Atenção, comunidade AIC: este mês tem presente de cinéfilo.
No dia 11, chega aos cinemas Lumière! A Aventura Continua, novo trabalho de Thierry Frémaux, diretor do Festival de Cannes e uma das figuras mais influentes da preservação e difusão da história do cinema. A Imovision traz Frémaux ao Brasil para uma série de encontros ao lado de Walter Salles — e, claro, nossa parceria garante ingressos gratuitos para alunos e professores da AIC.
O filme é uma celebração vibrante da invenção dos irmãos Lumière e da própria aventura cinematográfica. Uma carta de amor à imagem em movimento — do tipo que faz qualquer estudante de cinema lembrar por que começou tudo isso.
🎟️ Como retirar seu ingresso: passe na secretaria da AIC. Tem quantidade limitada, então não deixe para depois.
O 13º Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre (FRAPA) anunciou seus vencedores no dia 07 de novembro, e o prêmio de Melhor Roteiro de Longa-Metragem foi para Revide, projeto do roteirista Gael Bérgamo, ex-aluno do Curso de Formação em Roteiro da AIC.“É um reconhecimento muito importante. O FRAPA é uma referência para quem trabalha com roteiro, então receber esse prêmio reforça a confiança na minha voz de autor e no caminho que venho construindo”, afirma Gael.
O projeto: identidade, ação e representatividade
Revide parte de um tema central: afirmar a própria identidade diante de sistemas que tentam silenciar. O roteiro aborda barreiras sociais, burocracias e transfobia, ampliando esse debate para dentro de um filme de ação — território ainda marcado por pouca diversidade.
A motivação inicial veio da falta de representatividade no gênero: “Sempre vemos os mesmos rostos e corpos no cinema de ação. A primeira inquietação foi justamente essa ausência”, explica Gael.Foi dessa observação que nasceu o protagonista Paulo Monstera, personagem transmasculino pensado para ocupar um espaço narrativo pouco explorado no cinema brasileiro.
Processo criativo e desenvolvimento na AIC
Na sala de aula, na AIC, com o professor Elzemann e os colegas de tuma.
O roteiro foi desenvolvido durante o Curso de Formação em Roteiro da AIC. Segundo Gael, a escola foi determinante para a estrutura e o amadurecimento do projeto: “A AIC foi um ambiente muito fértil. As aulas estimularam a criatividade e o professor Elzemann sempre soube acolher as especificidades de cada história.”
O cronograma de entregas também fez diferença: “Criou ritmo, organização e ajudou a estruturar a escrita. A cada etapa, o Elzemann trazia observações, e os colegas contribuíam com leituras e comentários valiosos.”
Após a premiação, Gael segue aprimorando o roteiro. As consultorias recebidas no FRAPA LAB ampliaram perspectivas e caminhos para o projeto. Agora, ele busca parcerias com produtoras e editais de desenvolvimento. “Quero muito ver esse projeto ganhando as telas.”
Para novos roteiristas
Gael deixa um recado para quem está escrevendo o primeiro longa: “A gente nunca se sente totalmente pronto, e está tudo bem. Confie no processo de escrita e reescrita. Pesquise, mergulhe no tema e não espere o texto perfeito para começar.”
Sobre o FRAPA
Criado em 2013, o FRAPA é o principal festival dedicado ao roteiro na América Latina. A 13ª edição aconteceu entre 03 e 07 de novembro de 2025, com programação que incluiu mesas, oficinas, masterclasses, encontros de mercado e concurso de roteiros nas categorias Longa-Metragem e Piloto de Série.
Orgulho AIC
Para a AIC, a conquista de Revide reforça a importância de um ambiente formativo que estimula reflexão crítica, troca criativa e rigor no desenvolvimento narrativo.
O coordenador do Curso de Formação em Roteiro, Elzemann Neves, acompanhou de perto a evolução do projeto e celebrou o reconhecimento: “Quando vi o Gael entre os finalistas, já fiquei muito feliz. Ele sabia exatamente o roteiro que queria escrever e tinha referências claras de linguagem. A originalidade da premissa de Revide é incontestável. A orientação fluiu de forma muito natural: ele absorvia cada devolutiva e voltava sempre com um texto mais consistente”.
