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Exibição de “Califórnia” e bate-papo com Marina Person, dia 14, na AIC em São Paulo

Dia 14/02 a cineasta Marina Person estará na Academia Internacional de Cinema (AIC) de São Paulo para uma conversa sobre seu longa-metragem “Califórnia”. O filme será exibido antes do bate-papo e faz parte da programação da 12ª edição da Semana de Orientação, evento gratuito e aberto ao público (mediante a inscrição), que abre o ano letivo do Curso Filmworks – o curso técnico em Direção Cinematográfica da escola de cinema.

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Diretora, atriz e ex-VJ

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Cena de Califórnia, Estela (Clara Gallo) uma adolescente que vive conflitos típicos da idade e seu ídolo, o tio Carlos (Caio Blat). Foto divulgação

Depois de 18 anos dedicados a televisão, a apresentadora da MTV passou de um lado da câmera para outro. Em 2007 lançou o documentário “Person”, que traz a vida e a obra do pai, o cineasta e jornalista Luiz Sérgio Person, narradas através de imagens de arquivo. O documentário teve sua estreia mundial no Festival de Cinema de Locarno (Suíça) e recebeu menção honrosa no Festival de Cinema de Trieste, na Itália.

Em “Califórnia” (2015), seu primeiro longa de ficção, a trama também traz elementos autobiográficos. Ambientado na década de 1980, o filme conta a história de Estela (Clara Gallo) uma adolescente que vive conflitos típicos da idade. Seu ídolo, o tio Carlos (Caio Blat), é um jornalista que vive na Califórnia e a garota sonha visitar. Os planos vão por água abaixo quando o tio volta para o Brasil debilitado por uma doença.

Como atriz, Marina Person participou de “Bens Confiscados” de Carlos Reichenbach e “O Casamento de Romeu e Julieta” de Bruno Barreto, entre outros. Em 2016 estreou como protagonista no filme “Canção da Volta” ao lado de João Miguel, com direção de Gustavo Rosa de Moura.

Atualmente está no ar com o programa Cinedrops, na rádio Estadão, e tem um canal de culinária no You Tube, Marinando.

A Semana de Orientação

Em sua 12ª edição, a Semana de Orientação tradicionalmente inaugura o ano letivo do FILMWORKS – Curso Técnico em Direção Cinematográfica e movimenta os debates sobre criação cinematográfica. Este ano o evento acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro entre os dias 14 e 16 de fevereiro e além de Marina Person, conta com a com exibição de filmes e palestras de outros grandes nomes do cinema nacional, entre eles Wagner Moura, José Luiz Villamarim, Beto Brant, Marçal Aquino e Emilia Silveira. O evento é gratuito e aberto ao público, mediante a inscrição prévia.

Desde a sua primeira edição, em 2006, diversos cineastas de já estiveram na AIC, ampliando as discussões sobre cinema contemporâneo, entre eles o fotógrafo polonês Grzegorz Kedzierski (“Avalon”), o ator e diretor Joshua Leonard (“Bruxa de Blair”), a diretora argentina Lucrecia Martel (“A Menina Santa”), a diretora de arte Vera Hamburger (“Carandiru”), o roteirista Bráulio Mantovani (“Tropa de Elite” e “Cidade de Deus”), o documentarista João Moreira Salles (“Santiago”), o diretor boliviano Juan Carlos Valdivia (“Zona Sur”), o diretor chileno Sebastián Silva (“La Nana”, “Magic Magic”), o ator José Wilker, entre tantos outros.

Para participar, faça sua inscrição aqui.

SERVIÇO:

Marina Persona na AIC
Dia 14/02
17h30: Exibição de “Califórnia”
19h30: Bate-Papo com a diretora
Rua Dr. Gabriel dos Santos, 142, Santa Cecília, São Paulo, SP
Tel. 11 3826-7883 – Próximo ao metrô Marechal Deodoro

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Villamarim, diretor de novela

José Luiz Villamarim, diretor das novelas e séries de maior sucesso da Rede Globo, abre a Semana de Orientação no Rio de Janeiro

Quem não lembra da vilã Carminha (Adriane Esteves) da novela – recordista de audiência – “Avenida Brasil” ou das cenas de amor entre Leandro (Cauã Reymond) e Antônia (Isis Valverde) na minissérie “Amores Roubados”? José Luiz Villamarim, diretor de novelas e projetos especiais  e,  um dos mais aclamados diretores artístico da Rede Globo, abre a Semana de Orientação da Academia Internacional de Cinema (AIC) do Rio de Janeiro, evento que traz cineastas para um ciclo de palestras gratuitas e abertas ao público.

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Exibição Exclusiva de Redemoinho

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Cena de “Redemoinho”, a primeira incursão de Villamarim no cinema, que conta a história dos grandes amigos de infância que se reencontram depois muitos anos afastados. Crédito fotos: Walter Carvalho

“Redemoinho”, a primeira incursão de Villamarim no cinema, será exibido no estúdio da AIC, às 17h30, antes do bate-papo com o diretor. A exibição especial acontece em paralelo com a estreia nos cinemas.

