noite de kino

Alunos da AIC participam da Noite de Kino

26 spJá pensou participar de uma gincana de cinema com o objetivo de fazer um filme de 3 minutos em 48 horas? Essa é a proposta da Noite de Kino, uma gincana audiovisual realizada em parceria com escolas do Estado de São Paulo, que faz parte da programação especial do 26º Festival Internacional de Curtas-Metragens.

Pela primeira vez alunos da Academia Internacional de Cinema (AIC) participaram do evento. Vinicius Rolim, Beatriz Pessoa, Maria Spector, Rodrigo Campos e Luca Sousa Porpino de Oliveira, que estão no último semestre do Filmworks –  o curso técnico em Direção Cinematográfica da escola, passaram 48 horas imersos na proposta da gincana.

Eles contaram com a assistência dos alunos Daniel Franco e Emilio Surita, que atuaram como assistentes durante as filmagens e, além dos alunos, professores da AIC também participaram. Lina Chamie foi a orientadora do projeto, Francine Barbosa, ex-coordenadora do FILMWORKS, organizou as necessidades dos alunos e fez toda a produção e os professores André Moncaio, Fernanda Nascimento e Angelo Ravazi deram orientações sobre como realizar um filme em tão pouco tempo e anteciparam possíveis problemas.

dsc_0813O primeiro passo foi fazer uma produção às cegas, já que não sabiam o tema do filme. As atividades oficiais começam no sábado, dia 23 de agosto, às 8h30, com um café da manhã na Cinemateca Brasileira, onde a diretora do festival, Zita Carvalhosa, apresentou o tema para as produções: “Ir e Vir”. Depois do café, os alunos saíram para executar seus projetos. Cada equipe teve 48 horas para criar um roteiro, filmar, editar e finalizar o curta. Os alunos da AIC filmaram no sábado de tarde e domingo de manhã e entraram madrugada adentro editando.

“175P” é o nome do curta que fizeram que conta a história da relação de uma adolescente com o ônibus que ela pegava para voltar da escola.

Luca diz que a experiência foi bastante enriquecedora. “Fazer um curta em 48h pode ser bem complicado se você não se organiza e não tem um bom relacionamento em grupo. A maior dificuldade, é pensar no que fazer, e ter uma ideia que todos fiquem satisfeitos e seja possível de realizar em poucas horas. Apesar de pouco tempo, conseguimos criar um bom trabalho e fiquei muito satisfeitos com o resultado final. Além disso, a ajuda das professoras Lina Chamie e Francine Barbosa foram extremamente importante em todo esse processo. Ver o curta sendo exibido na sala da cinemateca nos deixou muito orgulhosos”, conta.

dsc_0848Francine Barbosa diz que os alunos se saíram muito bem e que deu tudo certo. “Mas claro, bateu um desespero e o meu telefone tocou de madrugada. (Risos). Mas, esses alunos já tinham trabalhado juntos em projetos anteriores e por isso souberam lidar com a pressão e a limitação de tempo com companheirismo e bom humor. O interessante é que além de aproximar os alunos do festival, as atividades geraram intercâmbio entre os alunos do FILMWORKS. Sem contar que participar de Festivais como esse é uma oportunidade de ampliar o repertório de filmes, conhecer outros estudantes e realizadores e debater filmes, ficamos felizes com a adesão dos alunos”.

A exibição dos filmes foi no dia 24 à noite, e lotou a sala BNDES da Cinemateca Brasileira, com presença de alunos, colegas e familiares. Após a exibição houve um debate em que os alunos trocaram experiências sobre o processo e, depois do debate, o festival promoveu uma festa de celebração para os estudantes.

Outras Experiências

dsc_0893Os alunos tiveram uma participação expressiva nas programações do festival. Além da Noite de Kino, os alunos Ruslan Alvarenga, Rodrigo Sá e Luca Porpino fizeram uma curadoria para o “Programação em Curso”. A partir dos filmes brasileiros selecionados para o festival de 2015, eles montaram a programação de uma sessão de 60 minutos dentro da AIC. “Os alunos foram responsáveis por toda a atividade: assistiram 64 filmes da Mostra Brasil, debateram para escolher 05 deles, fizeram contato com o festival e departamentos da escola para organizar a sessão e convidaram diretamente os realizadores para um debate”, conta Francine.

