Filmes realizados por alunas e professoras da Academia Internacional de Cinema vão ser exibidos no próximo dia 9 de março no Espaço Cultural da Estação Santa Cecilia. A mostra faz parte de uma programação especial em homenagem ao dia Internacional da Mulher, organizada pelo Metrô de São Paulo.
O evento está marcado para meio-dia e serão exibidos os filmes Quando elas Cantam, da ex-aluna e professora da AIC Maria Fanchin; A Donzela da Torre, de Giovanna Borsarini; Dádiva, de Evelyn Santos; Sem você a vida é uma aventura, de Alice Andrade Drummond; ½ KG, de Andrea Mendonça; Clairelumière, da professora Carolina Gonçalves.
SINOPSES
O documentário Quando Elas Cantam é sobre o projeto Voz Própria, que é voltado ao tratamento terapêutico de mulheres encarceradas a partir da articulação entre música e psicanálise. O filme acompanha de dentro da prisão os ensaios dessas mulheres para um show na Capela da Penitenciária Feminina de São Paulo. O filme tem duração de 28 minutos.
A Donzela da Torre é sobre uma jornalista portadora de Alzheimer, que vive imersa em suas memórias do regime militar brasileiro. Duração: 21 minutos.
Dádiva é um curta experimental, com duração de 6 minutos, sobre o olhar e leveza de uma criança em tempos de isolamento.
No curta Sem você a vida é uma aventura acompanhamos as decisões de Amanda, uma mãe de família e empregada doméstica dedicada, numa sexta-feira à noite. Mas está nos detalhes da rotina da moça a força do filme. Duração: 25 minutos.
O curta ½ KG retrata a história da carroceira D. Eliana, de 63 anos, que mora numa ocupação do movimento sem teto “Frente de Luta por Moradia”, na cidade de São Paulo. Ela sonha em ter um computador, e para isso junta pequenas peças e acessórios que encontra, pois acredita ser a saída para deixar a vida dura de carregar peso todos os dias. O filme estabelece uma linha tênue entre os gêneros documental e ficção. Duração: 19 minutos
Clairelumière é sobre a personagem Clara que relembra cenas da sua infância ao descobrir o amor.
A Semana de Orientação da Academia Internacional de Cinema (AIC), um ciclo de palestras com realizadores e atores sobre criação audiovisual que abre o ano letivo da escola e do Filmworks – o Curso Técnico em Direção Cinematográfica, chega a sua 17º edição! As palestras acontecem de 6 a 13 de março na sede da AIC em São Paulo.
O evento, que é aberto ao público e gratuito, receberá as atrizes Naruna Costa, protagonista da série Irmandade (Netflix) e Sol Miranda, protagonista do longa Regra 34, vencedor do 75º Festival de Locarno; os cineastas Cristiano Burlan, diretor do premiado filme A Mãe, e Moara Passoni, co-roterista de Democracia em Vertigem, nomeado ao Oscar de melhor documentário e diretora de Êxtase; além do fotógrafo e produtor Gabriel Uchida, do premiado filme Território, vencedor no Festival de Sundance 2022.
“Uma felicidade retomar presencialmente a nossa Semana de Orientação, um dos eventos mais tradicionais no calendário da AIC, que ao longo dos anos trouxe para a escola grandes artistas, lindas ideias e debates importantes, proporcionando uma troca de experiências entre profissionais, estudantes e o público em geral, num ambiente de celebração do audiovisual. Neste ano, especialmente, temos muito o que celebrar, o que construir juntos”, diz Flávia Rocha, diretora de comunicação da AIC.
Edições anteriores também contaram com a participação de grandes profissionais nacionais e internacionais. Para conhecer um pouco sobre o histórico de eventos da AIC e ver os cineastas que passaram escola ao longo de quase duas décadas, acesse a nossa página de palestrantes convidados.
Faça sua pré-inscrição no formulário abaixo e compareça com antecedência para garantir seu lugar. Evento sujeito à lotação.
PROGRAMAÇÃO
Segunda, 06/03 – Naruna Costa 17h30 exibição do primeiro episódio da série Irmandade 19h30 bate-papo com a atriz
Quarta, 08/03 – Moara Passoni 17h30 exibição de Êxtase 19h30 bate-papo com a Diretora
Quinta, 09/0 – Cristiano Burlan 17h30 exibição de Ensaio sobre o fracasso 19h30 – bate-papo com o Diretor
Sexta, 10/03 – Sol Miranda 17h00 – bate-papo com a atriz
Segunda, 13/02 – Gabriel Uchida 17h30 exibição de Território
19h30 – Bate-papo com o produtor
Conheça melhor os convidados e convidadas
Naruna Costa
Naruna começou carreira de atriz na UTT (União Teatral Taboão); é fundadora do Espaço Clariô de Teatro, de Taboão da Serra (SP), com o qual estrelou a peça Hospital da Gente. Entre seus trabalhos destaca-se o papel de Elza Soares no musical Garrincha, dirigido pelo diretor americano Bob Wilson, e Buraquinhos – ou o Vento É Inimigo do Picumã, que lhe valeu o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) na categoria de Melhor Direção.
