Inscrições abertas para o Curta Brasília

Estão abertas as inscrições para o 8° Curta Brasília até o dia 8 de agosto. O Festival está previsto para acontecer em Brasília, entre os dias 11 e 15 de dezembro.

Serão aceitos curtas-metragens e videoclipes produzidos em qualquer formato e gênero, realizados a partir de janeiro de 2018, com duração máxima de 25 minutos, cujos realizadores sejam brasileiros ou residentes no país.

As obras selecionadas farão parte da Mostra Nacional de curtas-metragens e da Mostra Decibéis de videoclipes.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site do Festival.

 

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Inscrições abertas para o Concurso de Roteiros de Curtas-metragens do ROTA – Festival de Roteiro Audiovisual

Estão abertas as inscrições para Concurso de Roteiros de Curtas-metragens do ROTA – Festival de Roteiro Audiovisual, até o dia 14 de julho. A terceira edição do evento acontecerá de 2 a 7 de outubro, na Cinemateca do MAM, no Rio de Janeiro.

O Festival, focado principalmente nos roteiristas iniciantes, compreende 5 linhas de ação: Encontro de Negócios, que promove o encontro dos roteiristas com produtoras, distribuidoras e programadoras de televisão. As inscrições ficam abertas até o dia 15 de setembro, e o Encontro de Negócios acontecerá no dia 07 de outubro.

O Concurso de Roteiros de Curtas-metragens busca promover, através de premiação, roteiros de curta–metragem de ficção, escritos por estudantes e/ou iniciantes. A Seleção dos Finalistas será divulgada até 21 de setembro. A Cerimônia de Premiação acontecerá no dia 06 de outubro.

O Laboratório de Projetos de Série é composto por consultorias, que acontecerão nos dias 2 e 3 de outubro, e de Pitching, que acontecerá no dia 06 de outubro. A Curadoria selecionará 10 projetos finalistas para participar do Laboratório. Cada selecionado receberá consultorias de quatro profissionais reconhecidos, e apresentará o Pitching do seu projeto para o Júri Oficial do III ROTA e para o público, que elegerão o Melhor Pitching pelo Júri Oficial e pelo Júri Popular. As inscrições ficam abertas 20 de julho. A Seleção dos Finalistas será divulgada em 10 de setembro.

A Mostra Competitiva de Curtas-metragens, que acontecerá nos dias 04 e 05 de outubro, promove, através de premiação, roteiristas estudantes e/ou iniciantes por seus curtas–metragens de ficção e documentários. As inscrições ficam abertas até o dia 12 de agosto. A Seleção dos Finalistas será divulgada no dia 7 de setembro. Tanto a Mostra quanto a Cerimônia de Premiação, que acontecerá no dia 6 de outubro, terão entrada franca, sujeita à lotação da sala.

O Seminário, que acontecerá nos dias 4, 5 e 6 de outubro, compreenderá palestras, mesas de discussão, um estudo de caso, master classes e uma entrevista especial com um roteirista de destaque no audiovisual.

As inscrições para o Concurso podem ser feitas no site do ROTA.

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AIC: 15 anos de história

A AIC celebra uma jornada criativa de 15 anos, com uma história que acompanha e se mistura ao crescimento do mercado audiovisual 

2007: O ano começa com uma Semana de Orientação histórica, que reuniu alguns dos melhores diretores e profissionais de cinema da America Latina, com filas de dar volta na quadra para a palestra a diretora argentina Lucrecia Martel, que acabou dando uma palestra extra no mesmo dia, e com palestras de grandes cineastas brasileiros: Philippe Barcinski, Karim Aïnouz, Lili Caffe, Paulo Morelli, Jefferson D, Lina Chamie, Rogério Guidette, Felipe Lacerda, Katia Coelho, Andrea Tonacci, Jorge Bodanzky.