Os alunos Rodrigo Sá e Raphael Barreto, também participaram do programa “Crítica Curta” e produziram críticas sobre os filmes:  “De Profundis, “Action Painting Nº1/Nº2” e “Como São Cruéis os Pássaros da Alvaroda” e, a aluna Carolina Meneghel, trabalhou como monitora do Festival e destacou que teve contato com diretores de vários países, além de ficar por dentro da estrutura que um festival deste porte exige.

*Fotos: Marcos Finotti

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Cristiano Burlan entrevista Jean-Claude Bernardet

O encontro entre Cristiano Burlan e Jean-Claude resultou na realização de quatro filmes em que JC participa como ator: “Amador” (2013), “Hamlet” (2014), “No Vazio da Noite” (2015) e “Fome” (2015), que estreará em competição no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
O encontro entre Cristiano Burlan e Jean-Claude resultou na realização de quatro filmes em que JC participa como ator: “Amador” (2013), “Hamlet” (2014), “No Vazio da Noite” (2015) e “Fome” (2015), que estreará em competição no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

O Copan, símbolo da arquitetura moderna brasileira, é um dos mais importantes e emblemáticos edifícios da cidade de São Paulo. Projetado por Oscar Niemeyer na década de 1950, é conhecido pelas suas linhas sinuosas e por ser o maior edifício residencial da América Latina, com cerca de dois mil residentes habitando seus 35 andares.

O romancista, crítico de cinema, roteirista, cineasta e ator Jean-Claude Bernardet começou a carreira de crítico escrevendo resenhas de filmes para o Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo. Foi um dos maiores interlocutores do grupo de cineastas do Cinema Novo e um dos criadores do primeiro curso de cinema do Brasil, em Brasília. Além de sua importância como escritor e teórico, participou de importantes filmes, como roteirista, assistente de direção e ator.

Em 2011, quando morava no edifício Copan, o diretor e professor da Academia Internacional de Cinema (AIC), Cristiano Burlan, conheceu Jean-Claude (JC). Esse encontro deixou marcas profundas no diretor e resultou na realização de quatro filmes em que JC participa como ator: “Amador” (2013), “Hamlet” (2014), “No vazio da noite” (2015) e “Fome” (2015), que estreará em competição no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e JC é o protagonista.

Na sexta-feira, 14 de agosto, Burlan e Jean-Claude foram juntos assistir ao filme “Ladrões de Cinema” (1977), do diretor Fernando Coni Campos, em que JC atuou. Depois da sessão, Burlan o convidou para uma conversa, em que também participaram os atores e professores Ana Carolina Marinho e Henrique Zanoni.

O resultado? Uma espécie de “Colóquio Ruidoso”, um bate-papo filosófico, repleto de conteúdo sobre bons filmes, direção, atuação e interpretação para cinema.

A Conversa

Cristiano Burlan: Então vamos lá seu Jean-Claude.

Jean-Claude: O que eu devo falar, Cristiano?

CB: Por que o senhor decidiu abandonar a carreira de crítico e se tornar ator?

JC: Com a diminuição das revistas, com a passagem dos intelectuais para a universidade, a crítica cinematográfica de jornal se enfraquecesse e deixamos de ser críticos e nos tornamos ensaístas. Agora publicamos livros e não mais críticas. E, aliás, nos consideramos mais como analistas de filmes do que propriamente como críticos. A crítica a qual as pessoas se referem é mais uma crítica escrita, quer dizer, o crítico enquanto escritor, mas além de escrever eu sou um crítico militante, entende? Um crítico que pode colaborar com o cineasta para que o filme dele apareça no cinema, como eu fiz com o “Arthur Omar”. Isso é um crítico combatente. Então, a forma da crítica não é necessariamente ou exclusivamente por escrito. Isso é uma modernidade, entende? Por exemplo, uma série de coisas que eu disse hoje sobre “Ladrões de Cinema”, eu não escrevi, mas eu falei em Belo Horizonte e em vários lugares sobre as minhas extremas dúvidas ideológicas em relação ao filme. Parei de escrever, no entanto, apareceu “Sem Pena” do Eugênio Pupo, achei o filme importante, gostei, me empolguei e, então, escrevi, apareceu “Ato, Atalho e Vento” do Marcelo Masagão e tudo o que eu escrevi sobre o filme é porque eu estou convencido de que ele realmente vale a pena, entende?

