Academia Internacional de Cinema (AIC)

Alunos da AIC participam da Noite de Kino

noite de kino

Já pensou participar de uma gincana de cinema com o objetivo de fazer um filme de 3 minutos em 48 horas? Essa é a proposta da Noite de Kino, uma gincana audiovisual realizada em parceria com escolas do Estado de São Paulo, que faz parte da programação especial do 26º Festival Internacional de Curtas-Metragens.

Pela primeira vez alunos da Academia Internacional de Cinema (AIC) participaram do evento. Vinicius Rolim, Beatriz Pessoa, Maria Spector, Rodrigo Campos e Luca Sousa Porpino de Oliveira, que estão no último semestre do Filmworks –  o curso técnico em Direção Cinematográfica da escola, passaram 48 horas imersos na proposta da gincana.

Eles contaram com a assistência dos alunos Daniel Franco e Emilio Surita, que atuaram como assistentes durante as filmagens e, além dos alunos, professores da AIC também participaram. Lina Chamie foi a orientadora do projeto, Francine Barbosa, ex-coordenadora do FILMWORKS, organizou as necessidades dos alunos e fez toda a produção e os professores André Moncaio, Fernanda Nascimento e Angelo Ravazi deram orientações sobre como realizar um filme em tão pouco tempo e anteciparam possíveis problemas.

O primeiro passo foi fazer uma produção às cegas, já que não sabiam o tema do filme. As atividades oficiais começam no sábado, dia 23 de agosto, às 8h30, com um café da manhã na Cinemateca Brasileira, onde a diretora do festival, Zita Carvalhosa, apresentou o tema para as produções: “Ir e Vir”. Depois do café, os alunos saíram para executar seus projetos. Cada equipe teve 48 horas para criar um roteiro, filmar, editar e finalizar o curta. Os alunos da AIC filmaram no sábado de tarde e domingo de manhã e entraram madrugada adentro editando.

“175P” é o nome do curta que fizeram que conta a história da relação de uma adolescente com o ônibus que ela pegava para voltar da escola.

Luca diz que a experiência foi bastante enriquecedora. “Fazer um curta em 48h pode ser bem complicado se você não se organiza e não tem um bom relacionamento em grupo. A maior dificuldade, é pensar no que fazer, e ter uma ideia que todos fiquem satisfeitos e seja possível de realizar em poucas horas. Apesar de pouco tempo, conseguimos criar um bom trabalho e fiquei muito satisfeitos com o resultado final. Além disso, a ajuda das professoras Lina Chamie e Francine Barbosa foram extremamente importante em todo esse processo. Ver o curta sendo exibido na sala da cinemateca nos deixou muito orgulhosos”, conta.

Francine Barbosa diz que os alunos se saíram muito bem e que deu tudo certo. “Mas claro, bateu um desespero e o meu telefone tocou de madrugada. (Risos). Mas, esses alunos já tinham trabalhado juntos em projetos anteriores e por isso souberam lidar com a pressão e a limitação de tempo com companheirismo e bom humor. O interessante é que além de aproximar os alunos do festival, as atividades geraram intercâmbio entre os alunos do FILMWORKS. Sem contar que participar de Festivais como esse é uma oportunidade de ampliar o repertório de filmes, conhecer outros estudantes e realizadores e debater filmes, ficamos felizes com a adesão dos alunos”.

A exibição dos filmes foi no dia 24 à noite, e lotou a sala BNDES da Cinemateca Brasileira, com presença de alunos, colegas e familiares. Após a exibição houve um debate em que os alunos trocaram experiências sobre o processo e, depois do debate, o festival promoveu uma festa de celebração para os estudantes.

Outras Experiências

Os alunos tiveram uma participação expressiva nas programações do festival. Além da Noite de Kino, os alunos Ruslan Alvarenga, Rodrigo Sá e Luca Porpino fizeram uma curadoria para o “Programação em Curso”. A partir dos filmes brasileiros selecionados para o festival de 2015, eles montaram a programação de uma sessão de 60 minutos dentro da AIC. “Os alunos foram responsáveis por toda a atividade: assistiram 64 filmes da Mostra Brasil, debateram para escolher 05 deles, fizeram contato com o festival e departamentos da escola para organizar a sessão e convidaram diretamente os realizadores para um debate”, conta Francine.

Os alunos Rodrigo Sá e Raphael Barreto, também participaram do programa “Crítica Curta” e produziram críticas sobre os filmes:  “De Profundis, “Action Painting Nº1/Nº2” e “Como São Cruéis os Pássaros da Alvaroda” e, a aluna Carolina Meneghel, trabalhou como monitora do Festival e destacou que teve contato com diretores de vários países, além de ficar por dentro da estrutura que um festival deste porte exige.

*Fotos: Marcos Finotti

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