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Mostra Filmes Americanos exibe curtas premiados na AIC

Pela primeira vez no Brasil, o curta doc-ficção “Sua Vida Social” (Your Social Life – 2011) da veterana Salome Chasnoff, o que conta histórias sobre cyberbullying nas mídias sociais.

Entre 17 e 19 de setembro acontece na Academia Internacional de Cinema (AIC) a primeira edição da Mostra Filmes Americanos, que exibirá gratuitamente curtas  de diretores americanos e de alunos de renomadas escolas de cinema dos EUA, alguns deles, premiados e com carreira em grandes festivais como Cannes.

O projeto tem o objetivo de exibir filmes independentes com consciência social, com temas que representam cultura, questões sociais e história. Todos os filmes são em inglês com legendas em português.

Apresentada pela organização sem-fins lucrativos Parceiros das Américas, a Mostra é uma extensão do projeto MOSTRA: Filmes Brasileiros, que acontece todo ano em Chicago e, em sua última edição contou com a exibição de filmes de alunos da AIC e com a participação do Coordenador Franthiesco Ballerini . Com foco educacional e sociocultural, o evento que acontece desde 2010, tem como objetivo exibir filmes que abordam questões sociais comum entre os dois países. Idealizada e fundada por Ariani Friedl, a versão brasileira da mostra de filmes vai para sua 5.ª edição em 2014, e para comemorar o sucesso do projeto e continuar o intercâmbio cultural, esta edição está sendo realizada no Brasil.

Needle and Your Social Life

Filme Cores, das diretoras Claire Brenner e Olivia Bueschel, exibido no dia 19/9.
Filme Cores, das diretoras Claire Brenner e Olivia Bueschel, exibido no dia 19/9.

Fazem parte da programação o inédito “Agulha” (Needle – 2014), ganhador da competição “Cinéfondation” no Festival de Cannes, criado pela estudante da Escola do Instituto de Arte de Chicago, Anahita Ghazvinizadeh. Também pela primeira vez no Brasil, o evento exibirá o curta doc-ficção “Sua Vida Social” (Your Social Life – 2011) da veterana Salome Chasnoff, o filme conta histórias sobre cyberbullying nas mídias sociais.

Participação da fundadora e diretora do evento Ariani Friedl e da curadora Carolina Posse

O evento também contará com a fundadora e diretora do evento Ariani Friedl e da curadora Carolina Posse. Originalmente de Porto Alegre e radicada em Chicago por muitos anos, Friedl estabeleceu uma promissora carreira como diretora de assuntos internacionais na Universidade de Illinois em Chicago. Como membro da diretoria do Centro Cultural Internacional Latino dirigiu o Festival de Filmes Latinos de Chicago, em 2006-2007, hoje Ariani se dedica ao trabalho voluntário nas ONGs YMCA e Parceiros das Américas.

Cena do filme Garotinha do Papai, de Joelle Smith
Cena do filme Garotinha do Papai, de Joelle Smith

Carolina Posse é professora do departamento de Cinema da Faculdade Columbia de Chicago e ganhadora de prêmios com seus projetos “Hot Chili” (2004), “The Quiet” (2005), “Path of Least Resistance” (2006), e “Little Green Men” (2009). Posse, que foi jurada em Sundance e atuou como diretora da programação para o Festival de Filmes Latino de Chicago, atualmente trabalha na curadoria da MOSTRA: Filmes Brasileiros, trará filmes de seus alunos para serem exibidos na primeira edição do festival, além de compartilhar sua experiência com o público sobre o processo de criação dos filmes.

