Um Filme de Verão, longa-metragem de Jô Serfaty, professora de direção do Filmworks e do curso de Cinema da Academia Internacional de Cinema (AIC), foi selecionado para a Mostra Paralela – Novos Realizadores do Festival de Brasília. A 52ª edição do evento acontece entre os dias 22 de novembro e 1º de dezembro no Cine Brasília e no Museu Nacional da República.
O filme é sobre quatro jovens da periferia carioca de Rio das Pedras que, durante as férias escolares, enfrentam um verão de 40 graus. Imersos nos fios emaranhados que cobrem o céu da favela e os súbitos apagões, estes adolescentes saem em busca de saídas inventivas para escapar de uma cidade em crise.
Outros professores da AIC também fizeram parte da equipe, como o coordenador do Filmworks Isaac Pipano, que colaborou no roteiro; Pedro Pipano, que assina a fotografia; Ricardo Fogliatto, preparador de elenco e colaborador no roteiro; Guilherme Farkas, som direto e mixagem; e Lucas de Andrade, assistente de montagem e montador adicional.
Estão abertas as inscrições para o Cine PE – Festival Audiovisual até o dia 31 de janeiro. O evento, que está na sua 24ª edição, acontece de 25 a 31 de maio de 2020, em Recife.
Os interessados poderão inscrever seus filmes nas Mostras de Curta-Metragem Pernambucano, Curta-Metragem Nacional e Longa-Metragem, nas categorias ficção, animação ou documentário. Os filmes das Mostras Competitivas de Curta-Metragens deverão ter até 22 minutos de duração (conteúdo e créditos) e em formato 35mm ou digital HD. Já os filmes Longas-Metragens, deverão ser brasileiros, podendo haver coprodução internacional, com duração acima de 70 minutos e que garantam oficialmente suas exibições na grade em formato 35mm ou digital HD.
As inscrições podem ser feitas através do site do Festival. O resultado da curadoria será divulgado até a segunda quinzena de abril.
Greg Peters, diretor global da Netflix, anunciou na última semana que o serviço de streaming irá investir R$ 350 milhões em produções brasileiras ao longo de 2020. A empresa, que já gerou 40 mil empregos diretos e indiretos no país, promete investir em novas séries e em temporadas de títulos já existentes.
“Produzir histórias brasileiras têm sido um negócio doméstico, mas estamos aqui para mudar isso. Ninguém está fazendo o que estamos fazendo, mudando a forma como o entretenimento vai ser produzido”, afirmou o executivo.
Em sua fala, Peters também reafirmou a importância de motivar os criadores de conteúdo locais e citou casos de sucesso como a série Sintonia, produzida por KondiZila.
O diretor também falou sobre o esforço da empresa em garantir que a acessibilidade ao conteúdo disponível no aplicativo seja alta. “A Netflix está habilitada em mais de 1.600 dispositivos internacionais em todo o mundo e chega pronto para ser assistido em 30 línguas diferentes. Queremos que cada vez mais pessoas do mundo todo tenham acesso a grandes histórias. Para nós, a arte pode ajudar a reduzir o preconceito.”
Quem nunca se apaixonou por um anti-herói? Com uma moralidade não muito bem definida, ele cativa, apesar dos seus “deslizes”. Ele prova que é possível torcer por aquele personagem de caráter duvidoso. Não é para menos que os atores adoram interpretar esse tipo de papel.
A verdade é que o público tem procurado cada vez mais essa espécie de narrativa, em que nem tudo é preto ou branco. As nuances nos interessam — e muito!
Quer saber por que o anti-herói faz tanto sucesso? Siga a leitura do post e descubra quem é ele nos filmes. Vamos lá?
Quem é o anti-herói?
Na dramaturgia, trata-se de um tipo de protagonista, mas com uma moral e comportamento que geralmente associamos aos antagonistas — ou vilões.
Exatamente por ser um protagonista falho, ele perturba o espectador com suas fraquezas. Por outro lado, sua simpatia o aproxima do público. Dessa forma, entendemos seus deslizes como fragilidades inerentes à natureza humana.
O anti-herói pode desempenhar diferentes papéis. Ele transita, por exemplo, entre o solitário e o estranho. Também costuma demonstrar distância em relação às pessoas do seu passado, autoestima frágil e vida amorosa conturbada, com muitas falhas.
E esse pacote de imperfeições faz do anti-herói realista, aproximando-o do público, que se identifica com suas contradições.
Também há o tipo que é rebelde e que busca, de todos os modos, a liberdade. Nesse sentido, está disposto a fazer suas próprias leis a partir de sua visão subjetiva de justiça.
