Unidos por um curta

Numa movimentação que não estava no script, alunos da Academia Internacional de Cinema no Rio de Janeiro (AIC-RJ) que estavam cursando áreas diferentes do cinema se reuniram em junho para criar e produzir um curta-metragem.

Tudo começou com o exercício final do Curso de Direção de Fotografia. “Originalmente, o exercício tem como objetivo treinar movimentos de câmera e fazer iluminação com algumas cenas propostas pelos professores ou pelos alunos, mas sem um roteiro definido”, diz o professor Cleumo Segond, coordenador do curso. Entusiasmados com a possibilidade de fazer um filme, os alunos propuseram enriquecer o projeto com outros elementos, como direção de arte, atores e produção.

A ideia surgiu em resposta ao desejo da turma de poder realizar mais aulas práticas”, respondeu Wagner Lima, aluno do Curso de Direção de Fotografia. “Sugerimos um projeto para o professor Cleumo, e ele gostou da ideia. Só que teríamos que fazer tudo: roteiro, produção e filmar o curta,” diz Eduardo Barreto, outro aluno do curso de Direção de Fotografia.

Gaffer Renan Felippe sempre atento ao diretor de fotografia
Gaffer Renan Felippe sempre atento ao diretor de fotografia
O ROTEIRO

O roteiro escolhido foi da aluna Fernanda Mazzeo, que já havia participado do Curso de Formação Livre em Roteiro em 2015, depois do Intensivo de Férias de Edição em janeiro de 2016, e fez parte desta edição do Curso de Direção de Fotografia. Para ela, foi uma surpresa mais do que feliz: “Foi incrível, maravilhoso! Desde o curso de roteiro, queria gravar um curta. Quando o Prof. Cleumo fez a chamada de roteiro para os alunos, prontamente enviei o “Nas Mãos do Pecado”. Felizmente, o meu foi escolhido e pude ver a minha imaginação ganhar vida!”

Era importante desenvolver um projeto que se adequasse aos espaços da AIC, utilizando os equipamentos disponíveis na escola. Esse roteiro, explica o professor Cleumo, “servia exatamente para a proposta pela qualidade, por ter poucas locações e poucos personagens. Fizemos testes de luz e câmera durante as aulas para ver se poderíamos rodar tudo no estúdio da escola e na rua em frente. Além disso, o roteiro era um projeto final do Curso de Roteiro da AIC e atendia a proposta de integração entre os cursos”.

A PRODUÇÃO

Alunos de outros cursos foram então convidados para se juntar à equipe de produção, em suas áreas específicas. “Começamos a convidar, através dos professores dos cursos, os alunos que tinham disponibilidade e interesse. Alunos de direção de arte, produção e do curso de formação em atuação foram se unindo ao projeto. Foi surgindo tudo muito naturalmente, de acordo com a forte vontade de rodar um exercício mais completo envolvendo outros cursos, já que seria bom para todo mundo treinar e poder ver o resultado na tela”, declara Cleumo.

A AIC-Rio como cenário
A AIC-Rio como cenário

Wagner, que fez parte da equipe de fotografia, ressalta a importância das atividades práticas, que “são sempre muito ricas para o aprendizado do Cinema, sobretudo para uma turma de Direção de Fotografia – ofício técnico que requer muita experiência em set e intimidade com as diversas ferramentas e acessórios de elétrica e maquinaria, bem como da operação correta e do cuidado no manuseio das câmeras e lentes e fotômetros que ajudam a narrar uma história.”

Já para a roteirista, Fernanda, “foi emocionante ver o cenário pronto e as atrizes interpretando as linhas dos diálogos. Mas é um exercício de desapego porque o roteiro é apenas um material de trabalho, um pontapé inicial, pois sofre algumas mudanças ao longo do caminho. O diretor, montador, atores e demais envolvidos fazem parte do processo criativo e o resultado final é a amálgama de todas essas visões. Essa, aliás, é uma das particularidades do fazer cinema que mais me atrai… Foi a primeira vez que participei de um projeto assim e vi que tenho muito a aprender, porque na hora do “gravando” cada um deve saber bem o que fazer na fábrica de sonhos.”

