estiver distraído, não vai rolar ou não vai alcançar exatamente aquilo que você poderia alcançar. A resposta pra mim é: coração, autocoroação e luta”.

 

*Texto Caroline Cherulli e imagens Victor Poncioni

 

 

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Semana de Orientação AIC

Diretor Ricardo Calil na Semana de Orientação

Uma aula sobre processo criativo em documentário! É assim o resumo do terceiro dia da Semana de Orientação com a presença de Ricardo Calil, diretor e roteirista de grandes produções como Vale o Escrito – A Guerra do Jogo do Bicho e Em Nome de Deus, ambas disponíveis na Globoplay.

O público ficou interessado sobre a sua nova obra, a história do Jogo do Bicho na década de 70 no Rio de Janeiro e como essa prática, proibida por lei, se esbarra com a criminalidade e o carnaval. Calil compartilhou suas experiências como jornalista e documentarista, discutindo também sobre o preparo para as entrevistas e as fontes de onde obtém novas histórias.

Relação entre Jornalismo e Documentário

Formado em Jornalismo, Ricardo possui uma perspectiva que destaca o documentário como uma linguagem mais centrado no cinema do que no jornalismo. Calil defende que a essência do jornalismo reside na informação, enquanto o documentário visa proporcionar uma experiência ao telespectador, seja de forma dramatúrgica, estética ou narrativa.

“De um lado o jornalista tem um desejo de mergulhar, pesquisar e compreender temas específicos, demonstrando organização de pensamento e construção de pauta com aspectos importantes. Porém, no momento das entrevistas é diferente: no documentário você não tem uma pauta a cumprir, é preciso ouvir a pessoa e estar pronto para acolher o silêncio. O silêncio, pouco valorizado no jornalismo, ganha destaque nos documentários, é o momento que o telespectador processa a emoção.”

Contrastando, tanto o documentário quanto o jornalismo carregam uma responsabilidade distinta da ficção: a ética. Para Ricardo, profissionais que lidam com pessoas e eventos reais não podem traí-los, pois, as vidas são impactadas pelo que é narrado.

Como foi estruturar a narrativa de Vale o Escrito – A Guerra do Jogo do Bicho?

Segundo Ricardo, a ideia inicial consistia em um episódio por família. Contudo, com as pesquisas e entrevistas realizadas, perceberam a necessidade de destacar a família Garcia como o fio condutor da narrativa. Além disso, planejava-se uma abordagem em primeira pessoa, onde a história do jogo do bicho seria narrada pelos próprios bicheiros, em vez de especialistas ou narrador.

Durante a pós-produção, houve uma aproximação do material com a dramaturgia de ficção, analisando o arco de cada personagem, os pontos de virada em cada episódio e os protagonistas. “Fiquei muito feliz ao perceber que as pessoas consumiram a série como uma obra de ficção, com diversas comparações com O Poderoso Chefão, Mulheres de Areia e Succession”.

Com intuito de tornar a narrativa mais envolvente e garantir que o público não se perdesse na trama, a equipe optou pela inclusão da narração e recursos visuais. “Resistimos contra a ideia de ter uma narração, mas algumas histórias se encaixaram depois que ela veio, deixando a história mais eletrizante. Além de recursos visuais como os quadros caindo, mapas e roletas, para que as pessoas acompanhassem o fluxo da narrativa”.

Palestra Ricardo Calil

Como se preparar para as entrevistas de um documentário?

Como documentarista, sua referência em escola e linguagem é Eduardo Coutinho, sendo uma de suas técnicas o rigoroso preparo, obtendo todas as informações sobre o entrevistado e a história em pauta. No entanto, no momento da entrevista, é fundamental deixá-la de lado e, simplesmente, ouvir, mantendo total atenção e escuta no entrevistado.

“Olho no olho, equipe concentrada e silenciosa, ouvindo o que o entrevistado está falando. Ser ouvido é muito precioso para a pessoa que está dando a entrevista; as pessoas desejam ser ouvidas com atenção”, destaca Calil.

Calil destacou que na linguagem documental, não apenas eventos sociais, criminalidade ou as pautas quentes são relevantes para contar a história. Falou da importância de outros assuntos serem abordados. “Nas entrevistas de Vale o Escrito indiciávamos conversas sobre a vida pessoal dos personagens,  queríamos saber sobre a relação com os filhos, a família, o carnaval. Não estávamos interessados só nos assuntos urgentes, mas no drama humano que essas pessoas ofereciam”.

Como entrevistar pessoas que são criminosas, tendo assassinatos em seu histórico? Algum momento sentiu medo?

Ricardo comentou que, diferentemente de outros trabalhos, a equipe teve bastante tempo para estabelecer contato com os entrevistados, prepará-los e explicar sobre o projeto. Além disso, mencionou que outras pessoas dariam entrevistas, enfatizando a importância de ouvir todos os envolvidos na história. Ele compartilhou que houve casos em que um entrevistado demorou até 1 ano para aceitar participar. No que diz respeito ao julgamento pessoal, Ricardo destacou a necessidade de bloquear os julgamentos.

“Tudo foi amplamente discutido; eles tinham ciência de que não estávamos ali para julgá-los ou condená-los. Eu tento bloquear ao máximo os julgamentos morais. Quero apenas ouvi-los, mesmo quando estão falando sobre crimes”, partilhou Ricardo.

 

Semana de Orientação AIC

Como é fazer uma produção para um Streaming?

Ricardo acumulou experiência com duas produções para a Globoplay, integrando o núcleo de documentário de Pedro Bial. Para ele, essa parceria gerou maior confiança na plataforma, solicitando uma ‘bíblia’ mais concisa. Apesar disso, negociações ocorreram durante a produção ao perceberem que a história estava seguindo um caminho diferente do inicialmente proposto.

Porém, ele observa que as plataformas internacionais, como Prime Video, Netflix e HBO+, têm abordagens distintas, exigindo uma ‘bíblia’ mais detalhada. Na Globoplay, não senti limitações quanto ao tema ou à abordagem. Espero que isso não mude, já que o mercado está seguindo para um novo formato.”

Onde encontrar histórias para documentários?

Quando se trata de encontrar histórias para documentários, Calil enfatiza que não existe uma regra rígida. No caso do Cine Marrocos, seu interesse foi despertado ao ler uma notícia sobre a ocupação de refugiados em um cinema de São Paulo, onde antigamente, foi um dos mais luxuosos da América Latina e palco do primeiro Festival Internacional de Cinema de São Paulo.

Além disso, Calil destaca que algumas produções surgiram a partir da leitura de biografias, como Eu Sou Carlos Imperial. Outras oportunidades surgiram por meio de convites de outros realizadores que já tinham uma história pronta.

Aula de Documentário aberta ao Público

No dia 09 de março, a AIC dá início ao Curso de Documentário Semestral. A partir das 09h30 da manhã, os interessados em documentários foram convidados, durante a palestra, para uma aula aberta e gratuita, onde serão apresentados documentários realizados na AIC.

Semana de Orientação

Nesta quinta-feira (22) recebemos o último palestrante da Semana de Orientação.

Quinta, 22/02 – Heitor Dhalia
17h exibição de “O Cheiro do Ralo”
19h bate-papo com o Diretor

Faça a sua inscrição, é gratuita e limitada. 

*Texto Caroline Cherulli e Fotos Victor Poncioni.

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Academia Internacional de Cinema (AIC)
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