Filme feito no Intensivo de Férias Cinema TEENS “Lápis, Papel e Borracha”, será exibido na sessão 1.
No próximo dia 14 (segunda-feira), a Academia Internacional de Cinema (AIC) promove a Mostra AIC 2015: um ano no Rio de Janeiro, onde serão exibidos todos os filmes produzidos no primeiro ano da unidade carioca da AIC. O evento é aberto ao público e gratuito e acontece a partir das 18h no Espaço Itaú de Cinema Botafogo.
Lia Gandelman, Coordenadora de Cursos da escola, diz que essa é a primeira oportunidade, de muitas que virão, dos alunos exibirem seus trabalhos e sentirem a reação do público. “Essa mostra é um coroamento de um primeiro ano de trabalho muito expressivo e um estimulo a continuidade para quem gosta de fazer e ver cinema. Ao todo serão 28 curtas-metragens, produzidos por alunos dos diversos cursos da AIC, que abordam temas diversos e atuais, teremos de vampiros a documentário sobre Copacabana”, conta.
Documentário “Olho de Peixe” feito no Curso de Documentário, turma do 1º Semestre de 2015. O filme está na Sessão 2.
A Academia Internacional de Cinema (AIC) abriu a nova unidade no Rio de Janeiro em março de 2015, depois de quase 11 anos da inauguração da primeira unidade. Hoje, nas unidades do Rio de Janeiro e São Paulo são oferecidos mais de 30 cursos que abrangem toda a cadeia produtiva do audiovisual – da ideia à distribuição, entre eles: cursos de formação livre, intensivos de férias, oficinas especializadas e o curso de Formação Profissional em Cinema em 2 anos – o Filmworks. Ao todo passam pela AIC mais de 1400 alunos por ano, que desde a sua fundação produziram mais de 2000 filmes.
Filme Clichê, feito pelos alunos do FILMWORKS, exibido na Sessão 3 – Ciclo de 10.
Programação da Mostra:
18h – Sessão 1: Intensivo de Férias Cinema Teens – Julho 2015 e Intensivo de Férias Cinema – Julho 2015
20h – Sessão 3 – Ciclo de 10 – Filmes produzidos no Filmworks – primeira edição da Mostra Ciclo de 10 no Rio de janeiro
21h20 – Sessão 4 – Curso de documentário 2º Semestre 2015 e Curso de Cinema 2º Semestre 2015
SERVIÇO:
Mostra AIC 2015: um ano no Rio de Janeiro Espaço Itaú de Cinema Botafogo – Praia de Botafogo 316 (Sala 3) Dia 14/12/2015 a partir das 18h 99 lugares – sujeito à lotação da sala
*Foto em destaque – filme “O Último Andar” – exibido na sessão 3
Sexta (18) será exibido o último episódio de “Zé do Caixão” (não dá para perder!), série em seis episódios que estreou em novembro no canal pago Space e conta a trajetória pessoal e artística do cineasta José Mojica Marins.
Inspirado na biografia “Maldito – A Vida e o Cinema de José Mojica Marins”, livro dos jornalistas Ivan Finotti e André Barcinski, a série conta com a direção de Vitor Mafra. Já o roteiro é assinado por Barcinski, Mafra e pelo ex-aluno e hoje professor de roteiro da Academia Internacional de Cinema (AIC), Ricardo Grynszpan. O ator Matheus Nachtergaele dá vida ao Mojica/Zé do Caixão e encarna o personagem do terror brasileiro como ninguém, com direto a barba falsa e muita unha postiça.
Ricardo conta que cada episódio é sobre uma etapa da carreira do José Mojica. “O fio condutor é a produção de seus filmes, que vão do faroeste ao pornô, passando obviamente pelo terror, onde surgiu o personagem Zé do Caixão. E aborda também os momentos do cinema brasileiro da Boca do Lixo, que era o habitat do Mojica. A série, como um todo, pretende mostrar como o personagem foi tomando conta do criador. Porque é uma coisa muito maluca, essa do sujeito deixar de ser ele próprio para ser o personagem que ele criou”.
Conheça um pouco mais sobre o roteirista Ricardo Grynszpane sobre oprocesso de roteirização da série!
ENTREVISTA
AIC – Como entrou no projeto da série “Zé do Caixão”? Ricardo Grynszpan: Fui indicado pelo Ricardo Tiezzi, que foi meu professor aí na AIC e hoje coordena o curso de Roteiro para TV.
