{"id":13088,"date":"2016-03-16T15:08:20","date_gmt":"2016-03-16T18:08:20","guid":{"rendered":"http:\/\/www.aicinema.com.br\/?p=13088"},"modified":"2017-09-12T12:12:58","modified_gmt":"2017-09-12T15:12:58","slug":"alfredinho-de-copacabana-para-a-suica","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/alfredinho-de-copacabana-para-a-suica\/","title":{"rendered":"Alfredinho, de Copacabana, para a Su\u00ed\u00e7a"},"content":{"rendered":"
<\/a>Dentre os curtas produzidos no primeiro ano da Academia Internacional de Cinema<\/a> (AIC) do Rio de Janeiro, \u201cAlfredinho\u201d, um document\u00e1rio sobre um curioso personagem de Copacabana, entra em seu primeiro festival, o FIFF – Festival International de Film de Fribourg<\/a>, e de cara j\u00e1 recebe seu primeiro pr\u00eamio, o\u00a0CH Cinema Network Prize<\/b>, um pr\u00eamio dado por estudantes de tr\u00eas universidades de Zurich e Lausanne ao melhor curta da Competi\u00e7\u00e3o Internacional.<\/p>\n Na ata da premia\u00e7\u00e3o eles escreveram o seguinte sobre o curta:\u00a0“O filme se distingue pela sua leveza, sua proposta aparentemente despretensiosa, mas que no fundo reflete a realidade social e pol\u00edtica do Brasil, sem nunca cair no dram\u00e1tico ou na chatice. O personagem nos tocou e nos fez rir bastante pela sua sinceridade, sua maneira de ver o mundo, de se contradizer. \u00c9 um personagem revoltado contra a sociedade, irritadi\u00e7o e que critica constantemente, mas que no fundo \u00e9 um homem aut\u00eantico e que demonstra uma verdadeira generosidade.”<\/p>\n Realizado pelos alunos Adriana Santos, Cristiano Freire, Marcelo Santos, Ven\u00e2ncio Batalhone, Victoria Nunes e Vitor Souza Lima, sob a coordena\u00e7\u00e3o do documentarista e professor e Felippe Mussel<\/a> e colabora\u00e7\u00e3o de Julia de Simone<\/a> e Karen Akerman, o filme acompanha durante uma noite, Alfredo Jacinto Melo, ou Alfredinho, como \u00e9 chamado pelos frequentadores do bar Bip Bip<\/a>, do qual \u00e9 dono. Al\u00e9m do pol\u00eamico personagem o document\u00e1rio retrata a rotina do bar que \u00e9 refer\u00eancia de boa m\u00fasica no Rio de Janeiro. \u201cDurante uma noite acompanhamos Alfredinho e sua rotina no bar, a intera\u00e7\u00e3o com os clientes, amigos, turistas e m\u00fasicos. Entre goles de cerveja, abra\u00e7os e esporros se revela a alma do pr\u00f3prio Bip Bip\u201d, conta o aluno Marcelo Santos.<\/p>\n O tema Copacabana foi proposto pelo professor Felippe Mussel e a partir dele, os alunos puderam explorar suas nuances das mais diversas formas. A equipe conta que a ideia inicial era abordar a roda de choro do bar, mas a pesquisa os levou para outros caminhos. \u201cPercebemos que o Alfredinho era o que mais nos interessava. Tudo acontecia por causa dele e ao seu redor. Ele, de um jeito ou de outro, parecia ser o centro das aten\u00e7\u00f5es, embora o \u2018prato principal\u2019 fosse os m\u00fasicos e o seu repert\u00f3rio. Ficamos encantados com o Alfredinho e a forma como ele agregava, naquele min\u00fasculo espa\u00e7o, m\u00fasicos, amigos e clientes, todos em torno da sua carism\u00e1tica figura e das regras que convencionou para o bar onde por exemplo, n\u00e3o se pode conversar alto enquanto os m\u00fasicos tocam, nem fechar a cal\u00e7ada e atrapalhar a passagem dos pedestres, e a cerveja, cada um que pegue a sua na geladeira, no fundo do bar\u201d, conta a equipe.<\/p>\n Sobre a fotografia, a equipe conta que assumiu suas limita\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas e as dificuldades de filmar \u00e0 noite em um lugar pequeno e cheio de gente. \u201cNesse ponto, o Felipe Mussel, coordenador do curso, foi crucial e sugeriu um plano muito interessante, que desse ao nosso personagem um certo grau de mist\u00e9rio: filmar o Alfredinho pelas costas. Adoramos a ideia, que achamos que acabou trazendo mais peso aos di\u00e1logos do filme\u201d, conta Vitor.<\/p>\n