Rodado e editado em cinco dias chuvosos durante férias em família na Ilha do Mel, no litoral do Paraná, o curta “Espera”, de Victor Ribeiro, ex-aluno do Filmworks da Academia Internacional de Cinema (AIC), foi selecionado para a 3ª Edição do Festival Cinemistica, em Granada. O festival vai de 18 de novembro a 17 de dezembro e contou com mais de 3 mil títulos de 46 países.
Filme “Espera” – Foto: Divulgação
“Espera” conta a história de Regina, moradora de uma ilha, que age todos os dias da mesma forma, desde a despedida de Beto há 20 anos. Seus traços no rosto demonstram uma vida sofrida e solitária. Mas nesse dia, em particular, chove, e talvez seja a hora dela dar a última olhada no horizonte com a esperança de que o mar traga o seu amor de volta.
Victor conta que a ideia para o filme surgiu inesperadamente, quando foi passar férias na Ilha do Mel com a família da namorada. “Geralmente não levo minha câmera quando estou de férias, mas dessa vez resolvi levar, achei que não iria nem tocar no equipamento, mas pegamos uma semana chuvosa e o tédio poderia ter tomado conta da gente, mas antes que isso acontecesse, comecei a filmar umas coisas e assim surgiu o filme “Espera”. Todos se animaram com a ideia e até me ajudaram com a produção. O filme foi filmado e editado lá mesmo, na Ilha, ao som da chuva, como na história. Uma produção completa em 5 dias e um filme feito em família”. A atriz do filme é Regina Bastos, mãe da namorada de Victor e o ator, o pai da namorada, Beto Bruel.
Filme “Espera” – Foto: Divulgação
Victor vem há alguns anos estudando a dinâmica dos festivais, e conseguiu até hoje ter todos os seus filmes selecionados em festivais brasileiros ou internacionais. No ano passado, seu curta “Virgens” levou o prêmio de melhor curta-metragem no Los Angeles Brazilian Film Festival. “Desde que me formei em 2007, passei dias e dias preenchendo fichas de inscrição e mandando meus filmes para todos festivais que eu conseguia. Hoje em dia também faço isso, mas com o tempo você vai entendendo em qual festival seu filme se encaixa, vai percebendo a característica daquele festival, e são coisas importantes quando se tem um filme em mãos. Às vezes é bom ter calma e escolher alguns festivais apenas, aqueles que tenham a ver com o seu trabalho, dessa forma, você economiza tempo e dinheiro!”, diz o diretor.
FESTIVAL CINEMÍSTICA
Para acessar a programação completa do Festival, acesse o site.
Vanessa é atriz, produtora, roteirista e escritora. Como atriz, fez a série “Zé do Caixão”, canal Space, contracenando com Matheus Nachtergaele como Sarita Del Ciel. Na televisão, fez a novela “Cristal” (SBT), em 2006. Na Rede Globo, fez o seriado “Sítio do Pica-Pau Amarelo” em 2007 e, no mesmo ano, participou da novela “Pé na Jaca”. Idealizou, atuou e coproduziu os musicais: “Lampião e Lancelote”, vencedor de 11 prêmios de teatro, “A árvore Berenice” e ainda correalizou o espetáculo de dança flamenca “Toro Negro”. Em 2011, estreou em São Paulo o musical infantil “O Silêncio Em Apuros” de sua autoria, com direção de Débora Dubois. E finalmente, em 2015, escreveu e editou o livro infantil “O Silêncio em Apuros”, um dos finalistas do Prêmio Jabuti.
O livro foi inspirado na peça homônima “O Silêncio em Apuros”, e conta a história do Silêncio. Tudo se passa no reino de Lugar Nenhum e Todos os Lugares, onde o personagem principal, o Silêncio, corre perigo de deixar de existir para sempre, pois foi sequestrado e precisa ser resgatado. Nesse contexto, a Música, a Dança, a Poesia, o Teatro e a Pintura se unem para ajudar o amigo contra o mostro Barulho. A trama é repleta de aventuras, ruídos, brigas e confusões. As ilustrações são de Mariana Faria, feitas com aquarela e lápis de cor, e compõem perfeitamente a obra que tem tanto a acrescentar ao universo infantil, como a importância do silêncio para os pensamentos, projetos e sonhos.
