A terceira edição do ROTA – Festival de Roteiro Audiovisual acontece entre os dias 2 e 7 de outubro na Cinemateca do MAM, no Rio de Janeiro. Durante o evento, que conta com o apoio da Academia Internacional de Cinema, estão programadas palestras, debates, masterclass, além da exibição de 14 filmes selecionados para a Mostra Competitiva de Curtas-Metragens.
Os vencedores da Mostra Competitiva de Curtas, melhor roteiro de ficção e melhor roteiro de documentário, vão ganhar bolsas para o Curso de Roteiro Online da AIC. Os prêmios vão ser entregues pela roteirista e professora da AIC Renata Mizrahi, no dia 6 de outubro.
A programação completa do ROTA está disponível no site do evento.
A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo é um evento anual, um dos mais importantes para os cineastas e apreciadores da Sétima Arte no Brasil. Sua programação promove produções do cinema brasileiro e internacional.
Atualmente, está na sua 43ª edição, e muitas atrações já foram confirmadas. Como de costume, a Mostra antecipa alguns títulos que provavelmente serão sucesso em 2019 e 2020, além de exibir e comentar o que de melhor foi produzido no ano.
Quer saber um pouco mais sobre esse importante episódio anual do Cinema no Brasil? Leia este artigo até o fim e entenda o que é a Mostra Internacional, como foi criada, quais são as atrações deste ano.
O que é a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo?
Um dos mais importantes festivais cinematográficos do país, a Mostra Internacional de São Paulo acontece anualmente na maior cidade brasileira. Como outros eventos de mesmo porte, reúne artistas do mundo todo, assim como suas produções.
Em sua programação encontramos palestras, master classes, mesas de debate sobre cinema, além da exibição de filmes (alguns ainda inéditos). O resultado dessa mescla é a interação artística anual de centenas de profissionais da cadeia produtiva do Cinema.
Para artistas desse segmento, entender o modo de fazer cinematográfico de outras cidades, estados e países é uma enorme fonte de estímulo e inspiração, além de uma oportunidade de fazer networking.
As entidades responsáveis pela organização da mostra são a Associação Brasileira Mostra Internacional de Cinema (ABMIC) e a Federação Internacional da Associação dos Produtores de Filmes (FIAPF). Elas realizam o evento anualmente sem fins lucrativos.
Como essa mostra foi criada?
O responsável pelo que viria a ser a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo é o crítico Leon Cakoff. O profissional é de origem armênia, e chegou ao Brasil em 1957, aos 9 anos.
Cakoff já havia trabalhado escrevendo críticas, sinopses e resenhas para diversos jornais quando começou a se dedicar a uma nova função no MASP (Museu de Arte Moderna de São Paulo). Lá, depois de algum tempo, passou a organizar encontros e exibições de filmes estrangeiros.
Essa iniciativa começou nos anos 70 e obteve retorno imediato, recebendo cada vez mais títulos, convidados e público em geral. Em 1977, ano em que o MASP completou 3 décadas de existência, Cakoff aproveitou para batizar seu festival com o nome que leva até hoje.
Ao longo dos seus 43 anos, a mostra já recebeu nomes internacionais de peso, como os diretores Quentin Tarantino, Wim Wenders, Pedro Almodóvar, Alan Parker, o ator americano Dennis Hopper e a atriz italiana Claudia Cardinale, além estrelas do cinema nacional.
Quais são as atrações da edição de 2019?
A edição de 2019 da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, de número 43, acontece entre os dias 17 e 30 de outubro. As atrações deste ano demoraram mais que o normal para serem confirmadas, mas foram surgindo aos poucos na página do evento no Facebook:
o filme Dois Papas, do diretor Fernando Meirelles fará o fechamento da mostra, e tem nomes como Anthony Hopkins entre os papeis principais;
A Vida Invisível, de Karim Aïnouz (vencedor do prêmio “Um Certo Olhar”, em Cannes) vai ser exibido entre as sessões especiais;
haverá também a exibição do longa Wasp Network, dirigido por Olivier Assayas e cujo elenco conta com Gael Garcia Bernal e Wagner Moura.
Se você é estudante de cinema ou tem interesse pela área, mas ainda não está certo de se é a profissão certa, recomendamos vivamente que compareça ao evento. O nível das discussões e a proximidade dos encontros com os profissionais vão ser muito interessantes para a sua formação ou decisão sobre o caminho profissional.
Como é a participação da AIC no evento?
Há vários anos a Academia Internacional de Cinema se destaca na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Em 2018, por exemplo, 2 professores e uma ex-aluna dos nossos cursos marcaram presença no evento.