De modo geral, o anti-herói está em uma área cinzenta entre o vilão e o cara legal. Por isso, há momentos em que é desagradável mas, em outros é extremamente encantador. São as suas qualidades paradoxais que fazem com que se assemelhe às pessoas reais — mais do que qualquer outro personagem da ficção.
O anti-herói certamente não reflete os valores mais elevados da sociedade, como honestidade, compaixão, integridade ou força. Por outro lado, há ocasiões em que ele precisa adotar, mesmo que a contragosto, algumas dessas características.
Diferentemente dos mocinhos, que têm qualidade que gostaríamos de imitar, o anti-herói tem falhas, problemas e neuroses que, inclusive, atrapalham a suas relações mais íntimas.
Outra questão que deve ser levada em conta para identificar um anti-herói é que ele geralmente tem algo escondido em seu passado. Pode ser um trauma que o levou a ser quem é.
Isso prova que, assim como acontece na realidade, o anti-herói é fruto do seu passado, principalmente das perdas profundas que talvez tenha sofrido. E é essa história de vida que costuma atrapalhar seus planos no presente.
Aliás, quando o anti-herói é o protagonista do filme, ele geralmente retrata como é difícil escapar do passado e das cicatrizes profundas que ele pode nos deixar.
Com tantas nuances, a criação desse tipo de personagem requer certos cuidados, principalmente para que desperte as reações esperadas no público.
Para começar, é preciso definir se o anti-herói tem um comportamento acidental ou se ele é fruto de eventos de sua história. Isso poque, sua personalidade e natureza farão com que brilhe em cada cena.
Para isso, é preciso investigar a motivação de cada traço ou crença desse personagem. Se ele é rebelde, por exemplo, certamente haverá algo na sua história que justifique esse comportamento.
Mas não é tão simples quanto parece. A personalidade de um anti-herói é complexa e, por isso mesmo, deve ser trabalhada minuciosamente.
Para identificar os anti-heróis, leve em conta que:
apesar de suas imperfeições, secretamente gostaríamos de nos comportar como eles;
não são afeitos ao glamour ou à boa aparência;
são motivados pela autopreservação e pelo interesse próprio, mas diferentemente dos violões, há uma barreira que eles não ousam cruzar;
o que os motiva pode variar da vingança à honra;
o errado sempre lhes parece mais fácil;
costumam jogar dos dois lados, aproveitando o que bandidos e mocinhos têm a lhes oferecer;
podem ter atitudes preconceituosas e até reações violentas quando se sentem injustiçados;
não costumam demonstrar remorso;
são cheios de contradições;
podem ter um arco de personagem no qual são redimidos até o final da história.
Quem são os anti-heróis mais famosos do cinema?
Confira a lista dos anti-heróis que roubaram o coração do público transitando entre dois mundos.
Deadpool
Com uma personalidade carismática e muito humor ácido, Deadpool fez sucesso nos cinemas. O Mercenário Tagarela fala diretamente com o público, ajudando violões ou heróis. Isso porque sua regra número 1 é não ter regras.
Deadpool é irreverente e imprevisível, como todo anti-herói deve ser.
Alex DeLarge
Alex DeLarge, do filme Laranja Mecânica, foi um dos primeiros anti-heróis do cinema moderno. Foi também um dos mais polêmicos, principalmente pelo seu caráter sádico.
Seus atos incluem muita violência, assassinatos e uso de drogas. Porém, em determinado ponto da trama, ele passa a ser encarado como uma vítima da sociedade, ganhando a cumplicidade do público.
Michael Corleone
Esse anti-herói está no epicentro de uma verdadeira tragédia grega em O Poderoso Chefão. Ao praticamente ser obrigado a se vingar, o filho favorito descobre que é bom ser mau.
Seus dramas familiares o aproximam do público, mas, diferentemente do que acontece em Laranja Mecânica, esse anti-herói, ao final, transforma-se em vilão.
Beatrix Kiddo
A Noiva, de Kill Bill, é marcada pelo sofrimento. Ela até tenta levar uma vida normal depois de trabalhar como assassina profissional, mas acontecem alguns “imprevistos” que a tiram do caminho do bem novamente.
Isso já é o suficiente para ganhar a simpatia do público, apesar de estar longe de ser um exemplo a ser seguido.
Lisa Rowe
Uma sociopata capaz de manipular a todos ganha o apoio do público no filme Garota Interrompida. A personalidade de Lisa Rowe é tão complexa que fascina suas colegas da clínica.
