{"id":18434,"date":"2018-06-25T11:58:40","date_gmt":"2018-06-25T14:58:40","guid":{"rendered":"http:\/\/aicinema.site.brtloja.com.br\/?p=18434"},"modified":"2022-04-07T13:50:14","modified_gmt":"2022-04-07T16:50:14","slug":"como-fazer-um-filme","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/como-fazer-um-filme\/","title":{"rendered":"Como Fazer um Filme"},"content":{"rendered":"
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\u201cQuando eu era crian\u00e7a, n\u00e3o havia colabora\u00e7\u00e3o; era eu com uma c\u00e2mera dando ordens aos meus amigos. Na vida adulta, fazer filmes envolve a aprecia\u00e7\u00e3o do talento das pessoas ao meu redor e a consci\u00eancia de que eu nunca teria feito nenhum desses filmes sozinho.<\/em>\u201d (Steven Spielberg)<\/h3>\n<\/blockquote>\n

Fazer um filme, em primeiro lugar, \u00e9 uma arte coletiva. Arte essa que exige muito planejamento e dedica\u00e7\u00e3o para ser concretizada. Quando vemos uma obra audiovisual na tela e mergulhamos na hist\u00f3ria, \u00e9 dif\u00edcil imaginar \u2013 como espectadores \u2013 todo o suor envolvido na cria\u00e7\u00e3o e no desenvolvimento daquele trabalho. A m\u00e1xima de \u201cuma c\u00e2mera na m\u00e3o e uma ideia na cabe\u00e7a\u201d, t\u00e3o popular na \u00e9poca do Cinema<\/a> Novo no Brasil, soa at\u00e9 um pouco rom\u00e2ntica quando se passa a conhecer todos os processos que fazem parte do fazer cinematogr\u00e1fico.<\/p>\n

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Passo a passo de um filme<\/strong>\u00a0<\/strong><\/h2>\n
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    Ideia\/Roteiro<\/strong><\/h3>\n<\/li>\n<\/ol>\n

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    \"Roteiro\"
    O roteiro<\/a> n\u00e3o \u00e9 algo fixo, j\u00e1 que ele acaba sendo reescrito v\u00e1rias vezes durante o processo e s\u00f3 termina, de fato, na edi\u00e7\u00e3o.<\/figcaption><\/figure>\n

     <\/p>\n

    A primeira coisa que se precisa ter em m\u00e3os, para come\u00e7ar a pensar em fazer um filme de longa-metragem, \u00e9 uma ideia forte. O roteiro n\u00e3o \u00e9 algo fixo, j\u00e1 que ele acaba sendo reescrito v\u00e1rias vezes durante o processo e s\u00f3 termina, de fato, na edi\u00e7\u00e3o. No entanto, a ess\u00eancia da hist\u00f3ria, aquilo que vai atrair os talentos para participarem de sua execu\u00e7\u00e3o, \u00e9 algo que precisa ser extremamente cativante e bem definido desde o princ\u00edpio.<\/p>\n

    O passo inicial \u00e9 transformar a ideia em um argumento. Trata-se de um texto corrido, como uma esp\u00e9cie de reda\u00e7\u00e3o, descrevendo o que acontece dentro da hist\u00f3ria. Para um longa-metragem, em geral o argumento tem em torno de dez p\u00e1ginas.<\/p>\n

    Em seguida, prepara-se a escaleta, uma vers\u00e3o mais detalhada do argumento, especificando cena a cena, como se fosse um pr\u00e9-roteiro \u2013 mas ainda sem di\u00e1logos. \u00c9 um verdadeiro \u201cesqueleto\u201d, que permite visualizar a hist\u00f3ria em sua estrutura, para depois preench\u00ea-la com mais informa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

    Tanto o roteirista quanto o diretor (muitas vezes, as fun\u00e7\u00f5es se misturam) precisam estar cientes de que ser\u00e3o necess\u00e1rias diversas vers\u00f5es de um mesmo roteiro at\u00e9 que ele esteja \u201cmaduro\u201d, pronto para ganhar um edital e ser patrocinado para sair do papel. Independentemente das fontes de recurso, o trabalho de escrita do roteiro \u00e9 sempre o primeiro passo na cadeia de produ\u00e7\u00e3o de um filme.<\/p>\n

