{"id":10740,"date":"2014-12-12T13:26:11","date_gmt":"2014-12-12T15:26:11","guid":{"rendered":"http:\/\/www.aicinema.com.br\/?p=10740"},"modified":"2014-12-12T13:26:11","modified_gmt":"2014-12-12T15:26:11","slug":"crack-e-tema-de-longa-de-ex-aluno-e-ganha-8-premios-em-um-unico-festival","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/crack-e-tema-de-longa-de-ex-aluno-e-ganha-8-premios-em-um-unico-festival\/","title":{"rendered":"Crack \u00e9 tema de longa de ex-aluno e ganha 8 pr\u00eamios em um \u00fanico festival"},"content":{"rendered":"

\"metanoia_poster\"<\/a>Miguel Nagle, ex-aluno do FILMWORKS<\/a> \u2013 o curso de Forma\u00e7\u00e3o Profissional em Cinema<\/a> da Academia Internacional de Cinema (AIC), lan\u00e7a seu primeiro longa e de cara j\u00e1 emplaca 8 pr\u00eamios em um \u00fanico Festival. O filme trata de um assunto pol\u00eamico: o crack. Foi coproduzido pela 4U Filmes e Cia de Artes Nissi e conta com elenco famoso, entre eles Caio Blat, Einat Falbel, Solange Couto e Thogun Teixeira.<\/p>\n

\u201cMetanoia\u201d recebeu 8 estatuetas das 12 categorias do 2\u00ba Festival Nacional de Cinema Crist\u00e3o: Melhor Filme, Melhor Roteiro<\/a> (Miguel Nagle e Caique de Oliveira), Melhor Dire\u00e7\u00e3o (Miguel Nagle), Melhor Dire\u00e7\u00e3o de Arte<\/a> (Josy Antunes, ex-aluna do curso Avan\u00e7ado de Dire\u00e7\u00e3o de Arte<\/a>), Melhor Fotografia (Gabriel Chiarastelli), Melhor atriz (Einat Falbel), melhor ator (Caique de Oliveira) e Melhor Montagem (Josy Antunes, Leonardo Oliveira e Paulo China).<\/p>\n

A Hist\u00f3ria<\/b><\/h4>\n
\"Caio<\/a>
Caio Blat e Einat Falbel em cena de Metanoia.<\/figcaption><\/figure>\n

Filmado em loca\u00e7\u00f5es reais, como a Cracol\u00e2ndia em S\u00e3o Paulo, o diretor diz que o filme n\u00e3o trata apenas de den\u00fancia, mas tamb\u00e9m traz uma mensagem de f\u00e9 e esperan\u00e7a. A hist\u00f3ria \u00e9 sobre Eduardo, um jovem que cresceu no Jardim Angela (bairro da periferia de S\u00e3o Paulo), seu envolvimento com o crack e as desesperadas tentativas de sua m\u00e3e para tir\u00e1-lo das drogas. \u201cA ideia do filme surgiu de uma hist\u00f3ria que o Caique Oliveira (ator e produtor do filme) ouviu sobre um jovem que foi preso em casa, numa jaula, para conter sua abstin\u00eancia do crack. Pegamos esse recorte, misturamos com o universo da cracol\u00e2ndia e escrevemos o roteiro. Produzi-lo foi uma experi\u00eancia enorme, tanto profissional quanto de vida. Filmamos na cracol\u00e2ndia, em \u201cbocas\u201d de fumo, entramos nesse submundo dos usu\u00e1rios de drogas. O bacana foi poder contar um pouco dessa realidade que \u00e0s vezes fica invis\u00edvel e, quem sabe, despertar a sociedade para esse problema\u201d, diz Miguel.<\/p>\n

Dire\u00e7\u00e3o de Arte e Fotografia<\/b><\/h4>\n
\"O<\/a>
O diretor e atores em a\u00e7\u00e3o na Cracol\u00e2ndia.<\/figcaption><\/figure>\n