Programação

  • 17 de setembro – Diversidade Cultural nos EUA

19h30 – Agulha – Diretor: Anahita Ghazvinizadeh
20h – Para Ontem – Diretor: Leah Verjacques
8h25 – Painel e perguntas e respostas com Carolina Posse e Ariani Friedl

  • 18 de setembro – Filmes artísticos e experimentais

19h30 – Questão Padrão – Diretora: Samantha Wakefield
19h40 – Inverno – Diretor: Alaric Rocha
19h50 – Persistência da Memória – Diretor: Phillip Giancola
20h – Abraço Mortal – Diretor: Alaric Rocha
20h30 – Painel e perguntas e respostas com Carolina Posse e Ariani Friedl

  • 19 de setembro – Sobre Juventude

19h30 – Cores – Diretoras: Claire Brenner e Olivia Bueschel – Explicação do programa Adobe Youth Program
19h45 – Sua Vida Social – Diretora: Salome Chasnoff
20h10 – Garota com Criança – Diretora: Maria Abraham
20h20 – Garotinha do Papai – Diretora: Joelle Smith
20h30 – Se uma Árvore Cair – Diretora: Zina Yung
20h40 – Painel e perguntas e respostas com Carolina Posse e Ariani Friedl

 

SERVIÇO

MOSTRA de Filmes Americanos
Na Academia Internacional de Cinema
Rua Dr. Gabriel do Santos, 142, Higienópolis, São Paulo, SP
Dias 17, 18 e 19 de Setembro, 2014
Às 19:30h – Entrada gratuita

*Foto destaque divulgação filme “Agulha” (Needle – 2014), ganhador da competição “Cinéfondation” no Festival de Cannes, criado pela estudante da Escola do Instituto de Arte de Chicago, Anahita Ghazvinizadeh. Outras fotos: divulgação.

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Hamlet

Professores no Festival do Rio 2014

Dois filmes de professores da Academia Internacional de Cinema (AIC) estão no Festival Do Rio 2014, concorrendo na Première Brasil, uma das mostras mais esperadas e concorridas do festival. “Hamlet”, do professor Cristiano Burlan, está na Mostra Novos Rumos de longa-metragem. “Obra”, roteirizado pelo professor Paolo Gregori e dirigido por Gregório Graziosi, está na Mostra Competitiva de Longas de Ficção.

Nesta edição do Festival, que acontece entre os dias 24 de setembro e 8 de outubro, a Première Brasil exibe 69 produções, sendo 41 longas e 28 curtas, de diretores estreantes e veteranos, com filmes dos mais variados temas e de diversos estados do país.

A programação completa ainda não foi divulgada mas em breve estará no site do Festival. Conheça os filmes dos professores:

Hamlet

Hamlet
O crítico de cinema Jean-Claude Bernardet, que faz o papel do fantasma do rei morto, em Hamlet.

O filme, que teve sua estreia mundial no Festival de Cinema Latino-americano de São Paulo, é uma livre adaptação da tragédia de William Shakespeare. A partir do assassinato de seu pai por seu tio, Hamlet é obrigado a enfrentar as contradições pessoais e do mundo a sua volta. Em uma desconstrução de si mesmo, Hamlet mergulha na eterna questão sobre o sentido da existência. O filme se passa na metrópole de São Paulo e conta com as vozes dos personagens e as dos próprios atores para conduzir a ficção. A tragédia, em outro momento ambientada dentro do castelo, acontece agora nas ruas da grande cidade e é nesse espaço público que os impulsos privados afloram.

Obra

O filme estreou no último dia 7 no Festival Internacional de Filmes de Toronto – TIFF e

obra
Irandhir Santos e Julio Andrade no filme Obra.

foi a única obra brasileira no Festival. O longa conta a história de um arquiteto (Irandhir Santos), que às vésperas do nascimento de seu primeiro filho, encontra um cemitério clandestino na obra que está prestes a iniciar. A descoberta desestabiliza sua vida, fazendo com que ele questione sua profissão, a cidade em que vive e até mesmo o relacionamento com sua esposa. Em preto e branco, o filme foi gravado no centro de São Paulo e teve locações em vários cartões postais da cidade, como o Edifício Copan, o Conjunto Nacional, a Igreja da Consolação e a Pinacoteca.