Elzemann, que esteve no FRAPA este ano, conta: “dei a oficina de abertura e mentorias para os finalistas de argumento documental — e ouvir o nome dele como vencedor foi especialmente marcante. Ele concorria com projetos excelentes, então ver o reconhecimento de uma narrativa tão necessária foi emocionante. Tenho convicção de que a escrita do Gael ainda será referência em construção de personagem e filmes de gênero no Brasil.”
O olhar apurado do professor André Moncaio, coordenador do curso de Direção de Fotografia da Academia Internacional de Cinema (AIC), volta às telas neste sábado (15), com o lançamento do filme Os Amantes da Pinacoteca, filmado inteiramente com um iPhone 13 Pro. A sessão acontece às 18h, no MIS – Museu da Imagem e do Som, em São Paulo.
A produção, dirigida por Luís Carlos Soares, mergulha na história de Leona e Nilo, que se reencontram quinze anos após uma intensa e abrupta separação. O reencontro, em meio às obras e silêncios da Pinacoteca de São Paulo, desperta memórias, escolhas e identidades — num diálogo visual que mistura delicadeza e potência.
Moncaio, premiado no 46º Festival de Brasília por O Canto da Lona, assina a direção de fotografia do filme e transforma o espaço icônico da Pinacoteca em um personagem vivo. A câmera acompanha as nuances emocionais dos protagonistas, equilibrando o gesto íntimo com o peso simbólico das obras de arte ao redor. “a fotografia precisava traduzir a distância física e simbólica entre as personagens, além de ao mesmo tempo trazer a importância do espaço para a narrativa”, comenta o professor.
A opção por filmar com um smartphone não é apenas técnica, mas conceitual. “Usar o iPhone permitiu uma liberdade de movimento e uma proximidade com os atores que a estética do filme pedia. A grande profundidade de campo oferecida pelo iPhone permitiu isso, agilizando a filmagem e contribuindo pra dinâmica do set”, explica Moncaio. O resultado é uma narrativa visual que combina fluidez documental e rigor pictórico, reafirmando a versatilidade do olhar do diretor de fotografia.
Educador há mais de duas décadas, o professor contribui com a formação das novas gerações de fotógrafos no Brasil. No filme, sua assinatura reafirma a força da imagem como linguagem e da fotografia como arte — mesmo quando captada por uma lente de bolso.
SERVIÇO
📍 Os Amantes da Pinacoteca Sábado, 15 de novembro, às 18h MIS – Museu da Imagem e do Som, São Paulo
A Academia Internacional de Cinema (AIC) anuncia a abertura das inscrições para o 14º Filmworks Film Festival, mostra competitiva que celebra os filmes produzidos por estudantes do curso técnico em Direção Cinematográfica (Filmworks).
Além das produções do Filmworks, o festival também aceita inscrições de filmes realizados nos cursos livres de Cinema e Documentário presenciais, que concorrem em categorias específicas.
As inscrições estão abertas na plataforma FilmFreeway até o dia 19 de dezembro de 2025.
Sobre o Festival
A nova edição do Filmworks Film Festival acontece nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2026, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo — com horários a serem divulgados em breve.
O festival tem como objetivo promover e valorizar o curta-metragem, estimulando o diálogo entre estudantes, público e profissionais do audiovisual. A proposta é aproximar os estudantes da AIC da vivência de um festival de cinema, oferecendo uma experiência que une formação, exibição e reflexão sobre o fazer cinematográfico.
Cronograma
📅 Período de inscrição: 11 de novembro a 19 de dezembro de 2025.
📢 Divulgação dos selecionados: até 15 de janeiro de 2026 (no site da AIC e por e-mail).
🎬 Entrega do corte final: até 28 de janeiro de 2026, às 23h59.
🎥 Exibição dos filmes: 27 e 28 de fevereiro de 2026, no MIS (SP).
