Filme de ex-aluno da AIC na Mostra Tiradentes- SP

A 10ª edição da Mostra Tiradentes – SP vai exibir, até o dia 18 de maio, no Cinesesc 31 filmes inéditos em São Paulo, e que fizeram parte da programação do festival oficial. Entre os selecionados está o curta A Morte de Lázaro, do diretor Bertô, ex-aluno da Academia Internacional de Cinema. O filme faz parte da Mostra Foco e vai ser exibido no dia 12/05, às 18h. Após a sessão irá ter debate com os realizadores.

A pré-produção do curta, baseado em uma passagem bíblica sobre a ressurreição de Lázaro, começou em 2019. “Iniciamos a filmagem em janeiro de 2020, mas logo depois veio a pandemia. Foi um processo longo”, explicou Bertô, que ainda não teve a oportunidade de assistir o seu filme na telona.

“Eu fiquei muito feliz quando o filme estreou na Mostra Tiradentes, que esse ano aconteceu online. Como ainda não vi o curta no cinema, estou muito empolgado com essa exibição em São Paulo”, falou o diretor.

A programação completa da Mostra Tiradentes – SP está disponível no site do evento.

Sinopse do Filme

Marta e Maria choram a morte de seu irmão Lázaro. Um grupo de judeus tenta consolar Maria enquanto Marta sai para se encontrar com Jesus. Os discípulos tentam alertar seu mestre sobre os perigos de retornar à Judeia. Perto dali um milagre está para acontecer.

 

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Elize Matsunaga: Era Uma Vez no Crime

O que é True Crime?

Um dos gêneros mais assistidos na atualidade tem como premissa esmiuçar casos verídicos de crimes e investigações, expondo histórias e transformando-as em obras audiovisuais, livros ou podcasts. Traduzindo ao pé da letra, apesar do nome ser usado assim mesmo, em inglês, o termo significa algo como “crime real”.

O estilo de não-ficção atrai cada vez mais adeptos e as séries se proliferam nos canais de streaming, mesmo que os temas abordem conteúdos violentos.

A “era do hibridismo das imagens”, em que vários formatos de áudio, vídeo e imagens estáticas se fundem em materiais finalizados, ajudou para que esse tipo de entretenimento se tornasse ainda mais expressivo.

Geralmente, o conteúdo dos filmes são entrevistas, áudios de processos, gravações feitas em tribunais, imagens da cobertura da imprensa dos crimes etc e a formula muitas vezes é parecida: o acusado conta a sua versão da história.

True crime à brasileira

Primeiro a tendência tomou conta do audiovisual internacional, um dos casos mais notórios é o de Ted Bundy, um serial killer americano que ganhou um documentário no Netflix com todos os detalhes dos crimes explicados pelo próprio criminoso.

No cenário brasileiro aconteceu o mesmo, as produções deslancharam, embora o gênero tenha exemplos bem fortes na filmografia nacional muito antes de explodir como um fenômeno. Quem não lembra do sucesso do “Ônibus 174” de José Padilha e “VIPs – Histórias Reais de Um Mentiroso”, de Mariana Callabiano?

“Doutor Castor”, “João de Deus: Cura e Crime” e “Bandidos na TV” exploram criminosos em suas muitas infrações, “Elize Matsunaga: Era Uma Vez no Crime”, “Marielle, O Documentário” e “Caso Evandro” voltam os olhares para acontecimentos brasileiros específicos e marcantes.

E você, já assistiu algum filme ou seriado de true crime? Qual a sua opinião sobre o gênero? Gostou do conteúdo?  Baixe nosso ebook sobre documentário e saiba mais sobre o tema!

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Lista de filmes sobre mães

Para comemorar o dia das mães, o crítico de cinema e professor da Academia Internacional de Cinema Filippo Pitanga preparou uma lista com 23 filmes para todos os gostos! Prepare a pipoca, junte a família e aproveite o domingo para assistir grandes obras de todos os continentes, todas as línguas, todas as orientações e questões de gênero.

1. A Escolha de Sofia, de Alan J. Pakula, com Meryl Streep

Sinopse: Sophie sobrevive a campos de concentração nazistas e encontra uma razão para viver em Nathan, um judeu americano brilhante, instável e obcecado pelo Holocausto. Mas a felicidade dos dois é ameaçada pelos fantasmas do passado dela.