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Henry Sobel

Documentário sobre a vida de Henry Sobel estreia dia 11

Ivo Herzog
Ivo Herzog, filho de Vladimir Herzog, assassinado nos porões da ditadura militar na década de 1970.

“A História do Homem Henry Sobel”, documentário biográfico produzido pelo ex-aluno Cesar Barbosa, tem estreia nacional dia 11 em São Paulo e Rio de Janeiro, no Espaço Itaú de Cinema.

O primeiro longa do diretor André Bushatsky narra as realizações e os conflitos de um dos mais atuantes líderes religiosos do século XX, o rabino Henry Sobel. A história é contada desde sua chegada ao país até os dias atuais, passando pela corajosa denúncia à falsa versão dos militares sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog e pelo episódio do furto das gravatas, revelando luzes e sombras de um homem sábio e religioso, porém complexo e demasiadamente humano.

Luciano Huck
Luciano Huck, um dos entrevistados do filme.

Além das imagens de arquivo o filme conta com depoimentos exclusivos de parentes, amigos, e críticos da comunidade judaica, entre eles o rabino Michel Schlesinger, o presidente do Congresso Judaico Latino-Americano, Jack Terpins, os jornalistas Audálio Dantas e Heródoto Barbeiro, o apresentador Luciano Huck e o filho de Vladimir Herzog, Ivo Herzog.

O diretor conta como foi o processo de desenvolvimento do filme. “Primeiro, conversei com muita gente, li a autobiografia do Sobel e estudei judaísmo para me preparar para as entrevistas. Depois, elaborei um pré-roteiro e fui levantando nomes de possíveis entrevistados. Mas o interessante, quando se faz um documentário, é perceber o caráter orgânico do processo todo: os assuntos nunca se esgotam e por mais que eu tivesse um fio condutor bem definido para a narrativa, a cada entrevista uma nova porta se abria, possibilitando novas interpretações e mostrando a importância do rabino Sobel de um outro ângulo”, conta.

Outro entrevistado do filme: o jornalista Juca Kfuri
Outro entrevistado do filme: o jornalista Juca Kfuri

Ao todo foram quatro anos de investigação que antecederam as filmagens, realizadas entre 2011 e 2012 em São Paulo, com direção de fotografia de Emerson Pimenta e Alan Fabio Gomes. A montagem ficou a cargo de Regina Stulman Dias e a finalização foi feita por Rafael Tozzati.

Depois de São Paulo e Rio o filme estreia dia 18 em Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis e no dia 25 em Belo Horizonte, Brasília, Salvador e João Pessoa.

Confira o Trailer do Filme:

* Crédito fotos: Emerson Pimenta e Alan Fabio Gomes

Programação

  • ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA – AUGUSTA

Sala 3: 15h40 – 20h30

Dia 13/09 (sábado) também às 24h.

  • ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA- POMPÉIA

Sala 10: 18h

Dia 13/09 (sábado) também às 24h.

  • ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA- FREI CANECA

Sala 6: 17h20

  • CINE LIVRARIA CULTURA

Sala 2: 17h30

  • CINEMARK SHOPPING HIGIENÓPOLIS

Sala 2: 12h50 -15h – 19h40

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Festivais com inscrições em Setembro e Outubro

Tá por dentro dos festivais que estão com as inscrições abertas? Querendo facilitar sua vida, a Academia Internacional de Cinema (AIC) reuniu aqui, em um único post, o que está rolando no mundo dos Festivais. Fique por dentro e não deixe de inscrever seus filmes.

