Dia 07 de outubro, às 19h, acontece mais uma edição do Ciclo de 10, uma mostra que destaca os 10 melhores filmes produzidos ao longo do ano por alunos do FILMWORKS – o curso técnico em direção cinematográfica da Academia Internacional de Cinema (AIC).
A mostra, que é uma das principais oportunidades dos alunos exibirem os trabalhos e sentirem a reação da plateia, acontecerá no Museu da Imagem e do Som (MIS) e será aberta ao público, com entrada franca. Os 10 filmes selecionados ficam automaticamente inscritos para a próxima edição do Filmworks Film Festival, o festival interno da AIC, que premia os melhores filmes em uas diversas categorias.
O júri deste ano contou com a participação de professores da AIC, entre eles Thiago Fogaça, que dá aulas de roteiro, Samir Cheida, que dá aulas de edição, André Moncaio professor de direção de fotografia e Cláudio Gonçalves, professor de direção cinematográfica.
Confira os nomes dos filmes selecionados, conheça os diretores e não deixe de prestigiar mais este evento da AIC.
OLHAR DE UM DIA – DIR. FELIPE TERRA
RAPSÓDIA – DIR. SANDRO GIORDANO
SETE OITO – DIR. LUCIANA BARRETO
AS PIADAS INFAMES DE ANIBAL – DIR. CARLOS EDUARDO DE CARVALHO MACHADO
O ESTRANHO MOMENTO EM QUE DEIXEI DE SONHAR – DIR. GABRIEL PIPOLO
ESPÉCIME 53 – DIR. LEONARDO THADEU FABBRI PRIOLI
FRACTAIS – DIR. MARIA CLARA CARLOS MAGNO CABIANCA
PAREIDOLIA – DIR. IURI BERMUDES SILVA
CODA – DIR. BIANCA MEDINA
A ORQUÍDEA E O DENTE DE LEÃO – DIR. FLAVIO SARDINHA
Serviço:
Dia 07 de outubro de 2o13 às 19h. Museu da Imagem e do Som – MIS Av. Europa, 158. Jardim Europa.
Michael Wahrmann recebe o prêmio de melhor diretor pelo filme Avanti Popolo, no 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Foto de Valter Campanato/ABr
Na noite da última terça-feira (24), o professor Michael Wahrmann saiu da cerimônia de premiação da 46ª edição do Festival de Brasília com 4 troféus candangos debaixo do braço. O longa “Avanti Popolo” recebeu os prêmios de Melhor Direção, de Melhor Ator Coadjuvante pela atuação de Carlos Reichenbach, prêmio da Crítica de melhor longa-metragem e o Prêmio Saruê, conferido pela equipe de cultura do Jornal Correio Braziliense.
“Foi uma noite incrível onde o cinema brasileiro autoral se mostrou forte e unido. Muito emocionante o prêmio do Carlão como ator coadjuvante e estou muito feliz em dividir esse palco com tantos amigos queridos”, conta o professor Misha.
O professor André Moncaio, que dá aulas de direção de fotografia no curso
Filme O canto da Lona – prêmio de Melhor Fotografia para o professor André Moncaio
FILMWORKS, também saiu vitorioso na noite de premiação. Ganhou o prêmio de Melhor Fotografia pelo curta de documentário “O Canto da Lona”, dirigido por Thiago Brandimarte Mendonça.
“É muito gratificante um festival tão respeitado e tão importante pro cinema brasileiro reconhecer o meu trabalho com um filme tão verdadeiro, de um dos diretores mais inventivos do nosso cinema. O mais bacana de fazer esse filme foi ter utilizado em um documentário conceitos e técnicas que são normalmente trabalhados no universo da ficção. Isso permitiu uma grande liberdade de criação e experimentação, utilizando refletores de teatro e um iluminação dura e contrastada somada a filtros de difusão na câmera.”, conta o professor André.
Os filmes concorreram a um total de R$ 700 mil pela premiação oficial, além de diversos outros prêmios. Durante os 8 dias de Festival, foram exibidos 6 longas e 6 curtas de documentários, 6 longas de ficção e 6 curtas de ficção. “Exilados do Vulcão”, de Paula Gaitán, ficou com o maior prêmio da noite, de melhor longa-metragem de ficção.
Cerimônia de premiação do 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro – foto de Valter Campanato / ABr
A professora do FILMWORKS, Lina Chamie, está no Festival do Rio de Janeiro com seu último filme “Os Amigos”. O longa é a quarta obra da diretora e conta a história de Théo, um arquiteto de São Paulo que acaba de perder um amigo de infância, Juliano. No funeral, Théo relembra seus amigos e reflete sobre a existência e as relações de amor e amizade na vida. “Escrevi o filme especialmente para o (ator) Marco Ricca. Nos tornamos muito amigos, desde 2005, na época que fizemos o filme ‘Via Láctea’. É uma homenagem de amigo a um grande parceiro de trabalho que a vida me deu.”, explica a diretora.