Vanessa Prieto – Foto: Vitor Vieira
O projeto nasceu como peça de teatro, virou livro e agora será roteiro de cinema: “agora parto pra outra longa jornada”, diz Vanessa, “estou reescrevendo o roteiro do filme de animação “O Silêncio em Apuros”. Voltando para o Cinema, minha primeira formação. Em 2016, fui contemplada com um prêmio no Fundo Setorial do Audiovisual para desenvolver um roteiro inspirado no livro… Sei que a história está crescendo, mudando de cara, se contaminando, se adaptando a uma nova linguagem . Não sei onde isso vai dar, mas sei que nós continuamos em apuração… o Silêncio e eu.”
“GRIN”, dirigido, e “Demônia”, produzido pelo professor da Academia Internacional de Cinema (AIC), Roney Freitas, que foram selecionados para diversos festivais nacionais ao longo do ano, terão novas exibições agora em novembro:
O documentário de média-metragem “GRIN”, que ele codirigiu com o cineasta indígena Isael Maxakali, está no Cine Esquema Novo 2016 – Arte Audiovisual Brasileira, em Porto Alegre, e no Forumdoc.BH, em Belo Horizonte.
Filme: Demônia – Foto: Divulgação
O curta-metragem “Demônia”, produzido por Roney Freitas e dirigido por Fernanda Chicolet e Cainan Baladez, será exibido no Festival de Vitória.
“GRIN”, quase todo falado no idioma Maxakali, faz “um resgate de memórias sobre a formação da Guarda Rural Indígena durante a ditadura militar, com relatos das violências sofridas pelos seus parentes” – nas palavras de Roney. A fotografia é de André Luiz de Luiz, também professor da AIC.
“Demônia – Melodrama em 3 Atos” acompanha a discussão de um casal que tem sua intimidade exposta de maneira sensacionalista na TV. Outro dois professores da AIC integram a equipe técnica do curta: André Luiz de Luiz na Fotografia e Dicezar Leandro na Direção de Arte.
OS FESTIVAIS
Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira
A edição de 2016 acontece entre 3 e 10 de novembro, com exibições gratuitas apresentadas na Cinemateca Capitólio, sede oficial do Festival. Foram quase 600 inscritos, o Festival tem como proposta englobar tanto a ideia audiovisual quanto das artes visuais. Também apresenta um formato diferenciado de exibição, das 44 obras selecionadas na Competitiva Brasil, 32 serão exibidas na sala da Cinemateca Capitólio, porém 12 serão exibidas fora da sala de cinema, no formato de videoinstalações, projeções e performances. A divulgação dos vencedores da Competitiva Brasil será no dia 10 de novembro, quinta-feira, às 21h, na Cinemateca Capitólio.Confira a programação completa no site do evento.
Filme: Grin – Foto: Divulgação
Forumdoc.BH
Em Belo Horizonte, o Forumdoc.BH acontece entre 17 e 27 de novembro no Cine Humberto Mauro-Palácio das Artes, na UFMG, em centros culturais e espaços abertos da cidade. Todas as atividades são gratuitas. Conta com mostras de filmes clássicos e contemporâneos. Neste ano foram mais de 500 inscritos, entre a mostra brasileira e internacional. O festival também realiza durante o ano (neste ano foi entre maio e junho) uma Mostra Itinerante que percorre as cidades do interior de Minas, exibindo os filmes selecionados na edição anterior, com o intuito de promover o encontro entre espectadores locais e importantes expressões audiovisuais vindas de diversas partes do mundo.