Premiado no Festival do Rio 2016 (Melhor Ator e Prêmio Especial do Júri), o filme também foi exibido na 40ª Mostra Internacional de Cinema e no 38º Festival de Havana e traz no elenco Irandhir Santos, Julio Andrade, Dira Paes, Cássia Kis entre outros grandes nomes. Por traz das câmeras, parceiros constantes de seus projetos na TV, como o roteirista George Moura e o diretor de fotografia Walter Carvalho.

O filme conta a história dos grandes amigos de infância, Luzimar e Gildo, que se reencontram depois muitos anos afastados. Eles cresceram juntos em Cataguases, interior de Minas Gerais. Luzimar nunca saiu de sua cidade e trabalha numa fábrica de tecelagem. Gildo mudou-se para São Paulo onde acredita ter se tornado um homem mais bem-sucedido. Na noite de Natal, Luzimar e Gildo se confrontam com o passado e, num intenso mergulho em suas memórias, partem para um arriscado acerto de contas.

“Redemoinho fala do conflito e da angustiante dúvida sobre quem fez a melhor escolha: aquele que partiu da cidade onde nasceu ou aquele que escolheu ficar”, define Villamarim. “Gildo sai de Cataguases, mas Cataguases não sai de dentro dele. Também é uma história sobre a amizade e a implosão dos laços de afeto familiares, que traz uma série de questões sobre esse país em transe no qual vivemos nos dias de hoje. ”, conta.

O Diretor de Novela (e minissérie e séries e filme…)

Villamarim, diretor de novela, Irandhir Santos
Irandhir Santos em cena do longa, exibido na AIC no próximo dia 14. Crédito Walter Carvalho

Há mais de 20 anos dirigindo na Globo, Villamarim foi indicado ao Emmy Internacional, o mais importante prêmio da TV mundial, por três vezes: pelas novelas “Avenida Brasil” e “Paraíso Tropical” e pelo programa “Por Toda Minha Vida – Mamonas Assassinas”. Mineiro, formado em economia, Villamarim já dirigiu 16 novelas, as minisséries “Justiça”, “O Rebu” e “O Canto da Sereia”, “Anos Rebeldes” e “Mad Maria” e o seriado “Força Tarefa”, entre outros programas.

A Semana de Orientação

Em sua 12ª edição, a Semana de Orientação tradicionalmente inaugura o ano letivo do FILMWORKS – Curso Técnico em Direção Cinematográfica e movimenta os debates sobre criação cinematográfica. Este ano o evento acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro entre os dias 14 e 16 de fevereiro e além de Villamarim conta com a com exibição de filmes e palestras de outros grandes nomes do cinema nacional, entre eles Wagner Moura, Marina Person, Beto Brant, Marçal Aquino e Emilia Silveira. O evento é gratuito e aberto ao público, mediante a inscrição prévia.

Desde a sua primeira edição, em 2006, diversos cineastas de já estiveram na AIC, ampliando as discussões sobre cinema contemporâneo, entre eles o fotógrafo polonês Grzegorz Kedzierski (“Avalon”), o ator e diretor Joshua Leonard (“Bruxa de Blair”), a diretora argentina Lucrecia Martel (“A Menina Santa”), a diretora de arte Vera Hamburger (“Carandiru”), o roteirista Bráulio Mantovani (“Tropa de Elite” e “Cidade de Deus”), o documentarista João Moreira Salles (“Santiago”), o diretor boliviano Juan Carlos Valdivia (“Zona Sur”), o diretor chileno Sebastián Silva (“La Nana”, “Magic Magic”), o ator José Wilker, entre tantos outros.

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SEM-RAIZ

Sem Raiz, do professor Renan Rovida, tem pré-estreia mundial na Mostra Tiradentes

sem raiz
Sem Raiz, do professor Renan Rovida, com pré-estreia no dia 25/01, na Mostra Aurora, em Tiradentes.

Sexta-feira (20) começa um dos mais importantes festivais de cinema do país, a 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Dentre os representantes da Academia Internacional de Cinema (AIC) está o professor Renan Rovida, que concorre com o Filme “Sem Raiz” na Mostra Aurora, dedicada cineastas que trazem frescor ao cinema nacional, apostando em linguagens ousadas e inovadoras. Este ano serão sete longas em competição, sendo três documentários e quatro obras de ficção.

O longa tem pré-estreia mundial no dia 25/01, às 19h30, no Cine-Tenda, em Tiradentes-MG.

“Sem Raiz” traz como tema as mulheres trabalhadoras, seu cotidiano e suas lutas diárias individuais e coletivas no mundo capitalista, conta Renan. “É um filme episódico, realista, dialético, que aposta no mise-en-cene elaborado e vivo e é também documental. Tem uma vista e uma escuta atentas para as contradições da vida, em especial, para as mulheres da classe-que-vive-do-trabalho”, diz.

