{"id":28611,"date":"2023-06-27T16:53:10","date_gmt":"2023-06-27T19:53:10","guid":{"rendered":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/?p=28611"},"modified":"2023-06-27T16:53:10","modified_gmt":"2023-06-27T19:53:10","slug":"quero-trabalhar-com-dublagem","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/quero-trabalhar-com-dublagem\/","title":{"rendered":"Quero trabalhar com Dublagem"},"content":{"rendered":"

O mercado da dublagem<\/strong> est\u00e1 bastante aquecido atualmente<\/strong> devido ao n\u00famero de obras sendo produzidas para diversos servi\u00e7os de streaming, exigindo que novas vozes sejam inseridas nos est\u00fadios. O streaming permite que o p\u00fablico tenha acesso a outras hist\u00f3rias<\/strong> em idiomas al\u00e9m do Ingl\u00eas, aumentando o volume de produ\u00e7\u00f5es que precisam passar pelo processo de dublagem. Isso sem falar nos games. Ser um dublador ou uma dubladora, hoje mais do que nunca, \u00e9 uma escolha que vai ao encontro de uma demanda crescente da ind\u00fastria do entretenimento.<\/p>\n

Para se aprofundar na profiss\u00e3o, \u00e9 preciso entender um pouco de como o som chegou ao cinema<\/a>. A cena \u00e9 ic\u00f4nica: Cosmo Brown, interpretado por Donald O’Connor, tem a ideia de dublar a atriz de um filme (Lina Lamont, interpretada por Jean Hagen) com a voz de uma outra atriz (Kathy Selden, vivida por Debbie Reynolds). Em Cantando na Chuva <\/em>(Singin\u2019 in the Rain<\/em>, 1952), acompanhamos esse momento em que os envolvidos na produ\u00e7\u00e3o de um um longa-metragem descobrem que podem utilizar outras vozes para substituir as vozes dos atores filmados nos sets. Sob diferentes \u00e2ngulos, esse momento crucial para o cinema como conhecemos hoje ganhou contornos de fic\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m nos filmes O Artista<\/em> (The Artist<\/em>, 2011) e Babil\u00f4nia <\/em>(Babylon<\/em>, 2022).<\/p>\n

Antes da dublagem e da legendagem serem consideradas solu\u00e7\u00e3o para a exporta\u00e7\u00e3o de filmes para p\u00fablicos estrangeiros, os est\u00fadios desenvolveram produ\u00e7\u00f5es multil\u00edngues. Nelas, um mesmo filme era rodado simultaneamente em outros idiomas, algumas vezes ao mesmo tempo e com um mesmo diretor. Essa abordagem inflou os or\u00e7amentos e o m\u00e9todo foi usado apenas por um breve per\u00edodo, entre 1929 e 1933.<\/p>\n

Uma op\u00e7\u00e3o \u00e0s legendas, a dublagem traz para filmes estrangeiros vozes no idioma do pa\u00eds de exibi\u00e7\u00e3o, sendo mais ou menos popular de acordo com a cultura local. No Brasil, um dos primeiros filmes a serem dublados foi Branca de Neve e os Sete An\u00f5es<\/em>, em 1938 – 11 anos depois do lan\u00e7amento do primeiro filme que marca o nascimento do cinema sonoro: O Cantor de Jazz<\/em> (The Jazz Singer<\/em>, 1927). J\u00e1 o primeiro filme que permitiu gravar outras vozes em est\u00fadio para substituir as originais captadas no set foi The Flyer<\/em> (1930), resolvendo o problema para os donos dos est\u00fadios.<\/p>\n

A era do cinema falado mudou os filmes e a forma como eles eram produzidos. Mudou tamb\u00e9m a forma como eles seriam distribu\u00eddos, pois a dublagem seria uma nova etapa que deveria entrar na l\u00f3gica de produ\u00e7\u00e3o de cada um deles. Anterior a isso, bastava que as cartelas com os di\u00e1logos dos filmes fossem trocadas de acordo com o idioma do pa\u00eds onde eles seriam exibidos.<\/p>\n

O Brasil<\/strong>, ao lado de Fran\u00e7a, Espanha, It\u00e1lia e Alemanha, \u00e9 reconhecido pelo mercado por ter uma das melhores dublagens do mundo<\/strong> devido ao tempo que esses pa\u00edses v\u00eam aprimorando a t\u00e9cnica e o quanto os filmes dublados s\u00e3o difundidos no mercado interno. J\u00e1 pa\u00edses que possuem o ingl\u00eas como segunda l\u00edngua acabam preferindo as legendas.<\/p>\n

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