“Cine es la Mirada”, diz Pablo Giorgelli

A naturalidade e simplicidade das cenas de “Las Acacias” paracem habitar Pablo Giorgelli. Um cara comum, humano, daquele que, se

pablo giorgelli
Pablo Giorgelli, palestrante da terceira noite da Semana de Orientação 2014.

você encontrasse na rua, jamais saberia que fez um grande filme, ganhou dezenas de prêmios famosos e já esteve com todo o tipo de celebridade. Sem roupas diferentes, sem óculos, sem ego inflado. Sem nenhum estereótipo ou clichê que geralmente persegue os profissionais da área. Um argentino, como tantos outros. Casado, filha pequena, joga futebol aos domingos e é fã de Diego Maradona. Mas, quando Pablo Giorgelli começa a falar sobre sua arte ele encanta, magnetiza. Mostra a que veio. Mostra que tudo que faz, faz a perfeição.

Assim começou o terceiro dia da Semana de Orientação da Academia Internacional de Cinema (AIC). Primeiro a exibição de “Las Acacias”, vencedor do Câmera de Ouro em Cannes 2011, depois, uma verdadeira aula sobre cinema com tom de bate-papo informal.

Compartilhar Experiências

“Estou aqui para compartilhar a experiência da produção de ‘Las Acacias’. Mas digo que não há caminho certo. Cada um precisa encontrar o seu, o que lhe serve. Achava que seria um diretor novo, mas, ‘Las Acacias’ ficou pronto em 2011, eu tinha 44 anos. Antes disso, trabalhei em vários roteiros e, ainda bem, não filmei nenhum”, contou rindo. “Não estava pronto, não confiava em minha própria voz. Levei 20 anos para confiar e poder fazer meu filme. A coisa mais importante é confiar em si mesmo, em nosso próprio gosto, em nossas ideias, em nossa voz. Esta é a coisa mais valiosa que temos, a voz. Ninguém canta como nós. E quando alguém disser que você está cantando fora do tom, esqueça isso”.

Pablo Georgelli
Assinando o poster de Las Acacias, para compor a já famosa galeria da AIC.

Pablo contou que demorou dois anos para escrever o roteiro. Um para encontrar os atores. Ao todo, até o filme ficar pronto, foram cinco anos. “Escrevi o roteiro em meio a uma crise pessoal, um momento de solidão e angústia. Várias coisas aconteceram, quase simultaneamente, a doença de meu pai, a crise econômica na Argentina, me separei, enfim, uma bagunça. Em meio a tudo isso, as primeiras ideias nasceram. Acho que, de alguma forma, a história trata de solidão, paternidade, dificuldade em se comunicar com os outros e a dor de perder pessoas. Mas também fala da possibilidade de renascimento. De alguma forma, a viagem que Rubén faz também é uma viagem interior, uma jornada de transformação”, conta.

Making Of

Pablo também mostrou cenas do making of e contou sobre as filmagens dentro de um caminhão. “Filmar em movimento já é complicado. Fica ainda mais complicado quando o filme todo se passa dentro de um caminhão e temos uma equipe de 40 pessoas, parecíamos uma caravana de circo. Dependíamos das condições climáticas, ao mesmo tempo precisávamos filmar rápido pois tínhamos um bebê e bebês crescem muito rápido. A cabine era um espaço sagrado, e acho que isso era fundamental para alcançar o tom intimista que o filme passa, quase como se tivesse sido filmado com uma câmera escondida no interior da cabine do caminhão”.

Também contou curiosidades sobre a escolha do elenco e sobre estar em Cannes e ganhar o prêmio mais importante do Festival.

Pablo Giorgelli
“Acho que, de alguma forma, a história do filme trata de solidão, paternidade, dificuldade em se comunicar com os outros e a dor de perder pessoas”, conta Pablo.

La Mirada

Para finalizar, Pablo encorajou os alunos. Reforçou a importância de estar convencido da própria ideia e de fazer o filme que se quer fazer. Sem interferências. “Ouso dizer que todo mundo deve tentar encontrar o seu próprio caminho, não apenas no cinema, é claro. Mas, falando de filmes, acho que a primeira dica é descobrir o que você quer fazer. Fazer um filme dá trabalho, é um grande esforço físico, emocional e econômico. Então, antes de começar, você precisa ter certeza que quer entrar nessa loucura e claro, estar convencido da ideia”. Também falou dos festivais como um “passo sagrado” e fechou: “cine es sobretudo…. la mirada”.