Festival de Vitória
A 23ª edição do Festival de Vitória acontece entre 14 e 19 de novembro e premia as melhores produções dos gêneros ficção, documentário e animação. Tem como característica exibir uma programação diversificada, que conta com os mais recentes trabalhos do cinema brasileiro, além de muitas atividades de formação para todos os públicos. Ao final da programação, o Festival de Cinema de Vitória premia os melhores trabalhos de suas mostras. Serão distribuídos mais de 30 troféus, além de menções honrosas e prêmios adicionais. O objetivo do Festival é contribuir para o desenvolvimento da produção audiovisual brasileira, o fortalecimento dos profissionais capixabas e a democratização do acesso da população aos bens culturais. Além de estimular a formação de um público consumidor de cultura mais crítico.
Roteirista e produtor, o americano trouxe ao Rio seu primeiro filme como diretor, “Indignação”
Texto: Clara Meirelles
Quando James Schamus chegou à entrada da Academia Internacional de Cinema (AIC), no Humaitá, cerca de setenta pessoas já o aguardavam e disputavam as senhas para vê-lo falar. O premiado roteirista e produtor, que trabalhou com diretores como Paul Schrader, Sofia Coppola, Todd Haynes e Todd Solondz, é um dos grandes parceiros de Ang Lee, para quem escreveu os roteiros de “Tempestade de Gelo” e “Aconteceu em Woodstock” e produziu o sucesso “O Segredo de Brokeback Mountain”. Schamus também é professor de História do Cinema na Universidade de Columbia e veio ao Rio de Janeiro por um motivo especial: trazer o seu primeiro filme como diretor, “Indignação“, ao Festival do Rio. Estava acompanhado por um dos produtores do longa, Rodrigo Teixeira. A palestra foi uma parceria entre a AIC, o Festival do Rio e a produtora RT Features.
James Schamus e Rodrigo Teixeira na AIC – RJ
Trinta anos de cinema
Schamus começou o encontro contando sua trajetória. Criado em Los Angeles, o artista foi para Nova Iorque para estudar cinema, aos vinte e poucos anos, e se deparou com o então incipiente mercado do cinema independente, que agregava muitos diretores em busca de dinheiro para suas produções. O palestrante contou que não sabia fazer dinheiro, mas tentava, o que fez com que as pessoas achassem que era produtor. Assim, ele começou sua carreira trabalhando como assistente durante o dia e à noite, como ele mesmo definiu, “fingia ser produtor”.
Cauã Reymond – Palestra James Schamus – AIC – RJ
A estratégia deu certo. Ao longo de sua carreira, ele cofundou a produtora Good Machine e a distribuidora Focus Features, responsáveis por inúmeros lançamentos no cinema hollywoodiano. Ilda Santiago, diretora artística do Festival do Rio, também presente no evento, o definiu como um artista do estilo renascentista, tamanha a sua versatilidade e capacidade de desempenhar papéis diferentes dentro da cadeia de produção de um filme.
Trinta anos depois de começar a levantar produções, Schamus afirmou que o mercado do cinema independente avançou muito e hoje já há uma estrutura de mídias digitais e uma nova geração trabalhando. Mas deixou claro que a dificuldade ainda existe: “Todo ano, no Oscar e no Independent Spirit, um ou dois caras sobem no palco, pegam o troféu e falam que ninguém acreditava no projeto. Para cada um que sobe no palco, há milhões de fracassados. Isso é uma coisa normal no ramo”.
Conselhos para a nova geração
Palestra James Schamus – AIC-RJ
Dono de um senso de humor ácido, Schamus propôs uma dinâmica com os estudantes de cinema presentes na sala. Perguntou qual é o melhor conselho que já ouviram. A cada resposta, o cineasta rebatia dizendo exatamente o contrário. Posicionar bem a câmera? Não adianta nada, se você não tiver o que dizer. Fazer o filme impetuosamente? Ridículo, imagina se isso fosse dito a um cirurgião cardíaco. A plateia gostou da brincadeira, mas ficou desnorteada. Schamus então arrematou a dinâmica, dizendo que queria mostrar que não há regras na arte, o que faz com que todo e qualquer conselho pareça útil. E expôs o que, para ele, é importante ao se fazer cinema: “a presença das pessoas, a atenção, o contexto, estar ouvindo, trocando, testando, sentindo. Isso importa”.