O ano era 2004 e acabava de ser inaugurada em Curitiba/PR uma escola de cinema inovadora no país: a Academia Internacional de Cinema (AIC). Trazendo para o Brasil uma equipe de professores do mercado audiovisual, com carreiras internacionais e repertórios variados, a escola se propunha a desenvolver um programa profissionalizante, voltado à prática, no qual os alunos pudessem realmente vivenciar a dinâmica de um set de filmagem.

A primeira turma da AIC agregou alunos dos mais diversos estados, todos com o mesmo objetivo: ingressar no mercado audiovisual. “Eu não tinha a menor intenção de abrir uma escola do tamanho da que temos agora. Tínhamos a ideia de criar um conservatório de cinema no Brooklyn, em Nova York, antes de recebermos o convite para desenvolver nosso projeto em Curitiba”, diz o norte-americano Steven Richter, cofundador e diretor de desenvolvimento da AIC.

Na época, Curitiba oferecia alguns incentivos interessantes para a área das artes. “Quando chegamos à cidade, vimos que, apesar de algumas pessoas entusiasmadas com o projeto — como por exemplo, o ex-governador Jaime Lerner, que é um notório cinéfilo e que nos recebeu com muita simpatia — não tínhamos muito apoio da comunidade política e artística local, talvez por sermos percebidos como outsiders”, explica Flávia Rocha, cofundadora da escola e diretora de comunicação. “De qualquer forma, montamos a AIC (então AICC – com o “C” de Curitiba) sem nenhum recurso público, apostando todas as fichas no potencial da escola e em sua capacidade de se autossustentar”.

De acordo com Steven, em seu início a escola em Curitiba manteve muitos dos elementos da visão original, que incluía um primeiro ano de estudos chamado Craft, seguido por outro ano em um laboratório de produção dos próprios alunos (Lab 2), no qual eles poderiam ter experiências de trabalho. Ao mesmo tempo, a Lab 1 seria uma empresa produtora, em que os professores trabalhariam e os alunos atuariam como estagiários.

“Mas o que descobrimos, ao chegar em Curitiba, é que as pessoas realmente precisavam de uma escola de cinema prática, porque na época não existiam no Brasil cursos voltados para a formação profissional fora do espaço das universidades, cursos que fossem mais extensos do que workshops”, explica.

2004: Primeira Turma do Filmworks, ainda em Curitiba, com o diretor e professor Fernando Severo. A Academia Internacional de Cinema abre suas portas – sob o nome Academia Internacional de Cinema de Curitiba – no dia 5 de agosto de 2004, com uma aula inaugural do diretor e fotógrafo Carlos Ebert, e o fotógrafo polonês Grzegorz Kedzierski, professor da renomada escola de cinema de Lódz.

A carência de ensino prático ou técnico na área audiovisual, nos moldes propostos pela Academia Internacional de Cinema e tendo como foco a formação de profissionais, foi o fator decisivo para lançar o empreendimento no país. “Vimos uma grande oportunidade de desenvolver um trabalho que tivesse impacto. Tínhamos uma visão — e agora tínhamos que convencer ‘o mundo’ de que era possível montar uma escola de cinema no Brasil. O mercado estava começando a dar os primeiros sinais de retomada. Então, não podia ser um momento melhor”, conta Flávia.

Um ano e meio depois da abertura da escola em Curitiba, com os cursos já bem formatados e uma rede de relacionamentos maior, a AIC migrou para a capital paulista. “Foi lá que a AIC floresceu. Mesmo uma cidade imensa como São Paulo carecia de uma escola prática na área de cinema”, diz Flávia. Essa expansão para outros estados (inclusive com a abertura da filial no Rio de Janeiro, em 2015) está no DNA da escola. “Lembro que, no meu discurso na festa de abertura da AIC em Curitiba, eu disse que esperava que um dia fossemos vistos não como loucos em tentar fomentar o cinema no Brasil, mas como visionários. Eu imaginava que pudéssemos ir além, mas para onde exatamente, era difícil de saber com precisão naquele momento”.