2. Instinto Materno, de Calin Peter Netzer

Sinopse: A relação de uma mãe (Luminita Gheorghiu) e seu filho (Bogdan Dumitrache), de 32 anos. Após o falecimento de um rapaz em um acidente de carro, a mulher se recusa a aceitar que seu filho é um homem crescido, buscando evitar que ele seja indiciado pelo acidente. Um estudo das relações familiares da alta sociedade romena e do sistema socio-econômico do país.

3. Sonata de outono, de Ingmar Bergman

Sinopse: Após ter sido uma mãe ausente por anos, Charlotte (Ingrid Bergman), uma renomada pianista, vai até a casa de sua filha Eva (Liv Ullmann) para lhe fazer uma visita. Ela se surpreende ao encontrar sua outra filha, Helena (Lena Nyman), que tem problemas mentais. Eva tirou Helena da instituição que Charlotte a havia internado para cuidar dela em casa. A tensão entre mãe e filha começa a crescer devagar até elas colocarem tudo em panos limpos, dizendo tudo que sempre gostariam de dizer.

4. Babadook, de Jennifer kent

Sinopse: Amelia, uma mãe solo atormentada pela violenta morte do marido, tenta lidar com o medo irracional do filho de que há um monstro à espreita na casa, mas logo descobre uma presença sinistra ao seu redor.

5. Mommy, de Xavier Dolan

Sinopse: Diane é sobrecarregada pela necessidade de cuidar de seu filho adolescente diagnosticado como déficit de atenção. Enquanto os dois tentam tocar a vida, a nova vizinha se oferece para ajudar ambos.

6. O Espelho, de Andrei Tarkovsky

Sinopse: Alexei, homem na casa dos 40 anos e à beira da morte, relembra seu passado, a infância, os horrores da guerra e a relação com sua mãe e sua ex-esposa. As imagens se misturam com imagens de arquivos sobre a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial. O filme ocupa lugar especial na filmografia de Tarkovsky, e traz fortes traços autobiográficos, principalmente relacionados à sua infância. O diretor filmou sua mãe, Maria Ivanovna Vishnyakova-Tarkovskaya, então idosa, e os poemas de seu pai, Arseny Tarkovsky, permeiam a narrativa e foram recitados pelo próprio.

7. Preciosa, de Lee Daniels

Sinopse: Nova York, bairro do Harlem, 1987. Claireece “Preciosa” Jones é uma adolescente que sofre uma série de privações. Violentada pelo pai e abusada pela mãe, cresce irritada e sem qualquer tipo de amor. O fato de ser pobre e gorda também não a ajuda. Além disto, tem um filho apelidado de “Mongo”, por ser portador de síndrome de Down, que está sob os cuidados da avó. Quando engravida pela segunda vez, é suspensa da escola. Quando consegue uma instituição alternativa, que possa ajudá-la a melhor lidar com sua vida, encontra um meio de fugir de sua existência traumática.

8. Era uma vez em Tóquio, de Yasujiro Ozu

Sinopse: Um casal de idosos deixa sua filha no campo para visitar os outros filhos em Tóquio, uma cidade onde eles nunca tinham ido. Porém, os filhos os recebem com indiferença, e estão sempre muito atarefados para terem tempo para os pais.

9. O Quarto de Jack, de Lenny Abrahamson

Sinopse: Joy e seu filho Jack vivem isolados em um quarto. O único contato que ambos têm com o mundo exterior é a visita periódica do Velho Nick, o homem que os mantém em cativeiro. Joy faz o possível para tornar suportável a vida no local. Quando seu filho completa cinco anos, ela decide elaborar um plano de fuga. Com a ajuda de Jack, ela tenta enganar Nick para retornar à realidade e apresentar um novo mundo a seu filho.