Assim como elas, os espectadores tentam entender as motivações da personagem e, aos poucos, vão se identificando.
Scarlett O´Hara
Desde a primeira cena em que aparece em E O Vento Levou, fica claro que Scarlett é mimada e egocêntrica. Quer roubar o marido de sua prima e usa as pessoas como bem quer para concretizar seus planos.
Mas no decorrer da história, uma sucessão de sofrimentos faz com que o público mude seu conceito sobre ela.
Enfim, o anti-herói sempre esteve presente no cinema. Essa antítese do herói bom caráter e competente conquista o público por meio da identificação. Afinal, na vida real, somos complexos em meio aos nossos defeitos e qualidades.
Quem saber mais sobre algum curso da Academia Internacional de Cinema? Entre em contato com a gente pelo Whastsapp ou por E-mail.
O filme Tarântula, dirigido pelos alunos Bruna Mello, Lucas Melo, Tiago Fonseca, Uli Dile e Vitor Valadão, alunos do Filmworks da Academia Internacional de Cinema (AIC) do Rio de Janeiro, foi selecionado para o Curta Cinema, o Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro. O filme integra a Mostra Panorama Carioca e concorre a categoria de Melhor Filme eleito por voto popular.
O filme
O filme conta a história de Blondi, um garoto que vai para uma festa logo após saber da vitória do então candidato à presidência da república, Jair Bolsonaro. Tiago Fonseca, que atua, dirige e também roteirizou o filme, conta que o roteiro nasceu exatamente no dia do resultado das eleições. “Tínhamos que entregar uma proposta de roteiro onde o som fosse o disparador da narrativa, porém, nada mais fazia sentindo depois daquele resultado. Um pessimismo pairou em nossa sala de aula e assim eu resolvi usar isso e escrever o roteiro. Em seguida, propus que todos os membros da equipe iriam ter total autonomia pra dirigir uma parte do filme. A ideia sempre foi fazer algo coletivo. Dos cinco. E assim foi. Até o fim do processo. Uma criação totalmente coletiva”, conta.
O festival
O Festival, que começa hoje e vai até o dia 06 de novembro, é dedicado à exibição de curtas-metragens e, qualifica os ganhadores do Grande Prêmio da Competição Nacional e Internacional a pleitearem uma indicação ao Oscar. Além da exibição de filmes, o Festival também promove workshops, laboratório de projetos de curta metragem, palestras e debates.
Exibições de Tarântula
O filme será exibido no dia 04/11 às 21h no Estação Net Botafogo 1 e no dia 05/11 às 17h30 no Estação Net Botafogo 2. Prestigie! =)
Ficha Técnica
Direção: Bruna Mello, Lucas Melo, Tiago Fonseca, Uli Dile e Vitor Valadão
Roteiro: Tiago Fonseca
Direção de Fotografia: Lucas Melo
Direção de Arte: Uli Dile
Som Direto: Bruna Mello
Participar de festivais de cinema é o sonho de muitos estudantes do audiovisual. Afinal, quem não quer o friozinho na barriga de ver o seu trabalho exibido na telona pela primeira vez? Além dessa adrenalina, a participação em eventos do gênero comumente abre portas e contribui para o tão importante networking.
Porém, é comum que surja a dúvida sobre como inscrever o filme em festivais. Como escolher o ideal para o meu projeto? Como saber a hora de inscrever aquele trabalho tão especial? Se você está passando por isso, não se preocupe, porque você não está só.
Foi pensando nisso que preparamos este texto. Nele, falamos brevemente sobre os principais festivais do país e trazemos três valiosas dicas de como ser aprovado no festival dos seus sonhos. Confira!
Quais os principais festivais de cinema do Brasil?
Muitas vezes, a exibição em um festival de cinema abre portas para os novos profissionais e, em alguns casos, funciona como um selo de qualidade em um trabalho. Além disso, nesses eventos, é possível conhecer outras pessoas do mercado e assistir a filmes que não entram no circuito comercial.
A ANCINE (Agência Nacional do Cinema) disponibiliza um mapa com todos os festivais do país desde 2015. Além de visualizá-los geograficamente e de forma interativa, é possível conferir uma mini-bio com mais informações sobre cada um dos eventos, suas datas de realização e site oficial.