Desafios e conquistas

Um dos maiores obstáculos, de acordo com Steven, foi lidar com a burocracia. “Algum dia ainda vou escrever um livro sobre fazer negócios no Brasil. É muito diferente dos Estados Unidos: muito mais burocracia, com leis que não apoiam os empreendedores. Fora isso, acredito que um dos maiores desafios foi ter criado a escola não como empresário ou administrador, mas como cineasta e educador. Tive muito a aprender. E o que aprendi, rapidamente, foi que precisava contratar pessoas que soubessem mais do que eu, cada um em suas áreas específicas”.

Vencedores Filmworks Film Festival 2018 São Paulo
2018: Vencedores da nona edição do Filmworks Film Festival de São Paulo – festival exclusivo da escola.

Para Flávia, enfrentar uma grande dose de riscos é um processo natural de quem busca empreender. No entanto, tudo se torna ainda mais complicado quando se trata de cultura e educação, áreas normalmente atreladas a flutuações políticas: “Mesmo que a AIC opere de forma independente, ela faz parte de um mercado audiovisual fundamentado num projeto amplo que tem alicerces nas políticas públicas”.

Ela acredita que um dos momentos mais desafiadores da história da AIC talvez seja o atual. “Temos uma indústria sólida e muito produtiva que enfrenta incertezas no campo político. Como todo mercado, confiança do consumidor, do produtor, do distribuidor, do investidor no setor é fundamental para gerar negócios e fazer a roda girar. Mas a crise não está circunscrita ao setor audiovisual, ou das artes. Ela é muito mais ampla, e afeta também o setor da educação. As pessoas não têm fôlego para investir no seu próprio futuro.”

Dito isso, se tem um setor que tem grandes chances de escapar à crise, é o audiovisual: “hoje a cultura do entretenimento é praticamente indissociável do dia-a-dia das pessoas, e o mercado só faz expandir”. Para ela, os governos precisam agir de forma responsável, implementando suas agendas de forma gradual e sustentável. “Não dá para pensar num país, qualquer que seja, que não invista recursos públicos em cultura e educação. Os governos têm a responsabilidade de fomentar a base, para que daí surja uma indústria forte, com mão de obra qualificada, que gere negócios e retorno para o país. A indústria cultural é viável e muito lucrativa — basta ver dados econômicos nacionais e internacionais”.

2012: José Wilker na AIC, na primeira edição da Semana de Cinema e Mercado, evento que abre o segundo semestre letivo.

Ainda que as dificuldades existam, Steven acredita que uma das maiores conquistas da escola foi ter agregado tantos talentos da área audiovisual. “Nosso sucesso vem de todos os grandes cineastas que saíram da escola e de todos os relacionamentos construídos entre as pessoas. Meu segundo longa passou na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, alguns anos atrás, e em todas as festas encontrava ex-alunos do FilmWorks ou dos cursos de Roteiro e de Produção Executiva. Muitos deles hoje estão abrindo produtoras ou distribuidoras, escrevendo e dirigindo longas. Isso é muito recompensador para mim”.

Hoje é evidente o reconhecimento que a AIC tem no meio audiovisual e o fato de funcionar como uma comunidade que reúne profissionais, estudantes e amantes do audiovisual em torno de suas atividades, em São Paulo e no Rio de Janeiro, com ramificações por todo o país e até pelo mundo. “É muito bom ver a escola tomando corpo e contribuindo ativamente como player do mercado. Hoje, encontramos pessoas que passaram pela AIC em praticamente toda a cadeia produtiva do audiovisual”, diz Flávia. “Ainda mais gratificante é saber que a escola instiga corações e mentes, expressividade e criatividade, tanto na esfera individual como coletiva. A arte é transformadora. É maravilhoso saber que a AIC abre um espaço para tantas vozes”.

