{"id":13264,"date":"2016-04-26T15:11:58","date_gmt":"2016-04-26T18:11:58","guid":{"rendered":"http:\/\/www.aicinema.com.br\/?p=13264"},"modified":"2016-04-26T15:11:58","modified_gmt":"2016-04-26T18:11:58","slug":"djin-sganzerla-fala-sobre-atuacao-em-cinema-novos-trabalhos-e-atrizes-que-a-inspiram","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/djin-sganzerla-fala-sobre-atuacao-em-cinema-novos-trabalhos-e-atrizes-que-a-inspiram\/","title":{"rendered":"Djin Sganzerla fala sobre atua\u00e7\u00e3o em cinema, novos trabalhos e atrizes que a inspiram"},"content":{"rendered":"

Al\u00e9m do nome mitol\u00f3gico a atriz \u00e9 filha de duas figuras m\u00edticas do cinema<\/a> brasileiro: Rog\u00e9rio Sganzerla<\/a> e Helena Ignez<\/a>. Djin trabalhou em dezenas de filmes nacionais e recebeu o Trof\u00e9u APCA 2008 de melhor atriz por \u201cMeu Nome \u00e9 Dindi\u201d, de Bruno Safadi, e o Trof\u00e9u Candango do Festival de Bras\u00edlia 2007 de melhor atriz coadjuvante por \u201cFalsa Loura\u201d, de Carlos Reichenbach. Tamb\u00e9m atuou em \u201cLuz Nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha\u201d\u00a0(2010), codirigido por sua m\u00e3e e no pr\u00f3ximo dia 5 estar\u00e1 em cartaz nos cinemas estrelando o filme \u201cRal\u00e9<\/a>\u201d, tamb\u00e9m de Helena Ignez.<\/p>\n

Djin, que esteve na Academia Internacional de Cinema (AIC) de S\u00e3o Paulo na Semana de Orienta\u00e7\u00e3o de 2012, diz que \u201co bom ator \u00e9 o ator-criador, aquele que sabe ouvir, sabe trocar e sabe compor o personagem com arte\u201d. Dia 5 de maio a atriz far\u00e1 palestra especial para os alunos do Curso de Interpreta\u00e7\u00e3o para Cinema<\/a>, coordenado por Cristiano Burlan<\/a>.<\/p>\n

Conhe\u00e7a um pouco mais sobre a atriz em entrevista concedida para a AIC.<\/p>\n

ENTREVISTA<\/b><\/h4>\n

O que lhe motivou a atuar no cinema?\u00a0<\/i><\/b><\/p>\n

\"Em<\/a>
Em cena de “O Prefeito” , de Bruno Safadi, com previs\u00e3o de estreia ainda para esse ano. Foto de Jade Mariane<\/figcaption><\/figure>\n

Djin Sganzerla:<\/b> Como vim de uma fam\u00edlia de artistas, tive um processo interessante, precisei confirmar esta vontade muito forte dentro de mim para ter certeza de que n\u00e3o era algo que meus pais tinham interferido ou me influenciado.\u00a0 Filha de pais com personalidades fortes e expressivas, herdei este esp\u00edrito libert\u00e1rio e com uma busca de uma personalidade pr\u00f3pria, \u00fanica.<\/p>\n

A possibilidade de poder me transformar completamente em outro ser, de poder mergulhar nestas vidas cheias de riquezas, cheias de cores, desamores, dores, alegrias e sentir que atrav\u00e9s de mim, do meu corpo, da minha express\u00e3o art\u00edstica eu poderia ajudar a tocar algu\u00e9m e quem sabe de alguma maneira mobiliz\u00e1-las de uma forma transformadora. Poder revelar as mil facetas que existem dentro de n\u00f3s e que muitas vezes n\u00e3o temos a possibilidade de vive-las em uma s\u00f3 vida.<\/p>\n

Esse ano voc\u00ea entra em cartaz com um novo filme. Quando ele estreia no cinema e como foi a experi\u00eancia de faz\u00ea-lo?<\/i><\/b><\/p>\n

