cinefantasy

Ex-Aluna AIC estrela filme no Cinefantasy

A ex-aluna do curso de Interpretação para Cinema e TV, Leticia Rudra, compõe o elenco do filme Sob Concreto, dirigido por Gabriel Machado de Araújo, que será exibido na 15ª edição do Cinefantasy na próxima terça-feira, 5 de dezembro, às 20h, no Cine Bijou.

Sob Concreto é uma obra que mergulha em uma Brasília fictícia do século XX, explorando uma linha do tempo alternativa em que o golpe de 64 não ocorreu como na história conhecida. O enredo se desenrola em torno do engenheiro Heitor que, ao entrar na vida política, vê-se confrontado com a ameaça militar. Entretanto, seu passado na construção de Brasília ressurge para assombrá-lo.

Em entrevista, Leticia compartilhou sua experiência na AIC e o impacto dos aprendizados neste trabalho: “Foi um curso que me fez evoluir como atriz de diversas maneiras. Aprendi mais sobre o mercado, entendi melhor meu papel como atriz e intérprete, e conheci pessoas incríveis que levarei para a vida toda. Agora, estou em um festival de cinema. A AIC abriu portas para mim, e espero que abra para outros atores incríveis. Ver os colegas crescendo junto a mim mostra o quanto todos nós somos capazes de sonhar!”

Cinefantasy 

Neste ano o Cinefantasy, festival pioneiro do Cinema Fantástico no Brasil, apresenta uma seleção de 110 filmes de 20 países, celebrando a diversidade e a inovação no gênero fantástico. O evento acontece de 2 a 9 de dezembro, em um formato híbrido, no MIS — Museu da Imagem e do Som, no Cine Satyros Bijou, e online através da plataforma SPCine Play, com entrada gratuita.

A 15ª edição do Cinefantasy homenageia o produtor Rodrigo Teixeira, da RT Features, um dos maiores nomes do cinema brasileiro. Mantendo sua tradição de ser um espaço inclusivo, o Cinefantasy continua com suas mostras afirmativas, como Mulheres Fantásticas, Fantastic Black Power, Fantástica Diversidade e muito mais.

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Professora Ale Tosi é Diretora de Elenco no filme Pedágio

Professora do curso Técnico em Atuação para Cinema e TV, Ale Tosi, é Diretora de Elenco no filme Pedágio, com direção de Carol Markowicz, que estreou nos cinemas e foi anunciado pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais como um dos filmes elegíveis para representar o Brasil no Oscar 2024.

Produzido pela Bionica Filmes, Globo Filmes, Paramount Brasil e O Som e a Fúria Filmes, o longa teve sua estreia mundial no Toronto International Film Festival em setembro, sendo o único longa brasileiro de ficção a participar do evento.

A história acompanha Suellen (Maeve Jinking), uma cobradora de pedágio que percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. Seu objetivo é financiar a ida de seu filho à cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro.

Ale Tosi possui parcerias significativas com a Netflix, Gullane Entretenimento, Globoplay, tendo trabalhado na produção de elenco de obras como “Como Nossos Pais”, “Rotas do Ódio”, “O Pai Ó”, “Sintonia”, “Rensga Hits” e muito mais! Com sua expertise, ela ministra aulas sobre como os alunos podem preparar seu material e se apresentar ao mercado de trabalho.

Protagonista – Maeve Jinkings

Marve Jinkings, atriz que dá vida à Suellen, esteve na AIC no programa “A Caixa Preta” do canal AICinematic no Youtube, no qual falou sobre carreira, o ofício de atuar e a preparação para seu novo papel, DNA do Crime da Netflix. Você pode assistir a entrevista clicando aqui.

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aula de arco de personagem - roteiro

Inscrições abertas para concurso de roteiro de curta-metragem

Em uma iniciativa que busca fomentar a criatividade e o talento de roteiristas em ascensão, o Curto Criativo anuncia a abertura de inscrições para seu concurso de roteiros de curta-metragem. A competição promete destacar e premiar os melhores trabalhos em oito categorias distintas.

Os participantes terão a oportunidade de submeter seus roteiros para concorrer a prêmios que incluem consultorias exclusivas com roteiristas e um prêmio em dinheiro de R$ 1.000. A iniciativa busca não apenas reconhecer o talento emergente, mas também oferecer oportunidades concretas para o desenvolvimento profissional dos roteiristas.

Para participar, é preciso enviar o seu roteiro e pagar a taxa de inscrição através do site oficial do Curto Criativo e aguardar o anúncio dos vencedores em uma cerimônia presencial que acontecerá no Museu da Imagem e do Som (MIS-SP). A cerimônia, além de premiar os destaques, será uma oportunidade para os participantes interagirem com profissionais experientes da indústria cinematográfica.

