SP Film Commission completa 3 anos com movimentação de R$ 1,3 bilhão

Paris, Londres, Nova York são cidades que se tornaram icônicas pela representação que tiveram nos cinemas e nas séries de TV. São Paulo está seguindo o mesmo caminho e se tornando uma cidade audiovisual requisitada por produções brasileiras e estrangeiras.

A constatação é da São Paulo Film Commission, que completa, em maio, três anos de operação. De lá pra cá, 2,8 mil obras audiovisuais rodaram na cidade, gerando mais de 65 mil postos de trabalho e uma movimentação financeira de pelo menos R$ 1,3 bilhão. Por ano, a cidade recebe cerca de mil produções (entre filmes, séries e publicidades), em mais de três mil diárias de filmagens.

Entre os formatos, a publicidade ocupa o primeiro lugar com 1.384 obras. Depois, vem o curta-metragem, com 359; programa de TV, com 190; documentário, com 161; série, com 141; e longa-metragem, com 102.

Entre as locações com mais obras filmadas, estão o Parque Ibirapuera, com 151 obras filmadas; a Avenida Brigadeiro Faria Lima, com 90; o Viaduto do Chá, com 89; a Praça Roosevelt, com 83, e, por fim, a Avenida Paulista, com 67.

Na esteira da comemoração, a São Paulo Film Commission promove o lançamento de uma campanha que retrata as potencialidades audiovisuais, econômicas, turísticas e culturais da cidade, além de sintetizar os dados contabilizados pela área da Spcine. Ele é o destaque do estande que a Spcine divide com a Cinema do Brasil no Festival de Cannes. A divulgação ganha amplitude nos canais de comunicação da empresa paulistana.

A procura por São Paulo é tão intensa que já transformou o departamento na maior film commission do país. Dentro do continente, já figura como a segunda maior da América Latina, atrás apenas da Cidade do México.

A prova mais recente foi a visita de Keanu Reeves a São Paulo. O ator está negociando filmar sua nova série em terras paulistanas. Ele desembarcou na cidade em abril, a partir de uma articulação feita pela São Paulo Film Commission, para se reunir com o prefeito Bruno Covas, o secretário municipal de Cultura, Alê Youssef, e a diretora-presidente da Spcine, Laís Bodanzky.

Outro destaque do trabalho de internacionalização é a presença da Spcine no Marché du Film, no Festival de Cannes. O objetivo é dar novos passos para intensificar a atuação da São Paulo Film Commission no mercado externo. A diretora-presidente Laís Bodanzky vai se reunir com organismos internacionais para divulgar a metrópole paulista como pólo audiovisual para o mundo.

O departamento atendeu cerca de 40 produções de outras partes do mundo, entre séries, longas-metragens, documentários, programas de TV e publicidades.

A primeira gravação deste porte foi a série Sense8, da Netflix, que usou a Parada de Orgulho LGBT, considerada uma das maiores do mundo, como cenário de gravação.

A São Paulo Film Commission é a única no país a disponibilizar um catálogo de locações públicas em um aplicativo. Intitulado Filme SP, ele pode ser baixado na App Store ou na Google Play. Nele, os produtores têm acesso a informações e imagens de mais de 400 espaços que podem ser usados como cenário. A ferramenta possui um link direto para o sistema de solicitação de filmagens e traz o selo “Filme SP”, dedicado às locações mais amigáveis ao audiovisual. Outra funcionalidade é a seção “Filmado Aqui”, onde é possível ver algumas das gravações que passaram por uma determinada locação.

Desde o início da operação, a São Paulo Film Commission oferece ao realizador prazo de resposta e tabela de descontos, duas funcionalidades inéditas em film commissions brasileiras. Para publicidade, o departamento tem até três dias úteis para responder a uma solicitação. Já os outros formatos, como séries e longas-metragens, são oito. Quanto ao valor pago pela locações, a redução pode ser de até 95% dependendo do formato da obra.