 10. Tudo sobre minha mãe, de Pedro Almodóvar

Sinopse: No dia de seu aniversário, Esteban (Eloy Azorín) ganha de presente da mãe, Manuela (Cecilia Roth), um ingresso para a nova montagem da peça “Um bonde chamado desejo”, estrelada por Huma Rojo (Marisa Paredes). Após o espetáculo, ao tentar pegar um autógrafo de Huma, Esteban é atropelado e morre. Manuela resolve então ir até o pai do menino, que vive em Barcelona, para dar a notícia. No caminho, ela encontra o travesti Agrado (Antonia San Juan), a freira Rosa (Penélope Cruz) e a própria Huma Rojo.

11. Tomboy, de Celine Sciamma

Sinopse: Ao mudar-se com sua família para um novo bairro, Laure (Zoe Heran), uma menina de 10 anos de idade, se impressiona com a amizade e a camaradagem entre os meninos e decide se apresentar como Michael, um garoto, para os novos vizinhos, numa tentativa de se enturmar. A estratégia dá certo e ‘Michael’ logo faz novas amizades e se aproxima de Lisa, uma garota que joga futebol e briga como qualquer garoto da mesma idade. Aos poucos, a atitude de Laure começa a ter efeitos em sua vida em família, ao mesmo tempo em que começa a experimentar a transição da infância para a adolescência e também o amor.

12. Minhas mães e meu pai, de Lisa Cholodenko

Sinopse: Num casamento que já dura mais de 20 anos, Jules e Nic têm dois filhos adolescentes concebidos por meio de inseminação artificial. Sem o consentimento de suas mães, os jovens decidem correr atrás do seu pai biológico.

 13. O Filho da Noiva, de Juan José Campanella

Sinopse: Rafael está enfrentando problemas no seu restaurante e vive em crise por não dar atenção à mãe, ao filho e à namorada. Nesse período, ele reencontra um amigo de infância que o ajuda a mudar o olhar que tem sobre a vida.

 14. Boyhood, de Richard Linklater

Sinopse: O filme conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patricia Arquette) que tenta criar seu filho Mason (Ellar Coltrane). A narrativa percorre a vida do menino durante um período de doze anos, da infância à juventude, e analisa sua relação com os pais conforme ele vai amadurecendo.

15. Laços de ternura, de James L. Brooks

Sinopse: Aurora (Shirley MacLaine), uma viúva, e Emma (Debra Winger), sua filha, apesar de se amarem tem uma relação conflituosa. Entretanto, tudo muda quando a filha descobre que está com câncer e, ao mesmo tempo, toma consciência de que foi traída por Flap (Jeff Daniels), seu marido. Simultaneamente sua mãe após anos passa a se interessar por Garrett Breedlove (Jack Nicholson), um vizinho paquerador.

16. Valente, animação de Brenda Chapman, Mark Andrews

Sinopse: A princesa Merida deve seguir os costumes do seu reino e tomar-se rainha ao lado do cavalheiro que conseguir a sua mão durante um torneio de arco e flecha. Porém, a jovem está determinada a trilhar seu próprio caminho e desafia a tradição ancestral.

 17. Um limite entre nós, de Denzel Washington

Sinopse: Baseado na aclamada e premiada peça teatral homônima, um jogador de beisebol aposentado, que sonhava em se tornar uma grande estrela do esporte durante sua infância, agora trabalha como coletor de lixo para sobreviver. Ele terá de navegar pelas complicadas águas de seu relacionamento com a esposa, o filho e os amigos.

18. Benzinho, de Gustavo Pizzi

Sinopse: Irene (Karine Teles) tem quatro filhos com Klaus (Otávio Müller). Ela está terminando os estudos enquanto se desdobra para complementar a renda da casa e ajudar a irmã Sônia (Adriana Esteves). A poucos dias de sua formatura ela recebe a notícia de que seu primogênito fora convidado para jogar handebol na Alemanha.

19. Que horas ela volta? De Anna Muylaert

Sinopse: A pernambucana Val se mudou para São Paulo com o intuito de proporcionar melhores condições de vida para a filha, Jéssica. Anos depois, a garota lhe telefona, dizendo que quer ir para a cidade prestar vestibular. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, porém o seu comportamento complica as relações na casa.

 20. Como nossos pais, de Lais Bodanzky

Sinopse: Rosa é uma mulher que almeja a perfeição como profissional, mãe, filha, esposa e amante. Filha de intelectuais e mãe de duas meninas pré-adolescentes, ela se vê pressionada pelas duas gerações que exigem que ela seja engajada, moderna e onipresente.