Aprendizado “hands on

Permitir que os alunos coloquem a “mão na massa” é um dos maiores diferenciais dos cursos na AIC. “Somos uma escola baseada em projetos e na prática e estamos sempre aprimorando nossas metodologias. Pessoalmente, faço o possível para contratar profissionais competentes, sei que nossos coordenadores fazem o mesmo e espero o melhor tanto deles quanto de nossos alunos”, diz Steven. A AIC também é uma comunidade que constrói relações duradouras com seu público. “Temos muitos eventos gratuitos, em São Paulo e no Rio de Janeiro, porque acreditamos que é importante as pessoas nos verem como uma ‘casa do cinema’.”

2015: A AIC inaugura sua unidade do Rio de Janeiro, num casarão histórico em Botafogo restaurado para abrigar a escola. A Semana de Orientação realiza-se no Rio e em São Paulo, com a diretora de arte alemã Brigitte Broch, a atriz argentina Inês Efron, a diretora Lucia Murat, o crítico André Miranda e a criadora de animação Rosana Urbes.

A presença de profissionais do mercado audiovisual brasileiro e também da indústria cinematográfica internacional é outro destaque da instituição. “Tantas pessoas passaram pelas nossas portas, para dar aulas ou palestras… Na verdade, há poucos cineastas brasileiros que não tenham estado na AIC, de uma forma ou de outra”, diz Steven. Entre esses profissionais estão nomes como o de Lucrecia Martel, Robert McKee, Joshua Leonard, Sebastian Silva, Ana Muylaert, Lina Chamie, Daniel Rezende, Tata Amaral, Karim Aïnouz, Eduardo Coutinho e Wagner Moura.

“Somos genuinamente o que somos: uma escola e uma comunidade que cria e produz dia e noite. Respiramos audiovisual. A AIC faz parte do mercado — os professores são profissionais atuantes, os currículos foram desenvolvidos cuidadosamente seguindo nossa metodologia prática, com teoria aplicada, em parceria com os especialistas de cada área do audiovisual”, ressalta Flávia. Exemplo disso é que, em um só curso, os alunos têm a oportunidade de aprender com mais de um profissional, em suas áreas específicas. “Os currículos seguem uma jornada que é muito própria do nosso método, além das muitas oportunidades de estágio, networking, palestras, festivais e eventos extras que a escola oferece. Temos um know-how e uma comunidade construída ao longo de 15 anos, e isso nenhuma outra escola tem”.

Expandindo os horizontes

Os 15 anos da AIC marcam também a expansão da escola para outros países. “Nós acabamos de abrir uma escola nos Estados Unidos, chamada IAFA (International Academy of Film & Arts), que oferece cursos online com cineastas e artistas aclamados do mundo inteiro. Não importa onde o aluno more. É uma experiência única, porque você não precisa necessariamente estudar em uma universidade local, pode aprender pela internet com profissionais extraordinários, que normalmente nunca encontraria se não morasse em Nova York ou Los Angeles”, explica Steven.

“A AIC não traz a palavra ‘Internacional’ em seu nome gratuitamente”, acrescenta Flávia. “Desde a abertura, já trouxemos professores vindos de culturas diferentes, dando uma visão internacional ao projeto da escola. A AIC foi inaugurada com dois americanos, um polonês, um alemão, uma italiana e um canadense em seu quadro de professores. Todos os anos, trazemos cineastas internacionais para aulas e palestras. Recebemos norte-americanos, britânicos, franceses, israelenses, russos…”. Além disso, ao longo de sua existência, a escola se aproximou de maneira significativa do cinema latinoamericano – em especial, Argentina e Chile, mas também Colômbia, Peru, Uruguai e México.

Por meio das atividades em parceria com a IAFA, escola irmã da Academia Internacional de Cinema e idealizada pelos fundadores da AIC, a ideia é permitir ao público brasileiro, latino e norte-americano, a oportunidade de estudar online em aulas ao vivo — com contato direto, em turmas pequenas — com cineastas e artistas de diversas partes do mundo. Os profissionais convidados são criadores de alguns dos filmes e obras que atualmente se destacam em seus meios de difusão: no mercado, em festivais, em galerias, editoras, etc. A IAFA terá ainda um calendário de eventos e workshops presenciais em algumas cidades, que poderão ser assistidos via streaming.

