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Aula inaugural do curso de Documentário com Maria Augusta Ramos

No próximo dia 04 de agosto a Academia Internacional de Cinema (AIC) recebe a diretora Maria Augusta Ramos para aula inaugural do Curso de Documentário  e exibição do filme “O Processo”.  A aula é aberta e gratuita, mediante inscrição prévia (formulário no final do texto).

A Master Class acontece no estúdio da AIC do Rio de Janeiro e começa às 10h com a exibição do longa-metragem. O documentário, aclamado em 2018 nos maiores festivais de cinema nacionais e internacionais, acompanha as votações e discussões determinantes na destituição da presidente Dilma Rousseff. O filme foi realizado com mais de 400 horas de material bruto e não conta nem com entrevistas e nem narração.

Das 14h às 17h30 a diretora comentará sobre a elaboração e as gravações no Senado Federal e também sobre sua atuação como documentarista a partir de outros filmes de sua autoria, como “Desi”, “Justiça”, “Juízo” e “Futuro Junho”.

Mais sobre Maria Augusta Ramos

Diretora, documentarista e roteirista, Maria Augusta nasceu em Brasília em 1964. Para o cinema produziu o documentário “Desi” (2000), que ganhou o prêmio de público do Festival de Amsterdã e o prêmio de melhor longa documentário no Festival de Cinema Holandês. Fez “Justiça” (2004), vencedor do prêmio de melhor filme no festival internacional de documentários Visions du Réel. No Festival do Rio, em 2007, lançou “Juízo”, que continua a investigar um universo próximo ao de Justiça.

Graduou-se em música pela Universidade de Brasília e foi para a Europa, onde estudou Musicologia e Música Eletroacústica no Groupe de Recherche Musicale, em Paris, e na City University, em Londres. Estudou direção e edição na Academia Holandesa de Cinema e Televisão.

O Curso de Documentário da AIC

O curso proporciona uma visão do gênero documental em suas diferentes vertentes e linguagens, a partir da realização de um curta-documentário. Com um programa abrangente, intenso, prático e reflexivo, oferece as ferramentas para a construção narrativa e estética de documentários, num momento de excepcional crescimento do gênero tanto no Brasil como no mundo. A próxima turma do curso começa dia 11 de agosto na unidade do Rio de Janeiro e contará com uma Mostra Paralela das principais obras de Maria Augusta Ramos. Saiba mais aqui.

*Foto de Ana Paula Amorim

Para participar preencha o formulário:

Master Class com Maria Augusta Ramos
Dia 04/08/2018 das 10h às 17h30 (com intervalo para almoço)
Academia Internacional de Cinema – AIC RJ
Rua Martins Ferreira, 77 – Botafogo.
Fone: (21) 2537-8183
Para participar faça sua pré-inscrição e chegue cedo para garantir seu lugar, evento sujeito à lotação.

 

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Luciano Sabino na AIC Rio de Janeiro na próxima segunda

O ator e diretor de teatro, cinema e televisão, Luciano Sabino estará na Academia Internacional de Cinema (AIC) do Rio de Janeiro na segunda-feira 9/7, às 9h, para aula aberta e gratuita. Sabino é palestrante convidado no Curso de Atuação – Férias e abre a nova edição do curso, trazendo um pouco da sua experiência.

Sabino assina a direção geral da novela “Deus Salve o Rei” e na TV já dirigiu “Haja Coração”, “Salve Jorge”, “Caminho das Índias”, “Casos e Acasos”, “América”, “Senhora do Destino”, “Porto dos Milagres”, “Esplendor”, “Hilda Furacão”, “O Amor Está no Ar”, “Salsa e Merengue”, entre outras novelas e programas de sucesso.

Como ator fez os filmes “O País dos Tenentes” de João Batista de Andrade e “Giselle” e “Solidão”, de Vitor de Melo e as novelas “Louco Amor”, “Brilhante”, “Memórias de Amor” e “Dancin´Days.