  • Festival de Cinema de Roterdã

Em sua 44ª edição, o festival holandês, recebe inscrições de curtas (menos de 60 minutos de duração) finalizados a partir de julho de 2014 até o dia 1º de outubro. Longas podem ser enviados até 1º de novembro. O festival acontece entre os dias 21 de janeiro e 1º de fevereiro de 2015. www.filmfestivalrotterdam.com

  • 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental

Estão abertas até o dia 1º de outubro as inscrições para a Competição Latino-Americana de Cinema Ambiental. Podem ser inscritos filmes finalizados a partir de 2013 filmes, com temáticas ambientais como, energia, água, mudanças climáticas, consumo, povos e lugares, ativismo ambiental, resíduos sólidos, contaminação ou poluição, sustentabilidade, entre outras. Não há restrições quanto a gênero, duração ou suporte de captação/finalização. www.ecofalante.org.br 

  • 24º Cine Ceará – festival Ibero-americano de Cinema

Estão abertas as inscrições até 30 de setembro para filmes de curta e longa-metragem. A competição de curtas-metragens recebe obras com até 20 minuto de duração, produzidas a partir de 2013, realizadas por brasileiros ou radicados no país há mais de três anos e que não tenham participado anteriormente do processo seletivo do festival. www.cineceara.com

  • Doc Brazil Festival

Em sua 5ª edição, o festival que acontecem em Pequim, tem inscrições abertas até o dia 15 de setembro. http://www.docbrazilfestival.com/

  • 9ª Mostra Mirage

Estão abertas as inscrições, até o dia 12 de setembro, para o 9º Miragem – Mostra de Cinema e Vídeo de Miracema/2014,. O festival conta com diversas categorias competitivas e cada diretor pode inscrever até 3 trabalhos. http://www.mostramiragem.com.br

  • Fest Filmes

Com inscrições abertas até o dia 20 de setembro, o festival tem como finalidade promover o intercâmbio cultural de países que falem a língua portuguesa. http://www.festfilmes.com.br/

Programa AIC nos Festivais

A divulgação da lista de festivais com inscrições abertas faz parte do Programa AIC nos Festivais, exclusivo para alunos da Academia Internacional de Cinema.

O programa incentiva e apoia a participação dos alunos em festivais de cinema, além de monitor e aconselhar cada um no processo de inscrição nos festivais, o programa promove o envio dos filmes aos principais festivais nacionais e internacionais, iniciando a carreira artística do filme fora da AIC.

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Como aplicar efeitos de Hollywood em um curta de baixo orçamento

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O Antes e o Depois, já com os efeitos, no filme argentino “O Segredo dos Seus Olhos”, do diretor Juan José Campanella. Foto: Divulgação

Difícil saber o que é ‘real’ e o que ‘ilusão’ quando vamos ao cinema. Hoje em dia é normal ver nas telas zumbis, pessoas voando, bichos falando, explosões e ondas imensas invadindo cidades. O que pouca gente sabe é que esses efeitos grandiosos não são os únicos por trás de uma produção audiovisual. Os efeitos visuais estão em quase todo lugar, ou melhor, em quase toda cena. Se você acha que eles são exclusividade dos filmes hollywoodianos, está enganado. O premiado filme argentino “O Segredo dos Seus Olhos”, do diretor Juan José Campanella tem vários efeitos especiais, como a cena do estádio de futebol, feita em chroma key. Ou você acha que todos os torcedores-figurantes realmente estavam ali?

As razões mais comuns para utilização de efeitos são simples: redução de custos e controle total da iluminação, afinal, confiar na previsão do tempo nem sempre dá certo. Imagine parar uma filmagem por conta de uma chuva que dura uma semana. Além do que, construir um castelo no computador é mais fácil e mais barato do que levar equipe e elenco para um castelo real nos confins da Europa.

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André Catoto, Diretor, ilustrador, animador, motion designer e professor do novo curso de Introdução Prática em Efeitos Especiais da AIC.

André Catoto, professor do novo curso de Introdução Prática em Efeitos Especiais da Academia Internacional de Cinema (AIC), confirma isso: “Hoje em dia a computação gráfica é bastante utilizada, também, para compor cenas captadas e auxiliar na construção do filme. Muitos estúdios utilizam o chroma key e elementos 3D para compor cenários e objetos de cena. Isso faz com que a grande maioria das produções acabe utilizando recursos de composições e finalização para um melhor controle e um menor custo”, diz.

