Professor da AIC recebe Troféu Redentor no Festival do Rio

O professor Ariel Henrique, da Academia Internacional de Cinema (AIC), foi um dos grandes vencedores da 27ª edição do Festival do Rio, levando o Troféu Redentor de Melhor Som ao lado de Tales Manfrinato pelo longa “Love Kills”, dirigido por Luiza Shelling Tubaldini.

O filme — um terror urbano ambientado no centro de São Paulo — acompanha Helena, uma jovem vampira que vive entre as ruínas da cidade e a marginalidade do crack. Ali, ela conhece um garçom ingênuo que, ao descobrir seus segredos, é tragado para um submundo de desejo e perdição.

“Love Kills” marca a estreia de Luiza Shelling Tubaldini na direção de longas. Com mais de 20 anos de carreira no audiovisual, ela já produziu títulos como Divórcio, Motorrad, O Vendedor de Sonhos e A Princesa da Yakuza — e se consolida como uma das raras diretoras trans em atuação prolífica no hemisfério sul.

Depois da estreia vitoriosa no Festival do Rio, o filme segue sua trajetória em festivais e será exibido na 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, nos dias 23 de outubro (21h, no CineSesc) e 28 de outubro (14h30, na sala 1 do Reserva Cultural).

A Construção Sonora da Obra

Para Ariel, o som foi decisivo na construção da atmosfera do longa: “A gente tinha a intenção de que o desenho de som contribuísse para criar a atmosfera noturna e sombria da narrativa”, explica. “Havia um cuidado especial com o lado sobrenatural das criaturas, especialmente com as vozes e vocalizações delas. Uma coisa que contribuiu muito para o lado emocional do som foi a trilha original do compositor finlandês Hilari Heinilä — ficou incrível!”

Entre os momentos sonoros mais marcantes do filme, Ariel destaca a chamada “voz de comando” usada pela protagonista. “Gosto muito desse som. Foi uma construção muito interessante de se fazer, já que é algo totalmente criado, sintetizado — sem paralelos com uma voz humana no mundo real”, conta.

O processo de mixagem, segundo o professor, envolveu múltiplas camadas de experimentação e diálogo com a diretora: “Um dos maiores desafios foi conseguir um som realmente impactante durante as cenas intensas das lutas. Foram muitas trocas com a Luiza Shelling, até chegar no resultado que vemos na tela”, relembra.

Ariel também celebra o reconhecimento do trabalho de som dentro do audiovisual:“Ficamos muito felizes com a premiação! O Festival do Rio é um dos maiores e mais importantes festivais do Brasil, e a competição oficial deste ano estava cheia de filmes incríveis”, afirma. “Além disso, o Prêmio de Melhor Som é uma categoria recente. Então esse tipo de reconhecimento ajuda a trazer mais relevância para o trabalho sonoro, que por vezes acaba tendo menos destaque nas discussões e nas premiações mundo afora.”

Sobre Ariel Henrique

Com 17 anos de experiência no audiovisual, Ariel Henrique é Mixador e Supervisor de Som com dezenas de longas-metragens, documentários e séries para TV em sua filmografia. É professor de Mixagem na Academia Internacional de Cinema (AIC), atua como Consultor de Áudio para o Instituto Fraunhofer no Brasil — trabalhando na implementação do codec de áudio imersivo MPEG-H em emissoras de TV brasileiras — e, em 2024, fundou a MÔNADA Post, um estúdio dedicado aos processos de Desenho de Som e Mixagem de conteúdos audiovisuais, com sede em São Paulo.

Entre seus trabalhos de destaque estão a coprodução internacional “Las Herederas” – ganhadora do Urso de Prata no Festival de Berlim em 2018, o longa “Chuva É Cantoria Na Aldeia dos Mortos” – vencedor do Prêmio do Júri na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes, e, mais recentemente, produções como a cinebiografia “Nosso Sonho – A História de Claudinho e Buchecha”, as séries “IndependênciaS” (TV Cultura), “Encantado’s” (Globoplay) e “Jogo Cruzado” (Disney+).