Uma produção do coletivo Tela Suja Filmes e Desalambrar Filmes, “Sem Raiz” foi feito ao longo de três anos, de forma totalmente independente.

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“Sem Raiz” traz como tema as mulheres trabalhadoras, seu cotidiano e suas lutas diárias individuais e coletivas no mundo capitalista, conta Renan, diretor do longa que concorre na 20 Mostra de Tiradentes

“É uma alegria e uma honra estrear este nosso primeiro longa-metragem em Tiradentes, que já nos recebeu tão bem com curtas anteriores (“Entre Nós”, “Dinheiro” e “Coice no Peito”) e este ano também contará com a estreia do curta-metragem “Capital/Interior” – também uma produção do Coletivo Tela Suja Filmes, dirigido por Danilo Dilettoso e Talita Araujo. E ainda mais na Mostra Aurora, que historicamente exibiu a estreia de filmes e diretores independentes, ousados e críticos, que colaboraram com o que há de mais inventivo, arriscado e relevante que se produziu nestes últimos anos em cinema no Brasil. É uma Mostra que privilegia um cinema crítico e acima de tudo o cinema que olha para o mundo. A temática deste ano é Cinema em Reação e Cinema em Reinvenção. E nossos filmes reagem à vida deplorável que somos obrigados a viver sob o capitalismo”, conta Renan.

A Mostra

A Mostra acontece entre os dias 20 e e 28 de janeiro e este ano celebra 20 anos de existência e homenageia as atrizes Helena Ignez e Leandra Leal. Ao todo serão exibidos 108 filmes, de 11 estados brasileiros, divididos em 10 diferentes mostras.

Outros filmes e Professores

A Mostra também conta com a participação do filme “Tempos de Cão”, do ex-aluno Ronaldo Dimer e Victor Amaro e “Antes do Fim (Work In Progress) ”, do professor Cristiano Burlan.

Confira a exibição completa em http://www.mostratiradentes.com.br/

*Fotos: Alan Silveira e DaniloDilettoso

Trecho SEM RAIZ – Renan Rovida – Coletivo TELA SUJA FILMES / DESALAMBRAR FILMES from TELA SUJA FILMES on Vimeo.

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Quer ser Roteirista

Quero Ser Roteirista

*Por Katia Kreutz e equipe da Academia Internacional de Cinema

Um escritor solitário trancado em frente ao computador por dias, semanas, meses… Atormentado constantemente pelo bloqueio criativo, mas firme na tarefa de escrever o próximo sucesso hollywoodiano. Finalmente, ele digita o “Fade Out” e voilà: seu roteiro de cinema está pronto.

Antes de começar, cadastre-se, e receba em seu e-mail os Modelos de Formatação de Roteiro e de Ficha de Personagem. Para ir realmente a fundo, vale a pena também conhecer os nossos cursos de Roteiro.





Se essa é a ideia que você tem da rotina de trabalho de um roteirista, talvez precise ler este texto até o fim. Se tem vontade de se tornar um profissional da área, ou simplesmente tem curiosidade sobre o assunto, siga por aqui também.

Neste artigo, vamos responder às principais dúvidas sobre a carreira de roteirista:

Veja também nossos outros artigos da série Profissões do Cinema:

O que faz um roteirista?

Afinal, o que exatamente envolve o trabalho de um roteirista? Ele conta a história do filme. Ou melhor, é o primeiro a começar a contar uma história que ganha vida durante a produção e só termina, de fato, na sala de edição.

“If it’s not on the page, it won’t be on the stage.” A frase em inglês, “se não está no papel, não vai para o palco”, basicamente quer dizer que a narrativa precisa partir de uma página em branco para chegar a algum lugar. É exatamente esse o trabalho do roteirista: botar as ideias na página. O problema é que, tanto para roteiristas experientes quanto para quem está começando, não há nada mais difícil do que colocar pra fora as primeiras palavras de uma história.

Há quem diga que, no fim das contas, o roteirista é a pessoa que mais trabalha num filme, pois está presente desde o argumento até a finalização, sendo o responsável por projetar o mundo que aos poucos vai sendo construído no set de filmagem.

Dificuldades e desafios

A maioria das pessoas, em especial no meio artístico, tem um sentimento de autoproteção contra críticas. É preciso entender, antes de mais nada, que o trabalho é um exercício constante. Como diz o velho clichê: a prática leva à perfeição. Quase nunca o primeiro tratamento de um roteiro de filme será a versão final que se verá na tela. Será necessário escrever e reescrever, revisar, repensar, colocar as coisas em perspectiva.

Os insights de outras pessoas, principalmente profissionais da área, cuja opinião você respeite, serão essenciais para elevar a qualidade do material produzido. Mas o maior crítico a ser vencido será sempre você mesmo. Perder o medo de escrever algo ruim e encarar o processo como um eterno aprendizado pode fazer com que aquela história incrível na sua cabeça, que sem esforço e muito suor nunca passaria de uma mera ideia, finalmente se transforme em um roteiro de cinema com cento e poucas páginas.

Quais as responsabilidades de um roteirista?