Usando o visor de contraste na hora de fazer a luz, muito antes de expor.
Usando o visor de contraste na hora de fazer a luz, muito antes de expor.

Para Eduardo, também de fotografia, “o mais legal foi ter a oportunidade de trabalhar como num set de cinema, ter prazos e cenas para cumprir.” E adiciona: “Ainda não sei todos os benefícios que virão deste trabalho, mas já consegui abrir algumas portas e trabalhos estão aparecendo. Tanto por ter feito o curso como por ter o curta para mostrar”.

Mateus Chernicharo, aluno do terceiro semestre do Filmworks (Curso Técnico em Direção Cinematográfica), responsável pela direção dos atores, conta que como seu interesse é em roteiro e direção, o professor Pedro Freire o indicou ao professor Cleumo, que precisava de um diretor para o projeto. “Tive que me inteirar do tema, da produção e do roteiro e me aproximar dos atores e atrizes, já que meu trabalho direto seria com eles. Mesmo com pouco tempo, conseguimos produzir bem nos ensaios e direcionar a atuação de forma bem colaborativa. Além de conhecer alunos e profissionais de todos os departamentos necessários pra uma produção de cinema, a prática de estar em estúdio e externa, com uma equipe relativamente grande e desafios que apareciam do nada fizeram dessa experiência algo incrível!

Para o professor Cleumo, o bom entrosamento contribuiu para o sucesso do projeto: “durante as filmagens tudo funcionou a favor, a escola praticamente toda se mobilizou, os professores, os coordenadores, os funcionários para dar tudo certo! O mais interessante era o clima de set de filmagem, sem direito a atrasos”.

Rodando com a BlackMagic Cinema
Rodando com a BlackMagic Cinema
O RESULTADO

Depois de intensas e bem vividas semanas de criação e produção, o resultado é o sentimento de missão cumprida, um filme pronto no currículo, e o impulso criativo para os novos projetos que certamente estão por vir.

Cada aluno envolvido fez o melhor que podia na pré-produção e nos dias de filmagem; a escola estava cheia e com a energia lá no alto. A experiência foi tão boa que as parcerias não ficarão só nesse curta, as conversas pra nos juntarmos em outros projetos já estão acontecendo e é pra isso que estamos estudando, pra buscar conhecimentos teóricos, práticos e parceiros de cinema”, diz Mateus.

Para Lia Gandelman, coordenadora geral dos cursos da AIC-RJ, que acompanhou toda essa movimentação de perto, “O exercício uniu os alunos. Todos conviveram e viveram aqui dentro intensamente por uma semana, foi um movimento incrível e muito bom, todos ficaram amigos, coisas que o cinema em geral proporciona às pessoas. Com certeza senti nas conversas deles que agregou valor ao que aprendem aqui”.

Link curta: https://www.youtube.com/watch?v=CRVUpFN2XOU

Fotos: Taty Arruda

 

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Rubens Ewald Filho na Semana de Cinema e Mercado

A Semana de Cinema e Mercado já faz parte do calendário da Academia Internacional de Cinema (AIC) há cinco anos, e foi criada para abrir o calendário do segundo semestre da escola para os alunos e para o público, pois a Semana também é aberta à comunidade.

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Ewald Filho na AIC – Foto de Alexandre Borges

Esse evento levou à AIC palestrantes da área de cinema e mercado, ou seja, profissionais que discutiram um pouco as possibilidades de comercialização, de viabilização de um filme, o cinema, portanto, de um ponto de vista de negócio, além de falar sobre como ocorre a pós-produção. Este ano, a Academia contou com a presença de quatro super profissionais nessa edição, são eles: Fabiano Gullane, Ariel Henrique, Samanta do Amaral, e quem abriu o ciclo de palestras foi nada mais nada menos, do que o maior crítico de cinema do Brasil, Rubens Ewald Filho.

Em sua fala, Ewald relembra como tudo começou, dos filmes que assistiu na infância e fez anotações em seus famigerados caderninhos ao convite para trabalhar no jornal Tribuna de Santos, onde fez sua primeira crítica sobre o filme “Pierrot le Fou”, de Jean-Luc Godard e de lá para a transmissão do Oscar.