Curiosidades da AIC

“Tenho uma história curiosa, sobre como encontramos o prédio da AIC em São Paulo, na Rua Gabriel dos Santos. Nós estávamos planejando a mudança de Curitiba e procurando por um lugar adequado, mas sem sucesso. Então, um corretor nos levou à casa onde hoje há uma escola de inglês, na frente de onde estamos localizados atualmente. Eu estava cansado, porque havia falado em detalhes sobre o que precisávamos e o local não atendia às nossas necessidades. Lembro que era um dia muito quente, estávamos em um carro sem ar-condicionado e esse era o último lugar que iríamos visitar, depois de uma semana de busca. Eu atravessei a rua e apoiei minha cabeça no portão do prédio que hoje é a AIC, dizendo a mim mesmo: ‘Vou ter que voltar para Curitiba de mãos vazias’. Foi então que ergui a cabeça e vi o imóvel, perguntei ao corretor se estava disponível e se poderíamos ver. Ele nos mostrou o interior e era absolutamente perfeito. Depois, mostrou a parte dos fundos e havia um estúdio já construído. Lembro-me de entrar no estúdio, encostar minhas costas na parede e pensar que iria chorar de felicidade. Não sou uma pessoa religiosa, mas aquele espaço estava destinado a nós e acho que era nosso destino estar naquela cidade.”

Steven Richter

“Quando embarcamos no avião para Curitiba, em 2004, para ir fundar a AIC, adivinha quem sentou do meu lado? O crítico Rubens Ewald Filho (que, tristemente, faleceu há pouco tempo). Eu não resisti: virei para ele e me apresentei. Disse na ‘cara dura’ que eu estava me mudando de volta para o Brasil para fundar uma escola de cinema. Ele me olhou meio incrédulo, mas simpático. Me deu o seu cartão e disse para passar um e-mail com o endereço, que ele me enviaria uma coleção de livros para dar início à nossa biblioteca. Vi o encontro como um belo sinal dos deuses do cinema. Não tive coragem de escrever para ele imediatamente — mas, depois de um tempo, ele nos encontrou, já em São Paulo, e reforçou o interesse em nos doar os livros. Dessa vez, recebemos o generoso presente do crítico que tanto fez pelo cinema do nosso país, com toda a gratidão. Em 2016, ele foi palestrante na nossa Semana de Cinema e Mercado. Em 2017, apareceu de surpresa no Filmworks Film Festival, para apreciar os filmes dos alunos. E sempre esteve por perto.”

Flávia Rocha

*Texto e pesquisa Katia Kreutz. Fotos arquivo AIC.

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Alunos da AIC atuam em série Colônia

A realidade do tratamento de doentes mentais no Brasil sempre foi problemática, mas alguns períodos históricos não podem ser esquecidos por conta de imperdoáveis atrocidades cometidas contra os direitos humanos. Baseada em uma dolorosa história real, a série Colônia, dirigida por André Ristum,  busca justamente retratar um desses períodos, no qual milhares de pacientes foram internados à força e em alguns casos até mesmo exterminados, dentro de um dos maiores hospícios brasileiros. Os internos, muitos sem qualquer diagnóstico de doença mental, sofreram abusos, maus tratos, violência, tortura e encarceramento indevido.

De acordo com a cineasta Alessandra Tosi, professora do Curso de Atuação da AIC, que realiza a produção de elenco da série, os episódios estão sendo gravados desde o início de junho em diversas cidades do estado de São Paulo e devem ser veiculados pelo Canal Brasil, embora ainda não tenham data de estreia prevista. O diferencial desse trabalho está no fato de que alunos da AIC foram selecionados para participar da série na própria escola, em um processo que os colocou em contato com um ambiente profissional de casting.