Muita gente se pergunta em que partes do processo de fazer um filme o roteirista está envolvido. É só escrever tudo até o tratamento final e acabou? A rigor, o trabalho termina ao entregar o roteiro para o contratante. No entanto, tudo depende da natureza da produção e da relação que se estabelece com o diretor do projeto.

No caso do cinema, em filmes de ficção, geralmente o trabalho do roteirista se limita à fase de pré-produção. Já para os documentários, é comum ter um roteiro de captação e outro, posterior, de edição. Isso porque o filme vai se moldando conforme a realidade daquilo que é captado, muitas vezes saindo do planejado e se desviando um pouco do que está no papel. Quando se trata de seriados, em geral a criação é coletiva no sistema de writer’s room (sala de roteiristas).

Como as possibilidades de trabalho de um roteirista, nos dias de hoje, podem ir do cinema para a TV, passando ainda pela internet, sua atuação também pode variar muito conforme o projeto. Mas a função do profissional, normalmente, é desenvolver a história, criando soluções narrativas para ela. Se isso quer dizer que ele irá ajudar o diretor até que o filme seja montado, vai depender do acordo feito inicialmente e das demandas de cada trabalho.

Como é o dia a dia de um roteirista?

Assim como sua participação nos diversos processos da produção de um filme é variável, a rotina de um roteirista também varia muito de acordo com cada indivíduo e seu modo de trabalho, ou cada projeto e a estratégia escolhida para desenvolvê-lo.

Para muitas pessoas que trabalham com roteiro, cujas atividades profissionais não se restringem à escrita, o ideal é reservar períodos nos quais será possível se dedicar sem distrações – o que pode ser um pouco difícil no mundo conectado em que vivemos, recebendo informações e estímulos o tempo inteiro. Por isso, alguns roteiristas recomendam ficar off-line por algumas horas, tentar manter o foco e a concentração na história.

Contudo, todos concordam que é essencial para ter uma carreira como roteirista e não apenas um hobbie é reservar algum tempo diariamente, planejando-se para garantir a execução do trabalho. Mesmo que ao final do período estabelecido você tenha escrito apenas um parágrafo, é importante manter a disciplina.

Alguns projetos exigem mais pesquisa do que outros, algumas histórias são escritas mais rápido do que outras. Não existe uma fórmula para o roteiro de um filme, apenas a certeza de que o esforço e a dedicação constantes farão com que algo vá para o papel. A partir disso, é preciso trabalhar e lapidar até que o resultado seja satisfatório.

Sim, é uma atividade solitária – a não ser que você considere seus personagens boas companhias. Envolve pesquisa, escrita, mas também demanda assistir filmes e séries feitos por outras pessoas. Por isso, pode soar também como a rotina de um desocupado, um trabalho que não parece bem trabalho. No entanto, mesmo que ele esteja apenas olhando para uma parede ou uma tela em branco, a mente do roteirista funciona ininterruptamente.

Do tempo para concluir uma história, de todo o trabalho para estar com um roteiro cinematográfico em mãos, o que leva menos tempo é justamente escrever o roteiro propriamente dito, da primeira cena em diante. Gasta-se mais tempo pensando sobre a narrativa e os personagens, pesquisando e refletindo para poder criar. Isso vale tanto para roteiros originais quanto os adaptados de outros materiais. Tudo exige muita reflexão. Ou seja, perder tempo na pesquisa é ganhar tempo na redação.

Quanto tempo demora para escrever um roteiro?

Considerando todos esses processos, quanto tempo exatamente se leva para escrever o roteiro de um filme? Novamente, não existe um número certo, mas pode-se dizer que seis meses é um tempo saudável para o ciclo completo de um roteiro de longa-metragem. Isso inclui brainstorming com colaboradores e pesquisadores, estruturação, primeiro tratamento (versão) e possíveis reescritas.

Um roteiro pode levar anos para ficar pronto, como também pode surgir em dias. Depende do tamanho, do desafio, da pesquisa, da ideia. Principalmente no caso de longas-metragens para cinema, é um trabalho cansativo, que exige disciplina, estudo, leitura e muitas horas no computador diariamente.

Escrita é hábito e planejamento. Quanto melhor o roteirista se planeja, quanto mais detalhada for sua escaleta (uma espécie de rascunho com as locações e descrições das cenas), mais rapidamente ele dará conta das 100 ou 120 páginas de um roteiro cinematográfico. A única certeza que o profissional tem ao fechar o primeiro tratamento é que irá escrever um segundo, um terceiro e quantos mais forem necessários até o filme ficar pronto, de fato.

O trabalho do roteirista acontece quando ele está tomando cerveja com os amigos, no jantar de família, andando na rua ou no metrô lotado. Pode parecer exaustivo, mas trabalhar com o que se tem paixão é um privilégio para poucos. Por isso, quem quer viver da escrita está sempre pensando, observando. Se essa ânsia sem explicação por escrever pegou você, qualquer momento pode virar uma cena, uma ideia, um diálogo.