 21. Café com Canela, de Glenda Nicácio e Ary Rosa

Sinopse: Após perder o filho, Margarida vive isolada da sociedade. Ela se separa do marido Paulo e perde o contato com os amigos e pessoas próximas, até Violeta bater na sua porta. Trata-se de uma ex-aluna de Margarida, que assume a missão de devolver um pouco de luz àquela pessoa que havia sido importante para ela na juventude.

22. Mamãe é de morte, de John Waters

Sinopse: Beverly Stuphin (Kathleen Turner) é o retrato de uma mãe perfeita. Ela forma uma família feliz com o marido Eugene (Sam Waterston) e seus dois filhos, Misty e Chip. Só que Beverly esconde de todos sua verdadeira identidade, matando qualquer pessoa que atrapalhe a vida da sua família. Quando corpos começam a aparecer na vizinhança, a polícia vai ameaçar a paz desse lar.

23. Lady Vingança, de Park Chan-Wook

Sinopse: Lee Geum-Ja é condenada a 13 anos de prisão pelo seqüestro e assassinato de um menino de 6. Ela está acobertando o verdadeiro culpado, seu namorado e professor Mr. Baek. Quando descobre que está sendo traída, Geum-Ja passa todo o seu tempo na cadeia preparando uma vingança para o ex-amante.

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Inscrições para o 17º Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões

Estão abertas as inscrições para o 17º Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões até o dia 31 de maio. O evento, sediado há 17 anos na cidade de Floriano (PI), acontece de 20 a 24 de julho.

Podem participar da seleção produções nas categorias: longa-metragem ficção e documentário e curta-metragem documentário, ficção e animação. O regulamento está disponível no site do evento.

Segundo Jefferson Mendes, da Escalet Produções Cinematográficas, que organiza o evento, esta é uma excelente oportunidade para as produtoras exibirem filmes nacionais e independentes que foram produzidos nos últimos anos, além de um momento formativo para a construção e aprimoramento de um novo olhar fílmico e cinematográfico brasileiro.

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O que faz um VIDEOMAKER e como ele se insere no mercado audiovisual

O mercado audiovisual gera um campo imenso de oportunidades. A ascensão de profissionais cada vez mais versáteis e a tendência para produções mais rápidas e menores criou a demanda por alguém que fosse capaz de iniciar e finalizar um mesmo projeto. É justamente aí que surge o Videomaker.

A profissão é relativamente recente e começou a ganhar adeptos na década de 1990, com a popularização dos equipamentos de captação digital. A gravação em vídeo, ao invés da película, barateou os custos e, de certo modo, democratizou a forma de fazer filmes.

Um dos gêneros que ganharam força nessa época foram os videoclipes, que desde os anos 80 já vinham trazendo novas visões e possibilidades a serem exploradas visualmente e comercialmente. 

Nos últimos anos, o vídeo se tornou uma ferramenta de comunicação indispensável no ambiente da comunicação global. Hoje não se consegue imaginar um mundo que não se veja espelhado e documentado em vídeo — eles aparecem praticamente o tempo todo, nas redes sociais, nas divulgações institucionais e promoções de produtos, na mídia jornalística. Por traz de cada conteúdo há sempre um videomaker – e quanto mais profissionalizados forem os vídeos, maior o domínio técnico e criativo de seus realizadores. 

Por mais que seja uma profissão em ascensão, ainda existem muitas dúvidas sobre o que de fato faz um videomaker e sobre quais são os melhores caminhos para ingressar no mercado e se profissionalizar. 

 

 

O que de fato faz um videomaker?

Como o próprio nome diz, o videomaker trabalha com vídeo. Ou seja, câmeras digitais, normalmente mais portáteis e equipamentos menos complexos e mais viáveis de serem operados por uma única pessoa.

Não excludente, ainda existem sets maiores, para produções mais sofisticadas ainda dentro dessa proposta, mas o enfoque é conseguir produzir de forma rápida e prática ante a constante e grande demanda de conteúdo.