CB: Mas por que decidiu se tornar ator?

JC: Desde os anos 60,eu tinha essa ideia de que seria bom para a formação do crítico ter experiências do outro lado da tela. Então, fiz algumas participações em alguns filmes, a exemplo do “Anuska” de Francisco Ramalho, “Profeta da Fome” de Maurice Capovilla, entre outros. Além disso, frequentei salas de montagem, visitei músicos que faziam trilhas e também fiz a montagem estrutural do “Gamal” de João Batista de Andrade, entre outros. Eu acreditava que essa atividade mais ampla me permitia ter uma apreciação melhor, uma compreensão melhor do filme, do que apenas ver o filme na tela. Em 2009 com o Kiko Goifman em “Filmefobia” eu passei a me dedicar seriamente a atuar e tomei gosto. Então eu descobri uma coisa que estava em mim há muito tempo, uma espécie de narcisismo e gosto particularmente do aspecto performático que é o que eu faço com você, com o Taciano Valério e com o Kiko, mas os pequenos trabalhos que eu fiz compondo personagens mais tradicionais como “A navalha do avó” de Pedro Jorge, eu devo dizer que eu também gostei de fazer, você entende? Porque diversifica a experiência e esse método mais tradicional lhe deixa seguro, porque você teve ensaio de mesa, você decora diálogos, você tem ensaios propriamente ditos, você tem ensaio de câmera, ou seja, quando você chega para a tomada, você sabe o que tem que fazer. O improviso é uma angústia constante. Porque você pensa que o diretor vai dizer corta e ele não diz.

CB: Mas você tem reagido bem ao improviso.

JC: Eu gosto disso. Por exemplo, as provocações que você me fez em “Hamlet”, que de repente você me diz no primeiro dia de filmagem, no palco do Teatro Aliança Francesa, para eu dar todo o texto do fantasma. Eu e o Henrique Zanoni pensamos que iríamos ensaiar. Às vezes, inclusive, eu achei que no “Fome” eu reagi mal. Porque naquela noite na Praça da República praticamente tiveram oito performances com atores diferentes. Então tem uma hora que você cansa, né? Por exemplo, a cena de Jesus Alegria dos Homens, para mim foi um total fracasso.

CB: Tenho que concordar com você, não entrou no corte do filme (risos).

JC: Imaginei. Então, tem um momento que você se esgota, né? Eu pelo menos.

CB: Por que você aceitou fazer o “Fome”?

JC: Porque você me convidou. Se não tivesse convidado, eu não teria aceito, não é? (Risos) A resposta que você espera é um elogio a você?

CB: Não, não, nem um pouco. Não trabalho bem com elogios. Até porque você nunca me elogiou, na verdade, uma vez só, mas faz muitos anos.

JC: Tantos anos que nos conhecemos?

CB: Acho que uns 4 ou 5, desde 2011. Mas como fizemos quatro longas juntos, parece que foi muito mais.

JC: Eu te considero realmente como um amigo. Mas independentemente disso eu me sinto muito associado a esse tipo de cinema. Então eu quero colaborar. Quero estar associado a este tipo de cinema, que é um cinema de risco, um cinema que você não sabe muito bem no que vai dar e eu tenho um certo prazer angustiante, porém prazer em ir até os limites, de tentar ultrapassar os limites. Eu acho que no “Fome” foi bastante isso. A exemplo da queda no poço e de outras cenas, eu fui sempre em frente.

CB: Não hesitou em nenhum momento. Mesmo sem ter visto o filme, o que ficou da experiência das filmagens?

JC: Uma experiência muito densa, muito positiva, de intensidade, o prazer também de não ter que interpretar um personagem, porque isso não é um personagem, é uma multiplicidade de coisas mas não propriamente um personagem. Isso me dá prazer.

CB: E quais são as suas expectativas para o Festival de Brasília, você ficou surpreso com a seleção do filme, não?

JC: Ah, fiquei surpreso sim, porque depois da levada do ano passado eu achava que esses filmes não iriam entrar. Eu fiquei surpreso. Mas quando eu dizia que não iríamos ser selecionados para o Festival, você me dizia que eu estava excepcional no filme, me elogiava e tudo. Ai quando Brasília aceitou, eu pensei, vai ver que é verdade… (risos)

Jean-Claude no filme "Fome", de Cristiano Burlan.
Jean-Claude no filme “Fome”, de Cristiano Burlan.