Um pouco de história

Tudo começou com o cinema fantástico do francês George Meliés, que adaptou seu trabalho

Cena do curta "A Viagem à Lua", de George Melies (1902).
Cena do curta “A Viagem à Lua”, de George Melies (1902).

de ilusionismo para o cinema, tornando-se responsável por um dos primeiros efeitos usados em filmes, a filmagem quadro-a-quadro (hoje conhecido como stop motion). Meliés descobriu os efeitos especiais acidentalmente, quando filmava um ônibus em movimento e o obturador de sua câmera pifou. A partir disso fundiu imagens e fez o primeiro filme de ficção científica: “Viagem à Lua” (1902).

Em “Metrópolis” (1927), Fritz Lang usa o processo conhecido como Schufftan, que usava espelhos para inserir atores em cenários em miniatura, processo utilizado depois em outros clássicos, como “King Kong” (1933) e “Tempos Modernos” (1936).

star wars 1977
Harrison Ford em “Star Wars” (1977) – além dos efeitos analógicos, os primeiros efeitos feitos por computador

“O Ladrão de Bágda” (1940) foi o primeiro a usar as telas verdes do Chroma key. Em “Star Wars” (1977) todos os efeitos visuais analógico existentes na época estavam presentes no filme e foi com ele que surgiu o uso do computador para criar novos e diferentes tipos de efeitos. “Tron” (1980) foi o primeiro a usar o computador para criar cenários e em “Jurassic Park” (1993) houve a primeira junção de robôs animatrônicos com computação gráfica.

Se der uma olhada no Youtube nesses filmes “velhos”, talvez ache os efeitos desatualizados, se levar em conta as referências que tem hoje, mas, eles marcaram a história do cinema, usaram as tecnologias mais avançadas da época e foram essenciais para a história dos efeitos visuais. Sem eles, não conheceríamos o cinema como é hoje.

No vídeo, compilado pelo diretor Jim Casey, dá pra apreciar um pouco dessa história dos efeitos especiais. Ele recorta cenas em ordem cronológica, começando em 1878 e terminando com filmes de 2014. Aprecie:

 

Os efeitos mais comuns

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Chroma e cena já com as aplicações de efeitos de “As Aventuras de Pi”. Imagem repdrodução site The Loop

Segundo André, existem diversas técnicas que são bastante usadas hoje em dia, entre elas estão a gravação em Chroma Key, a composição e a animação – as duas últimas podem ser feitas em 3D ou 2D.

A técnica do Chroma Key é utilizada quando o fundo ou cenário precisa ser substituído. A cena é gravada dentro de um estúdio com uma cor sólida por traz da cena, geralmente verde ou azul, o que facilita o recorte e a inserção do novo cenário. “Hoje é possível pensar em uma composição ou pós-produção em um filme de custo reduzido, mas para isso é preciso uma pré-produção muito alinhada e muito clara. A maioria dos erros ocorre quando a captação desse material é feita sem antes uma boa definição juntamente com o diretor de arte e a tentativa da aplicação ou ajuste do material mal captado em uma estação gráfica. Os efeitos visuais podem reduzir custos de locações, principalmente os de época, cenas de explosões e tiros. Mas é preciso o cuidado com a pré-produção”, conta André.

O vídeo (clique no link para assistir) dos bastidores do filme Sin City: A Dama Fatal, que será lançado aqui no Brasil no dia 11 de setembro, dá pra ter bem a triste noção de como tudo é feito.

Outros efeitos famosos e populares hoje em dia são o “Bullet Time” – quem não lembra daquela cena do Neo, no Matrix, desviando do tiro?! E o Slow Motion, que são os movimentos em câmera lenta.

Faça você mesmo!

O melhor disso tudo é que com a popularização de softwares e equipamentos, você não precisa de 50 câmeras para criar o Bullet Time e nem de uma câmera caríssima para conseguir uma imagem boa em câmera lenta. É possível SIM, fazer bons efeitos com baixo orçamento. Confira as dicas do André Catoto, especialmente para a reportagem da AIC.

