The Russian Woodpecker vence Melhor Documentário Internacional no Sundance Film Festival

Equipe do documentário:Ram Devineni (Produtor), Chad Gracia (Diretor), Marina Orekhova (Produtora Associada), Fedor Alexandrovich (Protagonista), Artem Ryzhykov (Câmera).

“The Russian Woodpecker”, um filme de Chad Garcia, produzido por Mike Lerner e Ram Devineni, sócio-conselheiro da Academia Internacional de Cinema (AIC), foi o grande vencedor do prêmio de Melhor Filme conferido pelo júri no festival de Sundance neste fim de semana.

“Merecidamente destacado por muitos como o mais impactante e inventivo documentário no Sundance este ano”(The Hollywood Reporter), The Russian Woodpecker acompanha o excêntrico artista ucraniano Fedor Alexandrovich pelos campos abandonados de Chernobyl na tentativa de encontrar evidências para mais uma teoria conspiratória em torno do acidente nuclear que tomou forma sob a Cortina de Ferro da antiga URSS. Cativante e poético, o filme não procura necessariamente uma resposta, mas levanta inúmeras perguntas fundamentais sobre o destino dos países membros do antigo bloco soviético – uma faísca reacesa em meio à crise ucraniana atual.

MV5BMTQ0MjU1ODU5NF5BMl5BanBnXkFtZTgwODE1NzAyNDE@._V1_SY317_CR5,0,214,317_AL_Ram Devineni conta em primeira mão para a AIC como foi a experiência de filmar The Russian Woodkpecker: “As filmagens foram uma experiência surreal, tudo acontecendo bem na frente da gente, e acabamos de repente envolvidos na revolução ucraniana. Originalmente tínhamos planejado fazer um filme de 5 minutos para o YouTube sobre uma antena de rádio obscura que não funciona mais, perto de onde aconteceu o desastre de Chernobyl, e o filme acabou se transformando numa jornada épica em torno de uma grande conspiração no centro geopolítico. Às vezes você precisa apenas se deixar levar pelos eventos inesperados e seguir em frente.”

Vitória Brasileira

Vale lembrar também, que o Brasil trouxe um prêmio pra casa. A atriz e apresentadora Regina Casé levou o prêmio especial do juri de melhor atriz em filme estrangeiro por sua atuação em “Que horas ela volta?”, dirigido por Anna Muylaert.

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Ex-aluno concorre ao Picture of The Years Award

Kite Fight
Cena de Kite Fight, filmado na Favela da Rocinha.

“Kite Fight”, documentário dirigido pelo ex-aluno Guilherme Tensol, concorre ao prêmio Picture of The Years Award (POYI), um importante prêmio americano de fotografia e filmes documentários, que acontece desde 1944. O resultado do prêmio será anunciado no próximo dia 20.

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Nas palavras de Guilherme, Kite Fight é um documentário poético, não necessariamente expositivo ou argumentativo, mas profundamente preocupado com estética e subjetividade.

O documentário feito na Favela da Rocinha, fala sobre a viciante arte de empinar pipas e é o primeiro de uma série de filmes sobre esportes não-convencionais. Nasceu de uma coprodução entre a revista americana de esportes Victory Journal e a produtora brasileira de conteúdo, na qual Guilherme é sócio, Mosquito Project. Recentemente o filme foi lançado na capa do Jornal New York Times.

Para assistir ao documentário, clique aqui. Para saber mais sobre o projeto, clique aqui

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O arquiteto Ricardo Bonnet conta sobre o projeto e a finalização da obra no casarão da AIC no Rio de Janeiro

Ricardo Bonnet, arquiteto responsável pelo projeto da AIC Rio de Janeiro, ainda no começo da obra do estúdio.
Ricardo Bonnet, arquiteto responsável pelo projeto da AIC Rio de Janeiro, ainda no começo da obra do estúdio.

O casarão que abriga a nova unidade da Academia Internacional de Cinema (AIC), no Rio de Janeiro, está com as obras em andamento. Vez ou outra aparece alguém nos portões. Muita gente curiosa para saber sobre a casa e tudo o que está sendo feito por lá. Pensando nisso, a AIC preparou uma entrevista com Ricardo Bonnet, o arquiteto responsável pelo projeto da nova unidade.