CB: E quais são as suas expectativas para o Festival?

JC: Você quer que eu diga de receber o melhor prêmio? O prêmio de melhor ator? (Risos) O que eu realmente gostaria é que o filme tenha uma boa receptividade do público. Isso eu gostaria.

CB: E o que você teria para dizer para os atores que estão começando agora?

JC: Improvisem o seu currículo (risos).

CB: O ator Henrique Zanoni (que atuou com o Jean-Claude nos meus últimos quatro filmes) vai fazer uma pergunta pra você agora – HZ: O que o senhor acha da deambulação? Você falou muito sobre isso no filme “Sinfonia de um homem só”, de Cristiano Burlan.

JC: Bom, o cinema de deambulação é uma tradição que se desenvolve nos anos 20. No Brasil, o melhor exemplo é “Limite” de Mário Peixoto, em que personagens andam naqueles caminhos e o andar é uma ação. Depois aparece “Alemanha, Ano Zero” de Rossellini em que a cena final é aquele menino deambulando pelas ruínas. E ai vem a Nouvelle Vague em que todo mundo anda e andar na rua é uma ação. E quando eu vi, acredito que pela primeira vez, um espetáculo da Pina Bausch, talvez Cafe Muller, quando as cadeiras estão no fundo, pensei: andar é realmente uma ação, entende? Então um cinema de deambulação é um cinema de ação.

CB: A atriz Ana Carolina Marinho (que contracenou com o Jean-Claude em “Hamlet” e “Fome”) também vai fazer uma pergunta. – AC: O que há de Jean-Claude naquela persona que você construiu para o filme “Fome”?

JC: Houve um escândalo familiar no CineSesc quando o Taciano Valério apresentou o filme “Pingo d`água”, a minha família ficou muito irritada, aos gritos e um dos gritos era “isso é você, isso é você mesmo”. Ai eu dizia que “ta, tudo bem, mas eu não costumo entrar dentro de uma mala” (risos). Então, para mim isso tem muito a ver com autoficção, em que são variações em torno de si mesmo e da sua potencialidade. Então, por exemplo, eu não costumo entrar em poços, em obras inacabadas, né? Mas eu acho que isso é uma das minhas possibilidades. Eu não interpreto um personagem que desce dentro de um poço, eu desço dentro de um poço como uma das minhas possibilidades.

Jean-Claude em "Hamlet".
Jean-Claude em “Hamlet”.

CB: Muito bonito. Vai entrar para os anais da história (risos). Ontem eu respondi uma pergunta para um jornalista sobre o “Fome”. Ele me perguntou como era lhe dirigir e eu disse que já era o quarto filme que fazia contigo e que raramente eu entendo o que o senhor fala, por causa do sotaque francês…

JC: É verdade isso?

CB: Mais ou menos (risos). É uma piada, para ficar mais interessante a história. Mas no “Hamlet”, você me falou que não era um ator, mas sim um performer, um bailarino. Demorei um pouco para compreender e ter a dimensão das suas palavras. Quando me dei conta, percebi que me interesso por filmar bailarinos em cena e não atores. Não filmo sequências, filmo coreografias. Cada vez menos me interesso pelo verbo e por contar uma história, acho que a literatura já faz isso muito bem. Por isso me interessa um ator em estado de caos. Hoje me interessa mais filmar o que está entre as pessoas, o que elas escondem e o que está dentro delas, do que uma necessidade em construir uma narrativa aristotélica. Essa angústia que você me diz que sente ao improvisar é matéria-prima para mim.

JC: Gostei.

CB: O senhor tem mais alguma coisa a dizer?

JC: Não, mas gostei.

CB: Muito obrigado, seu Jean-Claude e até o nosso próximo filme.

JC: Muito obrigado, seu Cristiano. Até.

*Próxima turma do Curso de Interpretação para Cinema, coordenado por Cristiano Burlan, começa no próximo dia 3, na AIC São Paulo.