Rubens relembra a infância, filho de fazendeiros, que cultivavam banana, uma família abastada, porém devido às seguidas enchentes, perderam tudo. Mas a ironia é que por ter uma mãe bastante controladora, nunca soube que tinha dinheiro. Não sabe se por ter vivido muito tempo sob esse controle, não possui muitas memórias de infância. Diz que sua vida começou aos nove.

Rubens atribui o que é ao cinema, “Eu devo muito ao cinema! Desde aqueles caderninhos onde eu comecei a fazer as primeiras críticas, o Oscar e num terceiro onde fazia uma espécie de dicionário de cineastas, tudo de maneira despretensiosa, que de alguma forma me tiravam da minha vida solitária e me levavam para um mundo de sonho até chegar aonde cheguei e ser quem eu sou. E tudo por conta do cinema.”

Foto de Alexandre Borges
Rubens Ewald – Foto de Alexandre Borges
NETWORK

Por definição “network é uma corrente de conexões, de contatos e relacionamentos que podem ajudá-lo a alcançar seus objetivos profissionais”, assim, Ewald destacou o fato de que, quem faz cinema, não deve fazê-lo sozinho, precisa de ajuda, precisa das pessoas como parceiras na realização desse empreendimento, para que se tenha sucesso: “sozinho você não constrói nada. Serão essas pessoas que podem orientá-lo e direcioná-lo a percorrer o melhor caminho para se chegar ao seu objetivo”.

CINEMA BRASILEIRO

Para Rubens, o problema do cinema brasileiro não é o púbico, mas ele atribui o fato de as pessoas não irem muito ao cinema ao valor que se cobra pelo ingresso, à crise que acaba afastando também o grande público das salas de exibição; “a gente precisa de melhores empregos para poder consumir”, por exemplo.

 SÉRIES – O FUTURO
Rubens Ewald - Foto de Alexandre Borges
Rubens Ewald – Foto de Alexandre Borges

Rubens comentou com os presentes que o cinema está vivendo uma revolução, assim, foi perguntado a ele se para encontrar seu lugar ao sol, tomar o caminho das séries seria uma possibilidade de alcançar o sucesso.

Para Ewald, “as séries já deram certo e provocaram uma revolução no gosto, na maneira de contar uma história, na qualidade do trabalho e pelo que tenho ouvido, no Brasil também. Entre assistir um filme e uma série, elas preferem a série.  A mudança está aí, mas o Brasil ainda está engatinhando e por isso há muito a se fazer”.

 

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Uma Ponte Entre Brasil e Índia

Franthiesco Ballerini, Coordenador de Cursos Livres e professor dos cursos de História do Cinema, (no qual trabalha os principais movimentos cinematográficos) e Estudos de Direção, (no qual faz uma análise de alguns dos principais diretores) da Academia Internacional de Cinema (AIC), lança artigo em livro que fará parte do acervo da Biblioteca Ibero-Americana em Berlim, considerada a maior biblioteca da Europa com acervo de obras latino-americanas. O livro “Sur South – Poetics and Politics of Thinking Latin America / India” é uma coletânea de artigos que tratam das semelhanças e diferenças culturais entre Brasil e Índia, e Franthiesco fala de sua especialidade, o cinema: Cinema como ponte cultural entre Brasil e Índia? Uma abordagem comparativa baseado numa experiência pessoal.

Imagem de divulgação
Imagem de divulgação
ÍNDIA X BRASIL

O título do artigo “Cinema como ponte cultural entre Brasil e Índia? Uma abordagem comparativa baseado numa experiência pessoal” foi escolhido porque para Ballerini era importante “fazer conexões entre o cinema indiano e brasileiro, que são bem díspares. E nele, há um “comparativo da indústria autossustentável indiana, que produz mais de mil filmes por ano, e a indústria brasileira, ainda dependente de incentivos fiscais. Mostro os pontos positivos de um e de outro. Na Índia, um filme paga outro, a pós-produção de imagem e som é fantástica, de ponta, referência no mundo, mas os roteiros são muito fracos, há uma forte censura do estado a temas ligados a sexo ou desigualdades sociais. Já no Brasil, nossos roteiros e histórias são mais elaborados, mas a pós-produção de qualidade é coisa para poucos, para os grandes orçamentos. Porém, a maior diferença é que o indiano gosta de se ver no cinema, o brasileiro ainda está reaprendendo isso. O cinema na Índia é tão poderoso quanto nossas novelas foram no Brasil no século passado”.

