V Semana de Cinema e Mercado

A Academia Internacional de Cinema (AIC) de São Paulo traz pelo quinto ano consecutivo um evento que já virou referência na comunidade audiovisual, é a V Semana de Cinema e Mercado, que acontece entre os dias 10 e 12 de agosto.

A edição deste ano trará grandes nomes como o jornalista e crítico de cinema Rubens Ewald Filho, hoje considerado o maior nome da crítica cinematográfica do Brasil; Fabiano Gullane, um dos fundadores da produtora Gullane, responsável pela produção de filmes como o “Bicho de Sete Cabeças” (2001), da diretora Laís Bodanzky, que conquistou mais de 40 prêmios em todo o mundo; e Ariel Henrique e Samanta do Amaral da Cinecolor, que trarão toda sua experiência sobre áudio e cor.

Serão três dias de muita aprendizagem e troca. Com convidados que trazem experiências tão diferentes, o evento promete ser enriquecedor tanto para os profissionais da área quanto para os interessados, curiosos ou àqueles que desejam entrar no mercado audiovisual.

Não dá pra perder! De 10 a 12 de agosto às 19h30 no estúdio da AIC

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SERVIÇO:

Academia Internacional de Cinema – AIC
Rua Dr.Gabriel dos Santos, 142 – Higienópolis.
Todas as palestras são gratuitas e abertas ao público, mediante a inscrição prévia.

Por conta dos Jogos Olímpicos Rio 2016 exclusivamente este ano a Semana de Cinema e Mercado será apenas em São Paulo. Na Unidade Rio de Janeiro haverá eventos gratuitos ao longo do semestre, inscreva-se na nossa newsletter para receber a agenda de eventos e cursos.

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Estopô Balaio

Filmes de Cristiano Burlan e Monica Palazzo estreiam no Festival Latino Americano de São Paulo

O Festival Latino Americano de São Paulo vai contar com o trabalho de dois professores da Academia Internacional de Cinema (AIC): Monica Palazzo que assina a Direção de Arte do longa “Eu Te Levo” e Cristiano Burlan com o seu “Estopô Balaio”.

EU TE LEVO

O longa “Eu Te Levo”, marca a estreia do cineasta Marcelo Müller, como diretor. Rodado em Jundiaí entre os meses de novembro e dezembro de 2014, o filme conta a história de um rapaz (Anderson Di Rizzi), de seus 30 anos, que após o falecimento do pai, precisa cuidar da loja de matérias de construção da família. Ainda perdido, paralisado pela ideia de assumir responsabilidades, acredita que a solução para os seus problemas é ir atrás de um sonho de infância: ser bombeiro. Enquanto cursa uma escola preparatória para passar no concurso, as viagens que precisa fazer entre Jundiaí e São Paulo o aproximam de seu vizinho, que vive uma crise parecida com a sua. “No fundo, é um filme sobre a família, sobre o reencontro consigo mesmo, o reencontro com a mãe… um autodescobrimento” revela Monica Palazzo, Diretora de Arte. O elenco ainda conta com a presença da grande atriz Rosi Campos.

A ARTE DO FILME

Para traduzir uma estética exigida pela história, o filme foi pensado e filmado em P&B, o que para a Monica casou perfeitamente com sua ideia de cores para esse roteiro, “eu estava pensando numa palheta de cor com poucos tons e quando o Marcelo trouxe a ideia do P&B eu achei genial, pois isso trouxe outro tipo de apelo afetivo e até sensorial para o filme”.

Para pensar a arte desse longa, Monica revela que fez uma primeira leitura do roteiro todo, “sem parar para ficar vendo referência. A ideia é que a cabeça viaje em busca de sensações. Num segundo momento, vou em busca de referências; de imagens, músicas, fotos, filmes, pinturas, que me conectem imageticamente com o mesmo tipo de sensação. A partir daí, começo uma pesquisa mais específica, de acabamento, de estilo de móvel, de cor. Monto uma palheta de cor a partir da primeira sensação que senti ao ter entrado em contato com o roteiro. E  depois entra a equipe: assistente, figurinista, cenógrafa, maquiador.. que permite uma soma de olhares.. uma troca, sobretudo com o diretor e com o fotógrafo, no que tange à parte visual do filme”.

Trailer:

http://www.monicapalazzo.com/

ESTOPÔ BALAIO

O documentário “Estopô Balaio” do diretor e professor da Academia Internacional de Cinema (AIC) Cristiano Burlan tem sua pré-estreia no 11º Festival de Cinema de Latino Americano de São Paulo.