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“Virtuosas” no Festival do Rio e na Mostra de São Paulo

O longa Virtuosas, com direção de arte assinada por Dicezar Leandro, professor da Academia Internacional de Cinema (AIC), fez sua estreia nacional na Première Brasil do 27º Festival do Rio, no último fim de semana, e segue agora para a 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que começa no dia 16 de outubro. 

Em São Paulo, Virtuosas têm sessões marcadas para os dias 27 de outubro, às 21h, no CineSesc, e 29 de outubro, às 18h, na sala 3 do Espaço Petrobrás. As exibições contam com a presença confirmada, além da diretora, de outras pessoas da equipe e do elenco, que acompanham o percurso do filme após a estreia no Festival do Rio. 

No Rio a sessão aconteceu no Estação NET Gávea, com presença da diretora Cíntia Domit Bittar e parte do elenco e da equipe técnica. O filme integrou a Premiere Brasil, a mostra mais importante do festival, e marca a primeira vez que um longa catarinense participa nessa categoria do festival — uma das mais importantes vitrines do cinema brasileiro e internacional. 

A trajetória internacional de Virtuosas começou em maio, no Marché du Film do Festival de Cannes, quando foi um dos cinco longas-metragens brasileiros selecionados para compor o showcase do programa Goes to Cannes, acompanhado de obras em finalização. O filme se destacou entre os participantes e conquistou o prêmio principal da mostra. 

Com direção de Cíntia Domit Bittar, Virtuosas é estrelado por Bruna Linzmeyer, Maria Galant e Juliana Lourenção, e explora o universo do movimento coach conservador, expondo ideais de submissão feminina e negacionismo. Filmado inteiramente em Florianópolis, em agosto de 2024, o longa traz ainda Sarah Motta, Brisa Marques, Nenê Borges, Fernando Bispo e participação especial de Gabriel Godoy. 

Para o professor Dicezar Leandro, responsável pela construção estética do filme, a arte desempenha papel fundamental na narrativa: 

“A estética em Virtuosas é parte do discurso, revela a beleza e o peso das aparências — um mundo impecável por fora, mas cheio de fissuras por dentro. Expressa o controle e o delírio em busca de perfeição que as personagens perseguem.” 

O longa é uma produção da Novelo Filmes, em coprodução com a Olhar Filmes — também responsável pela distribuição no Brasil junto com a Filmes da Estação — além da produção associada da Cajamanga. O projeto foi financiado com recursos do Prêmio Catarinense de Cinema, da Lei Paulo Gustavo e do FSA. 

*Na foto, equipe e elenco do filme na estreia da Première Brasil do 27º Festival do Rio.

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AIC marca presença no FRAPA 2025, o maior festival de roteiro da América Latina

A Academia Internacional de Cinema (AIC) volta a ser parceira do FRAPA – Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre, o maior evento dedicado ao roteiro da América Latina, que acontece de 3 a 7 de novembro de 2025, na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre (RS). 

A colaboração entre a AIC e o FRAPA tem história: a escola apoiou as edições de 2019 e 2020, premiando roteiristas vencedores com bolsas, ampliando o acesso à formação profissional. Em 2025, essa parceria é retomada — reafirmando o compromisso mútuo de valorizar quem escreve as histórias que movem o audiovisual brasileiro. 

 

AIC abre o FRAPA 2025 com oficina de roteiro 

A programação deste ano será aberta por Elzemann Neves, roteirista, professor e coordenador dos cursos de Formação em Roteiro da AIC e do Curso Técnico em Direção Cinematográfica – Filmworks, que ministra a oficina gratuita “Introdução ao Roteiro”, no dia 3 de novembro, das 9h30 às 12h, no Auditório Barbosa Lessa do Espaço Força e Luz. 

