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Tributo a Jean-Luc Godard na AIC

Amanhã, 20 de setembro às 19h30, o professor da Academia Internacional de Cinema (AIC), João Paulo Campos, recebe a crítica de cinema e pesquisadora  Dalila Camargo Martins  para um evento especial: uma homenagem ao cineasta Jean-Luc Godard, morto na última terça-feira (13), aos 91 anos. Além do bate-papo, o filme “Nossa Música” (2004) será exibido.

Um dos fundadores da Nouvelle Vague, um dos movimentos mais importantes do cinema mundial, o diretor realizou mais de 40 longas-metragens ao longo de 70 anos de carreira, além de curtas-metragens, documentários experimentais, ensaios cinematográficos e vídeos de música.⠀

O evento acontece na sala 06 da AIC e é exclusiva para alunos da escola.

 

Conheça a Convidada

Dalila Camargo Martins é bacharel em audiovisual, mestre e doutoranda em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA/USP, com dissertação e tese sobre o cinema de Danièle Huillet e Jean-Marie Straub. Trabalha como crítica, professora, programadora e videasta. Participou da redação da Revista Cinética e colabora com o periódico La Furia Umana. Foi estagiária docente na ECA/USP e ministrou palestras e cursos em lugares como MAM-SP, Instituto Tomie Ohtake, Escola da Cidade, IBRACO e Centro de Cultura e Formação do SESC. Integrou, entre outros, a comissão curatorial do IV Fronteira Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental. Cria videoartes autorais e vídeos para artistas como Carlos Fajardo e Vladimir Safatle. Faz parte do grupo de estudos História da Experimentação no Cinema e na Crítica (CNPq). No TCC e na iniciação científica analisou o filme “Nossa Música” e editou o especial “Godard 90 anos” da Revista CULT.

Serviço:

Tributo à Godard

Dia 20 de setembro de 2022 | das 19h30 às 22h30
Sala 06  – Academia Internacional de Cinema (AIC)
Rua Dr. Gabriel dos Santos, 142. São Paulo.

 

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Inscrições abertas para o Festival de Brasília

Estão abertas as inscrições pra 55ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro até o dia 6 de outubro. Este ano, o evento vai ser realizado de forma híbrida, retomando as sessões presenciais no Cine Brasília mescladas a atividades formativas e exibições em ambiente virtual.

As mostras competitivas do 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro compreendem a exibição dos filmes concorrentes ao troféu Candango em categorias técnicas e artísticas. Serão no mínimo 05 (cinco) filmes de todos os gêneros, com duração superior a 60 minutos, que competirão nas categorias de longas metragens e no mínimo 10 filmes com duração de até 30 minutos, que concorrerão nas categorias de curtas metragens. Serão selecionadas obras preferencialmente inéditas. Não serão consideradas obras inscritas em edições anteriores do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Somente serão aceitas inscrições de filmes finalizados nos anos de 2021 e 2022.

O regulamento e as inscrições estão disponíveis  no site do festival.

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O cinema como instrumento de denúncia e desnaturalização da violência

Nesta entrevista, Cristiano Burlan, que recebeu o prêmio de Melhor Diretor em Gramado este ano com seu novo longa “A Mãe”, e é ex-aluno AIC, diz que não se pode esperar por recursos quando há urgência em contar histórias.

O filme é um dos cinco pré-indicados a representar o Brasil no Oscar em 2023, e tem Marcélia Cartaxo no papel de uma mãe solteira a procura do filho, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz em Gramado.

A prova incontestável dessa prática de guerrilha, referida internacionalmente como DIY (Do-It-Yourself), é que Burlan realizou 15 longa metragens em pouco mais de 15 anos (fora outros projetos, em TV e teatro), tanto filmes de ficção como documentários, que rodaram o circuito de festivais, conquistando prêmios e indicações ao longo do caminho.