O filme traz a história do Coletivo Estopô Balaio, um grupo teatral do Jardim Romano, bairro do extremo leste paulistano, que sofre constantemente com enchentes. No ano de 2010, o bairro ficou submerso por três meses, foi preciso inventar novas formas de sobreviver e de resistir aos inúmeros desafios que surgiam. Os moradores se viram obrigados a criar novas perspectivas de sobrevivência, a se reinventar; “a arte me parece uma das estratégias mais fortes,” argumenta Cristiano.

A HISTÓRIA

Sua ligação com o grupo começou há três anos, quando assistiu à peça “O QUE SOBROU DO RIO”, e teve o impulso de filmá-lo. “Aquela história de resistência me estimulou a conhecer mais profundamente aquele lugar e aquelas pessoas… Passei a visitar o grupo sempre com uma câmera nas mãos. Desses nossos encontros, surge o longa-metragem “Estopô Balaio”, que busca revelar a comunhão do teatro com a comunidade, a partir da inquietação: como opera a arte em situações de trauma social?

EX-ALUNOS

O filme ainda conta com a participação de ex-alunos da Academia; João Macul (Direção de Fotografia), Charlene Rover, Cris Hernandez, Carolina Meneghel, Marcelo Paes Nunes (Montagem), Lucas Negrão, Gabriel Silvestre, Monique Lemos, Bruno Trentin.

 

O FESTIVAL

O Festival exibe obras de relevância na cinematografia latino-americana, e claro, reúne profissionais da área que veem nele a oportunidade de expor seus trabalhos ligados à produção, difusão e reflexão sobre o cinema. “O Festival sempre exibiu filmes que me impulsionaram como realizador. Costumamos não nos identificar como povo latino e o Festival nos faz relembrar com muita força e intensidade que temos uma história muito parecida com a os nossos vizinhos. Que a escassez de recursos nunca impediu os realizadores latinos de construírem filmes relevantes, inventivos e necessários. Fico muito feliz de poder exibir o documentário no encerramento de um Festival que sempre foi muito importante para mim” revela Cristiano.

 

Teaser

 

SERVIÇO

O Festival acontece entre os dias 20 e 27 de julho e neste ano homenageia a cineasta paulista Anna Muylaert.

Estreia de “Eu Te Levo”: 23/07/2016

Local: Memorial da América Latina

Horário: 20h

Pré-estreia de “Estopô Balaio”: 27.07.2016

Local: Memorial da América Latina

Horário: 20h30

Os ingressos serão distribuídos gratuitamente uma hora antes no local.

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Mário Jannini Diretor Técnico da ARRI Brasil na AIC

O mês de junho foi de grande agitação na Academia Internacional de Cinema (AIC) de São Paulo. Os alunos do Curso de Direção de Fotografia Semestral puderam conhecer e manusear equipamentos de ponta, que são utilizados na indústria cinematográfica do mundo todo. E o responsável por proporcionar essa experiência é o Engenheiro Eletrônico e hoje Diretor Técnico da primeira filial da ARRI na América Latina, Mário Jannini, durante sua palestra para a turma.

O ENCONTRO

“A ideia era colocar os alunos em contato com uma tecnologia utilizada nos principais filmes hollywoodianos ou na maioria dos filmes feitos pelo mundo, incluindo o Brasil”, comenta Jannini.

Mário Jannini, Direto Técnico da ARRI do Brasil, apresentando os equipamentos para a turma do Curso de Direção de Fotografia Semestral da AIC
Mário Jannini, Diretor Técnico da ARRI do Brasil, apresentando os equipamentos para a turma do Curso de Direção de Fotografia Semestral da AIC
O FOTÓGRAFO

No workshop que ministrou aos alunos, Mário Jannini enfatizou ainda que os “Ks” não ditam a regra do que é melhor ou pior, é preciso levar em consideração outras variáveis, como por exemplo, o HDR (High Dynamic Range, ou pode-se dizer: latitude ou alto alcance dinâmico) é muito mais importante do que somente a resolução em si. Ele cita o filme “O Regresso”, no qual muitas das cenas utilizam além da ALEXA 65 de 6K, câmeras ALEXA XT, que capturam em 2.8K e o resultado é impressionante. “Sobre o LED é a mesma coisa, não podemos somente achar que pelo simples fato de ter um refletor LED no set, você está bem… a ARRI utiliza LEDs calibrados por computador de primeira linha, na configuração RGBW (vermelho, verde, azul e branco), com isso se obtém uma luz de excelente qualidade e porque não falar uma sombra de excelente qualidade”.

