{"id":20242,"date":"2019-02-26T13:45:36","date_gmt":"2019-02-26T16:45:36","guid":{"rendered":"http:\/\/aicinema.site.brtloja.com.br\/?p=20242"},"modified":"2019-05-08T11:45:51","modified_gmt":"2019-05-08T14:45:51","slug":"as-particularidades-dos-roteiros-dos-filmes-europeus","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/as-particularidades-dos-roteiros-dos-filmes-europeus\/","title":{"rendered":"As particularidades dos roteiros dos filmes europeus"},"content":{"rendered":"<p>O <a href=\"https:\/\/www.aicinema.com.br\/dia-do-refugiado-05-filmes-que-retratam-historias-de-esperanca\/\">cinema<\/a> europeu \u00e9 um terreno f\u00e9rtil a ser explorado, j\u00e1 que possuiu uma longa e diversa hist\u00f3ria que se relaciona intimamente ao desenvolvimento da linguagem cinematogr\u00e1fica. Seus roteiros, em especial, apresentam particularidades que os destacam do cl\u00e1ssico modelo hollywoodiano de narrativa, caracter\u00edsticas que tornam os filmes europeus ao mesmo tempo instigantes e desafiadores.<\/p>\n<p>S\u00e3o comuns nos longas produzidos na Europa hist\u00f3rias que fogem da estrutura em tr\u00eas atos e da t\u00edpica jornada do her\u00f3i, uma esp\u00e9cie de \u201creceita de bolo\u201d que <a href=\"https:\/\/aicinema.com.br\/hollywood-da-era-de-ouro-aos-blockbusters\/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\"><strong>Hollywood<\/strong><\/a> costuma usar em seus roteiros. Na filmografia europeia, h\u00e1 mais espa\u00e7o para explorar narrativas fragmentadas, n\u00e3o lineares, e experimenta\u00e7\u00f5es est\u00e9ticas, com influ\u00eancias culturais variadas. \u00c9 um cinema que extrapola as fronteiras e mistura refer\u00eancias de dezenas de pa\u00edses, sem se limitar a uma f\u00f3rmula espec\u00edfica.<\/p>\n<p>&nbsp;<\/p>\n<figure id=\"attachment_20248\" aria-describedby=\"caption-attachment-20248\" style=\"width: 710px\" class=\"wp-caption aligncenter\"><a href=\"https:\/\/aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_cold-war.jpg\"><img decoding=\"async\" class=\"wp-image-20248 size-medium\" src=\"https:\/\/aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_cold-war-710x400.jpg\" alt=\"\" width=\"710\" height=\"400\" srcset=\"https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_cold-war-710x400.jpg 710w, https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_cold-war-768x433.jpg 768w, https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_cold-war.jpg 928w\" sizes=\"(max-width: 710px) 100vw, 710px\" \/><\/a><figcaption id=\"caption-attachment-20248\" class=\"wp-caption-text\">Cold War foi eleito melhor filme europeu de 2018.<br \/>O filme mostra o romance entre a cantora Zula (Joanna Kulig) e o maestro Wiktor (Tomasz Kot), que se conhecem e se apaixonam durante a organiza\u00e7\u00e3o de uma grande apresenta\u00e7\u00e3o de m\u00fasicas e dan\u00e7as tradicionais polonesas autorizadas pelo governo sovi\u00e9tico nos anos 40.<\/figcaption><\/figure>\n<p><b>Deixe seu e-mail e Receba&#8230;<\/b><\/p>\n<p>O material completo da S\u00e9rie de Movimentos Cinematogr\u00e1ficos.<\/p>\n<p><script type=\"text\/javascript\" src=\"\/\/mautic.aicinema.com.br\/form\/generate.js?id=43\"><span data-mce-type=\"bookmark\" style=\"display: inline-block; width: 0px; overflow: hidden; line-height: 0;\" class=\"mce_SELRES_start\">\ufeff<\/span><span data-mce-type=\"bookmark\" style=\"display: inline-block; width: 0px; overflow: hidden; line-height: 0;\" class=\"mce_SELRES_start\">\ufeff<\/span><\/script><br \/>\n<b> <\/b><br \/>\n<b> <\/b><br \/>\n<b> <\/b><br \/>\n<b> <\/b><\/p>\n<h3><span style=\"color: #bf0000;\"><strong>O que caracteriza os roteiros de filmes europeus?