D.S.:<\/b> \u201cRal\u00e9\u201d, longa de Helena Ignez, entra em cartaz nos cinemas a partir de 05 de maio. Fazer Nastia, personagem de Ral\u00e9, foi um bom desafio. Filmamos em pouco tempo e a diretora fez algumas altera\u00e7\u00f5es no texto da personagem, em constante constru\u00e7\u00e3o. Tinha que estar aberta ao inesperado e a mudan\u00e7as o tempo todo. Por exemplo, assim que a filmagem acabou come\u00e7ou um grande temporal de ver\u00e3o e percebemos que poderia ser incr\u00edvel, fui para chuva, o fot\u00f3grafo logo come\u00e7ou a filmar e n\u00e3o tive tempo de avis\u00e1-la que est\u00e1vamos j\u00e1 filmando. Comecei a improvisar com o vento, a chuva e um guarda-chuva. A cena ficou t\u00e3o boa que entrou no filme. Para trabalhar com Helena voc\u00ea precisa estar atenta a tudo e aberta \u00e0s mudan\u00e7as, o que s\u00f3 fortalece o ator.<\/p>\n

\u201cO Prefeito\u201d, de Bruno Safadi, com quem j\u00e1 trabalhei anteriormente e ganhei pr\u00eamios com o filme \u201cMeu Nome \u00e9 Dindi\u201d, tamb\u00e9m deve estrear neste ano. O filme acaba de ganhar o pr\u00eamio de Melhor Filme Iberoamericano no 34\u00ba Festival do Uruguai e teve sua estreia no Festival de Locarno<\/a> no ano passado. Gosto muito de trabalhar com o Bruno, a comunica\u00e7\u00e3o entre n\u00f3s \u00e9 r\u00e1pida e de muita confian\u00e7a, o que \u00e9 maravilhoso para o ator. Ele me convidou para fazer a Alma Errante, um personagem meio fantasmag\u00f3rico, um pouco m\u00edtico, \u00e9 ela quem traz a morte e a destrui\u00e7\u00e3o do Prefeito. Eu estava em cartaz em SP com a pe\u00e7a \u201cIlhada em Mim\u201d e filmando no Rio, foram poucos dias de filmagem, numa loca\u00e7\u00e3o incr\u00edvel, nos escombros da demoli\u00e7\u00e3o da Perimetral no Rio, o que s\u00f3 aumentou o desafio para os atores e equipe. O resultado ficou incr\u00edvel, mas a poeira e as dificuldades da loca\u00e7\u00e3o foram um desafio bom de ser enfrentado. Filmes com or\u00e7amento pequeno, filmados em poucos dias, requerem ainda uma entrega maior, se \u00e9 que \u00e9 poss\u00edvel dizer isso, pois cada instante no set \u00e9 \u00fanico, s\u00e3o diretores que repetem a cena poucas vezes, dando chance m\u00ednima ao erro. Temos que estar 100% inteiros e presentes, mas o resultado \u00e9 sempre gratificante.<\/p>\n

Fiz o filme de equipe e diretor portugu\u00eas, \u201cOrnamento e Crime\u201d, de Rodrigo Areias, rodado em Guimar\u00e3es e arredores, em Portugal. Sou a \u00fanica atriz brasileira do filme, foi uma experi\u00eancia \u00f3tima, conhecer mais de perto o cinema portugu\u00eas e aquele pa\u00eds com um povo e uma cultura muito interessantes. Ornamento e Crime estreou na Mostra de Cinema de SP no ano passado e ganhou o Pr\u00eamio de P\u00fablico de Melhor Filme no 19\u00ba Festival Luso Brasileiro em Portugal. O filme do Rodrigo \u00e9 um filme de g\u00eanero, Noir, fa\u00e7o uma \u201cfemme fatale\u201d que se revela e vira o jogo no final do filme. Foi uma experi\u00eancia \u00fanica, ainda n\u00e3o tinha atuado em filme de g\u00eanero. A sedu\u00e7\u00e3o e frieza juntos s\u00e3o sempre \u00f3timos de trabalhar.<\/p>\n

Como voc\u00ea constr\u00f3i os seus personagens?<\/i><\/b><\/p>\n

D.S.:<\/b> Cada personagem pede uma forma de trabalhar, com mais ou menos intensidade e aprofundamento. H\u00e1 personagens mais simples e leves, com menos contradi\u00e7\u00f5es, que s\u00e3o \u00f3timos tamb\u00e9m.<\/p>\n

\"Em<\/a>
Em cena do filme “Ral\u00e9” dirigido por Helena Ignez, foto Toni Nogueira<\/figcaption><\/figure>\n