James Schamus – AIC – RJ
Perguntado sobre a inclusão das minorias sociais no cinema, Schamus foi categórico ao dizer que o Oscar é uma festa da indústria, preocupada em lucrar. “Vamos ver cada vez mais asiáticos em papéis de liderança porque os chineses estão colocando dinheiro”, afirmou. E citou uma frase de sua esposa: “O Oscar é uma festa em que coisas boas acontecem para pessoas ruins”. A sala toda gargalhou.
Na cadeira do diretor
Seu primeiro longa-metragem como diretor, “Indignação”, é uma adaptação do romance homônimo do escritor americano Philip Roth. Schamus mandou o roteiro para Roth assim que terminou de escrever e o autor fez um grande favor: se recusou a ler e deu total liberdade para a realização do filme.
Para o agora diretor, a linguagem do roteiro de uma adaptação cinematográfica é a mesma dos casamentos ruins: “filme e livro são fiéis apenas no espírito”, afirmou. Despreocupado com as críticas, ele reiterou a necessidade de liberdade e risco para se fazer cinema. E pouco antes de sair da sala, sob aplausos entusiasmados, Schamus se definiu como um artista que gosta de criar mundos para os atores e para compartilhar com a equipe – para ele, uma característica essencial a qualquer um que queira ser criador na arte do cinema.
Davi Mattos, ex-aluno do curso Filmworks, e o diretor Santiago Dellape são roteiristas do filme “A Repartição do Tempo”; tem o ex-aluno Germano Pereira, recém-formado no curso Filmworks, com seu filme “Somos Todos Estrangeiros”. Além deles, o professor Cristiano Burlan, também ex-aluno da AIC, que já esteve presente outras vezes na Mostra, apresenta nesta edição seu filme “No Vazio da Noite“, no qual assina a direção, produção e roteiro. Waldir Xavier está na Mostra com dois filmes: “Redemoinho” de José Luis Villamarim no qual faz a Edição de Som e “Maresia” de Marcos Guttmann, no qual faz Montagem de Imagem e Edição de Som e o professor e crítico de cinema, Sérgio Rizzo, que mediará o debate sobre o filme “Persona”, de Ingmar Bergman, e, além disso, é membro do Comitê de Seleção da Mostra.
Veja onde e quando assistir aos filmes na programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo:
OS FILMES
A REPARTIÇÃO DO TEMPO
Dirigido por Santiago Dellape com roteiro dele e de Davi Mattos, é uma comédia de ficção científica sobre viagens no tempo e burocracia. “O tema da burocracia é especialmente caro pra nós, já que tem muito a ver com Brasília, nossa cidade natal. O filme se passa inteiramente no REPI, o Registro de Patentes e Invenções, repartição fictícia que dá nome ao filme, onde inventores de araque sofrem para registrar suas invenções nas mãos de funcionários improdutivos e de um chefe incompetente que deve o cargo à influência política da mãe. Quando o Dr. Brasil (Tonico Pereira, em participação especial) tenta registrar sua máquina do tempo ninguém o leva a sério, mas isso muda quando Jonas, um dos funcionários (interpretado por Edu Moraes, premiado no Festival de Brasília deste ano) aciona a máquina acidentalmente. Por sorte, o paradoxo temporal criado pela viagem de Jonas ao passado acaba se resolvendo por conta própria, mas o incidente é percebido pelo tirânico Lisboa (Eucir de Souza), que decide usar a máquina para aumentar a produtividade da repartição. Lisboa elabora um plano para duplicar seus funcionários e aprisionar os duplos num bunker nuclear esquecido da época da ditadura militar. Para impedir Lisboa, Jonas conta apenas com a ajuda de seus preguiçosos colegas de trabalho, Carol e Zé (Bianca Muller e André Deca). O elenco também conta com participações especiais de Selma Egrei e Dedé Santana”, conta Davi. O filme “A Repartição do Tempo” é inspirado em filmes dos anos 80 como “Os Trapalhões”, em clássicos como “Os Goonies”, “Conta Comigo”, “De Volta para o Futuro”, o cineasta Santiago presta uma homenagem ao cinema de aventura e fantasia que marcou a década.