Qualquer pessoa que tenta dar sentido às experiências da vida por meio de uma narrativa já é um pouco roteirista. Colocar no papel o que está na sua imaginação, visualizando as cenas, é apenas um passo além. Para os iniciantes nessa arte, mesmo quando falta técnica, provavelmente sobra intuição.

Quanto ganha um roteirista?

Mas e aí, dá pra pagar as contas? Uma das maiores dúvidas, e certamente o maior medo de quem deseja abraçar a profissão de roteirista, é saber se não vai faltar dinheiro no final do mês. Afinal, qual o salário de um roteirista?

Muita gente fala em “largar tudo e fazer cinema”, sem perceber que a indústria cinematográfica é isso mesmo: um negócio, um mercado estruturado, e isso vale também para a carreira de um roteirista.

A crise econômica e os altos índices de desemprego no país acabam de mostrar que não existe, de fato, uma forma de garantir a segurança financeira no mundo em que vivemos. Profissões autônomas e trabalhadores freelancers estão cada vez mais em ascensão. Para esses profissionais, o que garante a estabilidade é simplesmente uma boa administração de suas economias.

Então, quanto ganha um roteirista, em média? Tudo é muito relativo, mas podemos tomar como parâmetros duas tabelas para longa-metragem. O piso de salário para um roteirista, recomendado pela Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA), é de 72 mil reais para dois tratamentos e uma revisão. Já o Prodav 05 do Fundo Setorial do Audiovisual, um edital de desenvolvimento bastante disputado no país, paga 100 mil reais para um projeto e, desse valor, pelo menos 40% tem que ir para o roteirista. Profissionais experientes no mercado acreditam que a média de valor para um argumento seja de 10 mil reais, ficando entre 40 e 70 para o roteiro de um longa. Lembrando que essa quantia não é mensal, mas por projeto, ou seja, ela será diluída no decorrer dos meses em que o roteiro do filme estiver sendo escrito.

Na teoria, a experiência e os resultados artísticos e comerciais deveriam ser critérios claramente quantificados pelo mercado audiovisual no item “roteiro” de um orçamento. Porém, a prática mostra que, exceto nos casos em que o roteirista é sócio do projeto, o valor não chega perto dos 5% do orçamento de um filme. As tabelas de referência servem para orientar os orçamentos e contratos de roteiristas no mercado audiovisual brasileiro, mas o valor normalmente oscila de acordo com o tipo de roteiro e sua duração.

Tão importante quanto o salário acordado é definir a participação do profissional nos créditos e fazer constar em contrato ou firmar um termo de compromisso. Igualmente importante é fazer um bom planejamento financeiro, de modo que a carreira se torne viável e não seja preciso sacrificar nada para trabalhar como roteirista na indústria dos seus sonhos.

Como se tornar um roteirista?

A pergunta que não quer calar: Com tudo isso em mente, como eu faço para ingressar na carreira de roteirista? Cada pessoa terá um caminho diferente, mas estudar cinema em uma instituição de qualidade, com profissionais que estejam atuando no mercado, é uma excelente forma de fazer contatos. Claro que há roteiristas que começam em outras áreas, sem passar por uma escola de cinema, mas a vantagem de um curso é juntar numa mesma sala pessoas com esse objetivo em comum. Além disso, os curtas-metragens estudantis costumam ser exibidos em festivais, que são bons ambientes para mostrar seu trabalho e conhecer outros profissionais.

Depois de estudar, o melhor caminho é procurar estágios ou assistências. Sim, é preciso começar de baixo. Ninguém vai sair da escola de cinema e virar um roteirista de blockbusters em Hollywood. Isso quer dizer que, muito possivelmente, seus primeiros projetos vão ser pequenos ou diferentes daquilo que você gostaria de estar escrevendo, mas aos poucos cria-se networking e ganha-se experiência.

Partir para um longa-metragem logo de cara é dureza, por isso a maioria dos roteiristas recomenda começar com curtas, para desenvolver sua sensibilidade narrativa. Será preciso praticar sempre, com paciência e dedicação, se possível deixando de lado a ansiedade.

A vantagem do roteirista é que uma boa ideia pode levá-lo muito longe. A indústria precisa de histórias originais e do frescor de quem está começando. Muitas pessoas que se formam em Cinema iniciam a carreira de roteirista onde aparece trabalho, mas estar no lugar certo na hora certa (com um roteiro de filme, preferencialmente longa-metragem, prontinho na mão) pode ser o detalhe que vai garantir seu ingresso no mercado.

Ser versátil e estar disposto a escrever para outros tipos de formatos além de roteiros cinematográficos também pode ser um ótimo diferencial. Existe trabalho para redatores no entretenimento, no jornalismo, na dramaturgia, na publicidade. Manter trabalhos paralelos como freelancer, principalmente para jovens profissionais, é uma forma de expandir as oportunidades e – novamente – fazer bons contatos.