**Imagens divulgação

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Birds of Neptune

Birds Of Neptune abre o Festival de Portland

11391213_892935244078355_364908490936886739_nBirds of Neptune” abrirá o Portland Film Festival, que acontece de 1 a 7 de setembro. O filme é dirigido por Steven Richter, diretor fundador da Academia Internacional de Cinema (AIC), que assina também o roteiro ao lado de Flávia Rocha, diretora de comunicação da AIC.

Com telas espalhadas por toda a cidade, o Portland Film Festival foi considerado pela revista Moviemaker, no ano passado, um dos 25 festivais mais descolados (“25 coolest film festivals”) do mundo. Ao todo serão mais de 190 filmes independentes, 70 oficinas e palestras e um evento inusitado, o Zombie Day. No dia 7/9, último dia de festival, será realizada a filmagem do curta “Zombie Apocalypse Day”, dirigido por George C. Romero Jr. (filho do diretor George A. Romero, de “A Noite dos Mortos Vivos”), que está convocando extras para encarnar uma legião de zumbis no filme, e tem a meta de bater o recorde no livro Guinness com o maior número de extras a aparecer num curta.

“Birds of Neptune”, filmado em Portland, teve sua première mundial no Slamdance, um dos maiores festivais de cinema independente dos Estados Unidos. O filme narra a história de duas irmãs que moram sozinhas em sua casa de infância, em meio a lembranças de um passado atípico que prefeririam esquecer. Cada uma tem as suas excentricidades, e a trama começa a se desenrolar a partir da presença de um intruso, que passa a frequentar a casa e vê uma oportunidade de manipulá-las. O filme tem uma linguagem cinematográfica densa e infundida em música, especialmente da cena indie do noroeste americano.

Birds of NeptuneO longa também ganhou dois prêmios no 24º Arizona International Film Festival: Best Dramatic Feature (Melhor Longa Dramático) e o prêmio especial do júri de Best Performance (Melhor Performance), para a atriz Britt Harris.

A produção independente conta com uma equipe técnica de peso, incluindo o Diretor de Fotografia John J. Campbell (de Mala Noche, My Private Own Idaho e Even the Cowgirls Get the Blues, de Gus van Sant), o Diretor de Arte John Pearson-Denning (de Paranoid Park, também de Gus Van Sant), entre outros.

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muro

Mostra de Documentário e Ficção AIC

Dia 25 de agosto, próxima terça-feira, acontece mais uma Mostra de Documentário e Ficção da Academia Internacional de Cinema (AIC), na Sala Vermelha do Itaú Cultural (SP), das 18h ás 22h. Serão três sessões, abertas ao público e gratuitas, que incluirão filmes dos cursos semestrais de Cinema e Documentário ministrados no 2º semestre de 2014 e no 1º semestre de 2015.

Entre os filmes exibidos estão o documentário “Muro” da ex-aluna Eliane Scardovelli, selecionado para a competitiva de curtas brasileiros do 43º Festival de Cinema de Gramado, que conta a história dos moradores da comunidade do Jardim Consórcio, na zona sul de São Paulo, que vivem sob ameaça permanente de despejo. Eles acreditam que os habitantes dos condomínios que os circundam se articularam com a prefeitura para tirá-los de lá. Os dois mundos estão separados por muros e as crianças da favela assistem às crianças dos prédios brincarem nas piscinas, sem poderem participar, mas isso pode mudar com a visita do um dos síndico.

Já o curta de ficção “Som da Gota”, dirigido pelo ex-aluno Marcos Barbosa, entrou no Festival 7º Festival de Cine del Medio Ambiente – Sembrando Cine Peru, fala sobre a crise de abastecimento de água e conta a história de Moisés e Amparo, um jovem casal que habita uma pequena casa na periferia de uma grande cidade no Brasil, que são obrigados cuidar dos afazeres do lar – lavar a louça, tomar banho, armazenar água para os dias seguintes – em meio à madrugada, quando são despertados pela chegada da água à caixa d’água.

Confira a programação e prestigie os alunos!