<\/strong><\/span><\/h3>\n<p>De acordo com Lucilene Pizoquero, pesquisadora de cinema e professora da AIC, desde a <a href=\"https:\/\/aicinema.com.br\/nouvelle-vague\/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\"><span style=\"color: #bf0000;\"><strong>Nouvelle Vague<\/strong><\/span><\/a> os roteiros europeus passaram a ter apelo mais autoral, j\u00e1 que muitos diretores eram tamb\u00e9m <a href=\"https:\/\/www.aicinema.com.br\/5-roteiristas-famosos-que-vao-inspirar-a-sua-carreira\/\">roteiristas<\/a>. O movimento foi respons\u00e1vel por cunhar o termo <em>cam\u00e9ra-stylo<\/em> (ou \u201cc\u00e2mera-caneta\u201d), no sentido de que os pr\u00f3prios cineastas realizavam a escrita do filme atrav\u00e9s da c\u00e2mera.<\/p>\n<p>Embora o of\u00edcio do roteirista tamb\u00e9m seja reconhecido na Europa, a abordagem mais livre e ecl\u00e9tica da estrutura narrativa permitiu aos diretores realizarem um cinema amplamente baseado em experi\u00eancias pessoais, que deu origem \u00e0 \u201cteoria do autor\u201d (ou <em>la politique des auteurs<\/em>, como denominou Fran\u00e7ois Truffaut, em ensaio para a popular revista Cahiers du Cinema). Com base nessa teoria, os diretores seriam os verdadeiros \u201cautores\u201d do filme, responsabilizando-se por todo o processo art\u00edstico e criativo, desde a escrita do <a href=\"https:\/\/www.aicinema.com.br\/como-fazer-um-roteiro\/\">roteiro<\/a> at\u00e9 o corte final. Ao contr\u00e1rio dos Estados Unidos, onde os roteiristas comp\u00f5em uma categoria \u00e0 parte no processo cinematogr\u00e1fico, era comum para os cineastas europeus acumularem as duas fun\u00e7\u00f5es.<\/p>\n<p>&nbsp;<\/p>\n<figure id=\"attachment_20251\" aria-describedby=\"caption-attachment-20251\" style=\"width: 640px\" class=\"wp-caption aligncenter\"><a href=\"https:\/\/aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_o-profeta.jpg\"><img decoding=\"async\" class=\"wp-image-20251 size-large\" src=\"https:\/\/aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_o-profeta-1020x680.jpg\" alt=\"\" width=\"640\" height=\"427\" srcset=\"https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_o-profeta-1020x680.jpg 1020w, https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_o-profeta-600x400.jpg 600w, https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_o-profeta-768x512.jpg 768w, https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_o-profeta.jpg 1600w\" sizes=\"(max-width: 640px) 100vw, 640px\" \/><\/a><figcaption id=\"caption-attachment-20251\" class=\"wp-caption-text\">Filme &#8220;O Profeta&#8221; conta a hist\u00f3ria de Malik El Djebena (Tahar Rahim), preso por supostas agress\u00f5es contra a pol\u00edcia. Ap\u00f3s 6 anos de pris\u00e3o, o jovem \u00e1rabe se torna chefe de uma organiza\u00e7\u00e3o criminosa.<\/figcaption><\/figure>\n<p>&nbsp;<\/p>\n<p>A vantagem dessa abordagem autoral \u00e9 que os filmes apresentavam uma vis\u00e3o mais consistente, j\u00e1 que a interfer\u00eancia externa (de roteiristas, produtores ou est\u00fadios) era m\u00ednima. Por isso, era mais f\u00e1cil para o diretor imprimir seu estilo cinematogr\u00e1fico nas obras. \u00c9 muito evidente a linha condutora que perpassa a filmografia de Truffaut, por exemplo, porque o cineasta tinha controle sobre todos os aspectos do filme, desde as p\u00e1ginas do roteiro at\u00e9 o corte final na tela. Assim, as caracter\u00edsticas est\u00e9ticas, os personagens e os temas recorrentes carregavam a \u201cassinatura\u201d de seu autor.