O grande diferencial é ser o responsável pelos diversos processos de produção e criação que envolvem essa produção. Muitas vezes, é sozinho que o profissional realiza o trabalho todo, desde sua concepção, roteirização, gravação e até a finalização no computador.

O videomaker muitas vezes não possui um roteiro e precisa lidar com imprevistos. Por isso, a organização é fundamental, já que a estrutura de produção é bem mais enxuta. Mas, embora seja comum que trabalhe sozinho, ele também pode atuar em equipe – tudo depende do cliente que contrata seus serviços ou do projeto em questão.

 

Algumas possibilidades de atuação:

Em um mercado tão efervescente, são muitas as oportunidades de trabalho para um videomaker. Vamos dar uma olhada nas principais áreas de atuação e quais são suas vantagens, desvantagens e necessidades em uma época em que o vídeo é a base de tudo.

 

Videoclipes

Uma das áreas mais virais e com alcances astronômicos é a produção de videoclipes. Aqui, por menor que seja a duração do formato, o trabalho ainda é gigantesco já que as etapas de pré-produção, conceito e até mesmo gravação normalmente são muito apertadas tanto por motivações financeiras quanto por disponibilidade dos artistas.

É claro que as grandes produções de artistas famosos angariam centenas de pessoas na confecção de um clipe, mas há muitos videomakers que iniciam suas carreiras criando videoclipes para amigos com uma banda ou coisa do tipo. A maior dica é saber ser versátil e criativo com uma ideia que relacione banda e música. 

 

Vídeos de eventos

Eventos são uma constante. Aqui entram casamentos, festas de aniversário, partos, batizados e até mesmo eventos corporativos. A grande janela de oportunidade é que todos esses eventos precisam ser documentados e é aí que entra o trabalho do videomaker.

Aqui as jornadas de trabalho podem ser um pouco diferentes: não só maiores e puxadas como também fora dos horários convencionais, isso sem falar do preparo para lidar com os imprevistos e, na grande maioria das vezes, saber administrar o trabalho em apenas uma pessoa. De qualquer modo, a dica é sempre estar preparado tanto tecnicamente (com os aparelhos certos, cartões de memória e baterias extras e afins) quanto praticamente (com a noção de qual o nicho que você escolheu para atuar e qual a melhor forma de documentá-lo).

Essa é uma modalidade que muitas vezes cresce através do boca-a-boca. Ou seja, o profissional faz um trabalho bem feito para alguém próximo, que o indica para alguém em seu ciclo de amigos, assim crescendo a sua cartela de clientes e ampliando cada vez mais o seu trabalho.

 

Vídeos institucionais

Um caminho que tem crescido muito nos últimos anos e que, inclusive, pode ser uma ótima fonte de renda para pequenas produtoras, são os vídeos institucionais. Aqui, por mais comercial que seja, é a produção que mais se aproxima de um viés documental, muitas vezes explorando a companhia e até mesmo entrevistando pessoas para formar um filme.

É importante saber que nem sempre as ideias do cliente estão bem dispostas e, em muitos casos, cabe ao profissional oferecer soluções criativas e inovadoras para apresentar a empresa da melhor forma possível. Oferecendo um trabalho tecnicamente satisfatório e que atinja as expectativas estabelecidas. Justamente por isso, o diálogo com o contratante é essencial e o jogo de cintura para lidar com imprevistos e adaptações é fundamental.

Um novo caminho que ascendeu em um período de aulas remotas é a produção de videoaulas e até mesmo lives institucionais. Aqui os profissionais com conhecimento para operar tais eventos ainda são escassos e existe uma ótima janela para quem quer conseguir se especializar em algo dentro do mercado audiovisual. Isso sem falar na alta demanda de tais produtos.

 

YouTube e Redes Sociais

A cada dia que passa as redes sociais se focam mais nos formatos de vídeo. Seja algo rápido como um TikTok ou mais aprumado como algumas produções para o YouTube, a demanda por profissionais cresce exponencialmente. Entrar nesse mercado é bem diferente dos demais: produzir conteúdo para essas redes e entrar em contato com outros criadores parece ser um caminho natural e capaz de render ótimas oportunidades.