Ricardo, carioca da gema, é arquiteto e urbanista formado pela UFRJ. Mestre na área de conforto ambiental e eficiência energética (PROArq\UFRJ ), também participou de um programa de MBA na Alemanha, na área de gestão da sustentabilidade e, há mais de vinte anos se dedica ao desenvolvimento e execução de projetos, aliando técnica, qualidade e preocupação ambiental.

Conheça algumas curiosidades sobre a casa, a restauração que está sendo feita, o estúdio novinho que está sendo construído e entenda mais sobre todo projeto.

Entrevista

Parte do andar de cima do casarão, já com a pintura sendo finalizada. A marcenaria (móveis) começam a ser instalados ainda nesta quarta-feira.
Parte do andar de cima do casarão, já com a pintura sendo finalizada. A marcenaria (móveis) começam a ser instalados ainda nesta quarta-feira.

AIC – Conte um pouco sobre a escolha da casa. O que, na sua opinião, fez com que essa casa fosse a melhor escolha, dentre tantas outras que foram vistas.
Ricardo Bonnet: Quando o Adriano Diniz, um dos diretores da AIC, me procurou, ele já tinha pesquisado alguns imóveis e, como eu estava trabalhando em outro projeto ali próximo, me dispus a ajudar na escolha desde o início. A casa foi uma das primeiras que vimos. Chamou nossa atenção porque o espaço tinha muito potencial, mas também demandava muitas obras para implantar o programa exigido para as instalações da AIC. O ponto também era muito bom. Depois perdi a conta de quantas outras vimos pela região, mas os sócios concordaram desde o princípio que esse era o imóvel que mais reunia aspectos positivos. Creio que acabou-se decidindo sem maiores dúvidas.

AIC – Trata-se de uma casa tomabada, certo? De que ano é a construção? Conte um pouco sobre a história da casa e o que está sendo feito para preservá-la.
R.B.: A casa é tombada pelo estado, escriturada em 1938, mas, sendo possivelmente mais antiga. Imagino que a obra seja bem do início do século XX. O estilo eclético em lotes estreitos, típicos do bairro de Botafogo, marca bem a época e produziu belos casarões burgueses naquele momento. Nos fundos do terreno, havia um conjunto de puxados construídos recentemente, sem tombamento histórico, e em péssimo estado de conservação, o que dava margem pra se pensar na construção, da estaca zero, de um estúdio profissional. Quanto à preservação, o tombo exige que toda parte externa do casarão e, em linhas gerais, o interior, sejam preservados segundo as características originais. Muito trabalho de recomposição de elementos como esquadrias, assoalhos, forros, ornamentos e mesmo estruturas já foi feito, o que, por si só, é um ganho cultural para a sociedade carioca.

Fachada da casa (ainda sem pintura), construída em 1939, tombada historicamente, pelo estado do Rio de Janeiro.
Fachada da casa (ainda sem pintura), construída em 1939, tombada historicamente, pelo estado do Rio de Janeiro.

AIC – Conte um pouco sobre a região/localização da casa.
R.B.: Localizada em Botafogo, com um “pé” em Humaitá, a região é muito agradável, próximo da vida cultural e do que o Rio tem de mais bonito e bem cuidado. Espaços de arte, produtoras, bares e restaurantes, além de uma diversidade de empresas, povoam a região e servem aos moradores e visitantes com diversidade numa atmosfera arejada. Por mais que se pense em Botafogo como um bairro agitado, a rua é de uma tranquilidade impressionante, pois fica num corredor cultural com outros imóveis tombados, diminuindo a densidade local. Ali, às vezes parece que você está em outro lugar ou outra época.