Filme: A Repartição do Tempo – Foto: Divulgação
Esse é o primeiro longa em que Davi participa como co-roteirista e já conquistou prêmios no Festival de Brasília: de Melhor Ator, Montagem e Direção de Arte, e agora, foi selecionado para a Mostra. Davi diz que mandaram o filme para os principais festivais de cinema do país “e ficamos muito contentes com a notícia de que havíamos entrado na Mostra Internacional de São Paulo. É uma oportunidade sensacional de exibir o filme para um grande público e estamos loucos para ver como ele será recebido”. A distribuição ficará por conta da O2 Filmes, que com sua experiência será crucial para o lançamento comercial em 2017.
PROGRAMAÇÃO
Dia 22/10 – 21h20 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 02
Dia 23/10 – 13h30 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 05
Dia 01/11 – 13h30 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 06
Filme: Somos Todos Estrangeiros – Foto: Divulgação
SOMOS TODOS ESTRANGEIROS
É um filme dirigido e escrito por Germano Pereira, e tem como referência “O Estrangeiro”, romance de Albert Camus. Por isso, busca um tratado existencial e sensível do humano. E tem como produtor Rubens Ewald Filho.
PROGRAMAÇÃO
Dia 20/10 – 22h00 – Reserva Cultural 02
Dia 21/10 – 15h50 – Cinearte 02
Dia 25/10 – 17h20 – Cine Caixa Belas Artes – Sala 1 Vila Lobos
NO VAZIO DA NOITE
O filme de Cristiano Burlan, com roteiro de Cristiano, Henrique Zanoni e Ana Carolina Marinho também professores da AIC conta a história de um personagem que atormentado pelos pensamentos que a insônia lhe provoca, faz uma vertiginosa viagem noite adentro, e vagueia pelas veredas de uma metrópole num caminho sem volta. Ele percorre uma jornada do verbo ao pó no vazio da noite paulistana. Como fugir desse lugar que afaga e abriga, ao mesmo tempo, em que dilacera?
Filme: No Vazio da Noite – Foto: Divulgação
Cristiano fala que o filme é, sobretudo, “um diálogo com a insônia, com uma noite solitária que também habita São Paulo”. Recorrente em seus filmes, a cidade de São Paulo está presente novamente, é quase uma obsessão, conta ele: “cada vez que retorno ao set, percebo que existe uma São Paulo que ainda não capturei”. Filmado em 04 dias, a estreia acontecerá na 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, mas em novembro, o filme participará da competição oficial do Festival FILMAR en América Latina, em Genebra – Suíça.
Participar da Mostra para Cristiano Burlan é sempre bom, “cresci acompanhando a Mostra de São Paulo, muitas projeções marcaram o meu olhar de forma indelével. Participar da Mostra é sempre estimulante, muitos filmes incríveis compõem a programação, sem falar do prazer que é exibir o filme em São Paulo”.
PROGRAMAÇÃO
Dia 26/10 – 21h40 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 02
Dia 29/10 – 15h40 – Reserva Cultural 02
Dia 31/10 – 17h45 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 01
É necessário comprar ingresso para as sessões.
Filme: Redemoinho – Foto: Divulgação
REDEMOINHO
Filme de José Luis Villamarim, com roteiro de George Moura, e Edição de Som do professor Waldir, conta a história de dois amigos que nasceram em Cataguases, Minas Gerais, e passaram toda a infância juntos. Luzimar nunca saiu da cidade e trabalha em uma fábrica de tecelagem. Gildo foi para São Paulo onde acredita ter se tornado bem-sucedido. Na véspera de Natal, Gildo vai para Cataguases visitar sua mãe e acaba reencontrando Luzimar. Desse encontro, regado a muita bebida, lembranças, remorsos e rancores, duas vidas são reavaliadas. Depois de tudo, quem fez a melhor escolha: aquele que saiu ou aquele que ficou? Existe uma resposta correta?