Entre as muitas possibilidades de festivais de cinema que o país oferece, saiba mais sobre os cinco principais:
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro: realizado no Distrito Federal, comumente no segundo semestre. Permite a inscrição de curtas e longas de todos os gêneros e oferece premiação em dinheiro. É um dos mais antigos e tradicionais do país e chega a sua 52ª edição em novembro de 2019;
Festival Internacional do Rio: a 21ª edição do festival acontece em dezembro de 2019, graças a um financiamento coletivo. É composto por mostras competitivas e não-competitivas e exibe exclusivamente filmes nacionais na Première Brasil;
Mostra Internacional de Cinema de São Paulo: a 43ª Mostra Internacional de São Paulo aconteceu em outubro de 2019, com apoio do Ministério da Cidadania, do Governo de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa da cidade de São Paulo. Em 2019, 327 obras de 52 países foram exibidas em vários cinemas, museus e espaços culturais da capital paulista, que recebeu também com projeções gratuitas ao ar livre;
Festival do Cinema de Gramado: um dos mais prestigiados festivais de cinema do país, é comumente realizado em agosto, no Rio Grande do Sul. Os Kikitos, prêmios distribuídos nas mostras competitivas, são disputados desde 1973 e desde 1992 prestigiam também as produções ibero-americanas. Para quem quiser se preparar, as datas de 2020 já foram divulgadas: de 4 a 22 de agosto.
É Tudo Verdade: O Festival Internacional de Documentários é o principal evento do gênero na América Latina. Ele se divide entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. A próxima edição acontece em 2020 e está com inscrições abertas até dezembro de 2019.
O que fazer para ter seu filme aprovado?
Inscrever filmes em festivais não é um bicho de sete cabeças, mas também não vem com uma receita de bolo. As escolhas dependem em grande parte dos curadores e, em alguns casos, até mesmo da aprovação em mostras anteriores. Mas como fazer isso pela primeira vez? Confira a seguir três dicas simples mas que podem fazer toda a diferença.
Saiba escolher o festival
Existem de 3 a 4 mil festivais de cinema ao redor do mundo. Esse é um número surpreendente, mas as possibilidades de produção audiovisual são ainda maiores. Assim, é preciso saber escolher em quais festivais você deve apostar as suas fichas.
O envio do material envolve o pagamento de taxas de inscrição, além de possíveis custos com viagem. Assim, é preciso levar entender esse processo como um investimento. Para garantir as melhores chances de aprovação, conheça bem os festivais antes de entrar em uma mostra competitiva, por exemplo.
Alguns festivais são amplos e gerais, outros específicos e nichados — próprios para curtas, documentários ou animações, por exemplo. Não existe uma receita pronta para ser aceito, principalmente porque cada festival tem o seu grupo de curadores e cada pessoa tem seu gosto particular. Porém, pode ser interessante estudar filmes anteriormente aprovados — e premiados — e autoavaliar o material que você tem em mãos.
Tenha atenção às regras e regulamentos
Não inscrever um curta-metragem de animação em um festival destinado à longas documentais é uma regra básica. Neste tópico, nos referimos à atenção aos detalhes. Quais os prazos para o envio do material? Existe alguma especificidade de tamanho ou formato no qual o arquivo deve ser enviado?
Leia e releia tudo quantas vezes forem necessárias para não correr o risco de ser desclassificado simplesmente por não atender às especificidades do regulamento — sem ao menos ter a chance de ter o seu material avaliado.
Outro fator a ser observado é com relação ao ineditismo da obra, exigido em alguns festivais. Por outro lado, o aceite em determinadas mostras pode até mesmo ajudar a classificação em eventos mais importantes. A dica aqui é montar um calendário e entender para quais festivais enviar o seu material primeiro e para quais pode ser interessante esperar mais um pouco.
Conte com o apoio da Academia Internacional de Cinema
A Academia Internacional de Cinema disponibiliza aos seus alunos um Manual dos Festivais. Além de uma agenda com os principais festivais nacionais e internacionais, o material traz dicas valiosas de como se aproximar dessas mostrar, o que não deixar de lado durante a inscrição e como enviar o material corretamente.
Com mais de 15 anos de experiência no mercado, a AIC já participou da produção de mais de 3200 filmes. Todo esse trabalho tem sido há muito reconhecido no mercado. Diferentes trabalhos de ex-alunos já alcançaram telas internacionais e conquistaram prêmios nacionais.
Com o objetivo de fornecer o suporte teórico, mas também o apoio prático necessário, o nosso corpo docente é extremamente atuante no mercado. Como tal, não fica de fora dos principais festivais de cinema do Brasil e do Mundo.
Se você chegou até aqui, já deve saber sobre a importância que os festivais de cinema têm na carreira de qualquer profissional do audiovisual. A dúvida sobre como inscrever o filme em festivais é comum, especialmente para quem está começando. Mas não se preocupe: ao seguir as nossas dicas você estará no caminho certo!