AIC – E o projeto da casa? Conte um pouco sobre suas referências e inspirações.
R.B.: Acho que o projeto realizou o potencial que já havia no imóvel. Quando o arquiteto visita um imóvel assim, mesmo estando mal conservado, já enxerga lá na frente essas possibilidades. A casa é um charme. Tem um pátio agradável e o programa de necessidades da AIC casava muito bem com grande parte das divisões existentes, mantendo a espacialidade original, que por sinal, é muito boa. Além de conhecer as instalações da AIC em São Paulo, visitei outros locais dedicados ao cinema no Rio e até em Buenos Aires, para entender melhor seu significado e como pensa este público. Além disso, o projeto tem um caráter ambiental bastante forte, investindo em racionalização energética e da água, permitindo o uso de iluminação e ventilação natural de forma flexível ao longo das estações do ano. É um traço do nosso escritório esta preocupação em basicamente todos os projetos, desde quando não se falava muito do assunto. Agora todo mundo vai percebendo isso como necessidade…

Uma das salas de aula da casa, já com a tubulação e pontos para projetor.
Uma das salas de aula da casa, já com a tubulação e pontos para projetor.

AIC – O estúdio foi construído do zero. Quais as vantagens?
R.B.: Partimos do zero mesmo, o que, apesar de intensamente trabalhoso, deve resultar benéfico para a escola, pois suas especificidades são grandes e dificilmente imagino adaptações alcançando o mesmo resultado. Procuramos também prover esta estrutura com instalações modernas e eficientes, consultando técnicos em visitas a espaços de referência como o Projac.

AIC – Em cima do estúdio teremos um jardim suspenso, com a belíssima vista do Cristo Redentor, possibilitando um espaço agradável e aconchegante aos alunos. E quem assina o projeto é uma empresa que também está trabalhando no paisagismo da cidade olímpica, certo? Conte um pouco sobre isso.
R.B.: Quando estávamos executando a laje de cobertura do estúdio, estava lá em cima e vi o Cristo, nos dando benção. Fiz na hora uma foto com o celular e mandei para os sócios da escola, que também ficaram muito contentes. Desde o início planejamos o jardim sobre o estúdio. Também teremos bastante verde no pátio, mas este jardim é especial, pois foi concebido como um espaço de estar e convivência aberto, como é bastante propicio na cidade. Ao longo de muitos anos vimos desenvolvendo e executando este tipo de elemento com ótimos resultados. No caso da AIC o substrato que serve ao jardim tem múltiplas funções: além de servir de base à vegetação, sua grande espessura e composição de camadas constitui-se em excelente isolante térmico e acústico ao estúdio, drenam e filtram as águas das chuvas incidentes no jardim e telhado do casarão, que chegam a reservatórios elevados, permitindo seu uso para limpeza geral e irrigação. Para arrematar bem a ideia, convidamos nossos parceiros da Embyá, que têm se destacado no cenário de grandes projetos cariocas, para desenvolver e implantar o paisagismo. O projeto ficou muito bacana mesmo e, certamente, valoriza a chegada da AIC em uma nova era da cidade.

Escada original da casa, sendo toda restaurada por um artesão.
Escada original da casa, sendo toda restaurada por um artesão.

AIC – Fale um pouco sobre o processo todo da obra. O que será feito no último mês de obras?
R.B.: Estamos trabalhando já há quatro meses na implantação do projeto e Fevereiro será o mês final, quando cuidaremos de acabamentos, pintura externa e de muitos detalhes. Tudo precisa ser bem coordenado e as equipes devem estar afinadas. Estamos muito orgulhosos deste projeto e temos trabalhado ininterruptamente para entregarmos uma obra dentro do exigente padrão definido pela AIC.

*Fotos: Mônica Wojciechowski

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Birds of Neptune

Birds of Neptune estreia no Slamdance

slamdancePark City é neste momento o centro mundial do cinema. É nessa pequena cidade do meio-oeste americano que acontece todos os anos o maior festival de cinema independente dos EUA, o Sundance, e junto com ele, o Slamdance, outro festival dedicado ao reconhecimento de novos talentos. O filme “Birds of Neptune”, escrito e dirigido por Steven Richter, diretor e fundador da Academia Internacional de Cinema (AIC), é um dos cinco filmes selecionados na categoria Beyond (de diretores não-estreantes), e fez sua première mundial nesta sexta-feira (23), para uma plateia formada por cineastas, jornalistas e aficionados por cinema.