*Fotos: Alessandra Haro

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documentários brasileiros, eduardo coutinho

Retrospectiva em Homenagem a Eduardo Coutinho

Julio Wainer mostrando e comentando trechos de "Santo Forte"
Julio Wainer mostrando e comentando trechos de “Santo Forte”

O segundo dia da 9ª Semana de Orientação da Academia Internacional de Cinema (AIC) foi uma retrospectiva em Homenagem a Eduardo Coutinho, morto no último dia 02. Considerado um dos mais importantes documentaristas do Brasil e da atualidade, Coutinho fazia um cinema humano, caracterizado por entrevistas e principalmente, pela capacidade de ouvir quem estava em frente à sua câmera.

Julio Wainer e Ilana Feldman foram os palestrantes da noite e tiveram a difícil missão de falar sobre o cineasta. Julio é Diretor Geral da TV PUC de São Paulo, professor e mestre na área de documentário. Ilana, além de coordenar o curso de Documentário da AIC, é pesquisadora, crítica, realizadora e defendeu sua tese de doutorado sobre o documentário contemporâneo brasileiro.

Julio começou mostrando trechos de “Santo Forte” (1999), filme que na época, inaugurou uma nova fase do documentário brasileiro, e faz um recorte sobre a religiosidade de uma favela carioca. “Ao invés de Coutinho mostrar o geral, o macro, ele mostra uma pequena parte. Para aprofundar, é preciso restringir”, comenta Julio que também destacou a postura investigativa de Coutinho, a forma respeitosa como ele entrevistava e ouvia cada personagem e como ele intervia e facilitava a narrativa. “O cinema dele é marcado por três pilares: o respeito, a escuta muito atenta e a metalinguagem”.

“Jogos de Cena, que em minha opinião é o ápice da obra de Coutinho, é seu filme solar, que ilumina todos os outros", comenta Ilana Feldman.
“Jogos de Cena, que em minha opinião é o ápice da obra de Coutinho, é seu filme solar, que ilumina todos os outros”, comenta Ilana Feldman.

Para Ilana, os três filmes, “Santo Forte”, “Edifício Master” (2002) e “Jogos de Cena” (2007) marcam momentos expressivos da carreira do documentarista. “O primeiro é o filme que abre o caminho para o documentário no cinema brasileiro, é um filme onde Coutinho valoriza a entrevista e a micro-história. Já o segundo, “Edifício Master”, a questão tema é estilhaçada, cada personagem fala de si, expressa sua subjetividade, o que importa são as experiências individuais. E por fim, “Jogos de Cena”, que em minha opinião é o ápice da obra de Coutinho, é seu filme solar, que ilumina todos os outros. O filme não tem questão norteadora, nem lastro social para compreensão dos personagens. Temos mulheres em um palco, o confinamento. É um filme sobre o cinema, sobre a própria linguagem, a impossibilidade de identificarmos o que é verdade e o que é mentira”, analisa Ilana.

Plateia concentrada e emocionada no estúdio da AIC.
Plateia concentrada e emocionada no estúdio da AIC.

Ilana ainda destacou a forma como Coutinho se reinventava em cada novo filme. “Apesar de usar algumas estruturas comuns ele jamais se repetia. Ele não tinha medo de se jogar no abismo, ele ia ao limite de cada tema, em cada filme”.

Além da homenagem, os filmes “Edifício Master” e “Jogos de Cena” foram exibidos à tarde no estúdio da AIC.