Lá no início dessa trajetória, em 2004, ele foi aluno da primeira turma do Filmworks, curso imersivo, de dois anos, de Direção Cinematográfica. Na AIC ele conheceu alguns colegas com quem continua a colaborar até hoje, como Lucas Negrão, especialista em pós-produção.

A história pessoal de Cristiano Burlan, marcada por tragédias familiares e uma infância difícil passada no violento bairro do Capão Redondo, em São Paulo, ganham latitude em seus filmes. São indissociáveis tanto da experiência de fazer filmes, sob o ponto de vista do diretor, como de uma crua realidade brasileira, sob o ponto de vista do espectador.

“Adoraria fazer filmes leves, sobre histórias bem-humoradas, famílias felizes, mas não consigo”, diz o diretor, que frequente flerta com referências a tragédias gregas e shakespearianas em suas narrativas. É na sinceridade que a arte floresce.

 

AIC: Você se lembra de quando começou a se interessar por cinema, e por que quis fazer filmes? Como isso aconteceu?

CRISTIANO BURLAN: Eu comecei a frequentar as salas de cinema ainda criança, minha mãe era faxineira e para não me deixar só em casa, eu ficava esperando no shopping. Pedi pra entrar num cinema e deixaram. Lembro que o primeiro filme que vi no cinema foi “Fievel, um conto americano”. Aos poucos fui me apaixonando pelo universo, era uma forma de viver outras narrativas.

 

Seus filmes são marcados por um forte traço autobiográfico e uma voz definitivamente autoral, trazendo elementos documentais para a ficção e vice-versa. Como você navega esses universos, lidando com temas tão pessoais, que tocam tão fundo as emoções? É difícil encontrar um equilíbrio?

Para mim, cinema é sempre pessoal. Parte de motivações pessoais, mexem com pulsões, desejos, mas não se encerram em mim. É uma arte coletiva, que precisa entrar em diálogo com as inquietações da equipe, do outro. Mas eu não acredito no universal, não penso que as coisas podem atingir a todos da mesma forma. O equilíbrio é buscar fazer o filme entre essas duas pontas, o pessoal e o universal.

 

Seus filmes abordam — de forma pessoal e visceral — temas sociais centrais para a sociedade brasileira. Espelham uma realidade e uma experiência. Sob o ponto de vista social, o que você busca nas suas narrativas? 

De alguma maneira, compreendo o cinema como um instrumento de compreensão do mundo, de denúncia, de tomada de consciência, de desnaturalização de violências. Mas ele não é só isso. Adoraria fazer filmes leves, sobre histórias bem-humoradas, famílias felizes, mas não consigo.

 

Desde os curtas-metragens da sua época de estudante na AIC, você já trazia elementos do teatro clássico, em especial as tragédias gregas e de Shakespeare, para os seus filmes. Pode nos contar um pouco sobre essas influências nos seus filmes? 

O teatro é minha morada, é pra onde sempre retorno quando estou em crise com o cinema, ou para me alimentar e ne preparar para os filmes. Cinema e teatro são linguagens irmãs, que as pessoas costumam distanciar por falta de interesse e apreço.

 

No cinema contemporâneo nacional e internacional, o que te chama mais atenção? Você vê afinidades entre linguagens de outros diretores com o seu trabalho?

Tem uma geração no cinema nacional que eu me identifico, filmes feitos nas quebradas e periferias pelo Brasil que trazer outros corpos e narrativas para a tela. Admiro e me inspiro em parceiros e parceiras que realizam seus projetos ainda que com parcos recursos, que buscam criar suas próprias linguagens.

 

Se você pudesse escolher palavras, quaisquer palavras (podem ser objetos, pessoas, lugares, cores, o que for…) que se relacionem com a sua linguagem cinematográfica, quais seriam?