“O clima em Park City é de pura euforia, com veteranos e estrelas de cinema circulando ao lado de novos cineastas, diretores, atores, documentaristas, animadores, técnicos e —claro—aqueles que vêm para curtir a festa. As seleções de longas e curtas, tanto do Sundance, como do Slamdance, são excelentes, e cada sessão é seguida por um bate-papo com diretores, elenco e equipe técnica. A imprensa comparece em peso, e as primeiras resenhas começam a sair (para ler outras resenhas sobre o filme, acesse a página do Facebook)”, conta Flávia Rocha, Diretora de Comunicação da AIC e também coroteirista do filme.

BoN_poster_lowres_v2dNa revista Hammertonail, um dos programadores do Slamdance escreve: “Richter faz uso de uma ferramenta estilística original e efetiva que faz as cenas se dissolverem na música, deixando os personagens flutuando na atmosfera da música. Ele é um dos mais interessantes talentos em direção a emergir nos últimos anos”.

O filme, descrito como pyscho-drama, narra a história de duas irmãs que moram sozinhas em sua casa de infância, em meio a lembranças de um passado atípico que prefeririam esquecer. Cada uma tem as suas excentricidades, e a trama começa a se desenrolar a partir da presença de um intruso, que passa a freqüentar a casa e vê uma oportunidade de manipulá-las. O filme tem uma linguagem cinematográfica densa e infundida em música, especialmente da cena indie do noroeste americano.

A segunda sessão de “Birds of Neptune”, acontece hoje (26/01), às 20h e já está com ingressos esgotados!

ASSISTA AO TRAILER:

Birds of Neptune – Official Trailer #1 from Reveriefilms on Vimeo.

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Mostra de Tiradentes exibe Vidas Ausentes , do aluno Ronaldo Dimer

mostra tiradentesAmanhã (23) começa um dos maiores eventos do cinema brasileiro, a Mostra de Cinema de Tiradentes. Para representar a Academia Internacional de Cinema (AIC) – que não poderia ficar de fora dessa grande festa do cinema nacional – o filme “Armat Jakawinaka – Vidas Ausentes”, do aluno Ronaldo Dimer (que faz o curso de formação em cinema: FILMWORKS).

O curta compõe a Mostra Foco, a única avaliada pelo Júri da Crítica, ao lado de outros 12 filmes. Traz, de forma sutil, um tema polêmico: trabalho escravo e imigração. Conta a história de Rosa, uma imigrante boliviana que trabalha em uma fábrica de costura clandestina em São Paulo e descobre que está grávida.

AJ 02“O filme foi pensado como uma oração ao silêncio imigrante. É difícil fazer um filme que tenha no seu conteúdo temas como o trabalho escravo, por isso tentamos não seguir por essa linha diretamente. A Rosa, personagem principal, quer continuar vivendo em São Paulo, mas não sabe como conciliar isso com a gravidez, já que o dinheiro que ganha seria insuficiente para manter um filho. Rosa convive com seu colega de trabalho, Alberto, também imigrante e apaixonado por uma brasileira, mas mantém um filho doente na Bolívia. A história se revela através da cumplicidade desses dois personagens que vivem ambos o vazio e a falta de uma outra pessoa. Alberto precisa de Rosa para que sua conquista seja bem sucedida e Rosa de Alberto para resolver seu impasse com a gravidez e a permanência na cidade”, conta Ronaldo que além de dirigir o filme também escreveu a história ao lado do aluno Victor Amaro.

Mais sobre o filme

Produzido no semestre passado como projeto curricular na disciplina de Ficção, a ideia do curta nasceu a partir de um trabalho de pesquisa feito na comunidade boliviana durante o semestre. “Eu já tinha interesse em trabalhar com o conceito de imigrante e estrangeirismo desde que cheguei em São Paulo, acho que é uma condição comum a muitas pessoas que chegam nessa cidade”, conta Ronaldo que saiu do Rio Grande do Sul em 2009 para trabalhar com cenografia em São Paulo, onde começou o seu envolvimento com o cinema.