AIC – Como foi a dinâmica de trabalho, já que são três roteiristas? Todos os roteiros foram escritos a seis mãos ou cada um cuidou de episódios específicos? R.G.: O André Barcinski foi quem escreveu a biografia e portanto é quem mais conhece da história e o diretor Vitor Mafra foi quem concebeu o projeto. Eles foram fundamentais para a criação da história. Minha função como roteirista foi criar a estrutura narrativa para as ideias deles terem o impacto desejado no espectador.
AIC – A série é baseada na biografia “Maldito – A Vida e o Cinema de José Mojica Marins”. Como é roteirizar baseado numa biografia? R.G.: A vida de uma pessoa não costuma ter uma narrativa igual à do cinema, da TV. Mas certos trechos da vida têm. São esses trechos que a gente procura para fazer adaptação de biografia. E se não encontra, aí tem que “massagear “os fatos para que sirvam à narrativa. O bom do Barcinski é que ele é muito ligado ao cinema, então a biografia já vem meio cinematográfica. Você lê e na hora já fala “Putz, isso aqui dá uma série de TV!”.
AIC – Conte sobre trabalhar com um ator tão expressivo como o Matheus Nachtergaele? Qual a força que ele trouxe para o projeto? R.G.: Nem sempre o roteirista tem a oportunidade de conviver com os atores. Nesse caso eu tive. Ver o Matheus ali, falando as coisas que você escreveu, é bom demais. Tinha frase que eu achava que não tava lá grandes coisas, mas com ele falando ficava redondo. Ele realmente é um ator fora de série. Com um craque em campo fica bem mais fácil do time jogar.
Sem contar que o Matheus é uma estrela do cinema, da TV. Isso faz muita diferença para que o público se interesse pela série, traz prestígio. O Matheus só perde em fama para o Zé do Caixão, que é praticamente uma figura do folclore nacional.
AIC – Conte um pouco sobre você, sua trajetória, influências e referências. R.G.: Eu comecei no roteiro audiovisual tarde, com 39 anos. Talvez tenha sido a idade certa, sei lá. Essa é uma profissão que quanto mais você vê as coisas da vida e do mundo, melhor. Antes disso eu era apenas um espectador comum.
Meu primeiro trabalho – que eu faço até hoje – é escrever esquetes de humor para o programa de rádio do Felipe Xavier, o Chuchu Beleza da Jovem Pan FM. São 6 histórias novas toda semana, faça chuva faça sol. Depois de fazer a AIC veio uma série de TV, desenhos animados, o Zé do Caixão. Também escrevi um filme com a Ariane Porto que ela filmou recentemente.
AIC – Conte como foi sua experiência no curso da AIC?
R.G.: Nunca havia me passado pela cabeça ser roteirista. Eu era um exímio contador de piadas quando criança, foi o mais perto que cheguei disso. Aí em 2009 eu fiz uns cursos e oficinas na AIC. Num deles o Ricardo Tiezzi foi meu professor e me chamou para fazer parte da equipe dele na série “Julie e os Fantasmas”. Ali eu passei da arrebentação. Dali em diante é o mar aberto em que ainda me encontro navegando. Tem tubarão, tem correnteza, tem virada de maré. Mas pelo menos não estou na beiradinha da praia tomando onda na cabeça.
Jean-Claude Bernardet que recebeu o prêmio de Melhor Ator por sua atuação em “Fome”.
Entre os dias 19 a 21 de novembro o Cine UFP, em Pelotas, foi palco da 7ª edição do Festival Internacional de Cinema da Fronteira. Dois professores da Academia Internacional de Cinema (AIC) saíram vitoriosos do Festival. Cristiano Burlan recebeu os prêmios de Melhor Filme, Direção, Fotografia e Melhor Ator para Jean-Claude Bernardet, com o longa “Fome”. Já a professora Monica Palazzo ficou com o prêmio de Melhor Direção de Arte pelo filme “Para Minha Amada Morta”, de Aly Muritiba.
Sobre a arte do filme, Monica conta que já na leitura do roteiro as cores “vieram”, o roteiro me instigou a propor cores diferentes para cada universo. “O universo do Fernando é mais azulado, chove, faz frio. Já o de Salvador traz uma paleta de cores quentes, conta.
“Para Minha Amada Morta” conta a história do fotógrafo Fernando (Fernando Alves Pinto), um viúvo calado e introspectivo que vive cercado de objetos pessoais da falecida esposa, sofrendo pela sua ausência. Até descobrir, em uma fita VHS, uma surpresa que coloca em dúvida o amor da esposa por ele. Fernando decide investigar a verdade por trás destas imagens, desenvolvendo uma obsessão que consome seus dias e sua rotina. Monica Palazzo diz que o filme é sobre as transformações internas que passamos, sobre a passagem da veneração para a decepção.