No teatro trabalhou com Augusto Boal, Wolf Maya, entre outros e foi assistente de direção de Antônio Abujamra no espetáculo “Um Certo Hamlet” e de Carlos Wilson (Damião) em “Capitães de Areia”.

Para participar preencha o formulário:

Luciano Sabino na AICRJ
Dia 09/07/2018 às 9h
Rua Martins Ferreira, 77 – Botafogo
Fone: (21) 2537-8183

*Foto Artur Meninea – site gshow.globo.com 

 

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Editais e festivais

Festivais com inscrições abertas

Festival Internacional de Cinema de Brasília (BIFF)

As inscrições para o sexto Festival Internacional de Cinema de Brasília (BIFF) podem ser feitas até o dia 31 de julho. Serão selecionados oito filmes de longa-metragem de ficção e oito documentários, produzidos por cineastas iniciantes. Os filmes selecionados para as mostras competitivas serão divulgados no dia 20 de agosto, no site do evento.

Para participar da mostra competitiva, os filmes precisam ter duração superior a 60 minutos para exibição no formato digital, as produções devem ter sido concluídas entre 2016 e 2017 e não podem ter sido lançadas comercialmente no Brasil, nem ter participado do processo seletivo de edições anteriores do festival.

O Festival acontecerá entre 10 e 19 de novembro, com exibições no Cine Brasília, Cine Cultura Liberty Mall e no Teatro da Praça, em Taguatinga. Também estão previstos encontros e debates na programação.

Regulamento e ficha de inscrição estão disponíveis no site www.biffestival.com.

Fest-Aruanda 

O 13º Fest-Aruanda será realizado em João Pessoa, na Paraíba, no período de 6 a 12 de dezembro. As inscrições estão abertas para as categorias de Curta-Metragem e TV Universitária até o dia 10 de agosto. Os curtas-metragens devem ter duração de 15 minutos, incluindo os créditos.

http://festaruanda.com.br/inscricoes.

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Curso Técnico para Cinema e TV para participantes do FESTU

Dois anos de atuação em set de filmagem profissional com orientação de alguns dos melhores Atores e Diretores do Brasil

Técnico em Atuação para Cinema e TV

Ao longo de dois anos você participa de inúmeros exercícios práticos e atua em vários projetos cênicos gravados. Atuar no audiovisual se aprende verdadeiramente em um set de filmagem, com luz, cenário, câmera, som e equipe técnica. Um entendimento da linguagem, da rotina de gravação e de como cada área do audiovisual afeta o trabalho do ator em cena.
Além do curso técnico, a AIC ainda oferece laboratórios de cinema interdisciplinares entre diretores e atores e o curso Atuação para Cinema e TV Férias.

Cadastre-se para receber descontos e informações sobre as datas de início das próximas turmas.

Desconto especial de 15% no Curso Técnico para Cinema e TV para participantes do FESTU.
Na inscrição use o código: FESTU




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como fazer um filme

Como Fazer um Filme

Quando eu era criança, não havia colaboração; era eu com uma câmera dando ordens aos meus amigos. Na vida adulta, fazer filmes envolve a apreciação do talento das pessoas ao meu redor e a consciência de que eu nunca teria feito nenhum desses filmes sozinho.” (Steven Spielberg)

Fazer um filme, em primeiro lugar, é uma arte coletiva. Arte essa que exige muito planejamento e dedicação para ser concretizada. Quando vemos uma obra audiovisual na tela e mergulhamos na história, é difícil imaginar – como espectadores – todo o suor envolvido na criação e no desenvolvimento daquele trabalho. A máxima de “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, tão popular na época do Cinema Novo no Brasil, soa até um pouco romântica quando se passa a conhecer todos os processos que fazem parte do fazer cinematográfico.

 



Passo a passo de um filme 

  1. Ideia/Roteiro

 

Roteiro
O roteiro não é algo fixo, já que ele acaba sendo reescrito várias vezes durante o processo e só termina, de fato, na edição.