Cena com Veronica Sumi que interpreta Rosa.
Cena com Veronica Sumi que interpreta Rosa.

O filme só saiu do papel graças à colaboração dos amigos e familiares que ajudaram na campanha de crowdfunding. “Também conseguimos muitos apoios para locações e de entidades ligadas a imigração. Mas, a maior dificuldade mesmo foi nas filmagens, que aconteceu durante a greve dos metroviários. Parece até irônico fazer um filme que também trata do trabalho durante um movimento de reivindicações trabalhistas. Isso acabou nos unindo ainda mais para que o filme acontecesse. Foram 3 diárias de muito atraso e tempo perdido em trânsito. No final estávamos exaustos e tensos”, conta Ronaldo.

Ronaldo também faz um agradecimento especial para o professor Cristiano Burlan, que segundo ele, foi um dos maiores incentivadores para que a equipe fizesse a inscrição na Mostra de Tiradentes. “Estou muito grato e feliz pelo filme estar na Mostra. Só de ter o filme exibido para muitas pessoas em uma sala já me deixa muito contente. Mas o que me deixa mais contente é que várias pessoas que admiro estarão lá, junto comigo. O Lincoln Péricles, o Thiago Mendonça, o Marco Escrivão e o Felipe Terra. Todos caras que conheci esse ano e que tive a oportunidade de trabalhar nos seus filmes. Estaremos todos lá assistindo uns aos outros, com os filmes projetados numa tela grande, trocando ideias e discutindo os próximos trabalhos”, conta.

Direção de Arte e Direção de Fotografia

show_image_fullA direção de arte do filme é assinada por Rosângela Ribeiro e pelo aluno Rodrigo Valim. Ronaldo conta que boa parte da ideia de direção de arte acabou acontecendo durante as visitas de locação. “Tínhamos uma referência das cores encontradas no folclore boliviano e também sabíamos que esse universo tinha algo de precário com muita ação do tempo e do desbotamento. A Rosangela Ribeiro foi quem nos deu o maior apoio nessa hora tanto na escolha dos figurinos como na composição do espaço em algumas cenas. Para mim havia uma preocupação maior com os figurinos, já que os personagens trabalhavam com a costura e o objeto principal era o vestido que Rosa produz para o amigo Alberto presentar a namorada, mas, ela (Rosa) que acaba por usá-lo”.

A direção de fotografia também foi assim, nasceu junto com as locações e leva a assinatura do aluno Victor Amaro, com a assistência de Victor Spadotto e a intenção deles era construir uma atmosfera com muita luz fria e sombra.

A Mostra

A 18ª edição da Mostra de Tiradentes começa amanhã e termina no próximo dia 31. Consolidada como a maior plataforma de lançamento do cinema brasileiro independente, a Mostra de Cinema de Tiradentes inaugura o calendário audiovisual brasileiro e este ano apresenta uma seleção de 37 longas e 91 curtas, além de homenagear a atriz Dira Paes e contar com uma intensa programação paralela e gratuita.

“Armat Jakawinaka – Vidas Ausentes” será exibido no dia 27, às 22h30, no Cine Tenda.

Ficha técnica

Roteiro: Ronaldo Dimer e Victor Amaro; Direção: Ronaldo Dimer; Direção de Fotografia: Victor Amaro; Montagem: Carol Castro; Produção: Aline Medeiros; Direção de Arte: Rosângela Ribeiro e Rodrigo Valim; Mixagem: Samuel Gambini; Assistente de Fotografia: Victor Spadotto; Elenco: Veronica Sumi como Rosa; Edgar Villegas como Alberto; Juan Cusicanki como Don Carlos.

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O longa Solidões, de Oswaldo Montenegro, conta com a participação de ex-alunos

cartazQuem nunca sentiu medo, ou pelo menos algum desconforto, diante da solidão? Esse é o tema do longa “Solidões”, dirigido por Oswaldo Montenegro e que conta com a participação de dois ex-alunos do Curso Filmworks da Academia Internacional de Cinema (AIC), Ian Ruas, como assistente de produção e Alethea Miranda, que integra o elenco do filme ao lado de Vanessa Giacomo e o próprio Oswaldo, que também atua.