“Ao começar essa produção, naturalmente percebi a delicadeza que esse elenco precisava na composição dos personagens”, conta Alessandra. “É uma série que se passa nos anos 1970, em Minas Gerais, e pensei imediatamente na possibilidade de estabelecer uma parceria do projeto com a escola, podendo contar com os alunos nesse elenco geral”. Segundo a professora, a composição dos personagens foi um elemento muito importante, nesse caso, porque a história se passa dentro de um hospital psiquiátrico e a interpretação não poderia ser exagerada.

Alessandra acrescenta que, para um ator em início de carreira, entrar pela primeira vez em um grande set de filmagem pode ser assustador, por isso é importante que os alunos tenham essa experiência além do ambiente escolar, aprendendo a se portarem como profissionais. “Acredito que irá acrescentar positivamente para as duas partes”, comenta a professora, responsável por propor essa parceria à coordenação do curso. A participação dos alunos foi convocada, contando com um espaço onde foram realizados os testes para seleção de todos os personagens; assim como uma sala de ensaio para os atores já selecionados, em fase de preparação.

Conforme explica Alessandra, todo o processo foi um grande exercício para os alunos. “Foi bem interessante e muito agradável. Acho que gerou um movimento de reconhecimento desse curso, que é tão importante e único. A estrutura da AIC é muito positiva, oferecendo conforto e logística. É sempre bom estar em um local que respira e pensa sobre o cinema”.

Até o momento, os alunos do Curso de Atuação para Cinema e TV selecionados para a série Colônia foram Camila Maria, Bruno Hoffmann Emiliano Favacho, Guilherme Dourado, Barbara Barroso, Silvio Junior e Mauricéia Rocha. A professora e coordenadora do curso, Vanessa Prieto, também fará parte da série. Além disso, a Relíquia Casting está chamando elenco de apoio para Colônia. O e-mail dessa seleção já foi divulgado para os alunos.

Alessandra ressalta o trabalho minucioso, delicado e emocional, realizado durante a preparação de elenco na AIC, para a construção dos personagens. “Eles sofreram internados nesse hospital e, em sua maioria, eram pessoas normais, encaminhadas para lá por diversas razões. É isso que a série discute: como nasce essa loucura em pessoas que, antes de estarem nesse local, tinham uma vida normal”, explica. “Precisávamos de um espaço que nos permitisse ter essa tranquilidade e esse cuidado com a preservação dos atores”.

Ficha técnica – Colônia

Duração: 10 episódios de 25 minutos
Gênero: Drama e Suspense
Formato: Digital 2K – Preto e Branco
Direção Geral: André Ristum
Direção Episódios: André Ristum e Marco Dutra
Produtores: André Ristum e Rodrigo Castellar
Roteiristas: André Ristum
Uma produção Sombumbo e TC Filmes

*Texto Katia Kreutz e fotos Marina de Almeida Prado

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Alunos do curso de produção atuam na área de casting em produtora

Trabalhar com produção de casting talvez seja algo que não desperte tanto o interesse de quem sonha em ingressar no mercado audiovisual. No entanto, uma boa escolha de atores pode ser o diferencial para o sucesso de um filme ou série. Por isso, o curso de produção da Academia Internacional de Cinema (AIC) oferece aulas específicas nessa área, para que os alunos aprendam a realizar o recrutamento de atores e os testes de elenco necessários para uma eficiente seleção de casting.

O diretor de elenco Diogo Ferreira, professor de produção de casting na AIC, explica que o intuito é formar novos profissionais que possam realmente atuar na área. “Ao final das aulas, sempre deixo meu contato e digo para aqueles que tiverem interesse que enviem um currículo e que aguardem uma oportunidade”, conta ele, que já trabalhou na Mixer Filmes e hoje atua como freelancer.

De acordo com Diogo, o primeiro aluno da AIC a conquistar uma dessas vagas no mercado profissional foi Gustavo Zampoli. “Ele começou a fazer freelas pela +ADD Casting, nos testes de elenco e sets de filmagem, até surgir a oportunidade de eu voltar à Mixer e convidá-lo para fazer parte da minha equipe”, conta o professor.