Mas geralmente construo as personagens de dentro para fora, um processo as vezes um pouco longo, mas que geralmente chega aonde estou procurando ir\u2026 Sou uma atriz bastante intuitiva e t\u00e9cnica quando preciso ser. Sinto a personagem nas primeiras leituras do roteiro<\/a>. Dele tento extrair o m\u00e1ximo de informa\u00e7\u00f5es sobre ela, sua personalidade, seus objetivos, o que a move, tento visualizar como \u00e9 esta personagem. Depois parto para a parte sutil, o que n\u00e3o \u00e9 dito, o que \u00e9 subjetivo, as suas contradi\u00e7\u00f5es, suas lutas internas, a vida intima da personagem. Construo-a por inteira dentro de mim, esse processo costuma nascer organicamente, uma paix\u00e3o que me envolve… procuro n\u00e3o decorar o texto, e sim ler tantas vezes que naturalmente irei internaliza-lo, entendendo o que est\u00e1 sendo dito para que ele saia de dentro de mim com a maior verdade, necessidade e cheio de vida interior, como acontece na vida. No set sou bastante concentrada, acredito que essa concentra\u00e7\u00e3o, essa energia direcionada, imprima de alguma forma na tela.<\/p>\n

O set pode ser muitas vezes um local muito ingrato para o ator, quase que contra o trabalho dele, mas se voc\u00ea est\u00e1 ali preparada, inteira e se lan\u00e7a no jogo com o outro ator, algo acontece.<\/p>\n

A personagem nasce com a c\u00e2mera, mesmo nos ensaios, aqueles que fazemos um pouco antes de rodar, s\u00e3o concentrados e intimistas para que no momento da \u201ca\u00e7\u00e3o\u201d a \u201cm\u00e1gica aconte\u00e7a\u201d. Me lan\u00e7o, com todas estas ferramentas, com a prepara\u00e7\u00e3o e com este personagem dentro de mim, no abismo e no desconhecido, para que o inesperado aconte\u00e7a. Procuro nos personagens o que n\u00e3o \u00e9 dito, o que n\u00e3o \u00e9 revelado. E n\u00e3o busco desvenda-lo, mas sim vive-lo, deixa-lo existir dentro de mim.<\/p>\n

Quais atrizes ou atores lhe inspiram e por qu\u00ea?<\/i><\/b><\/p>\n

D.S.:<\/b> A primeira que me vem \u00e0 cabe\u00e7a \u00e9 a Gena Rowlands<\/a>, extraordin\u00e1ria, quem sempre me inspira. Sinto esse frescor o tempo todo na interpreta\u00e7\u00e3o dela, cheia de vida, de perigo, de incertezas, de fragilidades. Ela hipnotiza a c\u00e2mera, vai fundo na sua verdade, ela \u00e9 um belo exemplo deste voo incerto, este salto no abismo dentro do mist\u00e9rio de n\u00f3s mesmos. Sempre me atra\u00ed por atores que carregam dentro de si o mist\u00e9rio, talvez o mist\u00e9rio de suas pr\u00f3prias vidas, o mist\u00e9rio da vida.<\/p>\n

Giulietta Masina<\/a> me inspirou muito, acho suas constru\u00e7\u00f5es de personagens incr\u00edveis, cheias de intelig\u00eancia e for\u00e7a, regada de vulnerabilidade. Ela \u00e9 outra que sabe enfeiti\u00e7ar a c\u00e2mera, sempre com escolhas nada obvias e surpreendentes.<\/p>\n

Gosto tamb\u00e9m de trabalhos bem contidos, por exemplo como nos filmes My Sweet Peperland (Minha Doce Terra Amarga) e Pedra da Paci\u00eancia, ambos protagonizados por Golshifteh Farahani<\/a>, atriz iraniana que vive na Fran\u00e7a. A repress\u00e3o que as mulheres vivem no Ir\u00e3 est\u00e1 contida no universo destes personagens e na sua composi\u00e7\u00e3o. S\u00e3o atua\u00e7\u00f5es cheias de vida interior e sil\u00eancios.<\/p>\n

Gosto do trabalho do ator Ryan Gosling<\/a>, como no filme Drive e Blue Valentine, tipo de ator que trabalha camadas de humanidade no sil\u00eancio. Tamb\u00e9m gosto de Carey Mulligan<\/a> e outras \u00f3timas atrizes.<\/p>\n

Qual o conselho voc\u00ea daria para um jovem ator que est\u00e1 come\u00e7ando a fazer cinema?<\/i><\/b><\/p>\n