*Fotos Alessandra Haro e Divulgação 

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mariana rondon

Cine Futuro, Minotauros e Bolhas de Sabão – Mariana Rondón na AIC

Genética, Minotauros, robótica e muita poética. Assim começou a 9ª Semana de Orientação “O que tudo isso tem a ver com

Mariana Rondón falou sobre Cine Futuro, arte e contou sobre seus filmes.
Mariana Rondón, no estúdio da AIC, falou sobre Cine Futuro, arte e contou sobre seus filmes. Foto: Alessandra Haro

cinema? Eu já chego lá”, disse a cineasta e artista plástica venezuelana Mariana Rondón, palestrante do primeiro dia do evento. Com seu espanhol manso e suas “pantalones” coloridas, Mariana chegou quase tímida e aos poucos, sua fala encheu a sala de poesia e bolhas de sabão.

Llegaste com la brisa

Mariana contou sobre si e seus projetos como artista plástica. “Sempre fui fascinada por genética e robôs, um dia um investigador científico me contou que existem laboratórios genéticos clandestinos onde tentam recriar todo tipo de seres, até Minotauros. Fiquei muito empolgada e pensei, eles sim fazem arte”, contou rindo. Daí surgiu a ideia da instalação “Llegaste com la brisa” (Você veio com a Brisa), um projeto de pesquisa sobre o imaginário genético. “Graças à robótica e a imagem em movimento digital, é possível gerar uma fronteira para viver o sonho, o espaço-tempo virtual… Os robôs são capazes de criar constantemente, então, inventamos uma máquina que fabrica bolhas de sabão gigantes. As bolhas são injetadas com vapor, o que as torna capazes de refletir imagens de um projetor. As imagens projetadas sobre as bolhas são o produto de combinações genéticas entre seres humanos e animais, seres transgênicos”, conta Mariana antes de exibir o vídeo mostrando um pouco sobre a exposição.

“Llegaste con la Brisa”- You Came with the Breeze” (2002- 2011) from Sudaca Films on Vimeo.

Cine Futuro

Assinando o poster do seu filme "Pelo Malo". Foto: Alessandra Haro
Assinando o poster do seu filme “Pelo Malo”. Foto: Alessandra Haro

A partir dessas novas possibilidades de exibição de imagens e sons, como no caso da instalação de Mariana, cria-se uma reflexão sobre a forma como o cinema e feito e visto hoje, conta. “Com as novas tecnologias, um novo movimento está surgindo, chamado Cine Futuro, que diz que em breve o cinema não será apenas uma experiência audiovisual e sim multidimensional e sensorial. Hoje é possível criar espaços diferentes, interações biológicas, sensações e misturar tudo isso com o cinema, com arte, com ciência e a partir daí, criar um novo universo”.

A artista e cineasta diz que não sabe se isso realmente acontecerá. Mas diz que é algo para se pensar. Mas, por outro lado, acha que não se pode abandonar o orgânico, a essência das coisas. “Com a tecnologia qualquer um pode fazer um filme, até com o celular. Então, para fazer filmes não se pode esquecer da poética, da imaginação, a tecnologia não pode roubar o que podemos inventar, as imagens que podemos criar”.

Os acidentes de percurso

Quando a diretora e roteirista começou a contar sobre seus filmes, a plateia ficou ainda mais concentrada. Ela falou sobre formas de filmar e dirigir. “Filmagens estão repletas de possibilidades de acidentes. Filme é como a vida. Precisamos da ideia poderosa, mas não podemos querer controlar tudo. Aceitar os acidentes que ocorrem durante o percurso podem trazer imagens e cenas muito mais belas e histórias muito mais verdadeiras. Quando filmei “Postales de Leningrado” primeiro me apeguei a ideia da sátira, da comédia, só com o tempo percebi o que realmente era importante contar, a história precisava ser sobre o medo que eu sentia, o medo de perder meus pais guerrilheiros”.

Mariana também trouxe curiosidade sobre seu último trabalho, exibido ontem na AIC. “Cabelo Ruim”, que tem estreia comercial prevista para abril, conta a história de Junior, um menino de nove anos que decide alisar seu cabelo para sua foto de formatura, com a intenção de ficar parecido com um cantor famoso. “O filme é uma pequena história familiar, sobre a iniciação da vida de uma criança e sua difícil jornada marcada pela intolerância”, conta.