 

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Cursos de Férias

Conheça os cursos de férias da Academia Internacional de Cinema

Cada um dos cursos de férias da AIC reflete aquele que consideramos o pressuposto mais importante do fazer artístico: a excelência na qualidade técnica do trabalho, que só pode ser conseguida aliando teoria e prática na formação dos profissionais do audiovisual.

Por meio desse pressuposto, tentamos privilegiar áreas e técnicas do fazer cinematográfico que consideramos fundamentais para nossos alunos. Tomadas em conjunto, essas áreas englobam a espinha dorsal do fazer Cinema — ao menos no que diz respeito à parte técnica.

Veja, abaixo, quais vão ser os cursos de férias da Academia Internacional de Cinema (AIC) em 2024, o que vai ser abordado em cada um deles, datas de início e muito mais.

1. Cinema

Maior e mais tradicional modalidade oferecida pela AIC durante as férias, o Curso Intensivo de Cinema é uma ótima porta de entrada para apreciadores e curiosos que gostariam de conhecer a profissão dos cineastas mais de perto.

Essa é a opção com a maior carga horária entre os cursos de férias, uma vez que realiza um panorama completo do fazer cinematográfico profissional.

Assim, o estudante tem contato com cada uma das etapas envolvidas na produção de um filme, seja ele um documentário ou obra ficcional de longa, média ou curta-metragem:

  • Direção;
  • Direção de Arte;
  • Roteiro;
  • Fotografia;
  • Linguagem de Edição;
  • Produção;
  • Som.

Ao fim desse curto e intenso período de aprendizado, os alunos terão produzido um curta-metragem ficcional, cujo processo é acompanhado de perto pelos experientes profissionais que compõem a equipe discente da Academia. O curso começa no dia 08 de janeiro de 2024.

2. Direção de Fotografia

A relação entre fotografia e roteiro envolve muita sensibilidade e criatividade, mas, principalmente, uma boa dose de técnica por parte do profissional responsável. É por meio da Direção de Fotografia que um filme ganha vida a partir de um roteiro sugestivo.

Alguns elementos servem como base para essa transmutação das palavras em imagens, e constituem as habilidades técnicas esperadas de um diretor de arte, que deve ajudar a desenvolver:

  • o enquadramento;
  • a iluminação;
  • a exposição, o movimento e a cor;
  • o estudo da luz na pintura e sua aplicação no cinema.

O curso Intensivo Direção de Fotografia começa no dia 08 de janeiro de 2024.

3. Roteiro

Pense nos filmes que você mais gosta. Embora eles provavelmente sejam impecáveis do ponto de vista visual, provavelmente foi a história que os tornou inesquecíveis para você. E contar histórias, no cinema ou em qualquer mídia, envolve muita técnica.

No nosso Curso de Roteiro, você vai aprender todos os elementos que compõem as estruturas narrativas com seus personagens, sua caracterização, seus diálogos e os conflitos que enfrentam e que movem a história.

São elementos utilizados no enredo não apenas dos maiores longas de todos os tempos, mas também em clássicos da Literatura, desenhos animados, programas de TV e até no storytelling da publicidade.

Ao fim do curso, os alunos terão desenvolvido o roteiro completo de um curta-metragem. O Curso Intensivo de Roteiro tem início no dia 15 de janeiro de 2025.

4. Edição

Área antes relegada a segundo plano, a edição ganhou relevo no Cinema moderno, principalmente depois que diretores famosos como Quentin Tarantino (Pulp Fiction) e Christopher Nolan (Memento) começaram a fragmentar o roteiro ao editar seus filmes.

A edição é uma poderosa ferramenta para determinar o ritmo e a linguagem de uma obra. Saber editar, assim como saber contar uma boa história, é o que garante a atenção dos espectadores por longos períodos.

O curso Intensivo de Edição tem início no dia 09 de janeiro e nele, são abordadas técnicas de edição e o uso do Adobe Premiere Pro, hoje o mais importante software de edição de vídeo.

O aprendizado se dá por meio de vários exercícios práticos, que contemplam todas as funções de um editor e simulam as diversas situações e dificuldades enfrentadas por ele ao montar um filme.

5. Direção de Arte

O talento e a dedicação do diretor de arte fazem desse profissional um dos que mais recebe destaque em determinadas produções audiovisuais.

E não é para menos: a Direção de Arte exige pesquisa aprofundada — em muitos casos, de inestimável valor histórico, como nos filmes de época — método rígido de trabalho e adequação a prazos e orçamentos.