D.S.:<\/b> Vejam muitos filmes, muitos mesmo. De prefer\u00eancia com \u00f3timos atores e diretores. Acredito que \u00f3timas refer\u00eancias ficam na retina, na mem\u00f3ria e na imagina\u00e7\u00e3o. Muitas vezes assisto a um filme estudando-o, dissecando-o, vendo as op\u00e7\u00f5es que o ator fez na composi\u00e7\u00e3o da personagem. Pode ser uma aula. Estudem muito tamb\u00e9m, acredito que o ator deva estar sempre em constante aprendizado, mas no in\u00edcio da carreira, quando se tem mais tempo, \u00e9 o momento ideal para nos lan\u00e7armos completamente nisso. Pesquisem t\u00e9cnicas de interpreta\u00e7\u00e3o, fa\u00e7am o m\u00e1ximo de cursos, leiam sobre o tema, leiam biografias de atores. \u00a0O ator precisa dominar o seu oficio, conhecer bem o que ele pretende fazer. Assistir a bons atores, seja no cinema ou no teatro \u00e9 sempre uma experi\u00eancia, e n\u00e3o importa a linguagem, voc\u00ea sempre aprende algo se estiver disposto.<\/p>\n

E pratiquem, o m\u00e1ximo que puderem, \u00e9 um excelente exerc\u00edcio ver o seu trabalho na tela. Sejam generosos com voc\u00eas mesmos, sem excesso de autocr\u00edtica e vejam no que realmente poderiam ser melhores da pr\u00f3xima vez. Assistir ao \u201cvideo assist\u201d durante a filmagem ou o resultado final sempre foi uma grande escola para mim. Acho que o ator tem que estar em constante movimento e mergulhar no mist\u00e9rio e no inesperado que a cria\u00e7\u00e3o art\u00edstica prop\u00f5e.<\/p>\n

*Entrevista feita por Cristiano Burlan – foto em destaque (pb) do filme “Ornamento e Crime” (Jorge Quintela)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Al\u00e9m do nome mitol\u00f3gico a atriz \u00e9 filha de duas figuras m\u00edticas do cinema brasileiro: Rog\u00e9rio Sganzerla e Helena Ignez. Djin trabalhou em dezenas de filmes nacionais e recebeu o Trof\u00e9u APCA 2008 de melhor atriz por \u201cMeu Nome \u00e9 Dindi\u201d, de Bruno Safadi, e o Trof\u00e9u Candango do Festival de Bras\u00edlia 2007 de melhor …<\/p>\n

Djin Sganzerla fala sobre atua\u00e7\u00e3o em cinema, novos trabalhos e atrizes que a inspiram<\/span> Leia mais »<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":23,"featured_media":15783,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"site-sidebar-layout":"default","site-content-layout":"","ast-site-content-layout":"","site-content-style":"default","site-sidebar-style":"default","ast-global-header-display":"","ast-banner-title-visibility":"","ast-main-header-display":"","ast-hfb-above-header-display":"","ast-hfb-below-header-display":"","ast-hfb-mobile-header-display":"","site-post-title":"","ast-breadcrumbs-content":"","ast-featured-img":"","footer-sml-layout":"","theme-transparent-header-meta":"","adv-header-id-meta":"","stick-header-meta":"","header-above-stick-meta":"","header-main-stick-meta":"","header-below-stick-meta":"","astra-migrate-meta-layouts":"","ast-page-background-enabled":"default","ast-page-background-meta":{"desktop":{"background-color":"var(--ast-global-color-4)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"tablet":{"background-color":"","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"mobile":{"background-color":"","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""}},"ast-content-background-meta":{"desktop":{"background-color":"var(--ast-global-color-5)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"tablet":{"background-color":"var(--ast-global-color-5)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"mobile":{"background-color":"var(--ast-global-color-5)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""}},"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"acf":[],"yoast_head":"\nDjin Sganzerla fala sobre atua\u00e7\u00e3o em cinema, novos trabalhos e atrizes que a inspiram - Academia Internacional de Cinema (AIC)<\/title>\n<meta name=\"robots\" content=\"index, follow, max-snippet:-1, max-image-preview:large, max-video-preview:-1\" \/>\n<link rel=\"canonical\" href=\"https:\/\/www.aicinema.com.br\/djin-sganzerla-fala-sobre-atuacao-em-cinema-novos-trabalhos-e-atrizes-que-a-inspiram\/\" \/>\n<meta property=\"og:locale\" content=\"pt_BR\" \/>\n<meta property=\"og:type\" content=\"article\" \/>\n<meta property=\"og:title\" content=\"Djin Sganzerla fala sobre atua\u00e7\u00e3o em cinema, novos trabalhos e atrizes que a inspiram - Academia Internacional de Cinema (AIC)\" \/>\n<meta property=\"og:description\" content=\"Al\u00e9m do nome mitol\u00f3gico a atriz \u00e9 filha de duas figuras m\u00edticas do cinema brasileiro: Rog\u00e9rio Sganzerla e Helena Ignez. 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