Ausência, radiografia, elegia, pulsão, finitude, periferia, latino-américa, Corinthians

 

Você vem construindo uma carreira como diretor ao longo de vinte anos, nos quais produziu mais de 15 filmes, quase todos de forma independente, sem incentivos públicos. Num modo Do-It-Yourself (DIY) que é muito o espírito da AIC, e que você leva às últimas consequências — provando que é possível fazer cinema com poucos recursos e muita dedicação, além de talento. Como foi essa jornada, e o que você diria para quem quer seguir esse caminho? 

Não dá esperar a situação ideal para criar, tanto porque tem histórias que precisam ser registradas agora – não conseguem esperar o tempo de passar em um edital; quanto porque os editais são um funil difícil de entrar – muitos projetos, pouco dinheiro. O que eu diria para quem quer seguir esse caminho é busque parcerias que dialoguem com teu jeito de criar, com seus desejos e afinidades, não se faz cinema sozinho.

 

Você foi aluno da turma inaugural da AIC. Como você lembra aqueles primeiros anos? Como a escola contribuiu para a sua formação? E depois, quando foi professor na AIC, o que você procurou transmitir para os alunos? 

A AIC faz parte da minha formação técnica e intelectual. Tenho muito carinho pelos anos de estudante. Tenho grandes parceiros de trabalho que são ex-colegas de aula, como o Lucas Negrão, que faz a finalização e correção de todos os meus filmes. Como professor, sempre busquei estimular os alunos a pensarem em estratégias para realizarem seus projetos de forma independente e não esquecer que o cinema não é só uma questão técnica, é uma expressão artísticas e a AIC também é uma escola de artes. O que fica pra mim da AIC é onde tudo começou.

 

Sobre o seu novo filme, “A Mãe”, quais foram os maiores desafios, e o que mais lhe agradou durante o processo de realização? 

O maior desafio foi fazer o filme acontecer, dada as dificuldades que vivemos nos últimos anos com o descaso do governo com o cinema e com a pandemia. O tema do filme mexe muito comigo e foi muito importante ter a Débora Silva, fundadora do Movimento Mães de Maio, junto conosco. O que mais me agradou foi o empenho de toda a equipe que acreditou neste projeto, em especial minha grande parceira neste projeto a atriz e roteirista Ana Carolina Marinho, que iniciou essa saga comigo.

 

O que significa, pessoalmente para você, ter um filme pré-indicado para representar o Brasil no Oscar? 

O filme foi um dos pré-indicados para representar o Brasil. Acho que essa pré-indicação é importante pro filme, para que as pessoas queiram ver e discutir o filme e o tema da letalidade policial e do terrorismo de Estado. Um dos maiores gargalos do cinema é a distribuição e, de alguma forma, isso ajudou na divulgação do filme.

 

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Inscrições abertas para a 11ª edição do Filmworks Film Festival

Depois de dois anos, o Filmworks Film Festival está de volta!!! As inscrições para a 11ª edição do Festival, mostra competitiva de curta-metragem dos alunos da Academia Internacional de Cinema (AIC), podem ser feitas entre os dias 10 e 30 de setembro, na plataforma FilmFreeway.

Além dos filmes produzidos no Filmworks, serão aceitos curtas realizados nos cursos de Cinema e Documentário, presenciais e online.

Este ano, o Festival vai ser realizado nos dias 29 e 30 de novembro, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo.

Ao todo serão premiadas 14 categorias:

  • Roteiro
  • Direção
  • Direção de Fotografia
  • Direção de Arte
  • Edição
  • Som
  • Atuação (Personagem Principal)
  • Atuação (Personagem Coadjuvante)
  • New Vision (Novo Olhar)
  • Melhor Filme
  • Júri Popular
  • Curta Livre
  • Melhor Documentário
  • Menção Honrosa

Inscreva seu filme! Confira o regulamento aqui. Faça a inscrição na plataforma FilmFreeway.