Gustavo considera a experiência na Mixer como um divisor de águas para sua carreira profissional. “Antes da AIC, eu trabalhava em uma produtora pequena. Fui atrás do curso justamente para aprimorar meus conhecimentos na área do audiovisual”, comenta o ex-aluno, que ingressou na área de produção de casting com alguns freelas em comerciais. “Por fim, o Diogo me convidou para trabalhar com ele na produtora. Eu nunca tinha feito uma série na minha vida e, no ano passado, acabei participando de duas (Escola de Gênios e Rio Heroes)”.

Segundo Gustavo, aprender todos os processos, tanto da produtora quanto em cada projeto, foi extremamente enriquecedor. “No mês que vem, finalizo esse ciclo com a Mixer e retorno a trabalhar como freelancer. Quando olho para esse período de um ano e meio de experiência, fica nítido que o Gustavo que entrou na produtora saiu muito mais maduro e preparado para o mercado”, declara.

Outra aluna do curso de produção a dar os primeiros passos nessa profissão, partindo da mesma turma de Gustavo, foi Cidy Campos, que prestou serviços como freelancer. Diogo conta que, em 2018, quando surgiu uma possibilidade de trabalho em uma das séries que a Mixer produzia, mais uma profissional formada pela AIC foi chamada para cuidar do elenco. “Dei uma chance para a Bruna Cela, que desde antes do curso me escrevera revelando uma vontade muito grande de trabalhar com casting”, explica o professor.

Para Bruna, a área de casting sempre foi um objetivo, não apenas uma porta de entrada no mercado audiovisual. “Sou formada em Publicidade e há muito tempo tentava uma oportunidade na área, mas sem experiência ficava muito mais difícil. Fui fazer o curso de produção da AIC exatamente por conta da aula de casting do Diogo”, relata.

A ex-aluna conta que, no dia da tão esperada aula de casting, falou várias vezes para o professor sobre o quanto queria trabalhar com isso e relatou suas experiências. “Chegando em casa, mandei um e-mail com meu currículo. Demorou pouco tempo para que ele me chamasse para trabalhar nesse projeto da Mixer”. Ingressando na produtora, foi o colega de AIC Gustavo quem explicou para Bruna o funcionamento das atividades. “Hoje, trabalhamos juntos e formamos uma ótima equipe!”

Já o professor Diogo Ferreira atua há mais de 20 anos no mercado audiovisual. Iniciou sua profissionalização na área de casting no final dos anos 1990, em uma agência de atores. Passou então a fazer assistência e pesquisa de casting no teatro e em escolas de interpretação. Em 2005, foi contratado pela Mixer, onde chegou aos cargos de produtor e coordenador de casting. Em 2010, montou sua própria empresa, a +ADD Casting, atuando em publicidade, séries de TV, longas e curtas-metragens. Seus trabalhos de maior relevância foram a série 3%, da Netflix, e o longa-metragem Jogo das Decapitações, do diretor Sérgio Bianchi. Os mais recentes foram as séries A Garota da Moto, do SBT; Rio Heroes, da Fox Premium; e Escola de Gênios, do canal Gloob.

“Geralmente surgem oportunidades para trabalhar como assistente de casting, em testes de elenco ou sets de filmagem. Mas o profissional que ingressa no mercado precisa aprender na prática, pois não existe uma formação específica na área”, afirma Diogo, apontando que o diferencial do curso de produção da AIC é justamente esse contato com outros profissionais, mais experientes.

Para o diretor de elenco, demonstrar interesse e estabelecer bons relacionamentos são habilidades que ajudam os iniciantes a se destacarem no mercado. É preciso também conhecer atores de teatro e de cinema, estabelecendo vínculos. Mas o professor ressalta sobretudo a necessidade do aprendizado, para quem considera trabalhar com produção de casting. “Embora a minha formação não inclua uma graduação em cinema, acredito que seja muito importante estudar para ter mais facilidade de entender a linguagem e a estrutura de uma produção”.

*Texto Katia Kreutz

*Foto de Murilo Rosa, protagonista da Série Rio Heroes, da fox. 

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