E esses são apenas alguns exemplos de produções de profissionais que já estiveram na AIC, lecionando ou aprendendo.
Para você, aprendiz de cinema ou estudante das artes visuais, comparecer à Mostra tem muito a acrescentar. Lá, você vai entrar em contato com diferentes artistas muito experientes, e compreender como são diversos os métodos criativos e de produção de cada um deles.
Vai, ainda, fazer networking com centenas de pessoas como você, conhecer profissionais que podem ser seus futuros colegas de projetos cinematográficos e muito mais. Sem contar, claro, que vai entrar em contato com as obras que refletem o que há de melhor na produção cinematográfica atual no Brasil e no mundo.
Não deixe de comparecer. A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo é, com certeza, um capítulo importante que deve ser escrito no roteiro da sua carreira no Cinema!
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*Ilustração, cartaz da 43 edição do festival, assinada pela artista brasileira Nina Pandolfo.
A Espaço/Z, agência especializada em entretenimento, é a mais nova parceira da Academia Internacional de Cinema (AIC). A partir de outubro, a Espaço/Z irá disponibilizar 200 ingressos para os filmes Amor Assombrado, Maria do Caritó e Carcereiros – O Filme para os alunos da AIC.
O filme Amor Assombrado, de Wagner de Assis, é sobre uma famosa escritora que vive em conflito com os personagens de seus contos. Muitas vezes mistura realidade e ficção. O lançamento será no dia 10 de outubro.
Já a comédia Maria do Caritó, com Lilia Cabral, dirigido por João Paulo Jabur, conta a história da solitária Maria, que sonha em encontrar um verdadeiro amor. Prometida pelo pai para ser entregue virgem a São Djalminha, um santo de quem ninguém nunca ouviu falar, só mesmo um milagre poderia ajudar. O lançamento será no dia 31/10.
O longa Carcereiros – O Filme, de José Eduardo Belmonte, narra a história de Adriano (Rodrigo Lombardi), um carcereiro íntegro e avesso à violência que procura garantir a tranquilidade no presídio, mesmo sofrendo com grandes dilemas familiares. A chegada de um perigoso terrorista internacional aumenta ainda mais a tensão no presídio, que já vive dias de terror por conta da luta entre duas facções criminosas. Inspirado na obra de Drauzio Varella, Carcereiros – O Filme traz a realidade dos agentes penitenciários brasileiros que, mesmo não estando presos, precisam lidar com a vida atrás das grades. O lançamento será no dia 28 de novembro.
Os interessados em assistir aos filmes devem mandar e-mail para Daniele, no Rio, e para Juliana, em São Paulo.
Se você se cansou das produções comerciais de Hollywood, que tal assistir a um filme independente? São produções com pouco ou, até mesmo, nenhum envolvimento de grandes estúdios de cinema. Além disso, geralmente, os atores e cineastas são conhecidos, facilitando a distribuição por subsidiárias de estúdios populares.
Esses filmes também têm outras características que diferem das grandes produções, seja pelo conteúdo ou documentários, seja pelo estilo do cineasta. Inclusive, alguns são bem conhecidos e trazem enredos e atuações fantásticas. Neste post, existem 9 produções independentes para você conhecer e se inspirar. Por isso, acompanhe para conferir!
1. Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016)
Moonlight é um filme com muitas estreias no mundo cinematográfico. Além de ter sido o primeiro filme LGBT a ganhar o Oscar, também é a primeira produção que tem todo o elenco 100% negro.
O enredo é dividido em 3 etapas para contar as fases da vida de Chiron e os desafios que ele enfrenta para lidar com a pobreza e sua orientação sexual em uma época repleta de preconceito e discriminação. A década é a de 80, em uma cidade pobre de Miami e no auge do crack.
Chiron é um garoto da periferia que descobriu ser gay quando nem sabia o que significava isso. A mensagem do filme levanta questões importantes para lidar com aprovação social e inversão de valores. Por exemplo, enquanto a mãe é usuária de drogas, a pessoa que ele considera como pai é quem fornece para ela, criando um conflito interno na cabeça do personagem.
O filme foi dirigido pelo incrível Barry Jenkins, que também participou de Medicine for Melancholy. Traz uma fotografia impecável, com iluminação e enquadramento perfeitos. O foco na expressão dos personagens cria uma conexão forte com o espectador.
Agora, você sabia que o filme inteiro foi gravado em 25 dias? Inclusive, mesmo com esse prazo e orçamento curtos, Jenkins conseguiu manter sua proposta inicial de não deixar que os atores, de diferentes fases da vida de Chiron, se encontrassem nas gravações. A ideia era para cada um transmitir seu estilo ao personagem sem interferências. Ou seja, Moonlight brilhou!