 

A primeira coisa que se precisa ter em mãos, para começar a pensar em fazer um filme de longa-metragem, é uma ideia forte. O roteiro não é algo fixo, já que ele acaba sendo reescrito várias vezes durante o processo e só termina, de fato, na edição. No entanto, a essência da história, aquilo que vai atrair os talentos para participarem de sua execução, é algo que precisa ser extremamente cativante e bem definido desde o princípio.

O passo inicial é transformar a ideia em um argumento. Trata-se de um texto corrido, como uma espécie de redação, descrevendo o que acontece dentro da história. Para um longa-metragem, em geral o argumento tem em torno de dez páginas.

Em seguida, prepara-se a escaleta, uma versão mais detalhada do argumento, especificando cena a cena, como se fosse um pré-roteiro – mas ainda sem diálogos. É um verdadeiro “esqueleto”, que permite visualizar a história em sua estrutura, para depois preenchê-la com mais informações.

Tanto o roteirista quanto o diretor (muitas vezes, as funções se misturam) precisam estar cientes de que serão necessárias diversas versões de um mesmo roteiro até que ele esteja “maduro”, pronto para ganhar um edital e ser patrocinado para sair do papel. Independentemente das fontes de recurso, o trabalho de escrita do roteiro é sempre o primeiro passo na cadeia de produção de um filme.

Outro detalhe importante é que um roteiro pode ser original ou adaptado. No caso de uma adaptação, se o roteirista não for o autor da história na qual o filme se baseia, é necessário também possuir os direitos dessa obra – que podem ser vendidos ou cedidos. Nessas situações, algumas vezes o próprio autor participa da construção do roteiro, como co-roteirista ou consultor. Veja quais são os 9 passos que roteirista profissionais utilizam, com modelos e exemplos de download.

 

  1. Planejamento/Pré-Produção

Com o roteiro em mãos, começa o planejamento. Essa é uma fase que só acontece com a presença de uma pessoa responsável pela produção. já que envolve uma série de passos de ordem prática e logística. Cada produtor tem seu método específico de trabalho, mas a disciplina e a organização são essenciais.

 

Orçamento e cronograma

Planejamento é a palavra que define uma pré-produção bem feita. Esse é o momento de preparar tudo o que será necessário para ter uma base sólida na hora de filmar. Na preparação, são traçados dois dos planos mais importantes para uma produção bem sucedida: orçamento e cronograma.

Para o orçamento, o importante não é ter muito dinheiro, mas saber estabelecer as prioridades do projeto e estar preparado para adaptar o filme aos recursos disponíveis.

 

Curso de Produção Audiovisual
Imprevistos sempre acontecem. Nessas horas, a criatividade, o jogo de cintura e a agilidade são valiosas, principalmente para o diretor e o produtor. Com pouco tempo e muita pressão, será preciso analisar problemas e pensar nas melhores soluções.

 

Com relação ao cronograma, também não é preciso ter muito tempo, mas saber administrá-lo e concentrar as energias em uma logística que funcione, antecipando os eventuais problemas que poderão se tornar fatores de atrasos para o filme.

Uma das formas de começar a prever essas demandas do roteiro é justamente estudá-lo com muito cuidado, fazendo anotações e levantando todas as necessidades do filme, em uma espécie de decupagem de produção. Vale também consultar o diretor para esclarecer dúvidas e iniciar as conversas com os cabeças de equipes, em especial os responsáveis pela arte e fotografia.

Planilhas são as “melhores amigas” de um bom produtor. O método de colocar tudo no papel permite à produção visualizar melhor as cenas e suas respectivas dinâmicas. Cada filme terá características especiais e, consequentemente, desafios diferentes de outros trabalhos. A tarefa do planejamento é imaginar como a história pode ser executada e prever os obstáculos que aparecerão no meio do caminho.

Imprevistos sempre acontecem. Nessas horas, a criatividade, o jogo de cintura e a agilidade são valiosas, principalmente para o diretor e o produtor. Com pouco tempo e muita pressão, será preciso analisar problemas e pensar nas melhores soluções. Quando isso acontecer, a dica dos profissionais é não buscar culpados, mas manter a calma e ter consciência de estar fazendo seu melhor, sejam quais forem as circunstâncias.