<\/p>\n<p>Lucilene Pizoquero aponta outra particularidade dos roteiros europeus, principalmente quando comparados aos filmes de Hollywood: o aspecto financeiro do cinema. \u201cOs filmes hollywoodianos s\u00e3o realizados, em sua maioria, em est\u00fadios, nos quais o produtor tem fun\u00e7\u00e3o primordial, pois \u00e9 ele que decide quais roteiros ser\u00e3o filmados, sempre visando o lucro. Encontramos, tamb\u00e9m, o <em>star-system<\/em>, em que muitos roteiros s\u00e3o desenvolvidos para atores famosos\u201d, explica. Isso influencia \u2013 e muito \u2013 o resultado final.<\/p>\n<p>Segundo a professora, os europeus veem o cinema de forma diferente: como arte. Desse modo, \u00e9 poss\u00edvel realizar filmes menores, sem muito investimento, para uma distribui\u00e7\u00e3o mais modesta. Como as produ\u00e7\u00f5es n\u00e3o est\u00e3o atreladas a empresas multimilion\u00e1rias, como \u00e9 o caso dos filmes norte-americanos, quest\u00f5es sociais ou pol\u00eamicas podem ser abordadas sem medo e os cineastas t\u00eam mais liberdade para experimentar novas linguagens.<\/p>\n<h3><span style=\"color: #bf0000;\"><strong>Mais di\u00e1logos, menos efeitos especiais<\/strong><\/span><\/h3>\n<p>O cineasta franc\u00eas Jean-Luc Godard costumava dizer que seus filmes tinham come\u00e7o, meio e fim&#8230; mas n\u00e3o necessariamente nessa ordem. Essa rebeldia \u00e9 t\u00edpica de um cinema autoral, estilo pelo qual a Fran\u00e7a e a It\u00e1lia (principalmente, mas n\u00e3o se limitando a esses dois pa\u00edses) s\u00e3o reconhecidas no mundo todo. O <strong><a href=\"https:\/\/aicinema.com.br\/neorrealismo-italiano\/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\">Neorrealismo<\/a> <\/strong>italiano e a <a href=\"https:\/\/aicinema.com.br\/nouvelle-vague\/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\"><strong>Nouvelle Vague<\/strong><\/a> francesa quebraram paradigmas no que diz respeito ao fazer cinematogr\u00e1fico, levando para o resto do mundo formas e narrativas experimentais.<\/p>\n<p>\u201cA l\u00edngua francesa \u00e9 verborr\u00e1gica\u201d, observa Lucilene. No entanto, n\u00e3o s\u00e3o apenas os longas vanguardistas franceses que abusam da palavra falada. \u201cOs filmes europeus, em sua maioria, s\u00e3o baseados no di\u00e1logo e n\u00e3o em sequ\u00eancias de a\u00e7\u00e3o ou efeitos especiais\u201d, completa a professora. S\u00e3o produ\u00e7\u00f5es que abordam temas existenciais, relativos \u00e0 natureza humana, que fazem o espectador refletir sobre suas pr\u00f3prias experi\u00eancias. N\u00e3o h\u00e1 espa\u00e7o ou necessidade de grandes or\u00e7amentos ou recursos tecnol\u00f3gicos, t\u00e3o comuns nos <em>blockbusters<\/em> americanos.<\/p>\n<p>Normalmente, quando um diretor europeu escreve o roteiro, ele sabe que est\u00e1 escrevendo para si mesmo \u2013 afinal, \u00e9 ele (ou ela) quem vai dirigir o filme. Muitos dos roteiros de Ingmar Bergman, por exemplo, parecem contos. Nesse caso, o que estava no papel servia apenas como um \u201cesqueleto\u201d do filme, n\u00e3o como um guia a ser cumprido \u00e0 risca. O diretor podia se permitir essa autonomia, j\u00e1 que teria a chance de resolver v\u00e1rias quest\u00f5es narrativas no pr\u00f3prio set, improvisando com os atores.