Na TV, a atriz participou do elenco do Telecurso e de novelas como Dance Dance Dance (Bandeirantes), Tempos Modernos, Insensato Coração e Deus Salve o Rei (Rede Globo). Atuou nas séries Força Tarefa (Globo), Rotas do Ódio (Universal) e A Vida Secreta dos Casais (HBO).
No cinema, Naruna soma filmes como Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, Amor em Sampa, Toro, Cano Serrado e Marighella, de Wagner Moura, que foi selecionado para o Festival de Berlim em 2019.
Naruma pode ser vista nas séries Colônia, exibida no canal Brasil, e Todas as Mulheres do Mundo, no Globoplay.
A atriz é a protagonista, ao lado de Seu Jorge, das primeira e segunda temporadas da série produzida pelo Netflix, Irmandade. Naruna também estará em Rota 66, série do Globoplay inspirada no livro homônimo da Caco Barcellos, ainda sem data de estreia.
Naruna Costa agora está no elenco de Todas as Flores, novela de João Emanuel Carneiro exibida pelo Gloplay, que estreou em outubro de 2022 e se tornou um grande sucesso de público.
Gabriel Uchida
Gabriel Uchida nasceu em Valinhos – São Paulo (Brasil), se formou em Jornalismo e começou a fotografar em 2008. Depois disso já trabalhou em diversos lugares como Argentina, Uruguai, Cuba, EUA, Alemanha, Turquia, Etiópia e Namíbia. Suas fotos já foram publicadas em mais de 30 países e teve exposições na Alemanha, Etiópia e Brasil. Em 2018, Uchida ganhou o prêmio de fotografia de primeiro lugar no Fórum Mundial da Água e também no “Ojo a La Amazonia – FAO/ONU”. Desde 2016 ele vive e viaja pela floresta amazônica brasileira para fotografar povos indígenas e questões ambientais.
Uchida é um dos produtores do filme O Território (2022), do estadunidense Alex Pritz. O documentário, vencedor no Festival de Sundance 2022, e dezenas de prêmios internacionais, apresenta a luta dos povos indígenas brasileiros contra o desmatamento da Amazônia.
Moara Passoni
Moara é diretora, roteirista e produtora. Formada em ciências sociais pela USP, é mestre em roteiro e direção pela Universidade de Columbia, pelo qual recebeu o Milena Jelinek Memorial Award, mestre em teoria do documentário pela Unicamp e em cinema documentário pela FGV. Estudou Filosofia-Estética na Paris 8, Comunicação e artes do corpo na PUC-SP e roteiro e documentário na EICTV-Cuba. Moara foi co-roteirista e produtora associada do filme nomeado ao Oscar de melhor documentário Democracia em Vertigem (2019) (Sundance/Netflix Originals). Colaboradora de roteiro em Olmo e a Gaivota (2015) e produtora associada de Elena (2012), todos dirigidos por Petra Costa. Seu filme de ensaio Êxtase (2020) foi lançado na competitiva oficial do CPH:DOX, que assinalou Moara como “um dos importantes nomes de hoje” no mundo do audiovisual. O filme recebeu diversos prêmios incluindo o Prêmio ABRACCINE na Mostra Internacional de São Paulo em 2021, e foi exibido em festivais como MoMA Doc’s Fortnight e Visions du Réel. Em 2020 Moara foi nomeada uma das “25 New Faces of Independent Film” pela Filmmaker Magazine. Ela é alumni do Torino Script Lab, do Cine Qua Non Lab e do La Femis-Cannes Production Atelier.