Mário sabe que o fotógrafo é mais importante que a câmera utilizada, “mas se ele tiver o dom e o conhecimento sobre o equipamento, as imagens ficarão de tirar o fôlego”. Como último e mais importante recado, Jannini aconselha a todos os futuros diretores de fotografia que continuem estudando e se aprimorando para se tornarem grandes profissionais, pois sua contribuição será estar ao lado deles nessa ascensão, ajudando-os e incentivando-os a serem sempre melhores.

A ARRI

Considerada a maior fabricante de equipamento cinematográfico do mundo, está presente no cinema há 99 anos, fazendo câmeras

AMIRA - Uma das câmeras da empresa ARRI, apresentadas à turma
AMIRA – Uma das câmeras da empresa ARRI, apresentadas à turma

digitais, equipamento de iluminação, lentes, acessórios de câmera, e mais recentemente sistemas de estabilização de imagem. Com um mercado cinematográfico em expansão, o Brasil não poderia ficar de fora, a ARRI abriu sua primeira filial por aqui em 2016, oferecendo suporte técnico de pré e pós-venda, manutenção das câmeras (ALEXA, ALEXA Mini e AMIRA) e dos equipamentos de iluminação (linha LED, HMI e os fresneis de tungstênio) e futuramente, pretende dar treinamentos. Para os alunos, Mário apresentou a. AMIRA e o SkyPanel S60-C.

Vale mencionar que os últimos cinco filmes que conquistaram o OSCAR de melhor fotografia foram feitos com câmeras ARRI. No Festival de Cannes, quase 75% dos filmes da competição foram filmados com a ALEXA, “uma câmera de cinema digital, onde o principal diferencial é a textura de imagem, a reprodução de tom de pele, a latitude da câmera, ou seja, a capacidade de capturar todos os aspectos da imagem seja em cor ou em diferentes níveis de luz”, afirma Mário.

*Fotos: Beatriz Takata

 

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Workshop de 4k

Workshop de 4k no Filmworks

A tecnologia 4K ao alcance dos futuros profissionais

A tecnologia tem evoluído com bastante rapidez e esse progresso pode ser visto, por exemplo, nos celulares, TVs, no cinema, na internet e em vários outros que estão mudando o tempo todo. Uma evolução tecnológica bastante nítida é com relação à imagem, depois da chegada da TV Digital e das resoluções Full HD, quem chegou para dominar o mercado de imagem foi a tecnologia 4K.

Para apresentar o formato, a Academia Internacional de Cinema (AIC) proporcionou um workshop sobre o novo formato 4K, para os alunos do curso Filmworks, o Curso Técnico em Direção Cinematográfica de São Paulo, no mês de junho. O workshop contou com os professores e André Besen, professor no curso Filmworks e Ricardo Herling, professor no curso de Formação Livre em Direção de Fotografia. “A tecnologia 4K é no momento o que conseguimos mais amplamente com qualidade em captação de imagens… É a nova tendência com expectativa de padrão até o ano de 2020” revela, pois como colorista, Ricardo reconhece que observa e enxerga imagens com mais qualidades e defeitos também, por isso, pode afirmar que se tem muito mais recursos em 4K de definição e tecnologia a favor.

Mas afinal, o que é o 4K?

Para quem ainda não conhece muito bem, 4K é o formato de resolução (4096 x 2160), com quatro vezes mais pixels que o conhecido Full HD (1920 x 1080). Esses números indicam a quantidade de linhas e colunas de pixels que compõem a imagem exibida na tela. Quanto maior o número de pixels, melhor a qualidade da exibição. E o que isso significa? Bom, em termos mais gerais a tecnologia 4K permite telas maiores, sem distorções ou perda de qualidade, pois são 08 milhões de pixels em uma única imagem.

E foi pensando em apresentar essa nova tecnologia aos alunos que surgiu a ideia do workshop. “A proposta foi sem dúvida apresentar, de forma prática, uma tecnologia e recurso novos e que os alunos certamente vão encontrar quando entrarem no mercado de trabalho” afirma Juliana Salazar, coordenadora de produção da AIC. Além disso, André Besen reitera que o workshop contribui, à medida que, ajuda os alunos a compreenderem a fundo o que essa tecnologia significa, inclusive aprendendo a distinguir a participação ou não dessa tecnologia na garantia da qualidade da imagem, pois “ela é responsável pela resolução, mas existem vários outros fatores responsáveis pela qualidade da imagem”.