PROGRAMAÇÃO
Dia 28/10 – 21h50 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 02
Dia 29/10 – 13h30 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 03
Dia 30/10 – 19h00 – Cinemateca – Sala BNDES
Filme: Maresia – Foto: Divulgação
MARESIA
Com Montagem de Imagem e Edição de Som de Waldir, o filme de Marcos Guttmann, com roteiro de Melanie Dimantas, Marcos Guttmann, Rafael Cardoso traz a história de Gaspar Dias, perito de arte especializado na obra de Emilio Vega, um pintor que morreu há 50 anos. A inesperada visita de Inácio Cabrera em busca de autenticidade para mais um quadro supostamente da autoria de Vega, de quem diz ter sido amigo na juventude, abala as convicções de Gaspar com revelações perturbadoras. Cabrera desmente várias ideias do especialista a respeito do artista, com informações de difícil comprovação. Afinal, quem é o verdadeiro Vega?
PROGRAMAÇÃO
Dia 23/10 – 21h45 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 01
Dia 24/10 – 16h30 – CINESESC
Dia 30/10 – 19h00 – Cinemark Cidade São Paulo
Filme: Persona – Foto: Divulgação
PERSONA
É um filme de um dos diretores mais influentes de todos os tempos, Ingmar Bergman e conta a história de uma atriz chamada Elizabeth que sofre uma crise emocional e emudece. Para se recuperar, parte para uma casa de campo sob os cuidados de uma enfermeira, que a admira e tenta compreender a razão de seu silêncio. Isoladas, as duas mulheres desenvolvem uma relação de forte intensidade emocional. Após a exibição do filme, acontecerá o debate mediado pelo professor Sérgio Rizzo.
PROGRAMAÇÃO
Dia 20 de outubro
Filme “Persona” – 19h
Debate “Desvendando Persona” – 20h30
Entrada gratuita
Itaú Cultural – Auditório
Avenida Paulista, 149 – São Paulo – SP
O FESTIVAL
Tudo começou com Leon Cakoff, que trabalhava no MASP (Museu de Arte de São Paulo) na década de 1970, como programador de cinema, e passou a exibir filmes estrangeiros inéditos com uma audiência significativa. Quando o MASP completou 30 anos de fundação, os filmes foram apresentados no grande auditório do Museu, e ali, se inaugurou também a modalidade do voto público para a escolha de melhor filme.
A Mostra Internacional é um festival cinematográfico que acontece anualmente na cidade de São Paulo. É considerada a maior janela no Brasil para o cinema mundial, muitos cineastas e diretores como Fernando Meirelles e Laís Bodanzky já comentaram sobre sua importância no cenário internacional e nacional.
Leon Cakoff, fundador e organizador do evento faleceu em 2011, mas sua viúva, a produtora Renata de Almeida continua na direção da Mostra.
A Mostra começa hoje, 20 de outubro e vai até o dia 02 de novembro. Para ver toda a programação, acesso o site do evento.
“Demônia – Melodrama em 3 Atos” filme produzido por Roney Freitas, professor do curso Filmworks, com direção de Fernanda Chicolet e Cainan Baladez foi premiado com uma menção honrosa curta-metragem do júri, mas também o prêmio de melhor curta pelo voto popular.
Filme: Love Snaps – Foto: Divulgação
O prêmio Felix, dedicado aos filmes com temática LGBT também tem professores da AIC. Levou o prêmio especial do júri, “Love Snaps” de Rafal Lessa, professor do Curso de Formação Livre em Roteiro e Daniel Ribeiro, que participou como professor convidado em uma das edições do curso.