Ele é o encarregado de realizar desenhos técnicos que orientam figurinistas, cenógrafos, decoradores, produtores de objetos cenográficos e técnicos de efeitos especiais. Ou seja, é ele quem garante a unidade estética de um filme.

Isso não é pouca coisa, já que exige do Diretor de Arte uma pesquisa cuidadosa dos aspectos teóricos da sua produção, ao mesmo tempo em que demanda muita habilidade prática orientando equipes multidisciplinares durante as gravações.

O Curso Intensivo de Direção de Arte não requer experiência prévia com Cinema. Os alunos também podem participar de atividades extracurriculares, promovidas em conjunto com o Curso de Fotografia. As aulas começam no dia 08 de janeiro.

6. Interpretação para Cinema e TV

A atuação em Cinema e TV é muito diferente daquela que os atores de teatro praticam. Assim, nada mais justo que haver uma formação específica para os intérpretes de obras audiovisuais, que englobam peças publicitárias, TV e Cinema. Ao longo desse curso, você vai aprender:

  • técnicas de estudo de roteiro e diálogos;
  • direcionamento e otimização de ensaios;
  • técnicas para facilitar as filmagens das cenas;
  • fragmentação da atuação nas rotinas de gravações;
  • a relação do ator com a luz, cenografia, os objetos e microfones; entre outros.

Sob a coordenação dos professores, são organizados ensaios e trabalhos em grupo. Nessas atividades, os alunos são submetidos a rotinas que se aproximam dos desafios e direcionamentos cinematográficos do ator.

O Intensivo de Interpretação para Cinema e TV começa no dia 13 de janeiro de 2024. 

7. Apresentador Multiplataforma

Se o seu sonho sempre foi comandar seu próprio programa diante das câmeras, então o Curso Apresentadores Multiplataformas da AIC é perfeito para você!

Comunicadores, artistas, estudantes e apaixonados por câmeras, preparem-se para embarcar em uma jornada prática e imersiva que vai transformar suas habilidades de apresentação.

Esqueça a simples ideia de falar bem ou parecer confiante diante das telas. Neste curso, você vai aprender os segredos que transformam apresentadores em figuras memoráveis. Seja para entrevistas, entradas ao vivo ou reportagens, aqui vamos aprimorar suas habilidades e descobrir a sua identidade enquanto apresentador!

Ministrado por profissionais atuantes e experientes no mercado, você vai aperfeiçoar sua voz, aprender sobre técnicas corporais, o uso do teleprompter, como lidar com imprevistos, estruturar uma entrevista e, claro, explorar o seu lado mais criativo. Ao final, você terá um projeto incrível para adicionar ao seu portfólio de apresentação.

O Intensivo de Apresentador Multiplataformas começa no dia 15 de janeiro de 2024.

8. Música e Produção de Beat

Você sabia que os maiores hits musicais da atualidade têm suas raízes nos beats produzidos por beatmakers? Artistas renomados como Justin Bieber, Filipe Ret, Matuê, Anitta, Racionais Mc’s, entre outros, entoam suas canções em instrumentais criados no universo digital!

Se você sonha em se tornar um beatmaker, participe da nova turma do curso Música e Produção de Beats – Intensivo de Férias.

Neste curso, você constrói uma base sólida que impulsionará seu processo de criação como produtor musical, levando em conta os princípios técnicos do som e ampliando seu repertório musical. Desde os fundamentos da produção, gravação, edição e mixagem até a distribuição, cada aspecto é abordado para aprimorar suas habilidades como beatmaker.

Você aaprende sobre os equipamentos essenciais para iniciar suas próprias produções, compreende as estruturas musicais nos softwares de produção e  a utilizar eficazmente os recursos disponíveis. Além disso, você também aprende sobre:

  • Propriedades do som
  • Fórmulas de compasso
  • Ditado rítmico
  • Percussão corporal
  • Formação de acordes
  • Conceitos de produção musical
  • Som analógico e digital
  • E muito mais!

As aulas começam no dia 08 de janeiro. Não é necessário ter conhecimento prévio em música ou produção musical, pois o curso é estruturado tanto para iniciantes, proporcionando uma introdução do zero, quanto músicos, artistas e produtores interessados em aprofundar seus conhecimentos na linguagem da música, produção musical e pós-produção de som.