Vale ou não vale a pena?

Ainda não é unanimidade, devido a valores, ao acesso, mas a tecnologia 4K é uma realidade no Brasil e no mundo. Por enquanto, os filmes e séries no formato ainda são escassos, mas aos poucos está chegando ao grande público. A minissérie Ligações Perigosas, apresentada em janeiro pela Rede Globo, foi gravada e pós-produzida em 4K, ainda que poucas pessoas tenham notado a diferença na qualidade, pois era preciso ter uma TV 4K conectada à internet, pode-se notar um interesse em tornar acessível o novo formato.

Na internet, é possível ter acesso à tecnologia por meio dos serviços streaming. O YouTube possui um acervo de vídeos em 4K, que pode ser acessado pela maioria dos dispositivos com telas UltraHD, por meio de apps para Smart TVs, por exemplo. O Netflix também possui conteúdo no formato, além de oferecê-lo em algumas de suas próprias produções, mas é preciso fazer uma assinatura. No Vimeo, concorrente do YouTube, também é possível encontrar um grande arquivo de vídeos em 4K. O problema da internet é a velocidade, pois existe a necessidade de uma internet de 25Mbps, e sabe-se que a velocidade nacional média gira em torno de 4 a 6Mbps. Portanto, o acesso à nova tecnologia ainda é para poucas pessoas, mas há uma tendência de popularização do formato.

Apesar de já estarem disponíveis no mercado desde 2013, foi somente no ano de 2015, que mais aparelhos com essa tecnologia começaram a ser comercializados, e quase todos os smartphones top de linha possuem essa configuração.

Gravando com 4K

Mesmo se o formato final for menor que 4k, existem vantagens em captar utilizando essa tecnologia, como por exemplo a qualidade da imagem, que é melhor quando se reduz de 4k para Full Hd do que uma gravação inicialmente feita em Full HD. E por que isso acontece? Resumidamente, quer dizer que na hora de converter uma resolução para outra, cada pixel continua carregando o mesmo “valor” de cores de antes, ou seja, há muito mais cores captadas pelo 4K que fazem diferença mesmo após a redução. Quem trabalha com pós-produção pode se beneficiar do formato, pois a quantidade de informações processadas na imagem 4K é grande, o que possibilita alterações, correções com um resultado muito melhor.

Red Dragon e Black Magic 4K

Por ser uma tecnologia que envolve uma integração essencial das fases de pré-produção, produção e pós-produção, esse workshop também explorou bastante a importância de realizar um trabalho completo e coordenado durante essas três fases, para extrair o melhor que essa tecnologia oferece. Dessa forma, André conta que o workshop foi dividido em quatro períodos.

No primeiro período foi realizado um workshop com a câmera Red Dragon e a câmera Black Magic 4K, explorando e conhecendo a fundo suas possibilidades, seus menus de operação e a diferença entre as duas relativas ao resultado de imagem. No segundo período foi produzida uma série de imagens com a câmera Red Dragon, para que os alunos conhecessem a câmera na prática e gerassem material para ser estudado e manipulado na pós-produção. Já no terceiro período, foi ensinado como começar o trabalho na pós-produção, lidando com esse material (loggagem, geração de proxy, EDL, XML). No último e quarto momento, foi trabalhado esses materiais em softwares de pós-produção (color grading) para obter o melhor resultado das imagens. E quem assumiu esses últimos dois períodos foi o professor e colorista Ricardo Herling.

Quando se fala em cinema, inevitavelmente tem-se que falar de equipamentos, e esse é um tema que está em constante evolução. Então, mostrar essas novas possibilidades tecnológicas para nossos alunos, é essencial”, finaliza Juliana.

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Dorina

Lina Chamie estreia documentário sobre a trajetória de Dorina Nowill

DORINA_cartazA cineasta e professora da Academia Internacional de Cinema (AIC), Lina Chamie, estreia seu último longa-documentário. “Dorina – Olhar para o Mundo”, produção brasileira da HBO, está disponível gratuitamente até o dia 10 de junho no HBO Go e HBO On Demand.