Já “Fome” conta a história de um velho homem (Jean-Claude Bernardet) que abandona o passado e caminha na invisibilidade, na cidade de São Paulo. Ele carrega consigo apenas um carrinho, alguns trapos e a velhice.
O festival contou com sessões competitivas nas cidades de Bagé e Pelotas, e itinerâncias nas cidades da região da fronteira Brasil – Uruguai.
Nada mobiliza tanto os brasileiros quanto o futebol. Que tal um filme sobre o assunto? O ex-aluno Marcelo Pedro, que fez o curso de Cinema na Academia Internacional de Cinema (AIC), faz amanhã (24) a pré-estreia do seu primeiro longa-documentário. “Voltaremos”, uma produção independente sobre o Atlético Juventus, aborda diversos aspectos do clube da Mooca, desde suas origens operárias até a formação de sua torcida barra brava, passando por suas conquistas, místicas, lendas e seus bordões, como “ódio eterno ao futebol moderno”.
Dentre os entrevistados de destaque, o longa conta com depoimentos dos jornalistas Milton Neves, Mauro Beting, Juca Kfouri, Leandro Quesada, José Silvério, Ricardo Capriotti, Cláudio Carsughi, Vitor Birner e Fernando Galuppo. Além dos historiadores do clube Angelo Agarelli e Sergio Cippulo, dos jogadores Ademir da Guia, Ataliba, Vampeta, Betinho, Raí, Fernando Diniz, Bizi, Buzzone e Dedoro. Os técnicos Nelsinho Kerchner e Candinho entre outros personagens que marcaram a história do clube, como o grande torcedor e professor Pasquale Cipro Neto.
Mauro Beting em depoimento para o filme.
Marcelo, que desde pequeno acompanha o futebol e sempre teve simpatia por times que têm menos exposição na mídia, começou a frequentar o clube há cerca de 8 anos, e desde então, acompanha o Juventus em todos os campeonatos. “Com um passado e presente de superação e glórias, o Juventus encontra no coração da colônia italiana e de uma juventude idealista, o potencial para seguir vivo e figurando entre os clubes mais notáveis do futebol paulista, mesmo com todas as dificuldades. E é isso que o filme resgata, por meio de entrevistas e depoimentos de pessoas que fizeram parte da história do clube. Nosso objetivo principal é valorizar e honrar a história do time”, conta.
Depois da pré-estreia para convidados, que será amanhã às 19h30 no Teatro Gamaro, no bairro da Mooca, o filme começará sua carreira em festivais e posteriormente será lançado em DVD.
Tem como fazer um filme com algo tão imaterial como o vento? As professoras da Academia Internacional de Cinema (AIC – RJ) Aline Portugal e Julia de Simone provaram que sim! Com vontade de experimentar maneiras de se aproximarem de algo impalpável, toparam essa empreitada e, ao longo de seis anos, viajaram pelo Vale do Jaguaribe, no Ceará, seguindo a rota do Vento Aracati. O resultado é o média-documentário “Acarati”, que tem sua estreia mundial no próximo dia 21 no maior festival de documentários do mundo, o IDFA – International Documentary Film Festival Amsterdam, que acontece entre 18 e 29 de novembro na Holanda.
“Se em um primeiro momento gostaríamos de fazer um filme sobre o vento, com essas experiências começamos a perceber que as paisagens estavam se transformando de forma acelerada, assim como os modos de vida e o senso de temporalidade na região. Descobrimos então que o vento, mais do que um tema, era uma força motriz que sopraria essa jornada pela região, como um wind movie”, contam Aline e Julia, responsáveis pela direção, roteiro e produção do documentário.
O filme parte do litoral e adentra pelo interior do estado. “O que nos encantou foi a história desse vento que passa todos os dias na mesma hora e adentra mais de 400km pelo interior do estado, sendo um elemento importante na região”, conta Aline que também revela que o espaço estava sofrendo grandes mudanças, tanto com a ocorrência do Aracati como nas relações que as pessoas desenvolvem com o vento. “Decidimos nos focar nessas paisagens em transformação e perceber as relações que as pessoas estabelecem com esses espaços. A todo momento são forças distintas que estão ali, coexistindo no mesmo tempo-espaço, ora em harmonia, ora de forma violenta”, conta Aline.