Cristiano Burlan
Burlan (Porto Alegre, Brasil, 1975) é diretor de cinema, teatro e professor. Foi aluno e professor da AIC. Realizou mais de 20 filmes, entre eles a Tetralogia em Preto e Branco, composta pelos filmes Sinfonia de um Homem Só (2012), Amador (2014), Hamlet (2014) e Fome (2015), premiado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Seu documentário Mataram Meu Irmão (2013) foi o vencedor do Festival É Tudo Verdade 2013 e, no mesmo ano, ganhou o prêmio do júri oficial e da crítica no 40º Festival Sesc de Melhores Filmes e o prêmio Governador do Estado de São Paulo para a Cultura. Antes do Fim (2017) ganhou o prêmio especial do júri da APCA em 2018, ano em que também estreou Elegia de um Crime (2018), no Festival É Tudo Verdade angariando prêmios. Os filmes Construção, Mataram meu irmão e Elegia de um crime compõem a Trilogia do Luto, em que aborda a trágica história de sua família. Em 2020, estreou a série Paulo Freire, um homem do mundo realizada pelo SescTV. Seu longa-metragem de ficção, A Mãe, que tem como protagonista a atriz Marcélia Cartaxo, participou do Festival de Málaga, onde angariou o prêmio de Atriz Coadjuvante, no Festival de Gramado recebeu os prêmios de Direção, Atriz. Está em fase de finalização do longa-metragem de ficção Ulisses e do documentário Antunes Filho, do olho para o coração, realizado pelo SescTV.
Sol Miranda
Sol é atriz, educadora, produtora cultural, cofundadora da Cia. Emu de Teatro. Como atriz, atuou nos espetáculos Salina (A Última Vértebra), Mercedes, do qual assina também a dramaturgia ao lado de Cássio Duque, Adormecida, A Febre do Samba, Intore – A Dança dos Heróis e Nem o Verbo, no qual fez também a direção e a dramaturgia. Idealizou e dirigiu ainda Olhos d’Água ou Nas Pedras Nasciamas Asas, uma adaptação do conto “Olhos d’Água”, de Conceição Evaristo, com poesias de Elaine Freitas e Tati Vilella.
Como produtora, trabalhou com Domingos de Oliveira, foi assistente de Lázaro Ramos em 2019 e participou de eventos da Cufa (Centra Única das Favelas).
Seus trabalhos no cinema incluem o docudrama Enquanto Viver, Luto!, uma participação na nova versão para cinema do clássico da literatura Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, adaptação de Guel Arraes e Jorge Furtado, ainda sem data de estreia, e o longa Regra 34, de Julia Murat.
A 16ª edição do Festival Visões Periféricas, que conta com o apoio da Academia Internacional de Cinema, acontece entre os dias 2 e 8 de março de forma híbrida. Além da exibição presencial no Rio de Janeiro, serão exibidos no site do evento as Mostras Fronteiras Imaginárias, Panorâmica e Visorama.
O festival, pioneiro em privilegiar filmes produzidos por realizadores que vivem nas múltiplas periferias brasileiras, esse ano exibirá 78 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens. Na Mostra Fronteiras Imaginárias, serão exibidos filmes de até 30 minutos produzidos por realizadores independentes de todo o Brasil; Cinema da Gema: filmes de até 30 minutos produzidos no Estado do Rio de Janeiro; Panorâmica: filmes com duração de 40 minutos (média e longa metragens) Visorama: filmes de até 15 minutos produzidos em projetos de formação audiovisual no Ensino Básico, Ensino Médio e/ou projetos do terceiro setor.
Além das Mostras, o festival realiza o Visões Lab, laboratório de desenvolvimento de projetos de longas de ficção que irão receber uma mentoria nas áreas de roteiro, direção e produção executiva.
A edição deste ano acontece no Estação Net Rio, Estação Net Botafogo, Cine Teatro Eduardo Coutinho (Biblioteca Parque Manguinhos) e CineCarioca Nova Brasília.
A Imovision, parceira da Academia Internacional de Cinema e distribuidora do filme Regra 34, concedeu 75 ingressos para alunos e professores da AIC assistirem ao premiado filme da diretora Julia Murat. A sessão acontece no dia 4/03, 11h, no Espaço Itaú Augusta.
Regra 34 que estreou nos cinemas brasileiros no último 19 de janeiro, levou o Leopardo de Ouro 2022, prêmio máximo do Festival de Locarno, na Suíça, Prêmio de melhor direção de ficção na Première Brasil, no Festival do Rio, e o prêmio especial do júri no 43º Festival do Novo Cinema Latino-americano de Havana, e segue sua trajetória em mais de 30 festivais internacionais.
O filme conta a história de Simone (Sol Miranda), uma jovem negra que acabou de ser aprovada na defensoria pública e pagou os estudos fazendo performance on-line de sexo como “camgirl”.