 

Escolhendo a equipe

O cineasta Lenny Abrahamson certa vez afirmou que “uma boa parte do fazer cinematográfico é juntar um grupo de pessoas com as quais você consegue trabalhar”. Montar uma equipe pode parecer algo simples, mas é crucial que todos estejam entrosados e trabalhem em conjunto.

Os primeiros a integrarem a equipe, em geral, são o roteirista, o diretor e o produtor. Em seguida, é comum que já se inicie a seleção de atores. Normalmente, em longas-metragens, dois ou três dos atores principais funcionam como “mecanismo de atrativo”. Eles são escolhidos mais por uma questão de mercado e reconhecimento do que exatamente por testes de elenco.

Há projetos em que essa escolha se baseia no processo natural de casting, isto é, testes em que diversos atores são chamados, recebem uma cena do filme e precisam interpretá-la – muitas vezes em frente a uma câmera. Para isso, existem profissionais especializados e produtoras de elenco que podem facilitar o trabalho. Contudo, alguns cineastas preferem não fazer esse tipo de teste, porque acreditam que o desempenho do ator varia muito de acordo com o dia e a situação.

Muitos diretores/roteiristas já pensam no filme com um ator em mente. Nesse sentido, é importante que os realizadores estejam sempre por dentro do que acontece no universo das artes cênicas, vendo outros filmes (longas ou curtas), séries de TV ou peças de teatro. Trabalhar com alguém que você já admira e cujo trabalho conhece pode ser um ótimo ponto de partida.

Paralelamente ao trabalho com os atores, são contratados os demais profissionais (ou, pelo menos, os chefes das equipes de cada área), que passam a dialogar com o diretor para traçar os rumos conceituais dos diversos departamentos envolvidos no processo – incluindo arte, fotografia, som e edição; afinal, o cinema não se faz apenas com diretor e ator.

 

Ensaios

 

Curso Técnico em Atuação para Cinema e TV
A frequência dos ensaios é decidida de acordo com a agenda dos atores e do diretor. Em geral, inicia-se com uma leitura conjunta do roteiro, seguida por discussões sobre os personagens e cada um traz suas ideias e sugestões.

 

Outro ponto que não deve ser deixado de lado na pré-produção, no que diz respeito à equipe, são os ensaios. A frequência desses encontros presenciais, em um longa-metragem, é decidida de acordo com a agenda dos atores e do diretor. Em geral, inicia-se com uma leitura conjunta do roteiro, seguida por discussões sobre os personagens. Cada um traz suas ideias e sugestões, que podem ou não ser acatadas pelo diretor.

Há cineastas que preferem desenvolver cada personagem separadamente e apenas depois de um tempo fazer ensaios com todos juntos. De todo modo, será necessário que os atores treinem exaustivamente as ações, as falas, os gestos, cada detalhe que compõe o universo da pessoa que estão interpretando, para que essa personificação seja orgânica.

Não existe uma linha de pensamento que diga o que é o melhor a fazer, nessa fase, porque cada diretor tem seu método e seu processo de trabalho. Além disso, cada filme é diferente do outro e requer novas soluções. Mas é sempre interessante reservar alguma verba de pré-produção para os ensaios, pois esse é um momento no qual o diretor pode estabelecer uma relação de confiança, respeito e admiração com o ator.

 

Estética

Ainda na pré-produção, entram as definições estéticas do filme, especialmente aquelas relacionadas à direção de arte e de fotografia. Além de ajudar o diretor no processo de visualização da obra que está sendo produzida, esse planejamento conceitual evita surpresas desagradáveis na filmagem ou, o que é ainda mais importante, na pós-produção.

 

Curso Direção de Arte
As definições relativas à direção de arte abrangem escolhas de locações, cenários, objetos de cena, figurinos e maquiagem dos personagens.