  • Como gravar em Chroma Key

“Basicamente você precisa de um tecido de Chroma Key ou pintar uma parede ou tapadeira com a cor. Cuidando, claro, com a especificação da cor. É preciso ter cuidado com a luz da cena final. Se na cena final estiver nublado, tem que tentar seguir essa luz no chroma. Também tem que evitar sombras no verde. Depois da cena captada, você precisa de um software de edição ou finalização de imagem, como o After Effects ou Premier, para recortar e aplicar a cena que gravou”, diz Catoto.

  • Composição e Animação

    O efeito bullet time, que ficou famoso com a cena do Neo, em Matrix
    O efeito bullet time, que ficou famoso com a cena do Neo, em Matrix

“Para compor uma cena, geralmente, você tem um ator gravado em chroma e, posteriormente, o aplica em um cenário que você compõe. Para criar essas composições você também precisará de um softwares de edição, como o que citamos acima. A minha dica é que você sempre crie camadas para ambientar qualquer cenário. Essas camadas podem conter fumaça, nuvens, elementos de vento, grama, árvores etc. Criando camadas, entre o cenário, o ator e a câmera ajuda a construir um ambiente real para qualquer cena”, conta.

  • Bullet Time e Slow Motion

“No caso do Slow Motion, quanto mais quadros por segundo a câmera captar, melhor o resultado final. Já no caso do Bullet Time, com uma câmera você consegue fazer um efeito bem próximo, basta gravar a pessoa no movimento que deseja e finalizar a cena com softwares de criação de ambiente em 3D, como o Cinema 4D e o 3D Studio Max”, finaliza André.

*Foto em destaque: Yuri Pinheiro – estúdio da AIC

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“Obra” é o único filme brasileiro no TIFF

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Irandhir Santos e Julio Andrade no filme Obra, de Gregório Graziosi, único filme brasileiro selecionado para o TIFF

“Obra”, longa-metragem roteirizado pelo professor Paolo Gregori, que dá aulas de direção na Academia Internacional de Cinema (AIC), é o único filme brasileiro selecionado para o Festival Internacional de Filmes de Toronto – TIFF, que acontece entre os dias 4 e 14 de setembro. A direção do filme é do paulistano Gregório Graziosi e o elenco conta com Irandhir Santos, Julio Andrade e a atriz inglesa Lola Peploe.

“A importância de estrear em um Festival desta envergadura é, em primeiro lugar, a visibilidade, e a recepção de um público estrangeiro, mas o mais importante é poder participar dos eventos paralelos, encontros, e principalmente do mercado, onde poderemos apresentar nossos trabalhos futuros”, conta Paolo.

A história

Às vésperas do nascimento de seu primeiro filho, um arquiteto (Irandhir Santos) encontra um cemitério clandestino na obra que está prestes a iniciar. A descoberta desestabiliza sua vida, fazendo com que ele questione sua profissão, a cidade em que vive e até mesmo o relacionamento com sua esposa. Em preto e branco, o filme foi gravado no centro de São Paulo e teve locações em vários cartões postais da cidade, como o Edifício Copan, o Conjunto Nacional, a Igreja da Consolação e a Pinacoteca.

“‘OBRA’ é um filme sobre a memória em diversos substratos, a da cidade, das pessoas e de uma nação, e o descaso com o qual ela é tratada em todos eles… durante o processo, eu e o Gregorio, fomos juntando impressões, cacos, restos, da nossa memória sobre a cidade e sobre a própria noção de ancestralidade”, conta Paolo.

Programação e Crítica

O filme será exibido nos dias 7,9,11 e 13 de setembro e foi elogiado pela crítica canadense. No site do próprio festival a curadora Diana Sanchez fala do filme: “o diretor Gregório Graziosi utiliza de uma austera cinematografia e densas paisagens sonoras para ambientar a cidade de São Paulo nesta estreia tecnicamente impressionante”.

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Academia Internacional de Cinema (AIC)
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