<\/p>\n<p>Um dos motivos da rigidez do formato de roteiros na ind\u00fastria cinematogr\u00e1fica, em geral, deve-se ao fato de que os filmes hollywoodianos (que servem como padr\u00e3o mercadol\u00f3gico para muitos cinemas ao redor do mundo) geralmente resultam de uma negocia\u00e7\u00e3o entre v\u00e1rias partes \u2013 muitas das quais sequer conhecem a fundo a narrativa ou a linguagem do cinema. Executivos de grandes est\u00fadios, por exemplo, pensam primeiramente no potencial financeiro do filme; ou seja, \u00e9 preciso que o roteirista escreva a hist\u00f3ria de modo que qualquer pessoa possa entend\u00ea-la. Embora essa regra n\u00e3o se aplique ao cinema independente norte-americano, que se permite arriscar com trabalhos mais inovadores, as produ\u00e7\u00f5es <em>mainstream<\/em> seguem uma estrutura de certa forma \u201cengessada\u201d.<\/p>\n<p>&nbsp;<\/p>\n<figure id=\"attachment_20255\" aria-describedby=\"caption-attachment-20255\" style=\"width: 640px\" class=\"wp-caption aligncenter\"><a href=\"https:\/\/aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_Bergman-no-set-de-Persona.jpg\"><img decoding=\"async\" class=\"wp-image-20255 size-large\" src=\"https:\/\/aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_Bergman-no-set-de-Persona-1014x680.jpg\" alt=\"\" width=\"640\" height=\"429\" srcset=\"https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_Bergman-no-set-de-Persona-1014x680.jpg 1014w, https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_Bergman-no-set-de-Persona-596x400.jpg 596w, https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_Bergman-no-set-de-Persona-768x515.jpg 768w\" sizes=\"(max-width: 640px) 100vw, 640px\" \/><\/a><figcaption id=\"caption-attachment-20255\" class=\"wp-caption-text\">Muitos dos roteiros de Ingmar Bergman, por exemplo, parecem contos. Nesse caso, o que estava no papel servia apenas como um \u201cesqueleto\u201d do filme, n\u00e3o como um guia a ser cumprido \u00e0 risca. O diretor podia se permitir essa autonomia, j\u00e1 que teria a chance de resolver v\u00e1rias quest\u00f5es narrativas no pr\u00f3prio set, improvisando com os atores.<\/figcaption><\/figure>\n<h3><span style=\"color: #bf0000;\"><strong>Da Europa para o mundo<\/strong><\/span><\/h3>\n<p>O desenvolvimento cinematogr\u00e1fico dos filmes europeus tem acompanhado os processos hist\u00f3ricos do continente. \u201cA Europa passou por duas grandes Guerras Mundiais, cidades foram bombardeadas e, em muitas delas, houve ocupa\u00e7\u00f5es de tropas inimigas. Portanto, as refer\u00eancias hist\u00f3ricas sempre foram <em>leitmotiv <\/em>(do alem\u00e3o, motivo condutor) para seus roteiros. No momento atual, as ondas migrat\u00f3rias s\u00e3o temas recorrentes do cinema europeu e a quest\u00e3o identit\u00e1ria tamb\u00e9m est\u00e1 presente em seus roteiros\u201d, ressalta Lucilene.<\/p>\n<p>Essas quest\u00f5es extrapolam as barreiras continentais e atravessam oceanos. Embora o cinema hollywoodiano influencie fortemente as manifesta\u00e7\u00f5es culturais produzidas no Brasil, nossa produ\u00e7\u00e3o cinematogr\u00e1fica foi e ainda \u00e9 muito inspirada pelos filmes europeus. \u201cNossa cultura universit\u00e1ria foi constru\u00edda baseada no modelo franc\u00eas; as escolas e universidades absorveram esse modelo\u201d, explica a professora. \u201cAssim, \u00e9 inevit\u00e1vel que haja influ\u00eancia\u201d.