 

As definições relativas à direção de arte abrangem escolhas de locações, cenários, objetos de cena, figurinos e maquiagem dos personagens. Para que essas decisões sejam tomadas, o diretor geralmente informa as referências visuais que pretende tomar como base e, a partir disso, o diretor de arte faz suas contribuições. Essa pesquisa de inspirações é muito importante para fundamentar o processo, permitindo que as ideias sejam comunicadas em forma de imagens.

Já a preparação dos elementos e dos conceitos de cinematografia (ou direção de fotografia) envolvem a escolha dos equipamentos que serão utilizados no filme (câmera, lentes, maquinário) e o tipo de iluminação que se pretende fazer. É importante que o diretor tenha conhecimentos básicos sobre fotografia, uma vez que ela cria a atmosfera da história. Também é preciso testar os equipamentos, para ver se as imagens resultantes correspondem àquilo que o diretor tinha em mente.

Tanto a arte quanto a fotografia dependem muito das locações, por isso os locais de filmagem devem ser determinados ainda na fase da pré-produção. Os profissionais visitam esses lugares, analisam suas possibilidades e os fotografam, não só para se familiarizarem com cada ambiente, mas também para poderem oferecer soluções ou adaptações à decupagem, caso não seja possível executá-la de acordo com o que o diretor imagina.

 

Decupagem

Uma das funções mais determinantes da direção, durante a pré-produção de um longa-metragem, é a decupagem das cenas. É uma espécie de “desenho do filme”, no qual o diretor vai determinar o que será visto na tela (enquadramentos, posições de câmera, ângulos e movimentações, etc). Há diretores, no entanto, que preferem trabalhar com uma câmera mais “solta”, deixando essas definições para o set e trabalhando de maneira mais livre, quase improvisada.

Se você é um bom desenhista, pode arriscar até a fazer seu próprio storyboard. Nesse sentido, conhecimentos das técnicas de narrativa de histórias em quadrinhos ajudam bastante a “pensar em imagens”, já que as duas coisas se assemelham um pouco. Alguns diretores fazem seu storyboard com fotos ou imagens de referências, até mesmo trechos de filmes. O importante é conseguir transmitir ao resto da equipe o que se imagina para cada cena – tendo ciência, naturalmente, de que a decupagem pode mudar no decorrer da produção.

Dica: Existe um aplicativo para iPhone, o Artemis Director’s Viewfinder, que permite tirar fotos no celular com filtros que simulam as especificações de câmera e lente que você irá usar no filme. Assim, seu photoboard fica um pouco mais próximo do produto final, o que facilita a visualização de algo semelhante ao que será seu projeto, antes mesmo de começar a filmá-lo.

 

  1. Filmagem/Produção

“O fazer cinematográfico, para mim, é sempre ir em direção ao filme imaginário e nunca conseguir alcançá-lo”, afirmou o cineasta Peter Jackson. São palavras de um diretor experiente, que já encarou muitos imprevistos e que também aprendeu a falhar com dignidade.

 

cinegrafista
“O fazer cinematográfico, para mim, é sempre ir em direção ao filme imaginário e nunca conseguir alcançá-lo”, afirmou o cineasta Peter Jackson.

 

A obra que está na imaginação dos realizadores é perfeita, idealizada, mas a realidade que se encontra em um set de filmagem nem sempre (aliás, quase nunca) é exatamente aquilo que se espera. Por mais que se planeje e prepare na pré-produção, o inesperado faz parte do cinema. A arte também precisa dar espaço para a magia acontecer.

Mas não há encanto que sobreviva a um ambiente de trabalho desorganizado, com profissionais perdidos, não é mesmo? Por isso, quando chega o dia da gravação de um longa-metragem, todos os departamentos devem estar preparados e afinados para executar seus respectivos trabalhos: o produtor e sua equipe, o diretor de fotografia e seus assistentes, o diretor de arte e seus assistentes, o responsável pelo som direto, o assistente de direção, os atores. Cada profissional tem seu papel a desempenhar, todos guiados pelo diretor.