Antes de se inscrever, leia atentamente o regulamento completo disponível no site da AIC e depois faça sua inscrição diretamente no Filmfreeway.
A 14ª edição do Filmworks Film Festival vem aí — só um pouquinho mais tarde do que o habitual.
Neste ano, nosso parceiro de longa data, o MIS – Museu da Imagem e do Som, passará por uma importante reforma em seu auditório, que volta em fevereiro totalmente renovado: com novas cadeiras, projeção aprimorada e equipamentos de som de última geração.
Para garantir que o festival continue com a mesma qualidade técnica e o clima de celebração que sempre marcaram o evento, a AIC optou por adiar a mostra e a cerimônia de premiação para fevereiro de 2026. Já salva a data: 27 e 28 de fevereiro de 2026.
Por que isso é uma boa notícia?
Além de reencontrar o público em um cinema novinho em folha, os estudantes ganham mais tempo para se preparar:
As inscrições abrem em 10 de novembro, com 40 dias de prazo para envio dos filmes.
As etapas de finalização e entrega das cópias terão um tempo maior, garantindo que cada projeto chegue à tela com o cuidado que merece.
A equipe da AIC também segue trabalhando intensamente, preparando essa edição com carinho e cuidado de sempre, afinal, é um dos eventos mais esperados pelos nossos estudantes. Já temos a nova identidade visual do festival — e aqui vai um spoiler: o cartaz da edição 2025/2026 está incrível (vide banner do site).
Tentamos levar o evento a outros espaços, mas nenhum se encaixou tão bem quanto o MIS, que há anos é a casa do nosso festival. Preferimos esperar e celebrar o cinema no mesmo lugar de sempre, com a certeza de que será uma grande celebração. Em fevereiro, o Filmworks Film Festival volta com tudo — renovado, potente e do jeito que a comunidade AIC gosta.
Aguarde a publicação do regulamento nas próximas semanas e já vai organizando seu filme. =)
O primeiro longa da professora da AIC volta às telas em 4K, celebrando a força de três mulheres fundamentais do cinema brasileiro
Um dos marcos do cinema nacional está de volta às telas. “Tônica Dominante” (2001), longa-metragem de estreia da cineasta e professora da Academia Internacional de Cinema (AIC) Lina Chamie, será exibido em cópia restaurada na 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A sessão especial acontece no domingo, 26 de outubro, às 22h, na Sala Grande Otelo da Cinemateca Brasileira.
O filme acompanha três dias na vida de um jovem musicista, vivido por Fernando Alves Pinto, em uma narrativa que mistura ritmo, poesia e o poder transformador da arte. Com formação em música pela New York University e mestrado pela Manhattan School of Music, Chamie constrói um diálogo sensorial entre som e imagem.
“Tônica Dominante é um diálogo entre duas paixões, o cinema e a música. E já contém nele uma aposta recorrente em meu cinema: a de que a arte nos transforma e nos salva”, afirma a diretora.
Mais do que um retrato da juventude e de suas dissonâncias, o filme se tornou símbolo de uma geração e marco histórico: foi o primeiro longa de ficção brasileiro com direção de fotografia assinada por uma mulher, Katia Coelho, ABC. A sessão também presta homenagem à produtora Zita Carvalhosa, da Superfilmes, falecida em julho deste ano — figura essencial na realização e difusão do cinema independente no país.
A restauração em 4K foi realizada pela Cinecolor Brasil, a partir dos negativos originais e de uma cópia em 35mm preservada pela Cinemateca Brasileira. O som foi remasterizado pelo Estúdio JLS, com supervisão técnica de Paulo Sacramento e supervisão artística da própria Lina Chamie. O projeto foi viabilizado pela Lei Paulo Gustavo, por meio do Edital de Digitalização de Acervos do Estado de São Paulo.
Para estudantes e amantes do cinema brasileiro, é uma oportunidade rara de rever — ou descobrir — uma obra que dialoga com a música, o tempo e a própria essência do cinema.
🎟️ Ingressos disponíveis a partir de 22 de outubro pelo app da Mostra e pelo site da Velox Tickets.