A atividade é aberta ao público, sem necessidade de credenciamento prévio — uma oportunidade única para quem quer mergulhar nos fundamentos da escrita audiovisual. 

 

Mentorias e bolsas para novos roteiristas documentais 

Além da abertura oficial, a AIC premia os vencedores do Concurso de Argumento de Longa-Metragem Documentário, nova categoria do festival. 

Os finalistas ganharão mentoria individual com Elzemann Neves, com leitura do argumento e encontro presencial de 1h30 durante o FRAPA, dividido em duas etapas — análise crítica (1h) e preparação para pitching (30 min). 

Como parte da parceria, cada um dos finalistas também receberá uma bolsa integral para um curso na Academia Internacional de Cinema, fortalecendo o vínculo entre a formação prática e a inserção no mercado. 

Para Elzemann Neves, a retomada da parceria com o FRAPA reafirma o papel da AIC na formação de roteiristas: “O FRAPA é o maior espaço de encontro e reflexão sobre o roteiro no nosso continente. Retomar essa parceria é fortalecer a base criativa do audiovisual brasileiro.” 

 

📍 Serviço 

O quê: XIII Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre (FRAPA)
Quando: 3 a 7 de novembro de 2025
Onde: Casa de Cultura Mario Quintana e outros espaços do Centro de Porto Alegre
Quanto: Oficinas e mostras com entrada gratuita; credenciais disponíveis no site oficial
Programação completa: frapa.art.br/programacao
Realização: Coelho Voador e Epifania Filmes, com financiamento da Lei Paulo Gustavo, IECINE, Pró-Cultura RS, Secretaria de Estado da Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal. 

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Professor Alex Reis leva o curta Morto Não ao Festival de Chicago

O ex-aluno e professor de edição e montagem da AIC, Alex Reis, terá seu curta-metragem exibido no 61º Festival Internacional de Cinema de Chicago, que acontece entre 15 e 26 de outubro de 2025, em Illinois, nos Estados Unidos. Reconhecido como o festival competitivo mais antigo da América do Norte, o evento reúne anualmente alguns dos nomes mais potentes do cinema mundial e mantém uma programação diversa, que vai de estreias internacionais a programas dedicados a novas perspectivas. 

O cinema de Alex Reis em Chicago 

O curta “Morto Não” (15’), dirigido por Alex, será exibido dentro do Programa de Curtas Perspectivas Negras (87’). A obra experimental combina animação, stop motion e performance live-action para reinterpretar A Alma dos Negros, de W.E.B. DuBois. Na trama, acompanhamos a jornada de pais de primeira viagem diante das dores e violências impostas a seu filho negro, numa narrativa que mistura amor, resistência e lirismo. 

Depoimento do diretor 

“Ter meu curta selecionado para o primeiro festival norte-americano qualificado para o Oscar é um sonho que se materializa e me enche de alegria. Estar no programa Black Perspectives é ainda mais especial. Criado em 1997 em colaboração com Spike Lee, o programa celebra a excelência e a diversidade do cinema afro-americano e das narrativas da diáspora africana em todo o mundo. Este ano, seis curtas foram escolhidos — do Quênia, Nigéria, Estados Unidos e, agora, do Brasil com o nosso filme. Mal posso esperar para ver como essas vozes distintas vão se entrelaçar na tela. 

Sinto um orgulho imenso de estar ao lado de Seu Avô e a Baleia, de Mariana Elisabetsky, e do celebrado longa O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, levando o cinema brasileiro para o festival de Chicago.” — Alex Reis 

Chicago International Film Festival 

Criado em 1964, o festival é referência no circuito internacional por sua curadoria plural e ousada, abrigando programas competitivos como Black Perspectives, After Dark, City & State e OutLook. A cada edição, o evento se consolida como espaço de encontro entre diferentes culturas e formas narrativas, ampliando as vozes do cinema independente e contemporâneo. 

