Academia Internacional de Cinema (AIC)
  •  
  • Cursos
  • Quem Somos
  • Cursos
  • Eventos
  • São Paulo – SP
  • Online
  • Notícias
  • Contato
  • Bolsas de Estudos
Hamlet estreia no Circuito São Paulo de Cultura e Atriz Ana Carolina dá aula especial na AIC

Hamlet estreia no Circuito São Paulo de Cultura e Atriz Ana Carolina dá aula especial na AIC

Editado em: 02/06/2015
hamlet
Hamlet é vivido pelo também professor da AIC, Henrique Zanoni. Foto: Charlene Rover

A SPcine – empresa de cinema e audiovisual da prefeitura de São Paulo, que tem o objetivo de fomentar o cinema paulista, acaba de escolher o filme “Hamlet”, do professor da Academia Internacional de Cinema Cristiano Burlan, para ser lançado nos cinemas. O filme estreia no próximo dia 11 de junho e tem exibição programada nas salas do Centro Cultural São Paulo, Cine Olido e Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes.

Além das exibições, o programa promove a oficina “Cinema de Guerrilha” com a equipe do filme. O encontro acontece no dia 12 de junho, no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, e aborda aspectos do cinema independente em São Paulo.

A produção, uma livre adaptação da tragédia de William Shakespeare, se passa na metrópole de São Paulo e conta com as vozes dos personagens e as dos próprios atores para conduzir a ficção. Parte daquilo que aconteceu nas coxias do teatro de Shakespeare estão desnudas em frente à lente. A tragédia, antes ambientada dentro do castelo, acontece também nas ruas da grande cidade e é nesse espaço público que os impulsos privados afloram.

O filme já esteve no Festival Latino-Americano de Cinema de São Paulo, no Festival Internacional do Rio, no CineBH, entre outros. Participaram do filme os professores: Henrique Zanoni, que viveu Hamlet, Cláudio Gonçalves, que fez o som direto e Rafael Nobre que fez a Direção de Fotografia. Entre os alunos da AIC que participaram estão: Charlene Rover (Foto Still), Isadora Corrêa (Maquiagem), Link Chessa (Assistente de Direção), Gabriel Manso (logger), Pedro Leite e Grace Pinto (Montagem).

Aula Especial no Curso de Interpretação de Cinema

A atriz Ana Carolina Marinho, que interpreta Ofélia e estará na AIC no próximo dia 11 para aula especial no curso de Interpretação para Cinema.
A atriz Ana Carolina Marinho, que interpreta Ofélia e estará na AIC no próximo dia 11 para aula especial no curso de Interpretação para Cinema.

No mesmo dia (11/6) da estreia de “Hamlet” nos cinemas, a atriz Ana Carolina Marinho, que interpreta a Ofélia no filme, estará na AIC para um encontro e bate-papo especial com a turma do curso de Interpretação para Cinema.

A atriz potiguar, que teve sua estreia no cinema com o filme, migrou para São Paulo e formou-se em Atuação pela SP Escola de Teatro. Integra o Coletivo Estopô Balaio desde sua fundação e com ele desenvolveu os espetáculos “O que Sobrou do Rio” (2013) e “A Cidade dos Rios Invisíveis” (2014). Paralelamente, escreve na Revista Antro Positivo, uma revista sobre teatro e política cultural.

Em conversa com a comunicação da AIC, Ana Carolina falou sobre atuação para cinema e teatro, sobre o processo de criação e de trabalho ao lado do diretor Cristiano Burlan e sobre o novo filme que está fazendo com o diretor. Confira a entrevista!

A Entrevista

AIC – A atuação em Hamlet foi a primeira para o cinema? Conte um pouco sobre como foi esse trabalho e fale sobre as diferenças de atuar em teatro e cinema.

Ana Carolina e Cristiano Burlan durante as gravações. Foto: Charlene Rover
Ana Carolina e Cristiano Burlan durante as gravações. Foto: Charlene Rover

Ana Carolina Marinho: Hamlet foi o meu primeiro contato com cinema. Até então, todas as minhas experiências tinham sido no teatro. O primeiro plano que gravei era um plano sequência em que a câmera me filmava de costas enquanto eu atravessava o túnel da Av. Nove de Julho. Era noite, eu estava insegura, a travessia do túnel durava uns 15 min, em determinado momento eu cheguei a achar que já não tinha mais ninguém atrás de mim, que eu estava andando sozinha. O túnel era extremamente barulhento, não conseguia ouvir os passos deles atrás de mim. Falo ao Cristiano que esse plano assentou toda a vaidade e euforia que o cinema me gerava. O plano era duro, seco, cheio de fuligem. Passar 15 minutos em silêncio nessa travessia foi a melhor forma de começar.

No teatro, todas as minhas experiências foram construídas a partir de muito ensaio, repetição ou ao menos de um plano de ações bem definido. Quando o público chegava eu já tinha experimentado aquela cena algumas vezes. O improviso acontece sempre, claro, mas dentro de um roteiro.

Com o Hamlet tive a sensação de que as cenas tinham um teor a mais de performatividade, não houveram ensaios, não houve um plano de ações definido, as cenas aconteciam na frente da câmera com alguns apontamentos do diretor.