Dorina Nowill

O documentário conta a sensível história de Dorina Nowill, que perdeu a visão aos 17 anos e ao longo da vida lutou pelos direitos de inclusão social das pessoas com deficiência visual. Dentre as conquistas de Dorina estão a criação do curso de especialização para cegos, a criação da fundação responsável por trazer a primeira imprensa braile para o pais e o direito ao voto.

“Dorina foi uma heroína brasileira, tem uma trajetória completamente iluminada. A vida dela é muito mais que apenas uma história de superação. Foi um privilégio fazer o filme, me abriu os olhos. Dorina me ajudou a ver as coisas. Uma mulher cega que me ajudou a ver o mundo de uma forma mais bonita”, conta Lina Chamie.

O Filme

A cineasta também conta que a ideia do filme começou com a neta de Dorina, Martha Nowill, que é amiga pessoal de Lina e produtora e roteirista do filme. “O projeto começou, pois, Martha queria fazer um filme sobre a vida da avó. A HBO se interessou pelo projeto imediatamente, já que o canal tem uma tradição em documentários sociais”.

dorina
“Dorina – Olhar para o mundo” apresenta a pioneira na luta pela educação e inclusão das pessoas com deficiência visual no Brasil e no mundo

Sobre a linguagem do filme Lina diz que se trata de um filme em primeira pessoa, já que existia um arquivo pessoal imenso da Dorina falando, dando entrevistas. Martha, a neta, gravou trechos da biografia de Dorina, como em um livro gravado. “Fazer o filme foi um desafio muito prazeroso para mim, pois ele veio de encontro com as minhas crenças de linguagem. Nas minhas aulas eu falo muito de SOM, para mim, ele é um elemento primordial, tão ou mais forte que a imagem. Esse é um filme sobre pessoas que não enxergam, então, ele se dá quase que inteiramente no som, se você fechar os olhos, você irá compreender o filme perfeitamente. Existem momentos que não enxergamos as cenas, apenas as ouvimos, a ideia era que o espectador percebesse o mundo pelo som e não pela imagem”, conta a diretora.

A cineasta paulista e professora da AIC, Lina Chamie, reconhecida pela sua poética cinematografia
A cineasta paulista e professora da AIC, Lina Chamie, reconhecida pela sua poética cinematografia

Além da questão do som, Lina homenageia filmes famosos que tratam sobre o assunto da cegueira, como “O Ensaio Sobre a Cegueira” (Fernando Meirelles), “Hoje eu Quero Voltar Sozinho” (Daniel Ribeiro), “Perfume de Mulher” (Dino Risi / Martin Brest) e “O Milagre de Anne Sullivan” (Arthur Penn).

O filme está disponível gratuitamente na aba Experimente da plataforma HBO Go e no HBO On Demand, na plataforma Now (Net) e deve seguir ainda este ano para os canais da HBO nos demais países da América Latina.

Trailer

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O boom dos programas humorísticos e o novo curso de roteiro de humor da AIC

novo zorra
Novo Programa Zorra conta com a colaboração dos roteiristas que darão aula em novo curso de Roteiro de Humor da AIC. Foto: Pedro Curi / TV Globo/Divulgação

Em tempos de crise o humor exerce um papel quase catártico. O riso nos purifica. Talvez por isso os programas de humor já surjam fazendo sucesso, não só na TV, como na internet e nos teatros, com as comédias stand up. Levando esse cenário em conta, a Academia Internacional de Cinema (AIC) lança um NOVO curso no Rio de Janeiro, o de Roteiro de Humor.

Com o objetivo de desenvolver as capacidades criativas do aluno na redação de roteiros engraçados e originais, o curso alia teoria e prática de escrita, dividido em módulos dedicados a três veículos de narrativas cômicas no audiovisual: cinema, televisão e internet.

Clara Meirelles
Clara Meirelles, que coordenada o novo curso, é roteirista e mestre em Comunicação e Cultura. Ela já integrou o núcleo de roteiristas da Conspiração, escreveu história em quadrinhos e roteiros de séries televisivas.

No primeiro módulo o curso apresenta as estruturas fundamentais do humor, usando exemplos do cinema e de mestres da comédia, de Chaplin e Billy Wilder a Woody Allen e Judd Apatow, analisando a mecânica da comédia e da dramaturgia de humor. No segundo, trata das formas como a televisão explora o humor em diferentes formatos, traçando um breve panorama de diferentes produções, como o esquete, o sitcom – a comédia de situação – e também o humor de personagem. No terceiro e último módulo o foco é o humor na internet.