2. Quem quer ser um milionário? (2008)
Como um garoto indiano e da favela conseguiu chegar no final de um jogo milionário? Essa é a indagação feita no começo do filme para apresentar a história de Jamal Malik, um rapaz de 18 anos que chega no gran finale de um programa milionário respondendo perguntas de conhecimentos gerais.
Conforme o personagem avança no jogo, as autoridades começam a questionar sua honestidade, afinal, nem os participantes com graduação de peso conseguiram chegar tão longe. Mas, aclamado pela mídia, Jamal luta para provar que o mérito vem das experiências que teve ao longo da vida, misturado com a pobreza e desigualdade social.
A produção independente é do cineasta Danny Boyle, que também dirigiu outros filmes conhecidos como Extermínio e Sunshine. De qualidade duvidosa, as cores saturadas e os enquadramentos trêmulos têm a proposta de transmitir a simplicidade da vida do personagem por meio de flashbacks.
É um filme que faz alusão à cultura pop enquanto mostra que a miséria e a falta de oportunidades não são indicativos na construção do caráter humano. Dany usou uma tradição literária inglesa para aplicar a uma narrativa de Bollywood, isto é, na indústria de cinema de língua hindi, criando um enredo original. Vale a pena conferir esse resultado.
3. 127 horas (2010)
Outro drama dirigido por Danny Boyle, 127 horas é uma produção britânica que conta a história real do alpinista Aron Ralston, que lutou por sua vida durante incansáveis 127 horas depois de um acidente nas montanhas de Utah, nos Estados Unidos.
Apesar de ser um filme baseado em fatos, o que pode torná-lo clichê, Danny conseguiu apresentar uma história que envolve o espectador do início ao fim. No começo, você vai conhecer o universo que envolve o protagonista — estrelado pelo ator James Franco, o Duende Verde do filme Spider Man —, até cair na fenda com ele, quando começam as cenas agonizantes.
Sabe aquele ditado: “tinha tudo para dar errado, mas deu certo”? Ele se encaixa perfeitamente nesse filme. Era para ser mais um clichê de superação em que um alpinista fica preso numa pedra e luta com todas as suas forças pela sobrevivência. Mas, se transformou numa história contagiante, com cenas que prendem o espectador do começo ao fim.
Aliás, a escolha de James como ator principal foi justamente devido à semelhança que ele traz com o Aron Ralston. Então, se você busca uma produção de cinema completa, com qualidade cinematográfica, enredo bem construído e mensagem forte, vai gostar desse filme independente.
4. Cães de aluguel (1993)
Reservoir Dogs ou “Cães de Aluguel”, é uma produção escrita e dirigida pelo talentoso Quentin Tarantino, quem inclusive, marcou sua estreia como roteirista. O filme narra a história de 6 criminosos que são “recrutados” por Joe Cabot, estrelado por Lawrence Tierney, para assaltar uma loja de joalherias com valor alto em diamantes.
A narrativa faz uma mistura de elementos clássicos com referências à cultura pop. Os personagens trazem diálogos do cotidiano, com piadas, palavrões e menções banais, criando uma história realista e natural. Por exemplo, tem uma cena em que um pergunta: “Não matou pessoas de verdade?”, enquanto o outro responde: “Não, só tiras”.
Na história, o espectador se envolve com os dois lados dos personagens, tanto o “ético e profissional”, que mostra a visão da delinquência pelas lentes dos criminosos, quanto o “justo e bondoso”, quando se revoltam com a morte de uma garota de 20 anos.
Nesse filme independente e incrível, Tarantino conduz a trama recheada de flashbacks, close no rosto dos personagens e movimentos da câmera que prendem a atenção do espectador. Também tem cenas violentas que mantêm a expectativa do que acontecerá nos próximos minutos. Foi esse realismo com tom dos anos 70 que tornou o filme um ícone da época.
5. Precisamos falar sobre o Kevin (2011)
Outro filme independente de sucesso, “Precisamos falar sobre Kevin” conta a história de uma mãe, vivida por Tilda Swinton, que precisa reconstruir a vida depois que o filho Kevin, estrelado por dois grandes atores, Jasper Newell e Ezra Miller, cometeu um massacre na escola quando era criança.
O enredo se divide em linhas temporárias, narrando cenas do passado e do presente para explicar como foi a criação familiar e o relacionamento entre a mãe e o filho. O filme deveria ser mais uma história para abordar drama e horror que eventos violentos causam, no entanto, a direção de Lynne Ramsay construiu uma mensagem diferenciada para focar na experiência dos personagens envolvidos.