    Outro detalhe importante \u00e9 que um roteiro pode ser original ou adaptado. No caso de uma adapta\u00e7\u00e3o, se o roteirista n\u00e3o for o autor da hist\u00f3ria na qual o filme se baseia, \u00e9 necess\u00e1rio tamb\u00e9m possuir os direitos dessa obra \u2013 que podem ser vendidos ou cedidos. Nessas situa\u00e7\u00f5es, algumas vezes o pr\u00f3prio autor participa da constru\u00e7\u00e3o do roteiro, como co-roteirista ou consultor. Veja quais s\u00e3o os 9 passos que roteirista profissionais utilizam, com modelos e exemplos de download.<\/a><\/strong><\/p>\n

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    1. \n

      Planejamento\/Pr\u00e9-Produ\u00e7\u00e3o<\/strong><\/h3>\n<\/li>\n<\/ol>\n

      Com o roteiro em m\u00e3os, come\u00e7a o planejamento. Essa \u00e9 uma fase que s\u00f3 acontece com a presen\u00e7a de uma pessoa respons\u00e1vel pela produ\u00e7\u00e3o<\/strong>.<\/a> j\u00e1 que envolve uma s\u00e9rie de passos de ordem pr\u00e1tica e log\u00edstica. Cada produtor tem seu m\u00e9todo espec\u00edfico de trabalho, mas a disciplina e a organiza\u00e7\u00e3o s\u00e3o essenciais.<\/p>\n

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      Or\u00e7amento e cronograma<\/u><\/strong><\/h4>\n

      Planejamento \u00e9 a palavra que define uma pr\u00e9-produ\u00e7\u00e3o bem feita. Esse \u00e9 o momento de preparar tudo o que ser\u00e1 necess\u00e1rio para ter uma base s\u00f3lida na hora de filmar. Na prepara\u00e7\u00e3o, s\u00e3o tra\u00e7ados dois dos planos mais importantes para uma produ\u00e7\u00e3o bem sucedida: or\u00e7amento e cronograma.<\/p>\n

      Para o or\u00e7amento, o importante n\u00e3o \u00e9 ter muito dinheiro, mas saber estabelecer as prioridades do projeto e estar preparado para adaptar o filme aos recursos dispon\u00edveis.<\/p>\n

       <\/p>\n

      \"Curso
      Imprevistos sempre acontecem. Nessas horas, a criatividade, o jogo de cintura e a agilidade s\u00e3o valiosas, principalmente para o diretor e o produtor. Com pouco tempo e muita press\u00e3o, ser\u00e1 preciso analisar problemas e pensar nas melhores solu\u00e7\u00f5es.<\/figcaption><\/figure>\n

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      Com rela\u00e7\u00e3o ao cronograma, tamb\u00e9m n\u00e3o \u00e9 preciso ter muito tempo, mas saber administr\u00e1-lo e concentrar as energias em uma log\u00edstica que funcione, antecipando os eventuais problemas que poder\u00e3o se tornar fatores de atrasos para o filme.<\/p>\n

      Uma das formas de come\u00e7ar a prever essas demandas do roteiro \u00e9 justamente estud\u00e1-lo com muito cuidado, fazendo anota\u00e7\u00f5es e levantando todas as necessidades do filme, em uma esp\u00e9cie de decupagem de produ\u00e7\u00e3o. Vale tamb\u00e9m consultar o diretor para esclarecer d\u00favidas e iniciar as conversas com os cabe\u00e7as de equipes, em especial os respons\u00e1veis pela arte e fotografia.<\/p>\n

      Planilhas s\u00e3o as \u201cmelhores amigas\u201d de um bom produtor. O m\u00e9todo de colocar tudo no papel permite \u00e0 produ\u00e7\u00e3o visualizar melhor as cenas e suas respectivas din\u00e2micas. Cada filme ter\u00e1 caracter\u00edsticas especiais e, consequentemente, desafios diferentes de outros trabalhos. A tarefa do planejamento \u00e9 imaginar como a hist\u00f3ria pode ser executada e prever os obst\u00e1culos que aparecer\u00e3o no meio do caminho.<\/p>\n

      Imprevistos sempre acontecem. Nessas horas, a criatividade, o jogo de cintura e a agilidade s\u00e3o valiosas, principalmente para o diretor e o produtor. Com pouco tempo e muita press\u00e3o, ser\u00e1 preciso analisar problemas e pensar nas melhores solu\u00e7\u00f5es. Quando isso acontecer, a dica dos profissionais \u00e9 n\u00e3o buscar culpados, mas manter a calma e ter consci\u00eancia de estar fazendo seu melhor, sejam quais forem as circunst\u00e2ncias.<\/p>\n