Apesar de bastante distintos, os dois países possuem “povos alegres e simpáticos. A violência aqui é chocante e lá é centrada na mulher (estupro). São países muito pautados pela religião em tudo que fazem e as artes são muito melodramáticas, altamente emotivas, com muita música e dança” compara Franthiesco.

 O COMEÇO

Uma entrevista, uma viagem e muito material. Esse foi o início de uma história que já dura nove anos e teve início com uma curiosidade sobre o diferente. Assim conheceu esse mundo fantástico, criativo e por que não dizer pitoresco, que é o cinema indiano.

 O INTERESSE

A partir de um release sobre uma mostra de filmes indianos, que estava sendo organizada por Ram Devineni, sócio e conselheiro da AIC e dono da produtora Rattapallax Films, Franthiesco teve acesso a um mundo completamente diferente de tudo o que vira até ali. De uma conversa despretensiosa a uma viagem de um mês ao mundo cinematográfico indiano, foi um pulo. Na bagagem de volta, histórias interessantes e peculiares como quando fala sobre a censura no país: “vi quase uma centena de filmes e em nenhum deles há sequer um beijo na boca. A censura do estado é forte, influenciada pelo hinduísmo, então, os atores chegam muito perto de beijar e o filme acaba” relata Franthiesco, ou ainda, a veneração que os atores causam na grande massa, “certos atores são tão venerados que possuem templos de adoração e eu conto tudo isso em detalhes no ‘Diário de Bollywood’” relata Ballerini. Dessa experiência, ainda nasceram reportagens especiais para jornais e revistas, um documentário em metra-metragem, o Bollyword, e o contrato com uma editora para a publicação do primeiro livro em língua portuguesa sobre o cinema indiano – Diário de Bollywood – Curiosidades e Segredos da Maior Indústria de Cinema do Mundo (2009).

 

Foto de Divulgação
Foto de Divulgação

E foi devido à repercussão na mídia das reportagens especiais publicadas em 2008 e ao lançamento do livro em 2009, que alguns pesquisadores alemães, ligados à Biblioteca Ibero-Americana em Berlim, convidaram Franthiesco para um colóquio, que iria ocorrer em 2011. Nesse evento, os palestrantes deveriam discorrer sobre o tema de sua especialidade e para o coordenador, “o evento gerou frutos riquíssimos. Eu e outros palestrantes não conhecemos nenhum evento que tenha ocorrido até hoje que fora tão rico na discussão sobre as similaridades e disparidades culturais entre Brasil e Índia, países tão distantes geograficamente, mas tão parecidos socialmente”.

 

“CINEMA COMO PONTE CULTURAL ENTRE BRASIL E ÍNDIA? UMA ABORDAGEM COMPARATIVA BASEADO NUMA EXPERIÊNCIA PESSOAL”.

O livro “Sur South – Poetics and Politics of Thinking Latin America / India” é uma coletânea de todos os artigos apresentados no evento. Lançado em 2016, conta com a organização de Susanne Klengel e Alexandra Ortiz Wallner, e para Franthiesco é ”um material valioso, que traz especialistas feras da Índia e do Brasil no campo de produção cultural”, e ter seu artigo no acero da Biblioteca Ibero-Americana é uma honra para o coordenador, que considera a instituição “um patrimônio da humanidade”.

 Serviço:

Por enquanto, a publicação estará disponível na Biblioteca Ibero-Americana de Berlim e em algumas instituições parceiras, como a Freie Universität de Berlim. Quem tiver interesse na leitura poderá entrar em contato no link abaixo:

http://www.lai.fu-berlin.de/pt/kontakt/index.html

 VOCÊ CONHECE A ÍNDIA?

O país tem uma população com mais de 1,30 bilhão de habitantes, o que faz dele o segundo mais populoso do mundo, atrás apenas da China; tem uma história que começa nos anos de 3000 a. C. O nome oficial é República da Índia e sua capital é Nova Délhi. São 28 estados em 07 territórios federais, numa área de 3.287.782 km² (localizada no centro-sul da Ásia).