Para a comunidade AIC, a conquista de Alex Reis é motivo de celebração e orgulho. Sua presença no festival reforça o alcance internacional de nossos professores e ex-alunos, e mostra como a escola está conectada com o que há de mais vivo no cinema mundial. 

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AIC e Festival Estranhos Encontros unem forças para fortalecer o cinema independente em São Paulo

A cidade de São Paulo recebe, entre os dias 25 e 28 de setembro, a primeira edição do Estranhos Encontros: Festival de Cinema Independente, no Centro Cultural São Paulo (CCSP). Voltado a filmes de curta e média-metragem da América Latina e de países lusófonos, o evento nasce com o objetivo de oferecer espaço para descobertas, novos talentos e obras que ainda estão fora do radar dos grandes festivais. 

Em sua estreia, o festival conta com a parceria da Academia Internacional de Cinema (AIC), que irá premiar o melhor curta da Competição Internacional com uma bolsa integral para o curso online Narrativas em Movimento, ministrado pelo cineasta Gabriel Martins. A iniciativa reforça a vocação da AIC de apoiar a formação de novos realizadores e aproximar estudantes, ex-alunos e jovens profissionais do circuito independente. 

“Estamos muito felizes em iniciar essa caminhada ao lado da AIC, celebrando nossa primeira edição com a certeza de que parcerias como esta ampliam os espaços de troca e circulação do cinema independente na cidade. Que este seja apenas o começo de muitos encontros”, afirma Cauê Dias Baptista, o organizador do festival. 

A programação é diversa e inclui: Competição Internacional de Curtas, com produções latino-americanas e lusófonas; Mostra Horizontes, dedicada a longas e médias contemporâneos nacionais e internacionais; Mostra Retrospectiva, que homenageia o cineasta Paulo Sacramento, exibindo pela primeira vez sua filmografia completa; Sessão especial Carta Branca, em que Sacramento apresenta um filme de sua escolha — este ano, o clássico Demência (1986), de Carlos Reichenbach, exibido em cópia restaurada em parceria com a Cinemateca Brasileira. 

Além das exibições, o público poderá participar de debates, painéis de discussão e uma masterclass com o homenageado, consolidando o festival como espaço de reflexão e formação. 

Para Cauê Dias Baptista o festival nasce também de uma urgência geracional: “Estamos em uma cidade com muitas escolas de cinema, formando jovens interessados em realização, curadoria e programação, mas ainda com poucos espaços para mostrar esse trabalho. Como festival jovem, queremos democratizar a curadoria e dar voz a quem está finalizando uma formação. Pensamos que pôr o cinema em prática não é só filmar, mas também apresentar os filmes que nos movem e fazê-los chegar ao público.” 

Programadores em foco: o futuro dos cinemas de repertório em São Paulo 

Uma das mesas da programação reflete sobre o papel dos programadores de cinema. No dia 25/09, das 14h às 15h30, no Centro Cultural São Paulo, acontece o debate “Programação e programadores: cinemas de repertório em São Paulo”, que reúne representantes do CCSP, Cinemateca Brasileira, Instituto Moreira Salles e Cinusp. A mediação será de Carolina Azevedo, programadora do Estranhos Encontros, e entre os convidados está o professor da AIC Célio Franceschet, também curador de cinema do CCSP. O debate busca lançar luz sobre os desafios e projetos das salas de repertório na cidade, além de discutir a relevância e o futuro da profissão de programador — ainda pouco reconhecida, mas fundamental para o ecossistema cinematográfico. 

 

SERVIÇO: 

Estranhos Encontros – Festival de Cinema Independente de São Paulo
De 25 a 28 de setembro de 2025
Centro Cultural São Paulo – Rua Vergueiro, 1000, São Paulo (SP)
Programação completa em estranhosencontros.com 

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Última chamada para os cursos de 2025

Ainda dá tempo de entrar em turmas presenciais e online que começam em setembro, outubro e novembro. De Controller a Direção Cinematográfica, passando por Narrativas em Movimento com Gabriel Martins. 

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