<\/p>\n<p>Al\u00e9m de representarem as ideias, vis\u00f5es e realidades de diversos pa\u00edses, os roteiros dos filmes europeus acabam levando ao resto do mundo parte de sua cultura. Sua forma peculiar de estruturar a narrativa deu origem a obras cinematogr\u00e1ficas arrojadas, que ajudaram a moldar movimentos revolucion\u00e1rios; em nosso pa\u00eds, particularmente, influenciando o <a href=\"https:\/\/aicinema.com.br\/cinema-novo\/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\"><strong>Cinema Novo<\/strong><\/a>. A hist\u00f3ria da Europa est\u00e1 registrada em seus filmes, sempre engajados nos discursos pol\u00edticos e nas preocupa\u00e7\u00f5es sociais, levando para as telas os grandes dramas humanos de cada \u00e9poca.<\/p>\n<p>Nesse contexto, a produ\u00e7\u00e3o europeia \u00e9 uma soma dos mais variados cinemas, unindo qualidade e ousadia. Entre os filmes europeus recentes cujos roteiros se destacam, todos escritos e dirigidos pelos respectivos cineastas (em alguns casos, com colabora\u00e7\u00f5es), vale destacar <em>Fale com Ela \/ Hable con Ella<\/em> (2002), de Pedro Almod\u00f3var (Espanha); <em>O Fabuloso Destino de Am\u00e9lie Poulain \/ Le Fabuleux Destin d&#8217;Am\u00e9lie Poulain<\/em> (2001), de Jean-Pierre Jeunet (Fran\u00e7a); <em>A Vida dos Outros \/ Das Leben der Anderen<\/em> (2006), de Florian Henckel von Donnersmarck (Alemanha); <em>O Profeta \/ Un Proph\u00e8te<\/em> (2009), de Jacques Audiard (Fran\u00e7a\/It\u00e1lia); <em>Amor \/ Amour<\/em> (2012), de Michael Haneke (\u00c1ustria\/Fran\u00e7a\/Alemanha); <em>A Grande Beleza \/ La Grande Bellezza<\/em> (2013), de Paolo Sorrentino (It\u00e1lia); <em>As Faces de Toni Erdmann \/ Toni Erdmann <\/em>(2016), de Maren Ade (Alemanha); e <em>Guerra Fria \/ Zimna Wojna<\/em> (2018), de Pawel Pawlikowski (Pol\u00f4nia\/Reino Unido\/Fran\u00e7a).<\/p>\n<ul>\n<li><a href=\"https:\/\/aicinema.com.br\/category\/festivais-de-cinema\/\"><strong>Confira tamb\u00e9m nossos outros artigos sobre cinema<\/strong><\/a><\/li>\n<li><strong><a href=\"https:\/\/aicinema.com.br\/cursos\/duracao\/cursos-semestrais\/\">Conhe\u00e7a nossos Cursos Semestrais<\/a><\/strong><\/li>\n<\/ul>\n<h3><span style=\"color: #bf0000;\"><strong>15 filmes europeus imperd\u00edveis\u00a0<\/strong><\/span><\/h3>\n<figure id=\"attachment_20252\" aria-describedby=\"caption-attachment-20252\" style=\"width: 295px\" class=\"wp-caption alignright\"><a href=\"https:\/\/aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_a-grande-ilusao.jpg\"><img decoding=\"async\" class=\"size-medium wp-image-20252\" src=\"https:\/\/aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_a-grande-ilusao-295x400.jpg\" alt=\"\" width=\"295\" height=\"400\" srcset=\"https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_a-grande-ilusao-295x400.jpg 295w, https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_a-grande-ilusao-501x680.jpg 501w, https:\/\/www.aicinema.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/02\/europeu_a-grande-ilusao.jpg 737w\" sizes=\"(max-width: 295px) 100vw, 295px\" \/><\/a><figcaption id=\"caption-attachment-20252\" class=\"wp-caption-text\">A grande ilus\u00e3o conta a hist\u00f3ria de dois soldados franceses capturados pelas tropas alem\u00e3s durante a I Guerra Mundial.