Documentário – 18h
  • Sapatilha de Ponta
  • Rua Nua
  • Rios Invisíveis
  • Zavuvus
  • Muro
Ficção – 19h30
  • Destinos
  • Fronteira
  • Moira
  • Som da Gota
  • 36
  • Gelatina
  • Insana
  • Osore
Documentário – 20h45
  • Entre andares
  • Estou Aqui
  • Sigo Meu Caminho
  • Eu sou Bixiga
SERVIÇO

Mostra de Documentário e Ficção AIC
Itaú Cultural, das 18h ás 22h
Avenida Paulista, 149 – São Paulo/SP – Sala Vermelha

*Foto em destaque: divulgação documentário Muro

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logo aic festivais

Festivais com Inscrições Abertas em Agosto

Chegamos no segundo semestre de 2015! Depois de umas pequenas férias é hora de voltar aos estudos, mas além de aulas esse segundo semestre ainda tem muitos festivais que abrirão inscrições e assim muitas oportunidades para você ter o seu filme exibido em tela grande, em outras cidades, para um público totalmente novo! O que acha de começar agora? Abaixo seguem alguns festivais com inscrições abertas em agosto! Aproveitamos e  destacamos os pontos mais importantes dos regulamentos, mas é indispensável que antes de enviar o seu filme para um festival você leia o regulamento na íntegra.

Ah, e lembrem sempre de contar para gente caso os filmes sejam aceitos nos festivais! A AIC se orgulha muito de todos os filmes produzidos por seus alunos e adoramos compartilhar esses sucessos na carreira de vocês!

Caso tenham alguma dúvida, sugestão ou queiram avisar que foram selecionados é só mandar e-mail para: veronika@aicinema.com.br

Primeira Janela – Festival de Cinema Infanto-juvenil de Porto Alegre –(22 a 27 de setembro)

www.primeirajanela.com.br

  • As produções deverão ter a duração máxima de 30 minutos,
  • Após preenchimento de formulário eletrônico pelo site, o responsável pela inscrição poderá enviar sua obra através de link acessível pela Internet ou em DVD por correio.
  • Para o caso de submissão por link de acesso, enviar o endereço e/ou senha de acesso, acompanhados da ficha devidamente preenchida e assinada pelo responsável, incluindo uma foto ou o cartaz do filme para o e-mail primeirocorte@primeirocorte.com.br até o dia 20 de agosto de 2015.
  • Todos os filmes devem possuir formato de exibição digital em alta definição ou blu Ray.
Forumdoc.bh.2015 ( 19 a 29 de novembro)
  • O interessado deverá preencher o formulário de inscrição online e enviar uma cópia do filme no formato DVD, ou via link com possibilidade de download através de um site de compartilhamento de vídeo (preferencialmente com senha de proteção).
  • O resultado será divulgado até o dia 31 de outubro de 2015.
  •  Os proponentes podem enviar trabalhos audiovisuais em qualquer formato de captação, sobre qualquer tema e com qualquer duração.
  • As obras deverão ter sido realizadas nos anos de 2014 e 2015.
Festival Primeiro Plano (26 a 31 de outubro)

http://www.primeiroplano.art.br/

  • As inscrições de curtas terminam no dia 21 de agosto de 2015.
  • Poderão se inscrever na Mostra Competitiva Mercocidades (CURTAS SULAMERICANOS): o primeiro filme curta-metragem em película ou digital realizado por cineastas estreantes dos países que fazem parte da América do Sul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru, Venezuela, Colômbia e Equador) finalizados a partir de janeiro de 2014, nas bitolas 35 mm ou digital, com duração máxima de 20 minutos.
  • Preenchimento on line do Formulário de Inscrição e Envio de link informando a senha para o e-mail inscricoes@primeiroplano.art.br ou 1 (uma) cópia em DVD

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Zico Góes diz que a tendência é repetir fórmulas

Zico_Goes_AIC_060815_foto_Beatriz_Takata-0578_webA Semana de Cinema e Mercado da Academia Internacional de Cinema de São Paulo foi fechada com a palestra de Zico Goés, diretor de conteúdo na FOX International Channels do Brasil e ex-diretor de programação e conteúdo da MTVBRASIL. Zico trouxe um pouco sobre sua experiência nos canais e discutiu tendências do mercado de televisão.

“Estou no mercado de televisão há mais de 20 anos, sendo que boa parte do tempo na MTV. Hoje sou responsável pela produção de conteúdo nacional da FOX. Sou um apaixonado por televisão. A televisão ainda é um lugar em que você se relaciona com pessoas, através de um conteúdo. O advento da TV paga reforçou ainda mais esse relacionamento. As pessoas tem mais opções. Com as novas tecnologias então, isso explodiu. É um momento muito rico para quem produz e para quem consome”, disse Zico.