Conheça algumas obras que já foram atendidas pela São Paulo Film Commission:

  • Nada a Perder – A produção que conta a história de vida do bispo Edir Macedo, solicitou, até então, o maior número de locações em dois anos de São Paulo Film Commission: 92 lugares, em seis meses de filmagem. Um dos destaques foi ter transformado as ruas do centro de São Paulo em espaços do Rio de Janeiro.
  • Não Se Aceitam Devoluções – Filme estrelado por Leandro Hassum usou São Paulo como representação de Los Angeles. Destaque para uma sequência de ação gravada embaixo da Ponte Estaiada, na Marginal Pinheiros, na qual um moto salta sobre diversos carros.
  • O Doutrinador – Ponto alto das filmagens que passaram pela São Paulo Film Commission foi a cena de manifestação com fogo e coquetel molotov na frente do Theatro Municipal. A gravação no equipamento cultural, que representa a sede de um governo fictício no filme, envolveu 65 pessoas na equipe técnica, quatro atores do elenco principal e 300 figurantes.
  • Sense8 – Da Netflix, Sense8 foi a primeira produção internacional prospectada e atendida pela São Paulo Film Commission. O pedido era especial e desafiador em termos de logística: gravar em um trio-elétrico na Avenida Paulista, durante a Parada do Orgulho LGBT. A equipe de produção gravou parte das cenas no cartão postal paulistano e a outra parte na Avenida Chucri Zaidan, onde simulou o evento.
  • Marighella – Longa-metragem dirigido por Wagner Moura, sobre a trajetória do político assassinado pela luta contra a Ditadura Militar, também usou e abusou dos cenários paulistanos. 43 locações foram solicitadas pela equipe do filme. Na lista, destaque para o Edifício Louveira (projetado pelo arquiteto Vilanova Artigas), a PUC de São Paulo e a rua em frente ao Solar da Marquesa de Santos.

Fonte: Revista de Cinema

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ANCINE volta a operar normalmente após novo Acórdão do TCU

Esclarecimentos prestados pelo órgão de controle permitem a retomada das atividades de fomento

O Tribunal de Contas da União – TCU publicou nesta sexta-feira, 17/05, o Acórdão No.  992/2019, em resposta ao Embargo de Declaração interposto pela ANCINE ao Acórdão No. 721/2019. O novo documento esclarece questões relacionadas a determinações do órgão de controle sobre os processos de prestação de contas de projetos audiovisuais, bem como questões relativas à operação regular. Com isso, etapas das atividades de fomento que haviam sido suspensas de forma provisória e parcial voltam à normalidade, incluindo primeiras liberações de recursos, publicações de novas contratações no Diário Oficial da União e a admissibilidade de novos projetos.

Incluído nos autos do processo, o Acórdão indica a retomada da liberação de recursos públicos, sem prejuízo da necessidade de implementação de um Plano de Ação com o objetivo de eliminar o passivo de projetos em prestação de contas na ANCINE.

​A ANCINE manifesta satisfação com os esclarecimentos prestados pelo TCU e reafirma a importância estratégica das políticas de fomento como indutoras do crescimento expressivo apresentado pelo setor audiovisual nos últimos anos. Além de gerar emprego e renda, o audiovisual contribui de forma incontestável para o desenvolvimento cultural e artístico do país. A Agência Nacional do Cinema sempre buscará, por todos os meios legais, garantir a continuidade de mecanismos de fomento como o Fundo Setorial do Audiovisual e a Lei do Audiovisual.

Fonte: https://www.ancine.gov.br/pt-br/sala-imprensa/noticias/ancine-volta-operar-normalmente-ap-s-novo-ac-rd-o-do-tcu

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19ª Goiânia Mostra Curtas abre inscrições

Estão abertas as inscrições para a 19ª Goiânia Mostra Curtas até o dia 4 de julho. A Academia Internacional de Cinema, parceira do festival, premiará os melhores filmes da Mostra Brasil e Mostra Goiânia com bolsas de estudo para cursos online da escola. O evento será realizado de 8 a 13 de outubro, no Teatro Goiânia.

Serão cinco mostras competitivas: Curta Mostra Brasil, Curta Mostra Goiás, Curta Mostra Animação, Curta Mostra Cinema nos Bairros e 18ª Mostrinha, voltada ao público infanto-juvenil. Podem participar filmes de ficção, de documentário, experimentais e de animação com duração máxima de 25 minutos, realizados a partir de 1º de janeiro de 2018.

A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo site da Mostra.