Por exemplo, enquanto Kevin comete o massacre, a câmera foca na dor e desespero das pessoas presentes, inclusive, na frustração do próprio Kevin. Logo, contextualiza com as experiências vividas na infância.
É uma produção independente que foi adaptada do romance de Lionel Shriver, mergulhando em anseios de culpa e terror para criar vários questionamentos. A atriz Tilda Swinton está incrível no papel de Eva, mãe de Kevin, transmitindo com maestria as fases da vida pelo qual a personagem passa.
A produção tem um visual arrojado, com uma narrativa que fragmenta e arrebata o enredo todo o tempo. Se você busca qualidade e emoção, vai se surpreender com esse filme.
6. Shame (2011)
Estrelado pelo talentoso Michael Fassbender — do clássico Sherlock Holmes —, “Shame” conta a história de Brandon, um homem bem sucedido, mas que enfrenta frustrações em relacionamentos amorosos. Então, sua fuga está na prática sexual, tornando-se um amante incontrolável e viciado por sexo.
Talvez você possa pensar que o filme retrata a história de um Don Juan, mas, a grande sacada é como Brandon lida com isso de maneira incômoda. Ele se entrega às mulheres como se caminhasse rumo a um abatedouro. No entanto, esse escape é interrompido quando sua irmã Sissy chega para uma estadia súbita, interpretada por Carey Mulligan.
O filme foi dirigido por Steve McQueen e sua produção independente foge dos roteiros convencionais, porque aborda a maneira como o personagem se submete ao vício sexual. A estética é fria e a fotografia traz enquadramentos que transformam o espectador em um voyeur das experiências e conflitos de Brandon.
7. O Palhaço (2011)
Agora, vamos deixar as produções estrangeiras de lado e saudar o cinema brasileiro. Em “O Palhaço”, Selton Mello é o grande protagonista de toda a trama, porque, além de ser o ator principal, também escreveu, produziu e dirigiu o filme.
O enredo narra a vida de Benjamin e o pai Valdemar, estrelado pelo ator Paulo José. Juntos, eles formam uma dupla de palhaços Pangaré & Puro Sangue, atuando no Circo Esperança. A forma como o filme retrata o dia a dia dos integrantes do Circo faz com que o espectador se sinta íntimo de cada personagem, vivendo desde suas amarguras até suas alegrias.
É visível que ter participado da produção do início ao fim fez com que Selton Mello conseguisse transmitir os anseios e emoção do personagem. No entanto, não era essa a ideia inicial. Ele chegou a oferecer o papel do palhaço Pangaré para Wagner Moura e Rodrigo Santoro, mas estavam com a agenda cheia na época.
O filme também traz um elenco incrível, com atores como Jorge Loredo, Larissa Manoela e Moacyr Franco. Ao mesmo tempo que é sério e retrata o mundo real dos comediantes, também faz menção ao lúdico, diversão e humor.
A produção foi escolhida para indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas ficou de fora da cerimônia. Também foi considerado um dos 100 melhores filmes brasileiros pela ABRACCINE.
8. Boa sorte, meu amor (2012)
Com uma produção épica fazendo luz ao estiloso preto e branco, “Boa Sorte, Meu Amor” é um longa-metragem dirigido por Daniel Aragão que retrata um conflito amoroso, enquanto aborda questões sociais do cotidiano. O filme narra o romance entre Maria (Christiana Ubach) e Dirceu (Vinicius Zinn) que, apesar de terem raízes sertanejas, não conseguem criar a mesma sintonia com a metrópole em que vivem.
Ao mesmo tempo que a trama gira em torno dos personagens, também explora fatos da cidade de Recife, como desigualdade social e forte urbanismo. A trilha sonora traz tensão e emoção, enquanto a fotografia em preto e branco explora os dois mundos entre a capital e o sertão nordestino.
É essa mistura de regime feudal com mundo contemporâneo que o filme quer transmitir. Por isso, traz uma história de amor diferente dos clichês romantizados. Os conflitos não giram em torno de Dirceu e Maria, mas sim do ambiente em que vivem.
A produção traz uma belíssima fotografia, exploradas pela iluminação e ausência de cores. É um filme que compõe um grande momento vivido pelo cinema pernambucano, reconhecido nacionalmente por sua qualidade nas produções cinematográficas. Isso também justifica ter recebido o título de Melhor Filme no Festival de Locarno, na Suíça.
9. O som ao redor (2013)
Escrito e dirigido por Kleber Mendonça Filho, “O Som ao Redor” é um longa-metragem com histórias paralelas, mas que, ao mesmo tempo, estão entrelaçadas. Ele narra os desafios de moradores da classe média alta de Recife, Pernambuco, que precisam lidar com a chegada de uma milícia onde moram, comprometendo a tranquilidade na rua.