Antes que se possa gritar aquele famoso bordão do cinema (que diretor não adora falar “ação”, não é mesmo?), o cenário precisa estar arrumado, a câmera posicionada no lugar certo, a iluminação preparada, os atores devidamente ensaiados. É importante, ainda, que o diretor possa dispor de um monitor (se possível, também com som direto), para “ver o que a câmera está vendo” e acompanhar a filmagem no momento em que ela está acontecendo, podendo decidir se é necessário fazer tomadas adicionais ou se o material captado está dentro do que deseja.

O assistente de direção também é um profissional indispensável no set, que precisa ter tranquilidade para lidar com os problemas que porventura surgirem, administrando e solucionando o que for possível, pensando com clareza e sem buscar apontar culpados. Ele (ou ela) precisa ser uma pessoa organizada e ágil, que realmente faça as coisas andarem.

O fato é que, se todos se prepararem e estiverem conscientes do trabalho que devem fazer, se puderem contar com uma boa pré-produção e se mantiverem calmos, com certeza tudo correrá de maneira excelente, mesmo quando surgirem situações inesperadas – que, aliás, são absolutamente normais. Até os profissionais mais experientes sentem ansiedade e insegurança às vezes. 

 

 

  1. Montagem/Pós-Produção

Existem duas áreas de conhecimento essenciais para quem quer dirigir um filme: fotografia e montagem. Um diretor que tem mente de montador já está um passo à frente. Por quê? A edição é onde o filme começa a tomar forma, onde ele se define em seu aspecto final, ganhando os contornos da obra audiovisual que será vista pelo público.

Para os diretores que possuem boas noções de edição, fica mais fácil prever que imagem vai montar de maneira adequada e qual é a cobertura necessária para ter boas opções na pós. Outra habilidade de quem conhece a fundo o processo da montagem é o desapego para descartar planos desnecessários e exercitar a concisão, literalmente cortando do filme aquilo que não funciona tão bem assim.

Mas, mesmo que seja um expert na área, também é preciso que o diretor saiba respeitar o trabalho do editor, sem interferir no seu processo criativo. Em geral, a pessoa responsável pela montagem recebe as imagens brutas e, num primeiro corte, apenas coloca em ordem os planos (aqueles assinalados pelo diretor como os melhores). O diretor assiste essa versão, faz seus comentários e sugestões, então o montador volta a trabalhar e propõe um novo corte. Assim, as cenas vão sendo lapidadas até o momento em que o diretor considerar que o filme está do jeito que tem de ser. Mas a relação, grosso modo, é quase como um casamento. Precisa existir parceria, harmonia e sintonia entre a duas partes, para que o material que sair da sala de edição seja o melhor possível.

 

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Muitos encaram a montagem como um recomeço para o filme, já que ela pode destruir algo que começou bem, manter o nível daquilo que foi filmado ou até mesmo salvar uma história que não parecia lá grande coisa. Nessa fase, o conselho dos profissionais é ter tranquilidade e bom senso na tomada de decisões: o filme será linear ou não? Qual é o ritmo da narrativa? Quais são as cenas que ficarão da fora?

Concluída a edição, o filme passa pelos processos de mixagem de som, correção de cor, inclusão de efeitos especiais (se for o caso) e finalização, com a copiagem para envio a festivais de cinema e posterior distribuição em salas de exibição. Como vivemos em uma era digital, muitos aspectos do fazer cinematográficos se tornaram mais simples e podem ser realizados com um bom computador, mas também há empresas especializadas que realizam esses processos.

 

  1. Festivais/Distribuição

 

A recomendação dos profissionais é tentar uma carreira em festivais de cinema, sim. Embora seja um processo desgastante, já que o filme pode não ser aceito, são esses eventos que acabam alavancando a carreira de alguns diretores, cujos filmes ganham uma visibilidade que não teriam de outras formas.