Referências e conselhos

Quem chegou até aqui e quer saber ainda mais sobre a profissão, sobre como é trabalhar como roteirista, para visualizar as conquistas e também as dificuldades desse ofício, pode buscar inspiração em filmes como “Adaptação/Adaptation”, de Charlie Kaufman. Nele, um roteirista desesperado passa por um bloqueio criativo durante o processo de adaptar um livro sobre orquídeas. Ele acaba buscando ajuda em seu irmão gêmeo e também em Robert McKee, famoso script doctor (consultor) de Hollywood.

Muitos outros filmes brincam com o “fazer cinema”. Em “Barton Fink”, dos irmãos Coen, um renomado autor de peças de teatro é convencido a escrever roteiros de filmes para o cinema, mas descobre a dura realidade de trabalhar para a indústria cinematográfica hollywoodiana. Na comédia “Deu a Louca nos Astros/State and Main”, de David Mamet, um roteirista precisa reescrever um filme chamado “O Velho Moinho”, que vai ser filmado numa cidade onde não existe mais o velho moinho.

Já o filme biográfico “Trumbo” conta a história de Dalton Trumbo, um roteirista que enfrentou a repressão e foi perseguido durante o Macarthismo nos Estados Unidos. Apesar de ser boicotado na indústria, ele usou a criatividade para que seus roteiros fossem produzidos e foi, anonimamente, o autor do clássico “A Princesa e o Plebeu/Roman Holiday”.

Além de assistir muitos filmes, quem se interessa pela área pode seguir os sábios conselhos de roteiristas profissionais. A primeira recomendação é continuar estudando. Todas as profissões exigem eterno aprendizado e essa não é diferente.

Ler é fundamental. Se uma pessoa sonha em trabalhar como roteirista e não tem o hábito da leitura, será muito difícil para ela desenvolver suas próprias histórias de maneira consistente. Quanto mais você lê, melhor escreve. Assistir a filmes e séries jamais vai substituir isso. Oficinas de escrita criativa, fóruns de roteiro, encontros e congressos sobre o tema também são boas pedidas para quem pensa em se aprimorar ou mesmo renovar suas ideias.

Outra experiência enriquecedora para quem realmente quer uma bem sucedida carreira como roteirista é acompanhar a edição/montagem de diversos tipos de projetos. Questões como tempo de ação, timing de uma fala cômica, problemas no diálogo, imagens de cobertura, entre outros elementos da linguagem audiovisual, saem do abstrato e se tornam mais concretos na sala de edição.

Ser um bom observador e se interessar pelo ser humano, por suas peculiaridades e contradições, é uma forma de estimular a mente para criar personagens tridimensionais. Ouvir as outras pessoas conversando é uma prática essencial para escrever de maneira verossímil. O resto é pesquisa, disciplina e muito trabalho. A principal reclamação dos professores de roteiro é que os alunos tendem a ficar apenas na teoria e não gostam de colocar a mão na massa. Por isso, abandonar a preguiça e o imediatismo é sempre o primeiro passo.

A criação é algo muito pessoal. Submeter uma história ao olhar do outro nem sempre é uma tarefa fácil ou confortável. Tenha consciência de que roteirizar pode até ser um exercício solitário, mas filmar é uma atividade coletiva. Isso quer dizer que você precisa saber expor e defender suas ideias, se quiser que elas saiam do papel. Assim, depois de tanto estudo e reflexão, esforço e dedicação, e também algum desapego, o “Fade Out” no final do roteiro de seu filme certamente será merecido.

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* Fontes consultadas para esse artigo, professores da Academia Internacional de Cinema: Paulo Marcelo do Vale Tavares, Pedro Salomão, Patricia Oriolo, Renata Mizrahi e Thais Fujinaga.

* Foto: Lucas Peev

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Trabalhar com cinema é um sonho ou uma realidade?

O mercado audiovisual brasileiro só faz crescer – e demandar mão de obra qualificada, mesmo em tempos de recessão. De acordo com a Agência Nacional do Cinema (ANCINE), em 2014 o audiovisual brasileiro foi responsável por uma geração de renda de R$24,5 bilhões na economia brasileira (quase o triplo da renda de 2007, que foi de R$8,7 bilhões). Além de movimentar US$1,74 bilhão entre importações e exportações de serviços audiovisuais em 2015.

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Nesse cenário, estudar cinema hoje é mais do que uma opção pessoal de quem tem paixão pela arte. É preparar-se para uma profissão que combina formação humana e técnica, com uma miríade de especializações, que vão do domínio do texto à arquitetura de cenários, da administração de planilhas financeiras complexas à aplicação das últimas novidades tecnológicas. São milhares de pessoas envolvidas nas etapas de pré à pós-produção e distribuição de produtos audiovisuais.