Foi colônia britânica até 1947, quando obteve a independência com Mahatma Gandhi; São reconhecidas 744 tribos distintas no país. As línguas e dialetos somam mais de 400. As línguas oficiais são o hindi e outros 18 idiomas; O hinduísmo é a religião mais popular do país, seguido por 81,5% dos indianos. A segunda religião com maior número de adeptos é o islamismo, com 12,2%.

É o único país onde o Big Mac é diferente. Lá é servida uma variação feita com frango, pois a maioria da população não come carne bovina, por considerar a vaca um animal sagrado.

A Índia é a maior produtora de softwares do mundo e a quarta maior potência militar do planeta. É a maior democracia do mundo. A cada eleição, cerca de 815 milhões de pessoas vão para as urnas. A previsão é de que, em 2 050, a Índia seja o país mais populoso da Terra, com cerca de 1,6 bilhão de pessoas.

E tem o Taj Mahal, considerado uma das mais importantes construções da História da Humanidade. A complexidade de seu traçado arquitetônico coloca esse mausoléu ao lado das mais perfeitas construções já realizadas pelo homem. E sua história remete ao amor do imperador Shah Jahan pela sua segunda esposa, Aryumand Banu Began, carinhosamente apelidada pelo marido de Muntaz Mahal, que significa “a primeira dama do palácio”.

 

 

 

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Horário de Atendimento Especial no Rio de Janeiro

Confira nossos horários especiais de atendimento nas Olimpíadas no Rio de Janeiro e programe-se para fazer sua inscrição ou visita!

Mesmo durante o recesso você pode fazer sua inscrição online, e tirar suas dúvidas através do nosso portal de autoatendimento.

 

Nos dias 04, 05, 06, 18 e 22/10/2016– Recesso, não haverá atendimento no período.
Não haverá atendimento e a escola estará fechada.

 

De 19 a 20/10/2016 – Horário Especial
Sexta-Feira das 09h00 às 17h00.
Aos Sábados das 9h00 às 17h00.

 

Em São Paulo continua o horário normal.
De Segunda à Sexta-Feira das 08h30 às 21h00.
Aos Sábados das 8h30 às 14h.

 

Envie sua duvida para:
São Paulo: atendimentosp@aicinema.com.br
Rio de Janeiro: atendimentorj@aicinema.com.br

 

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Filme Fome, de Cristiano Burlan, estreia nas telas brasileiras

O longa-metragem “Fome”, com direção e roteiro do diretor e professor da Academia Internacional de Cinema (AIC), Cristiano Burlan, terá sua estreia nas telonas no dia 04 de agosto.

Foto de divulgação
Foto de divulgação

Filmado em preto e branco, é uma mistura de documentário e ficção e traz a história de um velho homem (interpretado por Jean-Claude Bernardet) que abandona o passado e caminha pela metrópole paulistana, carregando consigo apenas um carrinho e alguns trapos, encerrando a “Tetralogia em preto e branco” do diretor, que se iniciou com “Sinfonia de um homem só” (2012), “Amador” (2013) e “Hamlet” (2014). Os quatro filmes têm a cidade de São Paulo quase como um personagem. “Eu como realizador paulista, não de nascimento, mas por opção, me reconheço nessa cidade cinza e brutal. Amo filmar São Paulo e suas contradições” declara Cristiano.

INVISÍVEL AOS OLHOS

O filme contém elementos invisíveis da cidade de São Paulo, definição dada pelo diretor aos moradores de rua, os imigrantes e migrantes, os idosos, àqueles que nos são imperceptíveis aos olhos, e tem o intuito de mostrar o conflito humano, aquilo que define como “o que há de mais potente na dramaturgia”.

Foto de divulgação
Foto de divulgação

 

INSPIRAÇÃO

O longa nasceu de uma inquietação do diretor, “talvez tenha surgido principalmente de um desejo mais profundo de me relacionar com a cidade e com essa invisibilidade que está a nossa volta.” Sua experiência na Europa, como imigrante ilegal, as dificuldades que enfrentou e dois livros “Fome” de Knut Hamsun e “Na pior entre Paris e Londres” de George Orwell, também o influenciaram, não como “adaptações literárias, mas como construção da atmosfera” resume Burlan.