Plateia concentrada escutando a diretora e artista plástica.
Plateia concentrada escutando a diretora e artista plástica. Foto Alessandra Haro

Ser diretor de cinema

Pra finalizar o bate-papo, um aluno pergunta quais as principais características de um bom diretor. Mariana pensa e sente o peso da responsabilidade de sua resposta. Respira e diz: “para ser diretor de cinema é preciso saber buscar o silêncio, apagar a própria mente, conseguir desaparecer e ver o outro, enxergar o ator, a equipe. É buscar o dentro e o fora”. E, o primeiro dia da Semana de Orientação terminou assim, com reflexão e aplausos em pé.

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jordana berg

Dia 07, Jordana Berg, na AIC

A Academia Internacional de Cinema (AIC) recebe, no próximo dia 7, a montadora carioca Jordana Berg, referência na montagem de documentários no Brasil. A palestra de Jordana (gratuita e aberta ao público mediante a inscrição) fecha a 9ª edição da Semana de Orientação e tem como tema os dilemas éticos no processo de montagem de documentário. Além do bate-papo, o documentário “Jogos de Cena” será exibido, às 17h30.

Jordana, que começou editando clipes, vídeos comerciais e vários vídeos e filmes da UNESCO, em Paris. Só quando retornou ao Brasil, em 1995, começou a colaborar com o documentarista Eduardo Coutinho, com quem trabalha até hoje.

Vencedora de grandes prêmios, editou e montou alguns dos mais importantes documentários nacionais, entre eles “Santo Forte” (1999), de Eduardo Coutinho, vencedor do prêmio de melhor montagem no Festival de Brasília; “Família Braz Dois Tempos”, ganhador do Festival é Tudo verdade de 2011; “Uma Noite em 67”, documentário mais visto do ano de 2010; “As Canções” (2011), de Eduardo Coutinho; “Marcelo Yuka no Caminho das Setas”, de Daniela Broitman, prêmio de Melhor Montagem no Festival do Rio em 2011; “Um Dia na Vida” (2010), de Eduardo Coutinho; “Diário de uma Busca” (2009), de Flávia Castro; “Jogo de Cena” (2006), “Edifício Máster” (2001), “Babilônia 2000 (2000), entre tantos outros.

Jordana diz que pretende contar um pouco sobre o início de sua carreira, a descoberta da edição como arte, sua trajetória no audiovisual, o momento da passagem dos meios de edição analógica para o digital e da parceria com Eduardo Coutinho. “Pretendo falar da minha relação com vários diretores e a minha visão do montador durante o processo, onde me encaixo, como se dá essa integração e o que uso para construir uma relação de confiança com os diretores, fazendo do momento da montagem de um filme algo prazeroso, engraçado, criativo, instigante, provocador. Pretendo também explicitar ao máximo a minha paixão pela montagem, e o quanto toda a minha vida é contaminada por essa visão de mundo de se estar sempre montando tudo, desde a combinação da saia com a blusa, até o longa “Jogo de Cena”, conta Jordana.

Faça já a sua inscrição e não perca o último dia da Semana de Orientação!

Sexta, 7 de fevereiro de 2014
17h30– Exibição do filme ‘Jogo de Cena’ (2007, 1h45 min.)
19h30 – Palestra com a montadora Jordana Berg.
Tema: Dilemas Éticos no Processo de Montagem do Documentário.

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SERVIÇO:

9ª SEMANA DE ORIENTAÇÃO AIC
DE 03 A 07 DE FEVEREIRO DE 2014
Estúdio da AIC
Das 17H30 às 21h30
Entrada Franca

AIC – Academia Internacional de Cinema
Rua Dr. Gabriel dos Santos, 142, Santa Cecília, São Paulo, SP
Tel. 11 3826-7883 – Próximo ao metrô Marechal Deodoro
www.aicinema.com.br

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Ex-aluna faz estreia profissional no novo longa de José Eduardo Belmonte

Ainda na época de estudante, Luiza segura a claquete num cartaz de divulgação de cursos da AIC.
Ainda na época de estudante, Luiza segura a claquete num cartaz de divulgação do curso de Assistência de Direção da AIC.