Outro professor que também estará no Festival é o professor Cristiano Burlan, com
Filme Mataram meu Irmão, do professor Cristiano Burlan
o premiado documentário “Mataram meu Irmão”. O filme reconstrói, por meio de relatos de parentes e amigos, o assassinato de Rafael Burlan, irmão de Cristiano, morto com sete tiros, em 2001. Além de uma jornada pessoal, o filme retrata a violência de bairros da periferia paulista, como o Capão Redondo, onde ele morava com a família.
A coordenadora do curso de Produção Executiva da Academia Internacional de Cinema, Laura Fazoli, é uma das responsáveis por difundir a cultura do Sales Agent no Brasil, como destaca a matéria publicada no site Empreendedores Criativos. “Quando Laura começou a frequentar festivais de cinema, feiras e rodadas de negócios com agentes do setor, percebeu que ali estava uma figura crucial no sucesso de conteúdos, o sales agent, profissional supervalorizado em lugares onde a indústria realmente está em atividade”, diz o jornalista Raul Perez, na matéria.
Segundo Laura, o Sales Agent a figura que vai para o front. “É o cara que vai vender o conteúdo, negociar principalmente as licenças do conteúdo para todos os tipos de mídias, no mundo todo”. Ou seja, é ele o responsável por fazer os contratos de exibição de materiais audiovisuais, seja ele filmes, séries, programas, animações ou documentários, em diferentes tipos de janelas e plataformas, como cinema, televisão, canais de vídeo sobre demanda etc.
Por isso Laura “largou o emprego fixo” como produtora executiva e resolveu abrir a própria empresa, a Laura Fazoli & Associados. “Não é apenas uma empresa de distribuição. O que queremos é resolver um gargalo dentro das produtoras, que vai desde a produção executiva do conteúdo, ou seja, ajustar orçamentos, afinar conversas com investidores, apresentar projetos em editais e pitchings, já com foco na comercialização, até encontrar onde alocar tal conteúdo”, conta. Além de atender importantes produtoras brasileiras, como a Bossa Nova Films, a Mira Filmes, a Tangerina, Set Vídeo (MS), Cara de Cão (RJ), Cinerama (RJ), Dois Moleques (RJ), Acere, Fuego Digital, entre outras, Laura também negocia com todos os canais de TV e distribuidores para salas de cinema no Brasil e no exterior.
Correria? Que nada. Além de todos esse trabalho ela ainda está com a agenda lotada de eventos no segundo semestre. No último dia 19 estava no Festival de Cinema de Brasília, participando de uma mesa sobre distribuição, falando sobre as janelas de exibição além do cinema. Entre os dias 01 e 04 de outubro estará em Colonia, na Alemanha, falando sobre as possibilidades do audiovisual no Brasil, com foco em coprodução internacional. Entre os dias 07 e 10 estará em Cannes, na França, participando da Mipcom, maior evento sobre audiovisual e entretenimento do mundo. Em novembro e dezembro estará em Buenos Aires para três grandes eventos: Festival y Mercado de Televisión Ficción, VenTv e Ventana Sur – Mercados de documentários para Tv e Cinema latino-americano.
A Diretora de Arte e professora da Academia Internacional de Cinema – AIC, Monica Palazzo, assina a Direção de Arte dedois filmes que estão no Festival do Rio, que acontece entre os dias 26 de setembro e 10 de outubro.
“É muito bom ter ambos os filmes estreando no Festival do Rio, que é um dos mais importantes do Brasil e talvez na América do Sul. É uma grande oportunidade de vitrine e de trocas com o público, afinal, é pra isso que fazemos cinema, né? Para compartilhar um olhar, uma história, pontos de vista, universos vividos e retratados, situações inusitadas, personagens!”, conta Monica.
Rio Cigano
O longa “Rio Cigano”, tem direção de Julia Zakia e conta com uma narrativa inspirada na tradição oral cigana, combinada a temas
Cena do filme Rio Cigano
contemporâneos, como o consumo da vaidade.
“Conheci a Julia em 1999 e tenho grande amizade desde então. Fiz a direção de arte dos seus curtas de ficção, e ela fez preparação de elenco no meu primeiro curta, ‘Páginas de Menina’, e fotografou parte do meu 2º curta. A Julia tem um papel importante na minha vida, ela me convidou para fazer trabalhos desafiadores, e ao mesmo tempo, sempre me deu liberdade para criar, e oportunidade para as trocas. Ao ler o roteiro do Rio Cigano, desde as primeiras versões, enxerguei o projeto como uma espécie de “conto de fadas” (usando aqui a relatividade do conceito e não encarando de forma absoluta – ou seja, o filme não é um conto de fadas conhecido, e sim, uma história que se articula de maneira inusitada, metáforas visuais e sonoras, a relação entre as personagens)”, conta a diretora de arte.
A história gira em torno da cumplicidade entre duas meninas ciganas, Kaia e Reka, violentamente separadas na infância e criadas em mundos distantes. Durante uma viagem, os ciganos se veem obrigados a atravessar a fazenda de um conde, de onde são expulsos. Em meio à fuga, uma das meninas se perde e é raptada pelo fazendeiro. Ela é criada no casarão da fazenda como servente da condessa e, absorvida pelo trabalho, cresce agarrada às poucas lembranças da vida cigana. Kaia, por sua vez, é criada pela própria família até deixar o acampamento e partir sozinha em busca de Reka.