Quem coordena tudo isso é a roteirista e mestre em Comunicação e Cultura Clara Meirelles. Ela já integrou o núcleo de roteiristas da Conspiração Filmes, escreveu história em quadrinhos e roteiros de séries televisivas, como o recente sucesso do canal GNT, “Copa Hotel”.

Em entrevista para a comunicação da AIC ela conta um pouco mais do novo curso, fala sobre o mercado humorístico e claro, mesmo numa conversa séria, não perde a piada. Confira!

ENTREVISTA

AIC – Conte um pouco sobre o novo curso de Roteiro de Humor da AIC?

Ricardo VR
Ricardo VR, professor do curso, diz que para ser um bom roteirista de humor é preciso ser criativo, ter boas ideias e ser um bom observador do cotidiano.

Clara Meirelles: É um curso de roteiro que tem como foco a escrita para o humor, que é um mercado à parte e muito aquecido. Vamos estudar ferramentas usadas nesse tipo de narrativa, como punchline, timing, quebra de expectativa. Espero que seja divertido. Se não for, não devolvemos o dinheiro, mas distribuímos piadas grátis.

AIC – Precisa ser humorista antes de saber escrever?

C.M.: Claro que há pessoas naturalmente engraçadas, com uma sensibilidade aguçada para piadas e muito espontâneas, mas é necessário trabalhar técnicas para se tornar uma pessoa que escreve roteiros, que domina os tempos e a construção do humor. Um dos professores do curso, o Ricardo VR, diz que é preciso ser criativo, ter boas ideias, ser um bom observador do cotidiano e, embora pareça óbvio, conhecer as regras do português. O que nem todos sabem. Se você também for humorista, ótimo. Mas nem sempre um bom humorista vai ser um bom roteirista.

AIC – E para quem quer entrar na área? O que você indica? Quais as características que o profissional precisa ter?

C.M.: Ler, muito. Ver filmes, jornais, séries, programas, peças. Estar ligado no cotidiano. Criar repertório. Se informar o máximo possível. Porém, mais importante do que as características que a pessoa já tem são as que ela pode aprender. O que indico? O nosso curso!

AIC – O humor pode ser considerado uma válvula de escape ou está mais para um instrumento de crítica? Ou um pouco dos dois?

C.M.: O humor, a sátira e a comédia têm como função mostrar algo oculto, algo que está por trás. É uma crítica social. E mais: é uma necessidade social. Como diz o Ricado VR, talvez não por acaso, em épocas de crise como a de agora, os programas de humor, como o novo Zorra, por exemplo, batem recorde de audiência. Ou seja, a crítica que nos faz rir também promove o relaxamento e a sensação de alívio, mesmo que temporária. É um 2 em 1.

AIC – Como você explica o sucesso do programa Porta dos Fundos? Tem algum outro exemplo que vale ser citado?

elenco porta dos fundos
Elenco do programa PORTA DOS FUNDOS. Em três anos de existência no You Tube, o grupo atingiu a incrível marca de 2 bilhões de visualizações e mais de 11 milhões de assinantes, se tornando o maior fenômeno da Internet brasileira e um dos maiores canais do mundo. Foto: Divulgação

C.M.: O Porta dos Fundos chegou em um momento em que o humor brasileiro precisava de uma reinvenção de linguagem. Ele nasce na internet e inova com um tipo de comicidade que, na época, não estava na televisão: situações absurdas, com influência clara do humor inglês, sátiras políticas à atualidade, e também situações cotidianas, que todos nós vivemos, vistas sob a lente de aumento do humor. A Renata Mizrahi, nossa professora que é dramaturga, lembra também a qualidade primorosa dos diálogos dos esquetes.

AIC – Conte um pouco sobre os professores do curso. Como juntou todo esse time?

C.M.: Quando montei o curso, achei que a melhor estratégia para compor o time de professores seria reunir amigos roteiristas que trabalham com humor já há algum tempo e têm experiência variada. A Renata Mizrahi, por exemplo, tem um trabalho consistente no teatro; o Haroldo Mourão escreve para a televisão há muito tempo, fez parte da redação do Casseta e Planeta e hoje está no Zorra, assim como o Ricardo VR e o Fernando Aragão. O Vinicius Antunes escreveu para o Sensacionalista, está no Zorra e também trabalha com podcast e blog. Juntos, os professores podem dar uma noção ampla do que está acontecendo hoje em dia. Além disso, têm visões e experiências complementares, o que é ótimo para os alunos. É um timão!

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