O diretor conta que a arte do filme foi um desafio, j\u00e1 que representar o \u201cfeio\u201d n\u00e3o \u00e9 tarefa simples. \u201cA dire\u00e7\u00e3o de arte foi brilhantemente desenvolvida pela Josy Antunes. Ela conseguiu criar esse universo do submundo das drogas, produzindo maquiagens de sujeira na pele e unhas, muito lixo, figurinos desgastados etc. Inclusive, tivemos cenas com mais de 200 figurantes maquiados e vestidos que ficaram perfeitamente caracterizados. O mais legal \u00e9 ouvir quem assistiu ao filme perguntando se os figurantes eram atores ou eram usu\u00e1rios de droga reais. Sinal que chegamos a um resultado bacana\u201d.<\/p>\n

J\u00e1 a fotografia \u00e9 densa, com um cen\u00e1rio da cidade cinza, sem muitas cores e foi pensada para trazer essa atmosfera da Cracol\u00e2ndia. \u201cNosso diretor de Fotografia, Gabriel Chiarastelli, conseguiu imprimir essa proposta dram\u00e1tica, para narrar esse assunto t\u00e3o delicado\u201d.<\/p>\n

O Sonho de Estudar Cinema<\/b><\/h4>\n

O carioca de Nova Igua\u00e7u mudou sua vida para estudar Cinema. Foi para S\u00e3o Paulo assim que recebeu a not\u00edcia da sele\u00e7\u00e3o para uma bolsa integral na AIC. \u201cA mudan\u00e7a foi tranquila, afinal, estava indo em busca de um sonho\u201d.<\/p>\n

Miguel fala de sua paix\u00e3o por filmes. Era o cara que fazia as fotos e as filmagens caseiras das viagem em fam\u00edlia e que assistia 3 filmes por dia na adolesc\u00eancia. Seu primeiro contato com cinema foi aos 18 anos, quando participou de um concurso de cr\u00edtica de cinema.<\/p>\n

\"01\"<\/a>\u201cCursei um ano de faculdade em Cinema, mas tive que trancar. Depois fiz Escola Livre de Cinema e fiz meus primeiros curtas, foi l\u00e1 que tive 100% de certeza que gostaria de fazer filmes para dialogar com o mundo. Ainda em Nova Igua\u00e7u, participei das Oficinas Tela Brasil e soube que a AIC tinha parceria com o Observat\u00f3rio das Favelas e ent\u00e3o me candidatei para tentar a bolsa integral e fui selecionado. Minha vida mudou completamente. A AIC ajudou a ampliar meus horizontes e sou muito grato a tudo! Al\u00e9m de ter me dado uma viv\u00eancia de set enorme, no primeiro ano da AIC eu fiz 17 curtas-metragens, porque al\u00e9m dos curtas que precisava entregar como exerc\u00edcio, acabava ajudando os amigos da sala, trabalhando em v\u00e1rias fun\u00e7\u00f5es: som, fotografia, assistente de dire\u00e7\u00e3o, continuidade, roteiro, edi\u00e7\u00e3o, entre outros. Isso me deu uma bagagem muito bacana pra dirigir\u201d, conta Miguel.<\/p>\n

Paralelo a AIC ele tamb\u00e9m trabalhou com o roteirista Henry Grazinoli, na \u00e1rea de publicidade da O2 Filmes e como educador de cinema nas oficinas do projeto Tela Brasil, onde foi aluno. \u201cPassei tr\u00eas anos viajando por v\u00e1rios estados brasileiros ministrando oficinas de cinema nas periferias\u201d.<\/p>\n

Por fim, antes de se formar na AIC, montou com dois amigos a produtora 4U Films, que acaba de fechar a comercializa\u00e7\u00e3o do \u201cMetanoia\u201d com a O2 Play para exibi\u00e7\u00e3o do filme on demand em iTunes e Netflix.<\/p>\n

Outros Alunos <\/b><\/h4>\n

Na equipe do filme tiveram v\u00e1rios ex-alunos da AIC<\/a> e um professor: Julian Ludwid, o professor respons\u00e1vel pela edi\u00e7\u00e3o de som do filme; o ator Thogun Teixeira; Josy Antunes, diretora de arte; Eliane Golliver, 1\u00aa assistente de arte; Daniela Risk, plat\u00f4; Leo Grego, 1\u00ba assistente de fotografia; Luiz Paulo Xein, chefe de maquinaria e el\u00e9trica; Nath Braz, 2\u00aa assistente de dire\u00e7\u00e3o; e Rog\u00e9rio Salgado, 1\u00ba assistente de fotografia.<\/p>\n

Assista ao Trailer:<\/b><\/h4>\n