Ex-aluna da turma do Filmworks, formada em 2011, Luiza Cunha retornou à Academia Internacional de Cinema (AIC) há algumas semanas, só que numa nova condição. Em vez de vir para as aulas, agora ela encara o primeiro desafio como profissional: ser assistente no filme “A Magia do Mundo Quebrado”, dirigido pelo cineasta José Eduardo Belmonte.

O longa, oitavo dirigido por ele, é um roadmovie que conta a história de Afonso (Fábio Assunção), que após uma desilusão amorosa, segue com seu filho para São Paulo. No caminho, o carro quebra e o jeito é arrumar carona com belas mulheres, interpretadas por atrizes de quilate, como Ingrid Guimarães, Alice Braga, Maria Flor e Caroline Abras (foto abaixo).

Antes das gravações, que se iniciam no final de fevereiro, a AIC deu uma mãozinha para a produção do filme, emprestando uma sala para que os primeiros ensaios fossem realizados.

Ao centro, o diretor Belmonte rodeado pelas atrizes (da esq. p/ dir.): Alice Braga, Maria Flor, Ingrid Guimarães e Caroline Abras.

“Estou me sentindo em casa!”, afirmou entusiasmada. Luiza destacou o respaldo dado pela AIC para acompanhar alunos e ex-alunos em início de carreira e, sobretudo, apoiá-los em suas realizações: “Quando a equipe de filmagem solicitou um lugar para o ensaio, no mesmo instante lembrei da AIC. Liguei para alguns professores com quem mantive amizade depois do curso e em duas horas resolvi a questão da locação para os ensaios”.

Além da agilidade, o cineasta José Eduardo Belmonte faz questão de citar outras qualidades da Luiza, fundamentais para um iniciante na carreira de cinema. “Ela tem muita vontade de fazer as coisas acontecerem e trazer a luz as ideias. Como ex-aluno de cinema sempre admiro muito isso, pois essa postura traz consigo várias virtudes como perseverança, paciência, inteligência, organização e um discernimento entre equilibrar contrários: como pragmatismo e inconsequência. Como diria o (diretor Martin) Scorsese, atingir esse equilíbrio é complicado, mas essencial pro cinema”.

Luiza em ação: produzindo um dos curtas, na época das aulas da AIC.

Relembrando o tempo das aulas, Luiza também aproveitou para deixar algumas dicas que foram importantes para ampliar as oportunidades dela para se colocar no mercado de trabalho audiovisual. Segundo ela, uma certa mistura de cara-de-pau com humildade é fundamental para descolar uma chance para iniciar. Vale até trabalhar de forma voluntária, com emprego paralelo, até que as coisas se ajeitem.

“Aqui mesmo dentro do curso existem muitas possibilidades, desde que o aluno se esforce e mostre dedicação. É legal chegar mais cedo e aproveitar pra fazer uma rede de contatos, tanto com os professores como, inclusive, com colegas da própria turma e de semestres diferentes, procurando fazer o maior número de filmes possíveis. O negócio é aproveitar o ambiente da escola para respirar cinema.”, diz.

Persistência e fé também são fundamentais, como mostra a própria história do encontro da ex-aluna com o diretor. Foram dois anos entre o dia em que ela viu uma palestra do diretor na AIC e o convite para trabalhar com ele.

José Eduardo Belmonte , João Assunção, Luiza Cunha e Fábio Assunção na varanda da AIC durante uma pausa nos ensaios.
José Eduardo Belmonte , João Assunção, Luiza Cunha e
Fábio Assunção na varanda da AIC durante uma pausa nos ensaios.

“Quando o Belmonte veio na semana de orientação, eu logo me identifiquei e fui pesquisar sobre a filmografia dele. Busquei cursos livres além do Filmworks para me especializar. Virei aluna e monitora dele, cheguei a fazer até uma rápida figuração no filme “O Gorila” (com estreia para este ano, veja o vídeo abaixo a Luiza aos 36 segundos, no plano desfocado). E eu sempre dizia pra ele que um dia trabalharíamos juntos. Nos encontramos algumas vezes na rua, sem querer, em locações onde eu estava filmando. Numa dessas vezes veio o convite que eu tanto esperava.”, conclui Luiza.

