
Caminho do Mar, do professor Bebeto Abrantes, estreia nos cinemas durante a Semana do Meio Ambiente
No próximo dia 07 (quinta-feira), durante a Semana do Meio Ambiente, estreia nos cinemas do Rio de Janeiro e São Paulo o “fluvial movie” Caminho do Mar, dirigido e roteirizado por Bebeto Abrantes, professor da Academia Internacional de Cinema (AIC). O documentário, produzido pela Bang Filmes, conta a história do Rio Paraíba do Sul.
Professor Bebeto Abrantes, diretor e roteirista do documentário Caminhos do Mar. Os grandes ciclos de nossa economia, o da cana, do café e nossa industrialização, aconteceram às suas margens e dentro de sua bacia hidrográfica. Não por acaso, a Companhia Siderúrgica Nacional, símbolo maior de nossa industrialização, foi construída em Volta Redonda, cidade cortada pelo rio. Da mesma forma, toda a região fabril de São Paulo - Jacareí, Taubaté, Guaratinguetá, São José dos Campos e outros municípios - também está às suas margens, ou de seus afluentes. De forma direta ou indireta, 10% de nosso PIB é gerado pelo Paraíba do Sul”. Foto: Fabricio Mota[/caption]
O filme, cujo nome vem de um verso do poema O Rio de João Cabral de Melo Neto, percorre a nascente do rio Paraíba do Sul, no município de Areias em SP, até sua foz, na praia de Atafona, em São João da Barra, Rio de Janeiro, totalizando cerca de 1.150 km.
Sem o glamour ou a fama do Rio Amazonas ou Rio São Francisco, o Paraíba do Sul é um rio brasileiro importantíssimo, que banha a região do Vale do Paraíba, sendo o mais importante do Rio de Janeiro.
É um rio estratégico, simplesmente, por que a formação socioeconômica brasileira e, em particular do Sudeste, só aconteceu graças à generosidade e força de suas águas. Sua bacia ocupa boa parte dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. “Os grandes ciclos de nossa economia, o da cana, do café e nossa industrialização, aconteceram às suas margens e dentro de sua bacia hidrográfica. Não por acaso, a Companhia Siderúrgica Nacional, símbolo maior de nossa industrialização, foi construída em Volta Redonda, cidade cortada pelo rio. Da mesma forma, toda a região fabril de São Paulo - Jacareí, Taubaté, Guaratinguetá, São José dos Campos e outros municípios - também está às suas margens, ou de seus afluentes. De forma direta ou indireta, 10% de nosso PIB é gerado pelo Paraíba do Sul”, analisa Bebeto Abrantes.
Bebeto também conta que, além de mostrar o impacto da presença humana às margens do rio, o filme revela paisagens, culturas e sobretudo formas de vida, de um rio pouco explorado pela mídia. “Essa percepção, imaginamos, seria surpreendente para a maioria das pessoas, que quando pensam no Paraíba do Sul, a imagem imediata que lhes vêm à cabeça é a daquele rio barrento, às margens da Via Dutra”, conta.
Rio que não é POP
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