Contou que existe uma grande dicotomia na televisão, que segundo Zico, sobrevive quase com 40% de faturamento publicitário no intervalo das programações e, mesmo assim, padece dessa relação, já que o mercado publicitário é bastante conservador.  “O mercado foi catequisado e o que vale é a medição do Ibope. Se não tem número o mercado não compra, mas, não dá pra medir a audiência da TV paga assim, o canal FOX, por exemplo, é o líder entre os canais de entretenimento da TV paga e mesmo assim tem apenas 0,47 de audiência. A medição não pode ser sacramentada. O lance tem que ter mais a ver com relacionamento do que com ibope.  O que precisa ser vendido é a qualificação do produto e a qualificação das pessoas que assistem aquele produto. O que você está vendendo, na verdade, é a atenção das pessoas que te assistem”.

Ideias não valem nada e Tendências é Repetição

Estúdio AIC São Paulo, casa cheia para ouvir Zico Goés
Estúdio AIC São Paulo, casa cheia para ouvir Zico Goés

Zico também disse que ideias não valem nada se não puderem ser realizadas. “A ideia precisa se levantar do papel para se tornar um produto audiovisual. Só se tornará um programa audiovisual se além de levantar do papel, ela conseguir andar sozinha. O caminho é árduo entre a ideia e a realização e geralmente, quando o programa fica pronto, você se dá conta que a ideia mudou muito, por conta dos obstáculos”.

Sobre as tendências, Zico defende que as tendências tem a ver com repetições e que a mesma ideia pode se realizar de maneiras diferentes dependendo do canal, como no caso de um programa de namoro, já realizado pelo SBT, pela MTV e por diversos canais internacionais.

“Sempre me pergunta qual a tendência? Eu sempre respondo: repetir fórmulas. Basicamente o que eu vejo hoje na TV é uma repetição. Você precisa ter certeza que alguma coisa vai funcionar. O mercado de entretenimento é de risco, não tem formula, não é refrigerante. É a indústria do risco. Então, você repete a fórmula do sucesso. Às vezes alguns se arrisca a trazer alguma coisa nova, naturalmente, alguém vem atrás e copia. Comedia com auditório, por exemplo, parece ser uma tendência. Programas de gastronomia também. Qualquer canal hoje tem que ter um programa de gastronomia. Só o GNT tem 15. E quando isso acabar, qual vai ser a próxima forma a se repetir? É uma pergunta que eu faço a mim mesmo, e não tenho a resposta. Não tem resposta, nem pesquisa que responda”, disse Zico.

Sempre me pergunta qual a tendência? Eu sempre respondo: repetir fórmulas. Basicamente o que eu vejo hoje na TV é uma repetição", diz Zico em palestra na Semana de Cinema e Mercado da AIC.
Sempre me pergunta qual a tendência? Eu sempre respondo: repetir fórmulas. Basicamente o que eu vejo hoje na TV é uma repetição”, diz Zico em palestra na Semana de Cinema e Mercado da AIC.

Para Zico, outra tendência que ainda se mantem viva são os reality shows, que começaram há 20 anos e ainda continuam, de forma diversificada, mas sempre como realitys. É o caso de programas que ensinam as pessoas a se vestirem, os que reformam casas, ou de babás que educam os filhos de pessoas reais.

“Os realitys são mais baratos de produzir do que novelas. O telespectador quer ouvir uma boa história, com bons personagens e um bom contador. Na minha opinião eles vão continuar existindo e cada vez mais irão trazer mais briga, mais ‘barraco’”, contou.

Para ele, o lado bacana das tendências são as séries de TV que estão cada vez melhores.

Para finalizar, Zico aconselhou quem está começando. “O mercado está cada dia melhor. Tem mais canais, mais o que fazer. Minha recomendação, antes de mais nada, é entender, se tornar um consumidor. É o telespectador que faz o mercado. Antes de entrar, seja um consumidor de televisão. Além disso participe de cursos, de eventos e congressos. É um investimento que vale a pena. Nosso mercado vive do networking e do conhecimento entre as pessoas”.

*Fotos: Beatriz Takata

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