Academia Internacional de Cinema (AIC)

Ex-aluna do Filmworks prospera no mundo da animação

44 Tons

Ex-aluna, Carol tornou-se bem-sucedida no mercado de animação.
Ex-aluna, Carol tornou-se bem-sucedida empresária no mercado de animação.

Em 2005, a ex-aluna Carol Frattini e a AIC (Academia Internacional de Cinema) começaram praticamente juntos! Ela, com apenas 18 anos de idade e recém-saída do colégio, iniciava os estudos na área audiovisual como aluna da segunda turma do curso Filmworks, da AIC. Na época, a escola recém-fundada ainda funcionava na capital paranaense, Curitiba. No ano seguinte, ambos vieram para São Paulo.

“Naquele tempo, eu ainda nem trabalhava! Fui fazer AIC porque queria estudar cinema, mas nunca tinha chegado perto de uma câmera. O meu pai viu uma propaganda da AIC em um jornal, daí decidimos que eu mudaria para Curitiba no ano seguinte para fazer o curso. Não conhecia filmes importantes e não fazia ideia do que era a linguagem cinematográfica. Aprendi na AIC desde o bê-a-bá.”, relembra Carol.

Em pouco tempo, a produtora conquistou o mercado nos EUA.

Buscando ir além do que havia aprendido nas aulas do Filmworks, Carol decidiu incrementar o currículo e buscou especialização num curso superior em Animação. E foi assim que, numa rápida trajetória profissional, ela conseguiu o primeiro emprego na área e acabou se tornando dona do próprio negócio, na produtora 44 Toons.

“Os dois cursos foram complementares para minha formação. Comecei a pegar gosto pelo mundo da animação nessa função de produzir, captar e tudo mais. Foi então que um professor meu, Ale McHaddo, dono da produtora, me chamou para ser  assistente dele. Dois anos depois, ele e sua esposa, a Melina Manasseh, que também é produtora executiva da 44, me ofereceram parte da sociedade.”

Na época, a 44 Toons já era uma produtora de animação reconhecida, com várias premiações recebidas em festivais brasileiros e internacionais. Entre essas produções destacam-se: “A Lasanha Assassina” (2002), curta premiado pela ABC (Academia Brasileira de Cinema); e “Osmar, a Primeira Fatia do Pão de Forma” (2008), que ganhou o prêmio “Kid’s Jury” de melhor piloto para 11-14 anos na MIPCom 2009 (Cannes, França) e mais tarde virou o piloto de uma série que será lançada em breve.

Com foco no público infantil/família, a 44 Toons fez as apostas certas para conquistar espaço no mercado de animação, tanto aqui quanto no exterior. Mesmo sem receber nenhuma lei de incentivo, decidiram produzir o primeiro seriado de TV, “Nilba e os Desastronautas”, numa coprodução com a Fundação Padre Anchieta, que estreou em 2010 na TV Rá-Tim-Bum.

Na história, um menino de 9 anos comanda uma nave perdida na Lua Ervilha e tenta voltar à Terra. A aposta deu tão certo que, atualmente, acaba de expandir as fronteiras para fora do Brasil!

“’Nilba’ é a primeira série 100% brasileira a ser exibida nos EUA! Hoje, além da TV Rá-Tim_Bum, também está na grade da TV Cultura, do canal Gloob e da TV Brasil. Agora no canal a cabo Starz, o terceiro maior canal a cabo norte-americano, atingirá mais cerca de 30 milhões de pessoas.”, diz Carol, orgulhosa dos frutos já colhidos.

A trajetória bem-sucedida das empreitadas em animação ainda promete novas colheitas em breve para nossa ex-aluna!

Para este ano, a 44 Toons se prepara para novos lançamentos! Em outubro, deve lançar a série Osmar, a Primeira Fatia do Pão de Forma. A coprodução com a Globosat deve ser veiculada tanto na tv a cabo (Gloob) como em emissora aberta (TV Cultura). Destaque para as vozes dos protagonistas (Osmar e seu melhor amigo Steevie), dublados respectivamente pelos atores Marcius Melhem e Leandro Hassum, facilmente identificáveis como a dupla do seriado da TV Globo “Os Caras de Pau”.

Já em 2014, os planos são ainda mais ambiciosos e incluem projetos além da telinha: “Ganhamos editais para produzir as séries “Tordesilhas” (que terá o piloto produzido ainda este ano) e “Bobolândia Monstrolândia”, que começa a ser produzida no ano que vem.”, conta Carol.

Nas telonas, ela diz que pretende lançar o primeiro longa da produtora para o cinema: “BugiGangue no Espaço”, uma ficção científica produzida em 3D, com referências ao universo ‘nerd’. Em 2010, a 44 Tons foi a pioneira nacional da animação em terceira dimensão ao lançar a versão curta-metragem da história (veja o cartaz ao lado).

A obra é inspirada em Gustavinho, um dos personagens mais antigos da produtora,  protagonista de um dos jogos nacionais mais vendidos de todos os tempos, e que hoje já está presente em multiplataformas – dos desenhos e HQs, aos games para celular e tablet, passando pela internet e televisão.

“Ah, e teremos também para o ano que vem o longa do Osmar, na versão 3D, em fase de pré-produção.”, completa a ex-aluna da AIC.

Aos colegas que gostam de animação e hoje estudam cinema, Carol deixa algumas dicas para ingressar o mercado, relembrando sua recente trajetória, desde tempo em que ainda era uma estudante (veja nas fotos a seguir):

Em frente à antiga sede da AIC, em Curitiba (PR).

“Eu não sabia nem como funcionava um set de filmagem, que profissionais existiam e muito menos o que eu queria fazer. Só tinha certeza que eu queria fazer filmes, de um jeito ou de outro! Com o tempo, fui experimentando as diversas funções – e nisso a AIC foi exemplar – e fui descobrindo o que eu realmente gostava.

Pra quem quer engrenar no mercado de animação, a coisa mais importante é saber o que se quer fazer: você quer desenhar e animar? Quer escrever projetos em editais e direcionar equipes para realizá-los? Quer escrever roteiros?

 

Em aula: Carol na ponta direita, de blusa listrada.

É muito importante discernir isso antes de abrir o próprio negócio ou buscar uma vaga formal de trabalho. O dia-a-dia da administração de uma produtora não é nada atrativo para quem quer apenas sentar e animar. E quem procura colocação como animador, tanto 2D como 3D, é importante montar um bom portfólio e conhecer pessoas, seja em festivais ou em cursos da área.

 

O mercado está aquecido!”, alerta Carol.

 

Confira abaixo alguns vídeos, referentes às produções da 44 Tons, de Carol Frattini.

 

“Nilba e os Desastronautas”

Osmar, a primeira fatia do pão de forma”

Gustavinho, de “Bugigangue”, em:

“Enigma da Esfinge”


Créditos:
Reportagem, produção e edição: Paulo Castilho.
Fotos: Internet, divulgação e arquivo pessoal.

Sair da versão mobile