Caso tenha alguma dúvida, escreva para fmff@aicinema.com.br 

 

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Documentário Magnetic Mosaic, de ex-aluna da AIC, é selecionado para Festival da Unesco

O documentário Magnetic Mosaic, da pesquisadora e ex-aluna da Academia Internacional de Cinema Katia Jasbinschek Pinheiro, foi selecionado para o Earth Futures Festival, festival internacional de geociências, realizado pela Unesco. O filme ficou entre os três finalistas na categoria “Mulheres nas Geociências”.

Kátia, que é pesquisadora convidada no GFZ-Potsdam , na Alemanha, fez vários cursos na AIC: Roteiro online, Direção Cinematográfica online, Edição online, Direção de Fotografia online, Documentário online e Cinema intensivo férias.

“Eu realizei diversos cursos na AIC com objetivo de criar novas formas de divulgar ciência. Magnetic Mosaic foi meu primeiro filme e o resultado foi surpreendente! Foram 10 mulheres pesquisadoras de 10 países diferentes, falando sobre o campo magnético da Terra desde o núcleo até o espaço”, explicou Kátia

O filme, que está disponível no site do evento, vai ser exibido no dia 4 de outubro, na sede da Unesco em Paris.  “Eu fui convidada para participar do festival, falar sobre o filme, minha motivação para fazê-lo, meu trabalho como geo-cientista e comunicadora em divulgação científica”, disse a pesquisadora.

Esta edição do Festival contou com 972 inscrições de 89 países. “A votação para o People’s Choice Award estará aberta até o dia 15 de setembro e, portanto, não se esqueça de votar no seu filme finalista favorito. Espero que seja Magnetic Mosaic”, falou a diretora e roteirista do documentário.

Sinopse

Nosso planeta é visto como um mosaico enigmático composto de peças dinâmicas. Dez mulheres cientistas vão desvendar algumas peças-chave conectadas pelo campo magnético da Terra.

Diretora

Katia Jasbinschek Pinheiro é graduada em oceanografia, na UERJ, fez mestrado no Observatório Nacional em geofísica, doutorado no ETH-Zurique (Suíça) e pós-doutorado no LPG-Nantes (França). A diretora é pesquisadora do Observatório Nacional (ON), no Rio de Janeiro. Hoje trabalha como pesquisadora convidada no GFZ-Potsdam (Alemanha).

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Minissérie IndependênciaS tem Coordenação de Arte do Professor Dicezar Leandro

No último dia 7 de setembro, o Brasil celebrou os seus dois séculos de Independência. O fato histórico deu origem a série Independências, do diretor Luis Fernando Carvalho, criada com exclusividade para a TV Cultura. A obra, com 16 episódios e exibida semanalmente até o final do ano, busca reivindicar a participação de um enorme conjunto de saberes, culturas, subjetividades e personagens que foram postos à margem ou que, violentamente, foram apagados pela história oficial.

A ideia do projeto surgiu a partir de pesquisa realizada pelo jornalista José Antonio Severo. A minissérie foi desenvolvida por Luiz Fernando em parceria com o dramaturgo Luís Alberto de Abreu. O trabalho teve duração de um ano e meio para a pesquisa, criação e realização. Dicezar Leandro, professor na Academia Internacional de Cinema (AIC), foi o coordenador de arte da obra.

“É um projeto que além de querer explorar abordagens inusitadas e novas linguagens na teledramaturgia, uma marca da direção do Luiz Fernando Carvalho, também busca revisitar a história de uma maneira ainda não contada, desfazendo os paradigmas e as romantizações eurocêntricas”, explicou Dicezar.

O elenco conta com a participação de Antonio Fagundes (Dom João VI), Daniel de Oliveira (D. Pedro I), Isabél Zuaa (Peregrina), Ilana Kaplan (Carlota Joaquina), Gabriel Leone (D. Miguel), Louisa Sexton (Leopoldina), André Frateschi (Chalaça),Celso Frateschi (José Bonifácio), entre outros.

A minissérie é exibida na TV Cultura, as quartas-feiras, 22hs.

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