{"id":15207,"date":"2017-04-07T07:59:14","date_gmt":"2017-04-07T10:59:14","guid":{"rendered":"http:\/\/www.aicinema.com.br\/?p=15207"},"modified":"2017-08-16T14:04:51","modified_gmt":"2017-08-16T17:04:51","slug":"arte-e-resistencia-piano-forte-no-arizona-international-film-festival","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/arte-e-resistencia-piano-forte-no-arizona-international-film-festival\/","title":{"rendered":"Arte e Resist\u00eancia: Piano Forte no Arizona International Film Festival"},"content":{"rendered":"
<\/a>\u201cMede-se a grandeza de uma ideia pela resist\u00eancia que ela provoca. \u201d, j\u00e1 dizia o fil\u00f3sofo pr\u00e9-socr\u00e1tico An\u00e1xagoras<\/a>. A arte, quando usada como ferramenta de resist\u00eancia, parece despertar ainda mais como\u00e7\u00e3o e, em tempos de crise pol\u00edtica, exerce um papel importante, \u00e9 um instrumento que auxilia nas transforma\u00e7\u00f5es.<\/p>\n Em \u201cPiano Forte\u201d, a resist\u00eancia transpira, seja pela hist\u00f3ria em que o m\u00fasico amador e autodidata Maur\u00edcio Maia sai do sub\u00farbio da baixada fluminense, em uma longa viagem at\u00e9 o centro do Rio de Janeiro, em busca de pianos abertos ao p\u00fablico, para que possa tocar. Seja pela linguagem e narrativa, que convidam \u00e0 reflex\u00e3o sobre o acesso \u00e0 cultura, as desigualdades de oportunidade e o esfor\u00e7o individual de quem sonha em viver de arte.<\/p>\n \u201c\u2018Piano Forte\u2019 tenta de alguma forma abafar as vozes do preconceito e convida a olhar para \u2018o outro\u2019. Prop\u00f5e o deslocamento do olhar para a periferia, onde muitos cidad\u00e3os comuns resistem a diversos tipos de viol\u00eancia, incluindo a que a pr\u00f3pria sociedade tem institu\u00edda.\u00a0 Maur\u00edcio, jovem negro da periferia, quer ser feliz, compor m\u00fasica, direcionar o seu trabalho para a dan\u00e7a. Ele busca isso, procura pianos que o ajudem a aprimorar a sua t\u00e9cnica. Ele \u00e9 um resistente\u201d, diz Anabela Roque, aluna do FILMWORKS<\/a> – curso t\u00e9cnico em dire\u00e7\u00e3o cinematogr\u00e1fica da Academia Internacional de Cinema<\/a> –\u00a0 e diretora do document\u00e1rio.<\/p>\n Anabela conta que a proposta era representar o confronto do indiv\u00edduo na sua miss\u00e3o – perseguindo suas aspira\u00e7\u00f5es – e o espa\u00e7o urbano representativo da sociedade com as suas normas, desordens e paradigmas. \u201cOs momentos que expressam a sua busca nos conduzem pelo espa\u00e7o urbano e pelas suas\u00a0desigualdades numa cidade que\u00a0continua \u2018partida\u2019. Procuramos assim mostrar, de modo transversal, as conex\u00f5es poss\u00edveis – ou a aus\u00eancia delas – entre diferentes mundos,\u00a0trazendo \u00e0 discuss\u00e3o a realidade social brasileira\u201d.<\/p>\nEstreia Nacional e Internacional<\/b><\/h3>\n