 

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Lully de Verdade encerra o curso de Youtube da AICRJ com palestra gratuita e aberta ao público

A youtuber Luisa Clasen, do canal Lully de Verdade, fecha o Curso de Produção para Youtube com palestra gratuita e aberta ao público. O evento acontece na Academia Internacional de Cinema (AIC) do Rio de Janeiro, no próximo dia 1 de junho, às 15h. Para participar preencha o formulário.

Luisa é formada em cinema pela Universidade estadual do Paraná – UNESPAR e estudou também na New York Film Academy. Desde 2011 produz vídeos para a internet, onde fala sobre cinema e cultura para mais de 366 mil inscritos.

As próximas edições do curso de Produção para Youtube acontecem em julho e agosto.

 

Lully de Verdade: Cinema e Youtube na AIC-RJ

Dia 01/06/2019 – às 15h00
Rua Martins Ferreira, 77 – Botafogo
Fone: (21) 2537-8183

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Editais e Festivais

Inscrições abertas para 14ª edição do Festival Internacional de Cinema de Belize

A 14ª edição do Festival Internacional de Cinema de Belize (BelizeIFF) está com as inscrições abertas até o dia 31 de maio. O evento acontecerá entre os dias 6 e 10 de novembro no Bliss – Centre For The Performing Arts, em Belize.

Todos os filmes inscritos deverão ter sido lançados ou produzidos a partir de janeiro de 2017.  Serão aceitos longas-metragens, a partir de 70 minutos, e curtas, com até 15 minutos, nas categorias de ficção, animação ou documentário.

Os filmes brasileiros podem ser inscritos em cinco categorias do festival, divididas em três mostras competitivas e duas mostras não competitivas.

A inscrição é gratuita e pode ser feita através do site do festival.

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O que é uma decupagem?

A palavra decupagem vem do francês découpage (do verbo découper, que significa recortar). Na linguagem audiovisual, diz respeito ao processo de dividir as cenas de um roteiro em planos, como parte do planejamento da filmagem.

Basicamente, o diretor precisa “traduzir” o que está escrito no roteiro em imagens, descrevendo em planos como as cenas serão gravadas. Por exemplo, se no um roteiro há um diálogo entre dois personagens, o diretor irá decupar a cena considerando qual a melhor forma de filmar isso: se irá usar plano e contra plano, enquadramento aberto ou fechado, câmera parada ou em movimento, além do tipo de angulação. Ele precisa “ver o filme” em sua mente, para definir a melhor estratégia a ser usada no set.

Um roteiro decupado é aquele que já foi pensado tendo a filmagem como objetivo. Em inglês, a denominação disso é shooting script; já em espanhol, chama-se guión técnico. Há quem utilize também o termo roteiro técnico, para o estágio do desenvolvimento do filme no qual todas as indicações técnicas já foram definidas – inclusive movimentos de câmera e tipos de lente, por exemplo.


“A intuição de um filme, fotogenia embriônica, já pulsa na operação conhecida como decupagem. Segmentação. Criação. Dividir uma coisa para transformá-la em algo diferente. O que não existia antes, agora existe.”

Luis Buñuel


Um pouco de história

 

Alfred Hitchcock, um verdadeiro mestre da decupagem

 

O termo decupagem começou a ser usado de maneira recorrente no cinema a partir dos anos 1910, quando a sétima arte se tornou uma atividade em escala industrial, que passou a demandar uma padronização de processos. Na década de 1940, com o surgimento das teorias de cinema, a palavra decupagem foi empregada também no campo da crítica cinematográfica, para tratar da estrutura do filme como um conjunto ordenado de planos. Mas a noção de decupagem como o processo que vai desde a planificação do roteiro, passando pela filmagem até a montagem se estruturou, de fato, na França dos anos 1950 e 1960.

Inicialmente, o termo era dividido entre dois significados: decupagem (relativa à forma do filme) e decupagem técnica (o detalhamento dos planos a serem filmados, com direções de câmera e edição). Antigamente, os aspectos técnicos eram considerados processos mais manuais do que criativos ou artísticos. Aos poucos, o sentido de decupagem teve sua abrangência ampliada, passando a definir as operações estéticas e industriais para a concepção de um filme, tanto visualmente pelo trabalho da câmera quanto temporalmente, através do sequenciamento de imagens.