 

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O estilo de direção de Darren Aronofsky

O estilo de direção de Darren Aronofsky
“É uma linha muito difícil, como cineasta, saber quando é demais. E geralmente estou no lado errado dessa linha.” Darren Aronofsky. Foto: Niko Tavernise

Darren Aronofsky, conhecido por suas narrativas incômodas, explora a complexidade humana em seus filmes, como evidenciado em seu último sucesso: “A Baleia”. Fiel à sua estética, o diretor conduz o espectador por um espaço claustrofóbico, explorando o cotidiano de Charlie, seu protagonista, para revelar as limitações e tristezas da obesidade mórbida.

A atuação marcante de Brendan Fraser, lhe rendeu um Oscar. Mesmo soterrado sob próteses, ele humaniza o personagem, enquanto a trama busca redenção e conexão familiar.

Conhecido por seus filmes surreais, melodramáticos e muitas vezes perturbadores, o diretor e roteirista Darren Aronofsky descobriu seu lado artístico ainda muito jovem, em Nova York: na infância, era fã dos filmes clássicos; na adolescência, fez experimentações com grafite. No entanto, ao contrário de outros cineastas de sua geração, que aprenderam o ofício na prática (como, por exemplo, Quentin Tarantino e Christopher Nolan), Aronofsky acabou se formando em cinema na conceituada Universidade de Harvard.

O início da Carreira

Depois de ganhar alguns prêmios com seus filmes estudantis, o cineasta dirigiu daquele que seria seu primeiro longa-metragem, o enigmático “Pi” (1998), coescrito e estrelado por seu colega de universidade Sean Gullette.

Com um orçamento extremamente reduzido e fotografia em preto e branco, Aronofsky criou um interessante exercício de estilo em uma história de suspense sobre um matemático paranoico, que lhe rendeu críticas positivas e reconhecimento no Festival de Sundance e no Independent Spirit Award – importante premiação norte-americana para produções independentes.


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A parceria com Clint Mansell

“Pi” marcou também o início da parceria do cineasta com o compositor Clint Mansell, que continuou trabalhando com Aronofsky por várias décadas, criando as trilhas de seus filmes. “A música dele em “Réquiem para um Sonho” (2000) é uma das grandes composições para cinema, provavelmente dos últimos 30 anos. Ela consegue trazer melodia, prazer da escuta, ao mesmo tempo em que serve o filme, nesse caso um suspense com horror num libelo antidrogas. É difícil executar bem as duas funções: encantar e denunciar como música dentro de um filme”, afirma Leandro Afonso, professor da Academia Internacional de Cinema (AIC), pesquisador e diretor de cinema.

Embora Aronofsky tenha sentido a pressão de fazer filmes grandiosos depois do sucesso de seu primeiro longa, “Réquiem para um Sonho” (cujo roteiro se baseou no livro de Hubert Selby Jr.) teve uma boa recepção, a ponto de alavancar sua carreira de cineasta independente a uma grande promessa do cinema norte-americano. O impactante longa foi considerado controverso, pelas cenas gráficas de sexo e por retratar de maneira crua o uso de drogas, mas garantiu a Ellen Burstyn uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz.

O estilo de direção de Darren Aronofsky2
Requiem para um sonho-com Jared Leto e Jennifer Connelly

Essa projeção resultou no filme seguinte de Aronofsky: “Fonte da Vida” (2006), um ambicioso longa-metragem de fantasia, com nomes de peso no elenco, como Hugh Jackman e Rachel Weisz. “Para mim, assistir a um filme é como ir a um parque de diversões. Meu pior medo é fazer um filme que as pessoas não considerem um ‘bom passeio’”, chegou a afirmar o diretor, cujos temores se concretizaram: além de “Fonte da Vida” ser um fracasso de bilheterias, o filme não conquistou muito os críticos.

O retorno do diretor visceral

A volta por cima de Darren Aronofsky aconteceu com “O Lutador” (2008), uma obra simples e focada no trabalho dos atores. O filme recebeu dois Globos de Ouro e foi indicado a dois Oscars – Melhor Ator e Melhor Atriz Coadjuvante. “Para mim, “O Lutador” é o filme em que Aronofsky mais se entrega, sem firulas e tremeliques, ao tamanho da atuação, à força das dores e amores de um anti-herói anacrônico, que é o personagem de Mickey Rourke. Vi duas vezes em dois dias, depois revi, e ele segue sendo um grande filme para mim”, comenta Leandro Afonso, que exalta ainda as situações triviais, mas ao mesmo tempo duras e dramáticas, do longa.

Darren Aronofsky
O Lutador (2008), com Mickey Rourke, recebeu dois Globos de Ouro e foi indicado a dois Oscars – Melhor Ator e Melhor Atriz Coadjuvante.