Até agora restrito aos festivais nacionais e internacionais que participou, dos quais trouxe alguns prêmios como o Prêmio Especial do Júri pela Atuação de Jean-Claude Bernardet e o prêmio de melhor som, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o filme finalmente poderá ser visto pelo grande público, que não poderá deixar de prestigiá-lo nas telonas em todo território nacional.

 

PROFESSORES E EX-ALUNOS

O filme também conta com a presença de professores e ex-alunos da Academia, são eles, os professores: Ana Carolina Marinho e Henrique Zanoni; e ex-alunos: Fábio Bessa, Helder Martins, Renato Maia, Aline Medeiros, Cris Hernandez, João Macul, Ronaldo Dimer, Charlene Rover, Gabriel Silvestre e Lucas Negrão.

 

 

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Diretor de Fotografia Lauro Escorel na AIC de São Paulo

Lauro Escorel – conceituado diretor de cinema divide um pouco de sua experiência com alunos do curso de Direção de Fotografia Semestral

Os alunos do curso de Direção de Fotografia Semestral da Academia Internacional de Cinema (AIC), no mês de junho, tiveram o privilégio de receber o renomado Diretor de Fotografia, Lauro Escorel, para uma conversa gostosa e cheia de aprendizado.

 

A EXPERIÊNCIA

Lauro possui uma extensa lista de trabalhos. Como diretor de fotografia ganhou diversos prêmios com produções como Giovanni Improtta, de José Wilker, no qual foi agraciado com o prêmio de melhor fotografia no Cine Pernambuco do Audiovisual, em 2013; pelo documentário “Vinícius”, recebeu o Prêmio de Melhor Fotografia do festival CinePort de 2006; por Jogo Subterrâneo ganhou o Prêmio do Cinema Paulista Melhor Fotografia de 2006; por ‘Acquária’, o Prêmio do Cinema Paulista de Melhor Fotografia em 2005. Foi indicado ao Grande Prêmio Brasil de 2002 e ao Prêmio ABC de Cinematografia também de 2002, por ‘O Xangô de Baker Street’, além de indicações e prêmios como diretor.

Foto: Alexandre Borges
Foto: Alexandre Borges

Nascido em Washington, filho de diplomata, Lauro Escorel falou um pouco sobre a experiência que somente os 47 anos atrás de uma lente podem conceder. “A ideia da conversa com os alunos foi a de compartilhar um pouco da minha experiência profissional, onde busco sempre enfatizar a importância do trabalho do diretor de fotografia e sua responsabilidade junto aos produtores e diretores que o convidam para trabalhar”.

 

CONHECIMENTO E A TECNOLOGIA

Para Lauro Escorel, o resultado do trabalho está, não somente na tecnologia usada, mas, sobretudo, na experiência do profissional, em sua busca pelo conhecimento, “Enfatizo a importância da educação e atualização tecnológica. A permanente evolução tecnológica na era digital traz consigo a necessidade dos profissionais estarem sempre estudando e se informando. Além disso, o diretor de fotografia deve dominar o assunto para poder buscar soluções economicamente viáveis dentro da realidade de cada projeto”.

 

O CONHECIMENTO ACUMULADO E SUA RELEVÂNCIA NO MUNDO MODERNO

O diretor chama a atenção dos alunos para todo o conhecimento acumulado em mais de 100 anos de cinematografia, pois apesar do acesso a toda tecnologia disponível, esta não exclui esse conhecimento acumulado anteriormente. “Não devemos ser saudosistas, mas precisamos manter algum grau de controle sobre nosso próprio trabalho”, completa Lauro.

 

Foto: Alexandre Borges
Foto: Alexandre Borges

 

Para finalizar a conversa, Escorel tentou, através da projeção de trechos de filmes fotografados por ele, passar um pouco do seu método de trabalho, “eu apresentei filmes em que trabalhei e fotografei para mostrar meu método em suas diferentes etapas. Utilizei filmes de ficção e documentários, onde busquei dar aos alunos uma ideia das diferentes formas de trabalho enquanto diretor de fotografia”.

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