Agora, como profissional, Luiza ainda sente-se acolhida e aprendendo, da mesma forma de quando era estudante na AIC: “Esta oportunidade de estar aqui com um diretor e atores reconhecidos no mercado acaba sendo para mim como uma nova aula aqui na AIC, uma oportunidade de aprender também com a experiência deles. Sou muito grata a Deus e à AIC!”.

Trailer de “O Gorila”

Créditos:
Reportagem e edição: Paulo Castilho.
Fotos: Alessandra Haro (AIC) e divulgação.

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Semana de Orientação 2014 – Faça sua Inscrição!

De 3 a 7 de Fevereiro, a Academia Internacional de Cinema (AIC) recebe os cineastas, Mariana Rondón (Venezuela), Pablo Giorgelli (Argentina) e Jordana Berg (Brasil) para uma série de conversas inspiradoras – e essenciais – sobre cinema Latino-americano. 

A SEMANA DE ORIENTAÇÃO AIC, que tradicionalmente inaugura o ano letivo do FILMWORKS – Curso Técnico em Direção Cinematográfica, movimenta os debates sobre criação cinematográfica na América Latina nesta sua 9a. edição, que vai de 3 a 7 de fevereiro, com exibição de filmes e uma série de palestras com cineastas convidados.

A PROGRAMAÇÃO

miniatura_site_mariana_rondonSegunda, 3 de fevereiro de 2014

17h30 – Exibição do filme ‘Cabelo Ruim’ (2013*, 1h35min.)
19h30 – Palestra com a diretora venezuelana Mariana Rondón (de “Cabelo Ruim” e “Postales de Leningrado”, premiados em dezenas de festivais internacionais).
Tema: Cinema Venezuelano – Reflexões sobre Estética e Linguagem * lançamento comercial no Brasil em abril de 2014  

eduardo coutinhoTerça, 4 de fevereiro de 2014

16h00Exibição dos filmes “Edifício Master” e “Jogo de Cena”
19h30 – Palestra com os documentaristas Júlio Wainer e Ilana Feldman
Tema: Retrospectiva em Homenagem a Eduardo Coutinho  

 

 

minuatura_site_pablo

Quarta, 5 de fevereiro de 2014

17h30 – Exibição do filme ‘Las Acacias’ (2011, 1h25min.)
19h30 – Palestra com o diretor argentino Pablo Giorgelli (vencedor do Câmera de Ouro em Cannes 2011 e outros 30 prêmios internacionais com o seu primeiro longa-metragem “Las Acacias”).
Tema: Produção Audiovisual Latino-Americana no Século 21  

 

IMG_4595Quinta, 6 de fevereiro de 2014

18h30 – Exibição dos curtas ‘Professor Godoy’ (2010) ‘Ontem’ (2011), ‘Momento de Transição’ (2012) e ‘Ausência’ (2013) (Total aprox. 40min.)
19h30 – Bate-papo com os diretores, ex-alunos de Filmworks e ganhadores das edições do Filmworks Film Festival, Gui Ashcar, Patricia Galucci, Victor Nascimento e Eugênio Saboya. Mediação: Cristiano Burlan (vencedor da última edição do Festival É Tudo Verdade).
Tema: Produção de Curtas Metragens no universo acadêmico e Perspectivas do Mercado de Trabalho  

miniatura_site_jordana_bergSexta, 7 de fevereiro de 2014

17h30– Exibição do filme ‘Jogo de Cena’ (2007, 1h45 min.)
19h30 – Palestra com a montadora Jordana Berg  (de documentários consagrados como “Edifício Master”, “Jogo de Cena” e “Santo Forte”, de Eduardo Coutinho).

Tema: Dilemas Éticos no Processo de Montagem do Documentário.  

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SERVIÇO:

9ª SEMANA DE ORIENTAÇÃO AIC
DE 03 A 07 DE FEVEREIRO DE 2014
Estúdio da AIC
Das 17H30 às 21h30
Entrada Franca (Faça aqui sua inscrição)

AIC – Academia Internacional de Cinema
Rua Dr. Gabriel dos Santos, 142, Santa Cecília, São Paulo, SP
Tel. 11 3826-7883 – Próximo ao metrô Marechal Deodoro

*Imagens arquivo pessoal dos convidados 

 

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