O sucesso de público e crítica acompanhou Aronofsky em seu longa seguinte: o suspense psicológico “Cisne Negro” (2010). Para interpretar a bailarina obsessiva que protagoniza a história, Natalie Portman se submeteu a uma dura rotina de prática de balé durante um ano e dispensou as dublês em boa parte das cenas de dança. Ela recebeu o Oscar de Melhor Atriz por esse papel, assim como o Globo de Ouro. Darren Aronofsky também foi indicado ao Oscar por seu trabalho no filme, mas acabou perdendo para Tom Hooper (de “O Discurso do Rei”).

As superproduções polêmicas

Os prêmios recebidos por “Cisne Negro” foram o aval que Darren Aronofsky precisava para realizar outro projeto arriscado, com um orçamento multimilionário: o drama bíblico “Noé” (2014), com Russell Crowe no papel principal. “Eu tento viver minha vida de modo a não ter arrependimentos. Assim, procuro escolher o caminho pelo qual tenho mais paixão, porque desse modo você nunca pode realmente se culpar por ter feito as escolhas erradas. Você sempre pode dizer que estava seguindo sua paixão”, disse o cineasta. Embora tenha faturado milhões nas bilheterias do mundo inteiro, o longa foi banido em alguns países (como os Emirados Árabes, Qatar e Indonésia), devido a questões religiosas.

Darren Aronofsky Cisne Negro
Darren e Natalie Portman nas gravações de Cisne Negro. Para interpretar a bailarina obsessiva que protagoniza a história, a atriz se submeteu a uma dura rotina de prática de balé durante um ano. Ela recebeu o Oscar de Melhor Atriz por esse papel, assim como o Globo de Ouro Crédito: Fox Searchlight

Mãe!” (2017) também dividiu a crítica e o público. Protagonizado por Jennifer Lawrence, trata-se de outro terror psicológico com referências bíblicas e toques de surrealismo, incluindo cenas chocantes de extrema violência. A história acompanha a vida de um casal em um espaço de tempo indeterminado: ela, preocupada em reformar a casa; ele, um escritor sofrendo de bloqueio criativo. Posteriormente, ao perceber a confusão do público sobre as metáforas do longa, o diretor explicou tratar-se de uma alegoria à “mãe Terra”.

O estilo de Darren Aronofsky

“Aronofsky não tem exatamente um estilo pré-definido, porque seus filmes são muito diferentes. Acho que muito do estilo dele vem do tamanho do orçamento, e por isso ele varia tanto – ou pelo menos é minha impressão sobre seus filmes”, afirma Leandro Afonso. No entanto, algumas características recorrentes podem ser apontadas nas obras do diretor:

  • Frequentemente usa uma técnica conhecida como montagem hip-hop, que consiste em uma sequência de imagens rápidas com efeitos sonoros, simulando uma ação.
  • Ao invés de dissolver para uma tela preta, Aronofky usa o fadepara o branco ao final dos filmes ou dos atos/seções.
  • O diretor costuma usar, na montagem, sons de objetos que não aparecem em quadro.
  • Além das trilhas sonoras sempre compostas por Clint Mansell, ele tende a preferir combinações de instrumentos de corda com batidas tecno.
  • Usa um recurso de câmera na qual o equipamento é colocado no corpo do próprio ator.
  • Outro recurso muito usado são os enquadramentos over-the-shoulder (sobre o ombro).
  • Os personagens retratados geralmente têm fortes obsessões que os levam à autodestruição. São pessoas com muitas falhas, mas capazes de conquistar a simpatia do público.
  • As cenas de violência em geral são chocantes.
  • As histórias apresentam tons surreais e seguem uma lógica de sonho.
  • Influências de Akira Kurosawa, Federico Fellini, Roman Polanski e Terry Gilliam podem ser encontradas nas obras de Aronofsky.

Fato concreto é que o cineasta não se preocupa muito com a reação do público ao seu trabalho, contanto que o espectador reaja de alguma forma. Sua intenção é fazer filmes memoráveis e sempre tentar criar coisas novas, mesmo que o resultado acabe causando estranheza ou escândalo. “Todo o meu trabalho vem de dentro. É passional. Filmar é tão duro, as pessoas estão constantemente dizendo ‘não’ para você. Eu não sei fazer de outra forma a não ser acreditando no material”, declarou Aronofsky, para quem ser mediano é a pior coisa que poderia lhe acontecer. Como artista, seu objetivo é trabalhar entre dois extremos: os aplausos ou as vaias.

*Texto e Pesquisa: Katia Kreutz. Edição e atualização Mônica Wojciechowski.

 

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