Lançado ano passado no Cine Ceará o filme foi exibido diversas vezes no Canal Brasil, agora em Janeiro e ao longo do ano continuará na grade de exibição do canal.

O drama, rodado nas dunas de Arraial do Cabo (RJ), no cerrado de Brasília e no agreste pernambucano, conta histórias cruzadas de pessoas solitárias: uma mulher (Vanessa Giacomo) que desde que perdeu a memória em um acidente se recusa a ter contato com qualquer ser humano; o Demônio errante (Oswaldo Montenegro) com saudades de Deus; uma mulher que espera o namorado no bar e ele nunca chega; um cantor sertanejo que não consegue sucesso; e um palhaço de 95 anos ainda em atividade.

“O filme representa a solidão no seu sentido mais bruto, estrutural. Não só as diversas histórias abordam o tema, mas o fato de ser uma narrativa composta por pequenos fragmentos remetem à uma filosofia de múltiplas unidades, sós, que buscam uma reintegração à unidade maior, o filme”, conta o ex-aluno Ian Ruas.

A produção do longa

Ian conta que no começo foi um pouco assustador encarar o papel de assistente de produção, pelo fato do projeto trazer artistas famosos e por ter entrado no projeto logo que se formou. “Eu tive muita sorte de começar a carreira trabalhando com uma pessoa tão profissional e generosa como o Oswaldo. Tive extrema liberdade para debater e posicionar minhas opiniões sobre o filme. Produzi em um ambiente agradável e com uma equipe incrível. Discutíamos a narrativa e a operação de filmagem de cada um dos episódios e pré-produzíamos um de cada vez. Fazíamos uma rotação nas cabeças de produção (fotografia, som, arte) de acordo com a sistemática que cada episódio exigia. A liberdade que tive, inclusive, me proporcionou a chance de fotografar um dos episódios do filme”, conta.

Uma coisa puxa outra

Oswaldo Montenegro com o diretor de fotografia André Horta e a atriz Kamila Pistori. Foto: Rafael Reis
Oswaldo Montenegro com o diretor de fotografia André Horta e a atriz Kamila Pistori. Foto: Rafael Reis

“Como citei antes, as cabeças de produção eram alternadas de acordo com a necessidade. No meu caso, tive a oportunidade de fotografar o episódio do Palhaço Cocada, que tem 95 anos e é considerado o palhaço mais velho do Brasil. Como ele interpretou a si próprio, encaramos esse episódio de maneira quase documental, com mais liberdade e mobilidade. Em outras palavras, sem o uso de tecnologia e equipamentos mais sofisticados. Com uma Canon 5D e dois pontos de luz, filmei um depoimento no próprio apartamento do Oswaldo e, felizmente, obtivemos o resultado esperado. Além disso, fiz algumas imagens de clipes que interagem entre um capítulo e outro”, conta Ian.

O ex-aluno destaca que ao todo o longa contou com mais de quatro fotógrafos e que essa ousadia só foi possível pois cada um retratou cenas isoladas. Quem assina a direção de fotografia do filme é André Horta, também diretor de fotografia do filme “Dois Filhos de Francisco”, com quem Ian diz que aprendeu muito durante as filmagens.

Vanessa Giacomo em cena do filme. Foto de André Horta.
Vanessa Giacomo em cena do filme. Foto de André Horta.

Natural de Angra dos Reis, com irmãos mais velhos e artistas, Ian foi imerso no mundo das artes muito cedo. Mudou-se para São Paulo com 18 anos para estudar cinema na AIC. “Me vi imediatamente encantado com a escola e o cinema em geral. A maneira com que fui literalmente jogado na prática de produção cinematográfica fez com que eu me sentisse um veterano depois de 2 anos de curso”, conta. Hoje Ian mora em Nova York, onde estuda pós-produção e música.

Assista ao trailer

 

* A próxima edição do FILMWORKS começa dia 09/02/2015 em São Paulo! Para saber mais, clique aqui.

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Academia Internacional de Cinema (AIC)
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