       <\/p>\n

      Escolhendo a equipe<\/u><\/strong><\/h4>\n

      O cineasta Lenny Abrahamson certa vez afirmou que \u201cuma boa parte do fazer cinematogr\u00e1fico \u00e9 juntar um grupo de pessoas com as quais voc\u00ea consegue trabalhar\u201d. Montar uma equipe pode parecer algo simples, mas \u00e9 crucial que todos estejam entrosados e trabalhem em conjunto.<\/p>\n

      Os primeiros a integrarem a equipe, em geral, s\u00e3o o roteirista, o diretor e o produtor. Em seguida, \u00e9 comum que j\u00e1 se inicie a sele\u00e7\u00e3o de atores. Normalmente, em longas-metragens, dois ou tr\u00eas dos atores principais funcionam como \u201cmecanismo de atrativo\u201d. Eles s\u00e3o escolhidos mais por uma quest\u00e3o de mercado e reconhecimento do que exatamente por testes de elenco.<\/p>\n

      H\u00e1 projetos em que essa escolha se baseia no processo natural de casting<\/em>, isto \u00e9, testes em que diversos atores s\u00e3o chamados, recebem uma cena do filme e precisam interpret\u00e1-la \u2013 muitas vezes em frente a uma c\u00e2mera. Para isso, existem profissionais especializados e produtoras de elenco que podem facilitar o trabalho. Contudo, alguns cineastas preferem n\u00e3o fazer esse tipo de teste, porque acreditam que o desempenho do ator varia muito de acordo com o dia e a situa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

      Muitos diretores\/roteiristas j\u00e1 pensam no filme com um ator em mente. Nesse sentido, \u00e9 importante que os realizadores estejam sempre por dentro do que acontece no universo das artes c\u00eanicas, vendo outros filmes (longas ou curtas), s\u00e9ries de TV ou pe\u00e7as de teatro. Trabalhar com algu\u00e9m que voc\u00ea j\u00e1 admira e cujo trabalho conhece pode ser um \u00f3timo ponto de partida.<\/p>\n

      Paralelamente ao trabalho com os atores, s\u00e3o contratados os demais profissionais (ou, pelo menos, os chefes das equipes de cada \u00e1rea), que passam a dialogar com o diretor para tra\u00e7ar os rumos conceituais dos diversos departamentos envolvidos no processo \u2013 incluindo arte, fotografia, som e edi\u00e7\u00e3o; afinal, o cinema n\u00e3o se faz apenas com diretor e ator.<\/p>\n

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      Ensaios<\/u><\/strong><\/h4>\n

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      \"Curso
      A frequ\u00eancia dos ensaios \u00e9 decidida de acordo com a agenda dos atores e do diretor. Em geral, inicia-se com uma leitura conjunta do roteiro, seguida por discuss\u00f5es sobre os personagens e cada um traz suas ideias e sugest\u00f5es.<\/figcaption><\/figure>\n

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      Outro ponto que n\u00e3o deve ser deixado de lado na pr\u00e9-produ\u00e7\u00e3o, no que diz respeito \u00e0 equipe, s\u00e3o os ensaios<\/a><\/strong>. A frequ\u00eancia desses encontros presenciais, em um longa-metragem, \u00e9 decidida de acordo com a agenda dos atores e do diretor. Em geral, inicia-se com uma leitura conjunta do roteiro, seguida por discuss\u00f5es sobre os personagens. Cada um traz suas ideias e sugest\u00f5es, que podem ou n\u00e3o ser acatadas pelo diretor.<\/p>\n

      H\u00e1 cineastas que preferem desenvolver cada personagem separadamente e apenas depois de um tempo fazer ensaios com todos juntos. De todo modo, ser\u00e1 necess\u00e1rio que os atores treinem exaustivamente as a\u00e7\u00f5es, as falas, os gestos, cada detalhe que comp\u00f5e o universo da pessoa que est\u00e3o interpretando, para que essa personifica\u00e7\u00e3o seja org\u00e2nica.<\/p>\n

      N\u00e3o existe uma linha de pensamento que diga o que \u00e9 o melhor a fazer, nessa fase, porque cada diretor tem seu m\u00e9todo e seu processo de trabalho. Al\u00e9m disso, cada filme \u00e9 diferente do outro e requer novas solu\u00e7\u00f5es. Mas \u00e9 sempre interessante reservar alguma verba de pr\u00e9-produ\u00e7\u00e3o para os ensaios, pois esse \u00e9 um momento no qual o diretor pode estabelecer uma rela\u00e7\u00e3o de confian\u00e7a, respeito e admira\u00e7\u00e3o com o ator.<\/p>\n

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      Est\u00e9tica<\/u><\/strong><\/h4>\n