De fato, é uma área que muda muito rápido, então é preciso que o profissional esteja sempre acompanhando de perto as principais novidades e tendências para produzir o conteúdo mais atual possível. A dica é sempre ter uma linguagem dinâmica e rápida para captar o máximo da atenção do público possível.

Alguns dos criadores de conteúdo que fazem grande sucesso geralmente tem uma equipe por trás de seus vídeos. Terceirizar esse tipo de trabalho também pode ser uma ótima para produtoras pequenas que, além de lucrar, ainda querem construir um portfólio atual e chamativo.

 

Cinema

Não tão distante do trabalho de um Filmmaker, o cinema ainda pode ser uma ótima fonte de trabalho para um Videomaker. Com o tamanho cada vez mais diminuto dos equipamentos e a facilidade de conseguir realizar algumas etapas da pós–produção sozinho, existe uma grande oportunidade para quem quer viver de suas próprias ideias.

Por mais que produzir um longa metragem sozinho seja algo muito assustador e distante, há diretores que apostam na mecânica de curtas para festivais e outros eventos culturais. Fazem isso até conseguir ascender em uma oportunidade de trabalhar em projetos mais robustos, ampliando equipe e alcance.

Muitos diretores famosos, inclusive, apostam muito nas formas digitais de vídeo para repensar sua arte. Michael Mann é um exemplo do uso do digital e Sean Baker ficou conhecido por fazer seu filme Tangerina (2016) com uma produção bem reduzida que, inclusive, gravou com celulares.

Hoje as câmeras digitais são a regra na indústria cinematográfica. 

 

Videoarte

Esse é um dos tipos de vídeos que podem ser produzidos por um videomaker. Talvez seja a categoria menos recompensadora financeiramente, entre as possibilidades do audiovisual, já que não tem tanto apelo comercial quanto outros tipos de vídeo. No entanto, é uma ferramenta extraordinária para expressar sua arte e fazer experimentações. E pode se valer de financiamentos via editais de cultura e incentivos nacionais e internacionais. 

Videoarte é uma forma artística que usa a tecnologia como meio para transmitir uma ideia ou sensação, dentro de um conceito de “cinema expandido”. Vídeos podem ser usados como parte de instalações em galerias, por exemplo, ou projetados junto com performances de artistas ao vivo.

Uma das diferenças entre videoarte e cinema tradicional está no fato de que o primeiro não precisa necessariamente se pautar nas convenções que definem os filmes “normais”. Pode ser que o vídeo não tenha atores, ou diálogos, nem mesmo uma narrativa ou história muito bem definida. Essa liberdade dá espaço para criações vanguardistas e inovadoras.

 

Quanto ganha um videomaker?

O fluxo de trabalho de um profissional que faz vídeos depende muito do tipo de trabalho que ele escolhe realizar. Por isso, o pagamento também depende do serviço executado e do cliente.

No caso de eventos como partos e festas menores, o valor médio cobrado por vídeo fica entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. No entanto, há empresas grandes que fazem coberturas de eventos badalados que chegam a ser orçados em até R$ 70 mil. Vídeos institucionais podem custar, ao cliente, de R$ 1 mil a R$ 10 mil. Já o valor de um videoclipe geralmente parte de cerca de R$ 2 mil, mas pode atingir o budget de uma superprodução, conforme a estrutura solicitada pelo contratante e a complexidade do projeto.

Quanto aos vídeos para YouTube, o valor também varia muito, de acordo com o tamanho do canal. Muitos YouTubers mais populares possuem equipes e contratam profissionais fixos para produzirem seus vídeos. Nesse caso, o salário médio de um videomaker pleno fica em torno de R$ 5 mil por mês.

Há quem já tenha feito vídeos de graça, apenas para ganhar portfólio, ou por permuta, e o maior erro na profissão é fazer um orçamento errado. Como cada trabalho tem condições diferentes um do outro, é preciso saber precificar. Nesse momento, leve sempre em consideração os custos que você terá com o equipamento, o deslocamento, a edição e os profissionais necessários para a realização do serviço. 