 

Quando o filme estiver finalizado, como impulsionar sua carreira no mercado? Quais as melhores estratégias de distribuição? Vale a pena buscar reconhecimento com uma trajetória em festivais? São muitas as perguntas que passam pela cabeça de um cineasta, principalmente se ele não tiver muita experiência de mercado.

A recomendação dos profissionais é tentar uma carreira em festivais de cinema, sim. Embora seja um processo desgastante, já que o filme pode não ser aceito, são esses eventos que acabam alavancando a carreira de alguns diretores, cujos filmes ganham uma visibilidade que não teriam de outras formas.

A carreira de um longa-metragem é um pouco melhor, no que diz respeito à distribuição. Se o filme for visto em um festival e interessar a alguma distribuidora, ele pode ser exibido em cinemas, para um público mais amplo, e recuperar um pouco do investimento com a renda da bilheteria. Entrar em cartaz no circuito comercial também amplia as chances de um cineasta ser contratado para novos trabalhos – uma série de TV, por exemplo. Dirigir um longa faz com que a indústria tenha um pouco mais de respeito pelo profissional. É como uma prova de sua capacidade, o que gera novas oportunidades.

*Texto e pesquisa: Katia Kreutz

 

Gostou? Então que tal dar uma olhada nos cursos da Academia Internacional de Cinema?

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Fontes:

Professores da Academia Internacional de Cinema: Pedro Jorge, Vitor Levy, Teresinha Cipolotti

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“Indivídua”, novo clipe de João Cavalcanti, tem direção de fotografia de Gláucio Ayala, ex-aluno da AIC

individua joão cavalcanti
Os bastidores do videoclipe “Indivídua”, de João Cavalcanti, feito pela produtora Drive Filmes com direção de Alexandre Nero

Quem nunca se embalou em uma das canções do compositor João Cavalcanti? O famoso letrista, filho de Lenine, está lançando o CD “Garimpo” ao lado do pianista e acordeonista Marcelo Caldi. Dentre os clipes do novo álbum está o da música “Indivídua”, que leva a assinatura do ex-aluno da Academia Internacional de Cinema (AIC), Gláucio Ayala, na Direção de Fotografia.

“Indivídua” foi escrita em parceria com Pedro Luís. “Foi ele quem deu o pontapé inicial na Indivídua, mandando a letra e a melodia da primeira estrofe e já dando a dica do caminho a seguir”, conta João Cavalcanti, que a partir daí foi pensando em outras imagens para fazer mais versos.

Em ritmo de tango, gravada apenas com voz e acordeom, Gláucio conta que João convidou Alexandre Nero para dirigir o clipe e Nero convidou a produtora dele e do sócio André Aquino, a Drive Filmes, para produzir o trabalho. “A ideia era não colocar João cantando no vídeo e fazer com que a máquina de escrever, a ideia da língua-poesia, munição potente na obra do João, se tornasse a protagonista, o que obviamente se tornou mais complicado quando chegou a confirmação da participação da Camila Pitanga, pois é uma mulher, cidadã, artista deslumbrante. Seria uma luta ingrata tirar o protagonismo da Camila”, conta Nero.

Gláucio e André também já estiveram à frente da produção dos DVDs “Eu Raio X” da cantora Isabella Taviani e “Insular ao Vivo” do cantor Humberto Gessinger. Ainda têm em seu portfólio muitos filmes institucionais e publicitários e agora começam a entrar no mundo das séries e documentários. “Foi muito prazeroso ver o resultado final, principalmente por ser um clipe onde a melodia e letra são obras primas para nossa música”, conta o ex-aluno que também é musicista.

O clipe foi rodado na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, e o diretor de fotografia ainda conta que tinha como referência o filme “A forma da água” (direção de fotografia de Dan Laustsen). “Ter um filme indicado ao Oscar de melhor fotografia como referência e trazer isso para nossa realidade orçamentaria é um grande desafio”, diz. Mas, dá para ver que a equipe tirou de letra a empreitada.

Deu curiosidade? Dá uma espiada no clipe!

*Fotos Gláucio Ayala

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