<\/figcaption><\/figure>\n<p>&nbsp;<\/p>\n<ol>\n<li>\n<h4><em>M, O Vampiro de Dusseldorf \/ M &#8211; Eine Stadt sucht einen M\u00f6rder<\/em> (1931) &#8211; Alemanha<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Fritz Lang<\/p>\n<ol start=\"2\">\n<li>\n<h4><em>A Grande Ilus\u00e3o \/ La Grande Illusion<\/em> (1937) \u2013 Fran\u00e7a<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Jean Renoir<\/p>\n<ol start=\"3\">\n<li>\n<h4><em>Desencanto \/ Brief Encounter<\/em> (1945) \u2013 Reino Unido<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: David Lean<\/p>\n<ol start=\"4\">\n<li>\n<h4><em>Ladr\u00f5es de Bicicletas \/ Ladri di biciclette<\/em> (1948) \u2013 It\u00e1lia<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Vittorio De Sica<\/p>\n<ol start=\"5\">\n<li>\n<h4><em>A Estrada da Vida \/ La Strada<\/em> (1954) \u2013 It\u00e1lia<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Federico Fellini<\/p>\n<ol start=\"6\">\n<li>\n<h4><em>A Palavra \/ Ordet<\/em> (1955) \u2013 Dinamarca<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Carl Theodor Dreyer<\/p>\n<ol start=\"7\">\n<li>\n<h4><em>O S\u00e9timo Selo \/ Det sjunde inseglet<\/em> (1957) \u2013 Su\u00e9cia<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Ingmar Bergman<\/p>\n<ol start=\"8\">\n<li>\n<h4><em>Os Incompreendidos \/ Les quatre cents coups<\/em> (1959) \u2013 Fran\u00e7a<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Fran\u00e7ois Truffaut<\/p>\n<ol start=\"9\">\n<li>\n<h4><em>A Doce Vida \/ La Dolce Vita<\/em> (1960) \u2013 It\u00e1lia<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Federico Fellini | Stars: Marcello Mastroianni, Anita Ekberg, Anouk Aim\u00e9e, Yvonne Furneaux<\/p>\n<ol start=\"10\">\n<li>\n<h4><em>A Aventura \/ L&#8217;avventura<\/em> (1960)<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Michelangelo Antonioni<\/p>\n<ol start=\"11\">\n<li>\n<h4><em> Viver a Vida \/ Vivre sa vie: Film en douze tableaux<\/em> (1962)<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Jean-Luc Godard<\/p>\n<ol start=\"12\">\n<li>\n<h4><em>Lawrence da Ar\u00e1bia \/ Lawrence of Arabia<\/em> (1962) \u2013 Reino Unido<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: David Lean<\/p>\n<ol start=\"13\">\n<li>\n<h4><em>Quando Duas Mulheres Pecam \/ Persona<\/em> (1966) \u2013 Su\u00e9cia<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Ingmar Bergman<\/p>\n<ol start=\"14\">\n<li>\n<h4><em>A Bela da Tarde \/ Belle De Jour<\/em> (1967) \u2013 Fran\u00e7a<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Luis Bu\u00f1uel<\/p>\n<ol start=\"15\">\n<li>\n<h4><em>Cinema Paradiso \/ Nuovo Cinema Paradiso<\/em> (1988) \u2013 It\u00e1lia<\/h4>\n<\/li>\n<\/ol>\n<p>Dire\u00e7\u00e3o: Giuseppe Tornatore<\/p>\n<p><iframe width=\"560\" height=\"315\" src=\"https:\/\/www.youtube.com\/embed\/PCDGjBQ0Gpk\" frameborder=\"0\" allow=\"accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture\" allowfullscreen><\/iframe><\/p>\n<p><strong><em>*Texto de\u00a0Katia Kreutz e fotos divulga\u00e7\u00e3o\u00a0<\/em><\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<p>O cinema europeu \u00e9 um terreno f\u00e9rtil a ser explorado, j\u00e1 que possuiu uma longa e diversa hist\u00f3ria que se relaciona intimamente ao desenvolvimento da linguagem cinematogr\u00e1fica. Seus roteiros, em especial, apresentam particularidades que os destacam do cl\u00e1ssico modelo hollywoodiano de narrativa, caracter\u00edsticas que tornam os filmes europeus ao mesmo tempo instigantes e desafiadores. 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