AIC – Conte sobre “Hamlet”, o filme, com as suas palavras.

A.C.: Hamlet é uma respiração descompassada. Nesse desiquilíbrio, os atores vão construindo os personagens. Cada um escreve com a cor e a densidade que imagina e deseja para cada um. O percurso é destrutivo, não é possível sair ileso depois de tantas mortes.

AIC – Como foi trabalhar com Cristiano Burlan? Conte um pouco sobre a relação atriz x diretor.

Hamlet
O crítico de cinema Jean-Claude Bernardet, que faz o papel do fantasma do rei morto.

A.C.: Cristiano é um diretor muito exigente. Ele dá espaço para que o ator construa e mostre a percepção que tem da cena, só depois ele interfere. Se o ator não propor, ele direciona de cara. O espaço de criação é bem aberto, mas o cinema é muito rigoroso. Não há muito tempo para as tentativas. Muitos dos planos do filme foram gravados em única tomada. O risco é iminente, pois. Isso é extremamente interessante e angustiante para o ator. Venho do teatro, dos ensaios numerosamente repetidos. Fazer o Hamlet foi trabalhar o improviso, a exatidão, o rigor em uma única vez, sem possibilidade de refação.

AIC – Como conseguiu o papel de Ofélia? E como é dar vida a uma personagem clássica?

A.C.: Ele dizia que o meu sotaque (sou nordestina) aproximava-se da imagem que ele tinha de Ofélia. Conversamos sobre a personagem. O convite se concretizou. Ofélia de Shakespeare, assim como a Nina de Tchecov sempre me instigaram profundamente a buscar uma leitura delas que fosse distante da imagem de ingenuidade, tolice, beleza e vaidade a que estão acometidas normalmente. Sempre quis retomar o potencial político delas no enredo. A Ofélia foi poupada a tragédia inteira de existir, é preciso admitir que ela se matou e não que o ganho acidentalmente quebrou, por exemplo.

AIC – O que irá contar na aula no curso de Interpretação para Cinema?

Hamlet 7
“Ele dizia que o meu sotaque (sou nordestina) aproximava-se da imagem que ele tinha de Ofélia”, conta Ana sobre quando Cristiano a convidou para viver Ofélia.

A.C.: Irei compartilhar sobre os meus processos de criação dos personagens, sobre a experiência de filmar com o Cristiano em Hamlet e falar também sobre o novo filme dele, o Fome. Além de abrir um diálogo sobre atuação no cinema e no teatro e mostrar parte do making of das cenas de Ofélia.

AIC –  Já que falou do “Fome”, o novo filme do Burlan, conte um pouco sobre esse novo projeto.

A.C.: Fome é um filme sobre a deambulação de um homem (Jean-Claude Bernardet) que desistiu de tudo, só não da vida. Um homem que tem fome do submundo e que mergulha no descaso e na invisibilidade como escolha – ou seria por fatalidade? O filme é, para mim, uma inquietação sobre o outro, sobre o desejo em expor o outro. No Fome não houve um roteiro prévio, o filme foi todo gravado a partir das sensações do Cristiano. Faço uma estudante de jornalismo que encontra o Jean-Claude na rua e vê nele a possibilidade de escrever uma narrativa forte e é exatamente essa a inquietação da personagem, escrever sobre as pessoas sem que elas tenham a dimensão do que está sendo escrito.

Assista ao Trailer:

Newsletter AIC

Descontos especiais, novidades sobre nossos eventos e muita informação sobre cinema.

Academia Internacional de Cinema (AIC)
A Escola
  • Sobre a AIC
  • Palestrantes
  • Parceiros
  • Fale Conosco
  • Transparência
  • FAQ
Cursos
  • Técnico
  • Formação
  • Semestrais
  • Férias
  • Online
Cursos
  • Direção
  • Documentário
  • Cinema
  • Atuação
  • Roteiro
  • Fotografia
  • Arte
  • Produção
  • Edição
  • Som
  • Teoria
Blog
  • Alunos e Professores no Mercado
  • Movimentos Cinematográficos
  • Notícias
  • Artigos
  • Dicas profissionais
  • Política de Privacidade
Contato
  • atendimento@aicinema.com.br

  • +55 11 3660 7883

  • Rua Dr. Gabriel dos Santos, 142, São Paulo/SP

Esse é um site 100% seguro

ACADEMIA INTERNACIONAL DE CINEMA - CNPJ 06.100.509/0001-92

Join Waitlist We will inform you when the product arrives in stock. Please leave your valid email address below.

Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar este site, você aceita nossa Política de Privacidade e Política de Cookies.

Vá para versão mobile
Academia Internacional de Cinema (AIC)
Powered by  GDPR Cookie Compliance
Privacy Overview

Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar este site, você aceita nossa Política de Privacidade e Política de Cookies.

Strictly Necessary Cookies

Strictly Necessary Cookie should be enabled at all times so that we can save your preferences for cookie settings.

If you disable this cookie, we will not be able to save your preferences. This means that every time you visit this website you will need to enable or disable cookies again.