Durante os anos de pesquisa, elas também filmaram outros dois curtas: “Vento Aracati” (2014) e “Estudo para o Vento” (2011). “Em 2016, temos já agendada uma viagem de exibição dos três filmes pelo interior do Ceará, nas cidades em que filmamos”, contam as diretoras.
Roteiro de Documentário
Julia dá aulas no Curso de Documentário e Aline no Curso de Formação Livre em Roteiro. Quando questionadas sobre o roteiro do documentário elas contam que ele foi construído a partir de situações que criaram depois de conhecer um pouco dos personagens através de uma pesquisa realizada por Victor Furtado. “O roteiro foi um guia para a gente, em que definimos algumas cenas que gostaríamos de filmar. Mas é claro que durante o processo precisamos abandoná-lo em vários momentos, para lidar com o que ia aparecendo no nosso caminho. Acredito que, principalmente no documentário, é muito importante que o roteiro seja um elemento disparador, mas que não se transforme em uma prisão que te faça perder de vista o mundo em seu movimento – tanto na filmagem como na montagem”, contam.
O Festival
O filme tem sua estreia mundial no IDFA no próximo dia 21 e ainda será exibido nos dias 23, 24 e 28/11. Antes do IDFA o filme foi premiado no BAL – Laboratório de Work in Progress do BACIFI.
Além de “Aracati”, cerca de 250 novos documentários serão exibidos no festival, que é dividido em mostras competitivas e informativas. O evento também promove um encontro de mercado, o Docs for Sale, que reúne compradores, distribuidores, agentes de venda e programadores.
Equipe do filme
Direção e roteiro Aline Portugal e Julia De Simone – Produção Caroline Louise, Pedro Diógenes, Julia De Simone e Aline Portugal – Direção de fotografia Victor de Melo – Montagem Clarissa Campolina e Luiz Pretti – Pesquisa Victor Furtado – Som direto Marco Rudolf – Desenho de som e mixagem Pedro Aspahan e Hugo Silveira – Correção de cor Damián Benetucci – Coordenador de pós-produção Frederico Benevides – Identidade visual Taís Augusto Lima – Com: João José Gonzaga da Silva, José Célio de Assis, Ideusuite Bezerra, Leonardo de Sá Dutra Cavaleiro, Francisco Isac da Silva, Alvanir de Almeida e Euzébio Zloccowick
Começa hoje o VIII Janela Internacional de Cinema do Recife e a Academia Internacional de Cinema (AIC) está muito bem representada. O curta-metragem “Imóvel”, dirigido pelo professor Isaac Pipano, está na Mostra Competitiva Brasileira.
Isaac conta que a ideia do curta surgiu depois de receber um comunicado do proprietário da casa onde morava pedindo que devolvesse o imóvel. “A cidade vivia um momento de bastante efervescência, às vésperas da Copa do Mundo. Ao mesmo tempo uma aluna (Julia Couto) me apresentou o conto do Julio Cortázar chamado ‘A Casa Tomada’, do livro ‘Bestiário’. O conto narra a história de dois irmãos que vivem juntos numa vida bastante monótona e organizada, até que em dado dia algo toma a casa e eles vão aos poucos se fechando nos cômodos até serem expulsos da própria residência. O projeto do filme foi disparado por esse encontro de forças, além da vontade de produzir”.
O filme narra a história de um personagem que, diante da porta da própria casa fechada, impossibilitado de abri-la, é levado a lidar com a cidade de outra forma. “Acredito que o filme produz um corpo-a-corpo com a cidade do Rio de Janeiro e a sensação de constante deslocamento nessa cidade”, diz Isaac.
O curta estreou na Mostra Competitiva Novos Rumos, no Festival do Rio e também esteve na Mostra UFFilme, em Niterói e conta com os professores Jo Serfaty (direção e produção), Ricardo Fogliatto (direção e produção) e Pedro Pipano (direção de fotografia).
De baixo orçamento “Imóvel” foi feito apostando em mínimas intervenções nas locações e na iluminação. “Filmamos os cômodos e as situações com o que encontrávamos pelo caminho. Se o plano era na cozinha, filmávamos com os objetos que ali estavam; se o plano fosse na cidade, nos misturávamos às pessoas e ao fluxo dos pedestres. Como parte das filmagens aconteceria em meio à cidade, em algumas locações difíceis, como o Centro do Rio e a Praça XV, optamos em trabalhar sem refletores, apenas com a luz artificial dos postes e da própria cidade”.
O filme será exibido no dia 12/11 (quinta), às 17h, no Cinema São Luiz e no dia 13/11 (sexta), às 16h, no Cinema da Fundação. Confira o trailer e, se estiver em Recife, prestigie!