A decupagem, planejada na pré-produção e concretizada na filmagem, somente é concluída na sala de edição, quando os planos imaginados pelo diretor são montados. Vale destacar que, no Brasil, esse termo foi usado durante muito tempo, na televisão, como um processo somente relativo à pós-produção: a chamada decupagem de fitas ou minutagem, na qual eram anotadas características de trechos gravados e o minuto específico, para posterior utilização.

 

Importância da decupagem no cinema

O processo de decupagem é importante no fazer cinematográfico porque coloca no papel o planejamento e as ideias para a filmagem de cada cena do roteiro, servindo de orientação para que toda a equipe compreenda exatamente o que precisa ser feito e possa dar suas contribuições específicas. É uma das melhores formas de garantir que todos irão “fazer o mesmo filme”, de acordo com a visão do diretor ou diretora.

 

O detalhismo na decupagem era uma das características do diretor Stanley Kubrick

 

Além disso, essa planificação do roteiro permite que a produção possa organizar o set e seu cronograma, de modo a aproveitar os recursos – locações, atores e outros profissionais da equipe – da melhor forma possível. Ou seja, a decupagem não é somente um processo criativo fundamental para a definição do aspecto visual e narrativo do filme (situando os planos no tempo e no espaço), como ainda torna possível preparar a logística da filmagem.

É preciso ressaltar também que a decupagem não é um processo individual, realizado apenas pelo diretor, mas coletivo e feito com a colaboração de toda a equipe. É nessa fase que o filme será mapeado, planejado e dividido em planos, sendo definidas suas relações de espaço, tempo e ação. É como se a decupagem ajudasse a idealizar e tornar concreto o que foi apenas indicado no roteiro. Ou seja, trata-se de um passo essencial na produção de sentido envolvida na criação de um filme.

 

Passo a passo de uma decupagem

Será que existe maneira certa de fazer uma decupagem? Na verdade, há diversas formas de visualizar um filme e colocá-lo no papel, que variam de acordo com o método de cada diretor ou diretora. Mas alguns passos básicos podem ajudar no desenvolvimento de uma boa decupagem:

 

Quentin Tarantino é conhecido por escrever roteiros praticamente decupados

 

  • Leia o roteiro como se fosse a primeira vez, tentando imaginá-lo apenas como imagens;
  • Faça anotações e use canetas marca-texto coloridas para destacar elementos importantes durante a leitura;
  • Observe cenas potencialmente problemáticas, buscando resolvê-las visualmente;
  • Numere as cenas do roteiro, se elas já não estiverem numeradas;
  • Descreva detalhadamente cada plano, como você o imagina na tela – isso inclui posicionamento e movimentação da câmera;
  • Se necessário, utilize desenhos ou fotografias como uma espécie de storyboard, para facilitar a visualização dos planos;
  • Converse com outros profissionais da equipe do filme, como o diretor de fotografia ou o editor, para compartilhar ideias e ver o que pode ser melhorado.

 

Um detalhe importante é não considerar a decupagem como uma regra ou lei, permitindo espaço para improvisação e momentos orgânicos que possam surgir no set, ainda que fujam um pouco do que foi planejado. Afinal, o cinema também é uma arte do improviso.

 

 

Decupar é preciso

Alguns diretores são conhecidos por seus peculiares ou minuciosos processos de decupagem. Alguns exemplos:

Stanley Kubrick

Perfeccionista e obcecado por controle, o diretor era extremamente detalhista na decupagem e tinha uma série de cadernos com pesquisas e anotações diversas sobre seus filmes.

David Fincher

Outro diretor perfeccionista, com uma técnica de decupagem muito precisa. Nos filmes desse cineasta, o roteiro decupado está sempre a serviço da narrativa.

 

Se7en

 

Quentin Tarantino

O diretor e roteirista se destaca por “decupar no roteiro”, ou seja, muitos de seus roteiros já contam com direções e instruções técnicas, permitindo visualizar como ele pretende filmar.

Alfred Hitchcock

O diretor tinha um estilo muito marcante e clássico de decupagem, utilizando certos tipos de posicionamento de câmera e de enquadramento, de acordo com o teor de cada cena.

 

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Texto de Katia Kreutz / Foto: Divulgação

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