Veja também nossos outros artigos da série Profissões do Cinema:

O SETOR QUE MAIS CRESCEU NO PAÍS

A expansão já dura mais de dez anos e o mercado vem se construindo sob bases que têm se demonstrado sólidas. A ANCINE publicou dois estudos que elucidam o que está acontecendo:

O primeiro documento é uma atualização anual do seu Estudo sobre Valor Adicionado pelo Setor Audiovisual – que tem como objetivo mostrar a relevância do setor dentro da economia e permite conhecer a contribuição do setor para a geração de renda no país. O segundo trouxe uma análise sobre o comércio exterior de serviços audiovisuais no Brasil. Mais do que isso, os relatórios e os dados mostram que há mercado e espaço para aqueles que buscam seu lugar neste meio.

O setor audiovisual cresceu 66% entre 2007 e 2013, o que equivale a uma expansão contínua de 8,8% ao ano no período. Esse percentual é significativamente superior à média de todos os setores da economia neste mesmo período.

Crescimento Sustentável

Esses resultados não seriam possíveis sem incentivos ou políticas que ajudassem na retomada do setor. Essa retomada ocorreu a partir da década de 90 com as leis de incentivo, como a Lei Rouanet e a Lei do Audiovisual, que funcionam da seguinte forma: os produtores pleiteiam autorização para captar recursos junto a empresas e pessoas físicas. Como contrapartida, elas recebem incentivos fiscais.

Num segundo momento, já nos anos 2000, o Estado começa a investir diretamente por meio da criação do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) como modalidade de financiamento das produções brasileiras. Por meio dele, o governo injeta recursos não só na produção de filmes, mas em partes anteriores (desenvolvimento de roteiros) e posteriores da cadeia produtiva, inclusive na distribuição e exibição (no cinema ou na TV), direcionando dinheiro público para o setor.

Mais recentemente, em uma cerimônia da Ordem do Mérito Cultural, o presidente Michel Temer anunciou que irá estender até 2022 os benefícios da Lei do Audiovisual, aumentando em 40% o orçamento do Ministério da Cultura (MinC) para 2017. Mesmo neste momento de crise – econômica e política – em meio a controvérsias sobre o destino do próprio Ministério da Cultura, o governo aponta para a continuidade dos programas de incentivo, pois não há como ignorar a importância do setor audiovisual no contexto econômico.

Foto: Alexandre Borges
Foto: Alexandre Borges
ACORDOS DE COPRODUÇÃO

O mês de novembro ainda trouxe mais novidades para o setor.  No dia 24 de novembro o Senado aprovou três instrumentos internacionais muito importantes para o Audiovisual Brasileiro: o Protocolo de Emenda ao Convênio de Integração Cinematográfico e Audiovisual Ibero-americano, que respalda a CACI (Conferência das Autoridades Cinematográficas Ibero-americanas), o Ibermedia e demais programas de integração entre 22 países da América Latina e Península Ibérica; o Acordo de Coprodução com o Reino Unido e o Acordo de Coprodução com Israel. Todos eles combinam cinema e TV. Os três instrumentos foram aprovados, por unanimidade, no Senado Federal e na Câmara dos Deputados.

CONTEÚDO NACIONAL

Além da legislação, a exigência de programação nacional deu mais possibilidades para que o setor crescesse. A Lei nº 12.485 estabelece que canais de documentários, filmes, séries ou animações tenham pelo menos três horas e 30 minutos semanais de produção brasileira exibida durante o horário nobre, que vai das 18h às 0h, o que possibilitou a abertura de um mercado dedicado à produção audiovisual brasileira. Além disso, determina que em todos os pacotes ofertados aos assinantes, pelo menos um terço seja de canais brasileiros. As medidas contribuem a longo prazo para a formação de público consumidor de produções nacionais.

Essa regulamentação já mostrou resultados; um trabalho divulgado pelo Coletivo Intervozes, uma organização que trabalha pela democratização da comunicação, mostra um crescimento nos canais que veiculavam programação nacional: em 2010, eram sete canais com 21 horas de programação nacional; em 2015, eram 22.

De acordo com o estudo, a quantidade de séries produzidas e veiculadas no país também cresceu, de 73 produções em 2011 para 506 em 2014. Além disso, ao ampliar a escala da indústria audiovisual brasileira, a Lei nº 12.485 gerou uma demanda maior e mais estável às produtoras independentes.

TV A CABO E MÍDIAS DIGITAIS

A popularização da TV a cabo nos últimos anos também contribuiu para a ampliação do mercado no Brasil. Quando a lei surgiu e passou a exigir uma programação maior de conteúdo nacional, a TV por assinatura estava crescendo no Brasil. De acordo com o estudo da ANCINE, a TV aberta teve queda na sua participação no setor de 22,2 pontos percentuais no período de 2007 a 2014, já a TV por assinatura cresceu 21,4 pontos percentuais. Em 2014, pela primeira vez, o segmento de TV fechada foi responsável por mais de 50% do valor adicionado pelo audiovisual.

A Internet é outro fator chave, que oferece várias possibilidades de exibição de conteúdo, além da veiculação de anúncios em mídia digital a custos muito menores. Empresas como Netflix (que tem sua versão brasileira) e Globo Play, ambas produtoras de conteúdo original e distribuidoras de conteúdo original e licenciado, representam esse novo tipo de canal difusor, uma tendência mundial que vem reorganizando a forma de consumo de produtos audiovisuais.

MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL

Outro ponto relevante observado no estudo da ANCINE é o fato do Brasil ter importado US$1,1 bilhão em licenciamento de direitos de conteúdos audiovisuais, enquanto exportou US$ 81 milhões. Isso mostra que “há uma necessidade de seguir investindo em mais filmes e séries brasileiras para ocupar o mercado interno e aumentar as vendas para o exterior”, relata o diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, que apresentou os dados durante o Rio Market 2016, área de negócios do Festival do Rio.

Há mercado interno e externo a serem conquistados por produtores brasileiros, e um ritmo de crescimento que favorece os investimentos em produção audiovisual.

DEMANDA POR MÃO DE OBRA QUALIFICADA

Os dados simbolizam uma atividade em expansão, o que significa um mercado aberto para receber mão de obra, como indicou uma matéria do jornal O Globo, intitulada “Vagas no setor audiovisual têm salto de 28%”, vagas essas, abertas para todos os perfis, de nível técnico a executivo.

“Entre 2007 e 2014, os empregos diretos no setor saltaram de 132 mil para 169 mil em todo o país, um aumento de 28%. Quando o recorte se abre aos indiretos, o avanço foi de 257 mil para 327,4 mil em sete anos, alta de 27%. Ou seja, para cada emprego gerado no audiovisual, há 1,94 gerado em outros setores da economia, aponta pesquisa da ‘Tendências Consultoria’, elaborada a pedido da Motion Picture Association — América Latina (MPA-AL) e do Sindicato do Audiovisual (Sicav). O salário médio, em valores atualizados a 2016, subiu de R$ 2.890 para R$ 3.582”. (O Globo, 23/10/2016)

E como o mercado não está totalmente preparado para esse salto, está faltando mão de obra qualificada.

Para corroborar com a informação, o estudo sobre “Inteligência de Mercado Audiovisual”, divulgado pelo SEBRAE, em 2015, cita a grande demanda no setor, chamando a atenção para a necessidade de as empresas planejarem melhor suas ações a médio e longo prazos, além de se preparem mais para oferecer produtos e serviços de alta tecnologia agregada e qualidade para consumidores cada vez mais exigentes, assim como seus profissionais.

As tendências apontadas nesse estudo apontam para a inovação e criatividade. Antigamente, ou se fazia cinema ou vídeos institucionais. Atualmente, o que impera é a capacidade de contar histórias de diferentes formas, em diversas plataformas. É um mercado aberto.

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Teresinha, do ex-aluno Victor Ribeiro, estreia nos cinemas no dia 15

O longa-metragem “Teresinha”, de Victor Ribeiro, ex-aluno do curso Filmworks da Academia Internacional de Cinema (AIC) estreia este mês em salas de cinema em São Paulo (ITAU Frei Caneca e Cinemark Interlagos), em Belo Horizonte (Cineart Cidade) e no Rio de Janeiro (Estação Laura Alvim).

Filme "Teresinha" - Foto: Divulgação
Filme “Teresinha” – Foto: Divulgação

O filme retrata a história de Thérèse de Lisieux, conhecida popularmente no Brasil como Santa Teresinha do Menino Jesus. O roteiro foi baseado no espetáculo teatral “Theresinha” de Helder Mariani e o elenco conta com a presença de Gabriela Cerqueira, Madre Elizabeth e Luciana Filippos.

A HISTÓRIA

Marie-Françoise-Thérèse Martin nasceu em janeiro de 1873 e faleceu em 1897, com apenas 23 anos, depois de ser acometida por tuberculose. Teve vida breve, mas deixou um legado que perdura até hoje; é um dos mais influentes modelos de santidade para católicos e religiosos em geral por seu “jeito prático e simples de abordar a vida espiritual”, pois para ela “a perfeição e a santidade podem estar nas pequenas coisas, nos pequenos gestos”.

A pedido de sua irmã Paulina escreveu três manuscritos. Esses escritos são sua autobiografia, e foram publicados em 1898 com o título de “História de uma Alma”, um ano após sua morte. Sua publicação causou um grande impacto na época, transformando-a rapidamente em um dos santos mais populares do século XX. Além de sua autobiografia, Teresa deixou também cartas, poemas, peças religiosas e orações. Suas últimas conversas também foram preservadas por suas irmãs.

Pio XI a beatificou em 1923, canonizando-a dois anos depois. Teresa foi também declarada copadroeira das missões com São Francisco Xavier em 1927 e nomeada copadroeira da França (com Santa Joana d’Arc) em 1944.

O FILME

O filme de Victor abrange os últimos dezoito meses de vida de Teresa, dessa freira carmelita descalça que passa esses momentos mergulhada na chamada “noite escura da alma”. Em seus manuscritos autobiográficos, há uma radiografia do dilema do homem moderno – o conflito entre a razão e a fé. O documentário apresenta a dimensão humana dessa jovem santa, que no final do século XIX vivenciou as questões e contradições que marcariam a pós-modernidade.

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