      Ainda na pr\u00e9-produ\u00e7\u00e3o, entram as defini\u00e7\u00f5es est\u00e9ticas do filme, especialmente aquelas relacionadas \u00e0 dire\u00e7\u00e3o de arte<\/a> e de fotografia. Al\u00e9m de ajudar o diretor no processo de visualiza\u00e7\u00e3o da obra que est\u00e1 sendo produzida, esse planejamento conceitual evita surpresas desagrad\u00e1veis na filmagem ou, o que \u00e9 ainda mais importante, na p\u00f3s-produ\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

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      \"Curso
      As defini\u00e7\u00f5es relativas \u00e0 dire\u00e7\u00e3o de arte abrangem escolhas de loca\u00e7\u00f5es, cen\u00e1rios, objetos de cena, figurinos e maquiagem dos personagens.<\/figcaption><\/figure>\n

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      As defini\u00e7\u00f5es relativas \u00e0 dire\u00e7\u00e3o de arte abrangem escolhas de loca\u00e7\u00f5es, cen\u00e1rios, objetos de cena, figurinos e maquiagem dos personagens. Para que essas decis\u00f5es sejam tomadas, o diretor geralmente informa as refer\u00eancias visuais que pretende tomar como base e, a partir disso, o diretor de arte faz suas contribui\u00e7\u00f5es. Essa pesquisa de inspira\u00e7\u00f5es \u00e9 muito importante para fundamentar o processo, permitindo que as ideias sejam comunicadas em forma de imagens.<\/p>\n

      J\u00e1 a prepara\u00e7\u00e3o dos elementos e dos conceitos de cinematografia (ou dire\u00e7\u00e3o de fotografia) envolvem a escolha dos equipamentos que ser\u00e3o utilizados no filme (c\u00e2mera, lentes, maquin\u00e1rio) e o tipo de ilumina\u00e7\u00e3o que se pretende fazer. \u00c9 importante que o diretor tenha conhecimentos b\u00e1sicos sobre fotografia, uma vez que ela cria a atmosfera da hist\u00f3ria. Tamb\u00e9m \u00e9 preciso testar os equipamentos, para ver se as imagens resultantes correspondem \u00e0quilo que o diretor tinha em mente.<\/p>\n

      Tanto a arte quanto a fotografia dependem muito das loca\u00e7\u00f5es, por isso os locais de filmagem devem ser determinados ainda na fase da pr\u00e9-produ\u00e7\u00e3o. Os profissionais visitam esses lugares, analisam suas possibilidades e os fotografam, n\u00e3o s\u00f3 para se familiarizarem com cada ambiente, mas tamb\u00e9m para poderem oferecer solu\u00e7\u00f5es ou adapta\u00e7\u00f5es \u00e0 decupagem, caso n\u00e3o seja poss\u00edvel execut\u00e1-la de acordo com o que o diretor imagina.<\/p>\n

       <\/p>\n

      Decupagem<\/u><\/strong><\/h4>\n

      Uma das fun\u00e7\u00f5es mais determinantes da dire\u00e7\u00e3o, durante a pr\u00e9-produ\u00e7\u00e3o de um longa-metragem, \u00e9 a decupagem<\/a> <\/strong>das cenas. \u00c9 uma esp\u00e9cie de \u201cdesenho do filme\u201d, no qual o diretor vai determinar o que ser\u00e1 visto na tela (enquadramentos, posi\u00e7\u00f5es de c\u00e2mera, \u00e2ngulos e movimenta\u00e7\u00f5es, etc). H\u00e1 diretores, no entanto, que preferem trabalhar com uma c\u00e2mera mais \u201csolta\u201d, deixando essas defini\u00e7\u00f5es para o set e trabalhando de maneira mais livre, quase improvisada.<\/p>\n

      Se voc\u00ea \u00e9 um bom desenhista, pode arriscar at\u00e9 a fazer seu pr\u00f3prio storyboard<\/em>. Nesse sentido, conhecimentos das t\u00e9cnicas de narrativa de hist\u00f3rias em quadrinhos ajudam bastante a \u201cpensar em imagens\u201d, j\u00e1 que as duas coisas se assemelham um pouco. Alguns diretores fazem seu storyboard<\/em> com fotos ou imagens de refer\u00eancias, at\u00e9 mesmo trechos de filmes. O importante \u00e9 conseguir transmitir ao resto da equipe o que se imagina para cada cena \u2013 tendo ci\u00eancia, naturalmente, de que a decupagem pode mudar no decorrer da produ\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