A atriz Sol Miranda é uma das convidadas da Semana de Orientação da AIC, um ciclo de palestras com realizadores e atores sobre criação audiovisual que abre o ano letivo da escola e do Filmworks – o Curso Técnico em Direção Cinematográfica. O evento é gratuito.
Durante quase seis meses, Tiago Ferraro, ex-aluno do curso Documentário da Academia Internacional de Cinema, e a jornalista Fernanda Kiehl percorreram a bacia do Rio São Francisco, da nascente, em Minas Gerais até a foz, entre Alagoas e Sergipe. A aventura se transformou no documentário Faces do Velho Chico, que estreia amanhã (28/02) no Cinesesc da Rua Augusta, às 20h30. A entrada é gratuita.
O filme conta a história de oito personagens que vivem em comunidades na beira do São Francisco: uma pescadora da foz do rio; um músico indígena; uma liderança quilombola; um grande produtor de uvas de Petrolina; o único piloto de barco a vapor do Brasil; uma poetisa da roça; uma dona de hotel na nascente; e uma artista popular da caatinga.
“Para poder criar uma aproximação com nossos personagens, tentamos viver como eles. Então, moramos por 3 semanas em um quilombo. Moramos 3 semanas em uma aldeia indígena. E moramos mais de um mês numa vila de 300 habitantes, no sertão do Alagoas, na beira do rio. Sem contar nas inúmeras noites dormindo dentro do carro, um Honda Fit, que baixamos os bancos e colocamos um colchão na parte de trás”, contou Tiago.
O diretor, que estudou na AIC no primeiro semestre de 2019, falou sobre a importância do curso de documentário para a realização dos seus filmes.
“Foi uma experiência incrível estudar na AIC, me ajudou muito a entender todas as etapas pela qual o filme passa. Isso foi fundamental para o meu desenvolvimento como documentarista”.
Depois de percorrer 2.877 quilômetros de carro atrás das histórias e realidades de um povo tão profundo quanto esquecido, o próximo projeto do casal é finalizar um filme sobre uma improvável cidade brasileira no Irã, chamada Abadan.
“É um doc com teor cômico sobre uma cidade verídica que se diz brasileira, no Irã. Por lá, tudo é pintado de verde e amarelo, os kebabs se chamam Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho, e inclusive muitos restaurantes possuem dois relógios, um com um horário do Brasil e um com o horário do Irã”, explicou Ferraro.
21SERVIÇO:
Faces do Velho Chico
Dia 28/02/2023 às 20h30
No CineSesc
Rua Augusta, 2075
São Paulo, SP
A ex-aluna do Curso Técnico em Atuação para Cinema e TV (TAC), Julia Cortez, está no elenco da segunda temporada da série Tudo Igual…SQN, produção original brasileira do Disney+. O seriado, baseado no livro A Porta Ao Lado, de Luly Trigo, acompanha a história da jovem Carol (Gabriella Saraivah), uma adolescente que está passando por um momento de muitas mudanças em sua vida.
“A minha personagem se chama Tássia. Na primeira temporada ela não aparece porque estava fazendo intercâmbio. Ela é a namorada da Pri (Guilhermina Libanio), uma das melhores amigas da Carol”, explicou Julia Cortez.
O enredo da temporada
Se na primeira temporada os personagens de “Tudo Igual… SQN” tiveram que lidar com perdão, culpa e arrependimentos para descobrir que não são mais crianças, agora terão que tomar decisões e compreender todas as perdas e ganhos desta fase da adolescência e se deparar com uma série de emoções inéditas. Pela primeira vez eles terão que pensar em relacionamentos, no amor, no valor da amizade e nas responsabilidades de seus atos que agora precisam assumir.
Além de ter participado da segunda temporada da série, prevista para final de julho, Julia está escrevendo o seu primeiro longa-metragem.
“Durante o TAC eu fiz um curta chamado E se você me amasse como nós dois amamos a cidade, que escrevi e protagonizei. Depois, produzi e atuei no curta Eu Não Quero Esquecer, da ex-aluna do Filmworks Vallena Correia. E agora estou escrevendo o meu primeiro longa”, disse Julia.
Na AIC que me tornei atriz.
“Foi no TAC que, com certeza, eu me tornei atriz. Eu aprendi o que é atuação, eu aprendi o que é cinema. O curso te dá uma base de atuação, um conhecimento com a câmera e de como fazer filme, que é um grande diferencial da AIC. A gente aprende roteiro, direção de arte, direção de fotografia… A minha experiência foi linda e só tenho a agradecer a Sabrina Greve, a Vanessa Prieto, Michelle Boesche , o Vanfill, e todos os outros professores que me ensinaram tanto”.