“A beleza dos elementos é filmada de uma maneira sensível e o universo fílmico é particularmente feminino”, revela a diretora, no blog do filme.
Para saber a programação de exibição, clique aqui.
O Tempo que Leva
A atriz estreante Mayana Neiva em cena do filme O Tempo que Leva
O curta “O Tempo que Leva”, dirigido por Cintia Dommit Bittar, também conta com a participação do professor e diretor de arte, Dicezar Leandro.
“No final de 2012, tivemos a ideia de convidar outro diretor de arte para dividir o trabalho comigo, o Dicezar Leandro, que, além de amigo, é parceiro nos cursos da AIC, tinha interesse e disponibilidade em ficar durante toda a filmagem em Floripa. Foi superinteressante essa divisão de trabalho, agregou ao filme e às pessoas que trabalharam conosco, e para cada um de nós também. Compartilhar o olhar e o processo de trabalho é uma forma eficiente de agregarmos conhecimento e desenvolver novas estratégias de criação”, conta Mônica.
Gravado na cidade de Florianópolis – SC, o filme tem pitadas de ficção científica. O calor beira o insuportável. As poucas pessoas que restam na cidade estão fugindo para o interior. Carros abandonados nas ruas, ruídos estranhos vindos do céu, centenas de animais marinhos encalhados na costa. Mesmo com a iminência do fim do mundo, Jamila sai de casa com um objetivo: consertar seu ventilador.
“Desde a leitura do projeto, e do roteiro, eu me encantei com a forca da protagonista, e topei fazer o curta, ele tendo ou não verba. Ao longo de 2012 a gente manteve contato, e em janeiro de 2013 começamos a pré-produção. A Cintia é uma diretora com várias certezas, e além da sensibilidade da direção, também pensa como produtora, o que viabiliza muito o projeto como um todo. Eu gostei muito de como tudo se deu, por exemplo, a definição do look do filme, uma fotografia amarelada, dourada, pois algo diferente estava acontecendo no céu, explosões solares causando a morte de animais, interferindo no sinal dos satélites”, conta Monica.
Para saber a programação de exibição, clique aqui.
*Foto em destaque, Monica Palazzo atuando em “Rio Cigano, foto de Gui Mohallen. Fotos do filme “Rio Cigano”: Gui Mohallen. Fotos do filme “O Tempo que Leva” – frames do filme.
Conheça os filmes dos professores Cristiano Burlan e Lina Chamie que também estão no Festival do Rio (leia a matéria completa aqui).
O Prêmio Jabuti é o mais importante e tradicional prêmio literário do país. Em sua 55ª edição recebeu mais de 2017 livros inscritos, em 27 categorias, e anunciou os finalistas na última quarta-feira (18). Dentre os selecionados estão três professores da Academia Internacional de Cinema – AIC.
O professor do FILMWORKS, Rafael Gallo, está concorrendo ao prêmio na categoria de “Melhor livro de Contos / Crônica” com a obra “Réveillon e Outros Dias”. O livro já ganhou o Prêmio Sesc de Literatura 2011, na mesma categoria.
Como ponto de partida, o livro conta a história de um senhor idoso, recém-viúvo, que está em uma festa de ano-novo com seu filho surdo e mudo, que deixará o país na manhã seguinte. Prestes a perder o papel de pai, um dos últimos que lhe resta, o velho mergulha em uma profunda reflexão, buscando encontrar algum sentido na vida e na morte. Entre as outras histórias do livro, estão histórias de um acontecimento corriqueiro, como a disputa por uma poltrona no ônibus (“O lugar de cada um”) aos momentos mais dramáticos, como o primeiro momento a sós de um casal após a moça ter sofrido um estupro (“Violentada”).
Os professores doCurso de Criação Literária, Ricardo Lísias e Marcia Tiburi, concorrem na mesma categoria, de “Melhor Romance”, com os livros “O Céu dos Suicidas” e “Era Meu Esse Rosto”, respectivamente.
“Céu dos Suicidas” é um livro autobiográfico, escrito por Lísias após o suicídio de seu melhor amigo, André. Atormentado pela culpa de não ter sido capaz de salvá-lo e pelo remorso, ele empreende uma viagem, tanto mental como geográfica, para rememorar o sofrimento final do amigo e tentar entender o que poderia ter feito para salvá-lo.
Para contar a viagem de Ulisses, em “Era Meu Esse Rosto”, Marcia Tiburi captura o leitor com uma prosa de intensidade poética e de uma pulsação emocional que se intensifica até o desfecho. A trajetória do narrador em busca de suas origens é também a trajetória de todos nós na busca dessa estranha ideia de família.
O resultado da segunda fase do Prêmio será anunciado em 17 de outubro. Para conhecer todos os finalistas, clique aqui.