      Dica:<\/strong> Existe um aplicativo para iPhone, o Artemis\u00a0Director’s Viewfinder, que permite tirar fotos no celular com filtros que simulam as especifica\u00e7\u00f5es de c\u00e2mera e lente que voc\u00ea ir\u00e1 usar no filme. Assim, seu photoboard<\/em> fica um pouco mais pr\u00f3ximo do produto final, o que facilita a visualiza\u00e7\u00e3o de algo semelhante ao que ser\u00e1 seu projeto, antes mesmo de come\u00e7ar a film\u00e1-lo.<\/p>\n

       <\/p>\n

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        Filmagem\/Produ\u00e7\u00e3o<\/strong><\/h3>\n<\/li>\n<\/ol>\n

        \u201cO fazer cinematogr\u00e1fico, para mim, \u00e9 sempre ir em dire\u00e7\u00e3o ao filme imagin\u00e1rio e nunca conseguir alcan\u00e7\u00e1-lo\u201d, afirmou o cineasta Peter Jackson. S\u00e3o palavras de um diretor experiente, que j\u00e1 encarou muitos imprevistos e que tamb\u00e9m aprendeu a falhar com dignidade.<\/p>\n

         <\/p>\n

        \"cinegrafista\"
        \u201cO fazer cinematogr\u00e1fico, para mim, \u00e9 sempre ir em dire\u00e7\u00e3o ao filme imagin\u00e1rio e nunca conseguir alcan\u00e7\u00e1-lo\u201d, afirmou o cineasta Peter Jackson.<\/figcaption><\/figure>\n

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        A obra que est\u00e1 na imagina\u00e7\u00e3o dos realizadores \u00e9 perfeita, idealizada, mas a realidade que se encontra em um set de filmagem nem sempre (ali\u00e1s, quase nunca) \u00e9 exatamente aquilo que se espera. Por mais que se planeje e prepare na pr\u00e9-produ\u00e7\u00e3o, o inesperado faz parte do cinema. A arte tamb\u00e9m precisa dar espa\u00e7o para a magia acontecer.<\/p>\n

        Mas n\u00e3o h\u00e1 encanto que sobreviva a um ambiente de trabalho desorganizado, com profissionais perdidos, n\u00e3o \u00e9 mesmo? Por isso, quando chega o dia da grava\u00e7\u00e3o de um longa-metragem, todos os departamentos devem estar preparados e afinados para executar seus respectivos trabalhos: o produtor e sua equipe, o diretor de fotografia e seus assistentes, o diretor de arte e seus assistentes, o respons\u00e1vel pelo som direto, o assistente de dire\u00e7\u00e3o, os atores. Cada profissional tem seu papel a desempenhar, todos guiados pelo diretor.<\/p>\n

        Antes que se possa gritar aquele famoso bord\u00e3o do cinema (que diretor n\u00e3o adora falar \u201ca\u00e7\u00e3o\u201d, n\u00e3o \u00e9 mesmo?), o cen\u00e1rio precisa estar arrumado, a c\u00e2mera posicionada no lugar certo, a ilumina\u00e7\u00e3o preparada, os atores devidamente ensaiados. \u00c9 importante, ainda, que o diretor possa dispor de um monitor (se poss\u00edvel, tamb\u00e9m com som direto), para \u201cver o que a c\u00e2mera est\u00e1 vendo\u201d e acompanhar a filmagem no momento em que ela est\u00e1 acontecendo, podendo decidir se \u00e9 necess\u00e1rio fazer tomadas adicionais ou se o material captado est\u00e1 dentro do que deseja.<\/p>\n

        O assistente de dire\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 um profissional indispens\u00e1vel no set, que precisa ter tranquilidade para lidar com os problemas que porventura surgirem, administrando e solucionando o que for poss\u00edvel, pensando com clareza e sem buscar apontar culpados. Ele (ou ela) precisa ser uma pessoa organizada e \u00e1gil, que realmente fa\u00e7a as coisas andarem.<\/p>\n

        O fato \u00e9 que, se todos se prepararem e estiverem conscientes do trabalho que devem fazer, se puderem contar com uma boa pr\u00e9-produ\u00e7\u00e3o e se mantiverem calmos, com certeza tudo correr\u00e1 de maneira excelente, mesmo quando surgirem situa\u00e7\u00f5es inesperadas \u2013 que, ali\u00e1s, s\u00e3o absolutamente normais. At\u00e9 os profissionais mais experientes sentem ansiedade e inseguran\u00e7a \u00e0s vezes.\u00a0<\/strong><\/p>\n

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