 

Equipe básica

Quando tem a possibilidade de trabalhar com uma equipe, o ideal é que o videomaker possa contar com o auxílio dos seguintes profissionais:

  • Câmera: Independentemente do tipo de vídeo, sempre será necessário alguém para operar a câmera, que conheça minimamente o equipamento e seja capaz de captar boas imagens.
  • Som: Um profissional de captação de som faz a diferença para transformar um vídeo de aspecto amador em profissional. Pode parecer um detalhe, o som é metade do processo no audiovisual.
  • Edição: Ser ou ter um bom editor é fundamental para garantir um vídeo interessante, dinâmico e que tenha o ritmo desejado. Nesse caso, é importante que a pessoa conheça um dos programas de edição disponíveis no mercado (como Adobe Premiere ou Final Cut). 
  • Produtor: Sempre é bom poder contar com alguém que conheça a fundo os processos de produção e possa auxiliar o videomaker em todas as fases, resolvendo problemas que surgirem e oferecendo soluções práticas para manter tudo dentro do que foi planejado – principalmente com relação ao orçamento e ao cronograma do projeto.

 

Passo a passo de um vídeo

  1. Coloque sua ideia no papel, mesmo que não seja em forma de roteiro. Inclua tudo o que você imagina que o filme vai precisar, inclusive uma descrição das imagens e sons que irá captar.
  2. Se for necessário realizar alguma produção, ou se for gravar em local que precise de autorização, providencie tudo com antecedência. É importante conhecer o lugar e estar familiarizado com o objeto do vídeo.
  3. Pegue uma câmera e grave todas as imagens/sons que você anotou para o vídeo. Se puder contar com ajuda, organize seus companheiros em diferentes funções, para facilitar o serviço. Por exemplo, um faz a câmera e o outro o som.
  4. Baixe as imagens em um computador ou HD externo e utilize um programa de edição para montar seu vídeo, de acordo com o que havia planejado.
  5. Exporte o vídeo e envie para seu cliente, ou compartilhe na plataforma online de sua preferência.

 

Dicas para ser um bom videomaker

Mesmo se o seu interesse for o cinema mais convencional, ter alguma experiência como videomaker é uma excelente maneira de agregar ferramentas de trabalho. Você pode aprender, fazendo vídeos, desde noções básicas de câmera e de edição até a flexibilidade necessária para lidar com imprevistos em um set de filmagem.

Se optar pela produção solo, tenha sempre em mãos uma boa rede de contatos, para eventualidades. Afinal, nunca se sabe quando vai precisar de um operador de câmera extra, de um profissional de som ou de um montador que entenda de motion design, por exemplo. No vídeo, assim como no cinema, um bom networking pode levar muito longe.

Nesse contexto, fazer um curso de cinema também é uma dica essencial. Independentemente de qual for sua escolha do conteúdo a ser estudado (direção, direção de fotografia, direção de arte, som ou edição), aprender com pessoas que já estão no meio audiovisual é uma das melhores formas de estabelecer bons contatos e crescer profissionalmente. Além disso, quanto mais prático for o curso, mais preparado você vai estar para atender às necessidades de seus clientes.

Outra atitude que ganha muitos pontos é ser inovador e buscar sempre modos interessantes de apresentar seu trabalho. Um bom portfólio certamente ajuda, mas todo mundo precisa começar do zero em algum momento. Nesse caso, tenha em mãos uma quantidade enorme de referências para fundamentar seu vídeo. Afinal, para um videomaker, qualquer coisa pode servir de inspiração, já que ele literalmente trabalha apenas com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça.

*Texto e pesquisa: Katia Kreutz. 

 

 

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Foto destaque: Alessandra Haro

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Festival Internacional de Cinema Educa Claquete Ação

Estão abertas as inscrições para terceira edição do Festival Internacional de Cinema Educa Claquete Ação (ECA) até o dia 31 de maio. Podem participar da mostra curtas-metragens produzidos e finalizados nos últimos 36 meses com temática educativa nas áreas de cultura, educação, esporte e meio ambiente, podendo ser filmes de ficção, animação ou documentário, com duração de até 15 minutos.

O evento acontece de 4 a 13 de agosto nas cidades de São Paulo, Taboão da Serra e Embu das Artes. As inscrições são gratuitas devem ser realizadas na plataforma FilmFreeway.

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