O filme transmite uma mensagem profunda sobre as relações sociais e como elas evoluem até chegar ao ápice da violência. Inclusive, traz uma visão pouco explorada sobre a classe média brasileira, mostrando um público revoltado querendo mudanças, mas que não perdem tempo para agir e resolver os problemas.
A narrativa do filme traz uma proposta diferente com o que vimos no cinema tradicional, e que lembra sutilmente as ideias defendidas pelo ícone do cinema, Charles Chaplin. Ele sempre acreditou que as produções barulhentas comprometem a experiência que o cinema traz para o espectador. Por isso, defendeu o cinema mudo por anos.
Então, em meio a tantas produções cada vez mais barulhentas, eis que surge esse roteiro incrível de Kleber com um ritmo próprio e prezando pela sensibilidade sonora. É um filme independente com uma mistura de elenco supertalentoso, tanto profissionais quanto amadores.
Como você viu, existem produções independentes belíssimas . Mas, você sabe quais são as regras para considerar um filme independente? A produção deve ter, pelo menos, 1h10m de duração e ter custado menos do que U$ 20 milhões. Além disso, também precisa ter participado de um lançamento, seja num festival de cinema ou por uma semana numa sala comercial.
O que achou da nossa lista? Tem outros filmes incríveis com produção independente para indicar? Então, responde nos comentários e compartilhe sua opinião.
Que tal passar as férias de janeiro com a gente na Academia Internacional de Cinema (AIC)? Pode ser no Rio de Janeiro ou em São Paulo e, além de você estudar sobre aquela área do audiovisual que sempre sonhou, ainda convive com alunas e alunos de diversas cidades do Brasil. Diversidade cultural, muita prática, imersão na área escolhida além de muitas novas amizades.
Depoimento de quem já fez
Jorge “Peixinho”, ex-aluno do curso de Cinema Férias, conta pra gente sobre sua experiência.
“Vim de Juazeiro da Bahia, vizinha da nossa querida cidade pernambucana Petrolina e trouxe a família toda, já que precisaria passar um mês em São Paulo. Minha filha resolveu me acompanhar e fez o Curso Teens. Estou até agora entusiasmado e fascinado com o mundo do cinema. Estudar com minha filha e possibilitar que ela faça o que sempre quis, foi um privilégio indescritível. Foram quase trinta dias muito intensos e bem aproveitados. Professores preparados e atenciosos, cada qual com sua expertise e especialidade, além da participação no cinema nacional, ali, me dando aulas e dividindo seus saberes. Ter a experiência de gravar um curta, colocando em prática o que aprendemos foi a realização de um sonho”.
Quando?
As aulas começam a partir do dia 06/01/2020 e reúnem, em média, 200 alunos – em cada unidade que aprendem sobre Roteiro, Direção de Fotografia, Documentário, Direção de Arte, Produção Executiva, Edição e Som para Cinema e muito mais. Jovens a partir de 13 anos podem se inscrever nas opções de cursos TEENS com aulas intensivas e práticas.
Para quem?
Os cursos para adultos são voltados tanto para profissionais em busca de atualização e experiência prática ou, simplesmente para aqueles apaixonados pela sétima arte. “Alguns de nossos cursos, como o Intensivo de Cinema, reúnem pessoas criativas vindas de diversas partes do país e mesmo do exterior, que chegam com ideias e aqui colocam em prática, saem com um filme no currículo”, diz Flávia Rocha, fundadora e diretora de Comunicação da escola.
Como se inscrever
Se você tem interesse em vir estudar na AIC em Janeiro de 2020, conta pra gente que curso quer fazer e em qual unidade deseja estudar que, assim que abrirmos as inscrições, você será um dos primeiros a saber!
Estão abertas as inscrições para a 50ª edição do Festival de Cinema de Tampere. O evento, que ocorre na Finlândia, de 4 a 8 de março de 2020, é especialmente dedicado à exibição de Curtas-Metragens.
O prazo para envio de filmes é até 1 de dezembro de 2019. Serão aceitos todos os gêneros, realizados a partir de 1 de janeiro de 2018 e com duração máxima de 30 minutos. Para mais informações, acesse o site do festival
Clermont-Ferrand 2020
As inscrições para o Festival du Court Métrage de Clermont-Ferrand podem ser feitas até o dia 7 de outubro, para filmes finalizados em 2019. O evento, que acontece na França entre os dias 31 de janeiro e 8 fevereiro de 2020, aceita obras de todos os gêneros com até 40 minutos de duração.